Piloto de testes no passado, Cooper (Matthew McConaughey) agora precisa cuidar de uma fazenda no meio oeste americano. O programa espacial foi praticamente desativado pois o planeta passa por um sério problema com sua agricultura. Várias culturas agrícolas essenciais para a humanidade estão simplesmente deixando de existir por questões ambientais. Indignada com os gastos do programa espacial a população acabou exigindo que todos os gastos com a exploração do cosmos fossem suspensas. Para Cooper, que é viúvo e vive ao lado de seus dois filhos adolescentes e seu pai na sede da fazenda, a ciência é agora apenas um ponto nostálgico de sua vida passada. Após uma terrível tempestade de areia em sua propriedade rural ele percebe que há um estranho fenômeno acontecendo no quarto de sua filha - uma alteração gravitacional sem explicação aparente. Tentando decifrar o enigma, ele acaba descobrindo que há uma linguagem binária envolvida naquela situação. Usando os números como guia acaba descobrindo tratar-se de uma posição geográfica. Indo até lá, no meio do deserto, acaba descobrindo uma imponente instalação governamental, um projeto espacial secreto, que tem como objetivo enviar astronautas na exploração de um "buraco de minhoca" perto de Saturno. O termo é usado designar fendas cósmicas que conseguem alinhar o tempo-espaço do universo. Esse lugar proporciona um salto interestelar, tornando possível uma viagem até uma estrela longínqua do universo e seu próprio sistema planetário. Imediatamente Cooper é convidado pelo cientista e professor Brand (Michael Caine) para participar de uma nova missão de reconhecimento rumo ao desconhecido. Acontece que três pioneiros foram enviados para exoplanetas há muitos anos e de lá nunca retornaram. Estarão vivos ou foram tragados pelo universo? A única maneira de responder a essa pergunta é enviando uma nova missão para esses planetas desconhecidos. Assim Cooper se une à filha de Brand (interpretada pela atriz Anne Hathaway) para juntos cruzarem o buraco de minhoca. Uma vez lá descobrem que nem tudo é tão dimensional e simples de explicar como tenta entender a vã ciência humana.
Que Christopher Nolan é um dos diretores mais talentosos do cinema americano atual já não restam dúvidas. Qualquer filme assinado por ele já é motivo por si só para ser conferido, até de forma obrigatória, pelos cinéfilos mais antenados. Nessa produção Nolan resolveu ir além. Desde os primeiros momentos sabemos que ele vai explorar um tema que já foi muito caro na história da sétima arte. Não precisa ir muito longe para entender que o grande modelo seguido por Nolan foi o clássico de Stanley Kubrick, "2001 - Uma Odisseia no Espaço". O argumento basicamente segue os passos do clássico filme original. De certa maneira tudo pode até mesmo ser encarado como uma revitalização do tema ou até mesmo uma forma de tornar sua proposta mais acessível ao grande público. Obviamente que essa produção não tem a consistência filosófica e existencial do filme original. isso porém não se torna um problema. Acredito que Nolan quis apenas realizar uma ficção científica inteligente, lidando com temas da Astrofísica que estão bastante em voga atualmente. Se você não entende ou não curte ciência não precisa também se preocupar. Nolan escreveu seu filme de forma que seja acessível ao homem médio. Claro que conceitos relativos como tempo, espaço e gravidade, formam a espinha dorsal do enredo, mas isso pode ser entendido sem maiores problemas desde que você tenha ao menos uma base de física (até mesmo o feijão com arroz ensinado no ensino médio lhe trará algum apoio nesse sentido). Assim o que temos aqui é uma estória até simples, muitas vezes bem fantasiosa, com um background científico mais aprofundado. Algumas situações do roteiro chegam um pouco a incomodar pelas soluções fáceis demais que vão surgindo. Por exemplo, mesmo aposentado há anos o personagem de Matthew McConaughey é logo incorporado na missão espacial, assim quase da noite para o dia, algo que seria inimaginável em uma situação real. Parece que Nolan e seu irmão Jonathan capricharam nas tintas científicas de sua trama e se descuidaram um pouco de certos acontecimentos mais banais do enredo.
Além disso alguns aspectos dos planetas visitados são bem pueris (diria até primários) do ponto de vista astronômico, mas nada disso chega a se tornar um problema de complicada superação. O que vale mesmo em tudo é o conceito de dimensões paralelas explorada por Nolan, principalmente nas sequências finais quando temos uma verdadeira flâmula dos conceitos de multi universos dimensionais. Sim, alguns aspectos do roteiro serão banais, como a enésima exploração do tema de um planeta exaurido em seus recursos naturais, mas se pensarmos bem tudo isso nada mais é do que uma bengala narrativa para que Nolan desenvolva seu tema principal. No geral a família - que mais parece ter saído de um filme de Spielberg por causa da pieguice excessiva - acaba também servindo de uma ferramenta puramente narrativa para que o diretor desenvolva suas ideias mais científicas, as principais no final de tudo. Certamente Interestelar é um belo filme, com uma proposta que vai até mesmo soar intrigante nos dias de hoje. Poderia ser uma obra prima se Nolan fosse mais além mesmo, com coragem, como fez Kubrick no passado em sua obra cinematográfica imortal. Ao dar espaço para pequenas concessões comerciais em seu roteiro, Nolan perdeu talvez a grande chance de realizar a maior obra prima de toda a sua carreira. Nem sempre tentar agradar ao grande público que lota os cinemas comerciais pode compensar, olhando-se tudo sob esse ponto de vista, esse tipo de situação. De bom mesmo o que ficará dessa produção será o desenvolvimento de conceitos científicos e a bela mensagem de Nolan sobre a importância do amor, encarado quase como uma variável puramente astrofísica. Quem diria que um cineasta conseguiria reunir dois temas assim tão dispares em um mesmo pacote? Sensacional.
Interestelar (Interstellar, EUA, 2014) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan, Christopher Nolan / Elenco: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Michael Caine, John Lithgow, Ellen Burstyn, Jessica Chastain, Casey Affleck / Sinopse: Ex piloto do programa espacial é recrutado para uma nova missão da NASA. Ele deverá ir junto com sua tripulação em direção a um enorme "buraco de minhoca" cósmico em busca de respostas sobre três missões anteriores que não retornaram ao planeta Terra. O objetivo é procurar um novo lugar para colonização pela raça humana pois os recursos naturais da Terra estão virtualmente esgotados. O lema da missão passa a ser "A humanidade nasceu na Terra, mas não precisa morrer nela". Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Também indicado nas categorias de Melhor mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Design de Produção e Melhor Música Original.
Pablo Aluísio.
Páginas
▼
terça-feira, 31 de março de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
Hellraiser - Renascido do Inferno
Título no Brasil: Hellraiser - Renascido do Inferno
Título Original: Hellraiser
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Clive Barker
Roteiro: Clive Barker
Elenco: Andrew Robinson, Clare Higgins, Ashley Laurence, Sean Chapman
Sinopse:
Frank Cotton (Sean Chapman) é um sujeito que procura o máximo em prazer sexual. Em busca de novidades acaba comprando um artefato desconhecido, um cubo bizarro que ele não consegue compreender completamente. Ao mexer no estranho objeto Cotton acaba abrindo um portal entre o céu e o inferno, liberando forças e criaturas que ele sequer sabia existir. A experiência acaba lhe custando a própria vida. Anos depois seu irmão, Larry (Andrew Robinson), ignorando o destino de Frank, resolve ir morar em sua casa, fechada há mais de dez anos. Ao lado da esposa ele acaba descobrindo que ir fixar residência naquele local foi definitivamente uma má ideia.
Comentários:
"Hellraiser" foi um marco do cinema de terror dos anos 80. O estilo e a concepção eram completamente inovadores, calcado em um misto de terror e sexualidade extrema, com ênfase em muito masoquismo e torturas. Um dos destaques do filme foi sua direção de arte fora do comum e uma maquiagem que até hoje é lembrada (e que sinceramente deveria ter levado o Oscar em sua categoria). Há cenas de forte impacto como a chegada dos cenobitas, criaturas provenientes das profundezas infernais que transformarão Frank em seu objeto de sadismo e violência. Tão marcante se tornou o filme que o próprio diretor, Clive Barker, diria anos depois que "Hellraiser" acabou prejudicando sua própria carreira pois se tornou um marco complicado de superar depois. De uma forma ou outra tudo acabou dando origem a um universo próprio, explorado em revistas, jogos, TV e cinema, com várias produções explorando ainda mais esse bizarro mundo. Já são mais de dez sequências, infelizmente nenhuma delas muito digna de nota. Esse aqui por ser o original vale bastante a pena. Era a década de 80 onde (quase) tudo era permitido em termos de terror. Enfim, um pequeno clássico do gênero.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hellraiser
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Clive Barker
Roteiro: Clive Barker
Elenco: Andrew Robinson, Clare Higgins, Ashley Laurence, Sean Chapman
Sinopse:
Frank Cotton (Sean Chapman) é um sujeito que procura o máximo em prazer sexual. Em busca de novidades acaba comprando um artefato desconhecido, um cubo bizarro que ele não consegue compreender completamente. Ao mexer no estranho objeto Cotton acaba abrindo um portal entre o céu e o inferno, liberando forças e criaturas que ele sequer sabia existir. A experiência acaba lhe custando a própria vida. Anos depois seu irmão, Larry (Andrew Robinson), ignorando o destino de Frank, resolve ir morar em sua casa, fechada há mais de dez anos. Ao lado da esposa ele acaba descobrindo que ir fixar residência naquele local foi definitivamente uma má ideia.
Comentários:
"Hellraiser" foi um marco do cinema de terror dos anos 80. O estilo e a concepção eram completamente inovadores, calcado em um misto de terror e sexualidade extrema, com ênfase em muito masoquismo e torturas. Um dos destaques do filme foi sua direção de arte fora do comum e uma maquiagem que até hoje é lembrada (e que sinceramente deveria ter levado o Oscar em sua categoria). Há cenas de forte impacto como a chegada dos cenobitas, criaturas provenientes das profundezas infernais que transformarão Frank em seu objeto de sadismo e violência. Tão marcante se tornou o filme que o próprio diretor, Clive Barker, diria anos depois que "Hellraiser" acabou prejudicando sua própria carreira pois se tornou um marco complicado de superar depois. De uma forma ou outra tudo acabou dando origem a um universo próprio, explorado em revistas, jogos, TV e cinema, com várias produções explorando ainda mais esse bizarro mundo. Já são mais de dez sequências, infelizmente nenhuma delas muito digna de nota. Esse aqui por ser o original vale bastante a pena. Era a década de 80 onde (quase) tudo era permitido em termos de terror. Enfim, um pequeno clássico do gênero.
Pablo Aluísio.
Paixão de Ocasião
Título no Brasil: Paixão de Ocasião
Título Original: Picture Perfect
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Glenn Gordon Caron
Roteiro: Arleen Sorkin, Paul Slansky
Elenco: Jennifer Aniston, Jay Mohr, Kevin Bacon
Sinopse:
Kate (Jennifer Aniston) trabalha no ramo publicitário, é focada, determinada e muito empenhada em crescer na empresa mas nunca é devidamente reconhecida. Seu patrão a considera jovem demais, além de pouco resolvida emocionalmente, uma vez que não tem namorado e nem um relacionamento sério. Para resolver esse impasse Kate resolve arrumar um falso noivo de aluguel, Nick (Jay Mohr), com o objetivo de impressionar seu chefe a finalmente lhe dar a tão almejada promoção.
Comentários:
O argumento é meio batido mas até que o filme é simpático. Jennifer Aniston está bem jovem nessa pequena comédia romântica que passou meio batida quando foi lançada. Nem precisa ser Phd em cinema para entender também que a fita foi realizada para aproveitar a popularidade de Aniston na série "Friends" que estava no ar, batendo recordes de audiência. Até essa época ela não tinha feito nada de importante no cinema, a não ser talvez o bem intencionado "Alma de Poeta, Olhos de Sinatra". Para quem já tinha aparecido em um trash como "O Duende" até que era uma mudança e tanto. Assim a produção se tornou uma das primeiras tentativas da atriz em colocar um pezinho na sétima arte, coisa que ela até hoje vem tentando, diga-se de passagem. No geral não há nada demais por aqui, apenas a curiosidade de ver Jennifer tentando encontrar um novo rumo em sua carreira. Para os fãs de "Friends" vale a espiada.
Pablo Aluísio.
Título Original: Picture Perfect
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Glenn Gordon Caron
Roteiro: Arleen Sorkin, Paul Slansky
Elenco: Jennifer Aniston, Jay Mohr, Kevin Bacon
Sinopse:
Kate (Jennifer Aniston) trabalha no ramo publicitário, é focada, determinada e muito empenhada em crescer na empresa mas nunca é devidamente reconhecida. Seu patrão a considera jovem demais, além de pouco resolvida emocionalmente, uma vez que não tem namorado e nem um relacionamento sério. Para resolver esse impasse Kate resolve arrumar um falso noivo de aluguel, Nick (Jay Mohr), com o objetivo de impressionar seu chefe a finalmente lhe dar a tão almejada promoção.
Comentários:
O argumento é meio batido mas até que o filme é simpático. Jennifer Aniston está bem jovem nessa pequena comédia romântica que passou meio batida quando foi lançada. Nem precisa ser Phd em cinema para entender também que a fita foi realizada para aproveitar a popularidade de Aniston na série "Friends" que estava no ar, batendo recordes de audiência. Até essa época ela não tinha feito nada de importante no cinema, a não ser talvez o bem intencionado "Alma de Poeta, Olhos de Sinatra". Para quem já tinha aparecido em um trash como "O Duende" até que era uma mudança e tanto. Assim a produção se tornou uma das primeiras tentativas da atriz em colocar um pezinho na sétima arte, coisa que ela até hoje vem tentando, diga-se de passagem. No geral não há nada demais por aqui, apenas a curiosidade de ver Jennifer tentando encontrar um novo rumo em sua carreira. Para os fãs de "Friends" vale a espiada.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Fenômeno
Título no Brasil: Fenômeno
Título Original: Phenomenon
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: John Travolta, Kyra Sedgwick, Forest Whitaker
Sinopse:
George Malley (John Travolta) é um sujeito simples, comum, que ganha a vida como mecânico. Sua vida pacata acaba quando visualiza uma estranha luz na mesma noite em que celebra sua aniversário. A partir daí começa a desenvolver enormes mudanças em si mesmo. Da noite para o dia ele adquire uma capacidade intelectual fora do comum, muito superior ao das demais pessoas. Isso chama a atenção das autoridades que logo decidem se apossar dele para realizar testes.
Comentários:
Filme meio estranho que aposta em uma visão esotérica e new age da vida espiritual. Travolta deve ter gostado de fazer algo tão diferente em sua carreira. Na época de seu lançamento a produção levou pauladas de todos os lados, pois os críticos americanos de uma maneira em geral não gostaram nada do resultado. A película foi acusada de ser sensacionalista, boboca e com roteiro cheio de clichês do começo ao fim. É a tal coisa, em tempos de tanta (falsa) espiritualidade o argumento certamente agradará aos mais alternativos. Mas o problema de "Phenomenon" nem é bem esse, na verdade o maior defeito é do roteiro mesmo. Perceba que a situação é colocada no começo da trama, vem a surpresa sobre os tais poderes do personagem de Travolta e pronto, o enredo poderia acabar por aí, pois nada de mais interessante acontece até o fim do filme. Não gostei da conclusão e nem da proposta final dos roteiristas. A tal mensagem mais espiritualizada que o clímax tenta passar é uma bobagem sem tamanho, vamos convir. Enfim, nada de muito relevante em um momento que agradou ao Travolta em sua carreira (o problema é que parece ter agradado apenas a ele mesmo!).
Pablo Aluísio.
Título Original: Phenomenon
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: John Travolta, Kyra Sedgwick, Forest Whitaker
Sinopse:
George Malley (John Travolta) é um sujeito simples, comum, que ganha a vida como mecânico. Sua vida pacata acaba quando visualiza uma estranha luz na mesma noite em que celebra sua aniversário. A partir daí começa a desenvolver enormes mudanças em si mesmo. Da noite para o dia ele adquire uma capacidade intelectual fora do comum, muito superior ao das demais pessoas. Isso chama a atenção das autoridades que logo decidem se apossar dele para realizar testes.
Comentários:
Filme meio estranho que aposta em uma visão esotérica e new age da vida espiritual. Travolta deve ter gostado de fazer algo tão diferente em sua carreira. Na época de seu lançamento a produção levou pauladas de todos os lados, pois os críticos americanos de uma maneira em geral não gostaram nada do resultado. A película foi acusada de ser sensacionalista, boboca e com roteiro cheio de clichês do começo ao fim. É a tal coisa, em tempos de tanta (falsa) espiritualidade o argumento certamente agradará aos mais alternativos. Mas o problema de "Phenomenon" nem é bem esse, na verdade o maior defeito é do roteiro mesmo. Perceba que a situação é colocada no começo da trama, vem a surpresa sobre os tais poderes do personagem de Travolta e pronto, o enredo poderia acabar por aí, pois nada de mais interessante acontece até o fim do filme. Não gostei da conclusão e nem da proposta final dos roteiristas. A tal mensagem mais espiritualizada que o clímax tenta passar é uma bobagem sem tamanho, vamos convir. Enfim, nada de muito relevante em um momento que agradou ao Travolta em sua carreira (o problema é que parece ter agradado apenas a ele mesmo!).
Pablo Aluísio.
A Jurada
Título no Brasil: A Jurada
Título Original: The Juror
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Brian Gibson
Roteiro: George Dawes Green, Ted Tally
Elenco: Demi Moore, Alec Baldwin, Joseph Gordon-Levitt
Sinopse:
O infame chefão mafioso Louie Boffano (Tony Lo Bianco) é levado a julgamento por causa de um duplo homicidio envolvendo guerra de grupos criminosos rivais. A jovem Annie Laird (Demi Moore), uma artista plástica acaba sendo sorteada para ser uma das juradas no tribunal do júri. Uma situação perigosa e delicada, algo que ela logo entenderá pois o chefão manda um de seus comparsas, conhecido como "O Professor" (Alec Baldwin) para fazê-la "mudar de ideia" durante o veredito.
Comentários:
Um bom filme de tribunal, contando com bom elenco e roteiro acima de média. Foi uma tentativa da estrelinha Demi Moore em estrelar filmes com mais conteúdo e importância. Infelizmente nem todos viram com bons olhos essa mudança. A imprensa ficou particularmente azeda em presenciar Demi tentando mudar os rumos de sua carreira ao participar de um drama de tribunal. Isso acabou lhe valendo o Framboesa de Ouro de pior atriz naquele ano, o que achei excessivo e fora de propósito. No geral o filme é bom e mostra a fragilidade do tribunal de júri pois infelizmente os jurados sempre se tornam alvos de criminosos ricos e poderosos. Outro destaque do filme é a atuação de Alec Baldwin, ainda em sua fase almofadinha, bem longe da linha de astro de comédias televisivas que ele segue hoje em dia. Emfim, temos aqui um filme que foi injustamente criticado em seu lançamento, uma produção que vale certamente passar por uma revisão.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Juror
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Brian Gibson
Roteiro: George Dawes Green, Ted Tally
Elenco: Demi Moore, Alec Baldwin, Joseph Gordon-Levitt
Sinopse:
O infame chefão mafioso Louie Boffano (Tony Lo Bianco) é levado a julgamento por causa de um duplo homicidio envolvendo guerra de grupos criminosos rivais. A jovem Annie Laird (Demi Moore), uma artista plástica acaba sendo sorteada para ser uma das juradas no tribunal do júri. Uma situação perigosa e delicada, algo que ela logo entenderá pois o chefão manda um de seus comparsas, conhecido como "O Professor" (Alec Baldwin) para fazê-la "mudar de ideia" durante o veredito.
Comentários:
Um bom filme de tribunal, contando com bom elenco e roteiro acima de média. Foi uma tentativa da estrelinha Demi Moore em estrelar filmes com mais conteúdo e importância. Infelizmente nem todos viram com bons olhos essa mudança. A imprensa ficou particularmente azeda em presenciar Demi tentando mudar os rumos de sua carreira ao participar de um drama de tribunal. Isso acabou lhe valendo o Framboesa de Ouro de pior atriz naquele ano, o que achei excessivo e fora de propósito. No geral o filme é bom e mostra a fragilidade do tribunal de júri pois infelizmente os jurados sempre se tornam alvos de criminosos ricos e poderosos. Outro destaque do filme é a atuação de Alec Baldwin, ainda em sua fase almofadinha, bem longe da linha de astro de comédias televisivas que ele segue hoje em dia. Emfim, temos aqui um filme que foi injustamente criticado em seu lançamento, uma produção que vale certamente passar por uma revisão.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 24 de março de 2015
A Filha do Presidente
Título no Brasil: A Filha do Presidente
Título Original: First Daughter
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Forest Whitaker
Roteiro: Jessica Bendinger, Jerry O'Connell
Elenco: Katie Holmes, Marc Blucas, Amerie Rogers, Michael Keaton
Sinopse:
Samantha Mackenzie (Katie Holmes) é a jovem filha do presidente dos Estados Unidos. Tudo o que ela quer porém é levar uma vida normal, sem todo aquele esquema de segurança ao seu redor. Quando chega a hora de ir para a universidade ela pensa que agora terá uma folga nisso. No fundo ela deseja mesmo é se apaixonar e ter uma vida igual a de toda garota de sua idade. E para sua surpresa ela acaba se apaixonando por um de seus próprios agentes de segurança!
Comentários:
Comédia bobinha, bobinha, estrelada pela (até então) estrelinha adolescente Katie Holmes. Ela na época estava no pico de sua popularidade por causa do seriado (esse realmente bom) "Dawson's Creek"! Para quem não lembra (ou ainda nem era nascido) ela interpretava a jovenzinha Joey Potter que era apaixonada pelo Dawson Leery (James Van Der Beek) que infelizmente a via mais como uma amiga do que qualquer outra coisa (pois é, eles cruzaram a terrível friendzone). O interessante é que "Dawson's Creek" tinha pretensões de ser algo mais complexo do ponto de vista dramático, enquanto que esse filme aqui fazia a linha mais boboquinha. Fico até surpreso da Holmes ter entrado nisso. No geral nada de muito interessante mesmo, a não as presenças do decadente Michael Keaton no elenco e a do ótimo ator Forest Whitaker na direção (o que me faz pensar o que diabos ele estava pensando quando aceitou dirigir essa coisa?).
Pablo Aluísio.
Título Original: First Daughter
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Forest Whitaker
Roteiro: Jessica Bendinger, Jerry O'Connell
Elenco: Katie Holmes, Marc Blucas, Amerie Rogers, Michael Keaton
Sinopse:
Samantha Mackenzie (Katie Holmes) é a jovem filha do presidente dos Estados Unidos. Tudo o que ela quer porém é levar uma vida normal, sem todo aquele esquema de segurança ao seu redor. Quando chega a hora de ir para a universidade ela pensa que agora terá uma folga nisso. No fundo ela deseja mesmo é se apaixonar e ter uma vida igual a de toda garota de sua idade. E para sua surpresa ela acaba se apaixonando por um de seus próprios agentes de segurança!
Comentários:
Comédia bobinha, bobinha, estrelada pela (até então) estrelinha adolescente Katie Holmes. Ela na época estava no pico de sua popularidade por causa do seriado (esse realmente bom) "Dawson's Creek"! Para quem não lembra (ou ainda nem era nascido) ela interpretava a jovenzinha Joey Potter que era apaixonada pelo Dawson Leery (James Van Der Beek) que infelizmente a via mais como uma amiga do que qualquer outra coisa (pois é, eles cruzaram a terrível friendzone). O interessante é que "Dawson's Creek" tinha pretensões de ser algo mais complexo do ponto de vista dramático, enquanto que esse filme aqui fazia a linha mais boboquinha. Fico até surpreso da Holmes ter entrado nisso. No geral nada de muito interessante mesmo, a não as presenças do decadente Michael Keaton no elenco e a do ótimo ator Forest Whitaker na direção (o que me faz pensar o que diabos ele estava pensando quando aceitou dirigir essa coisa?).
Pablo Aluísio.
Os Irmãos Cara de Pau 2000
Título no Brasil: Os Irmãos Cara de Pau 2000
Título Original: Blues Brothers 2000
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Dan Aykroyd, John Landis
Elenco: Dan Aykroyd, John Goodman, Walter Levine
Sinopse:
Após os acontecimentos do primeiro filme, Elwood Blues (Dan Aykroyd) fica por quase duas décadas atrás das grades. Seu irmão Jake (Belushi) está morto, mas Elwood entende que a velha chama não pode se apagar. Resolve se unir a um amigo, Mack (John Goodman), para ressuscitar sua velha banda de blues. Será que dará certo? Indicado na categoria Melhor Edição de Som no prêmio da Motion Picture Sound Editors.
Comentários:
Tentativa muito mal sucedida de trazer de volta os ótimos Blues Brothers de volta às telas de cinema. Um projeto como esse jamais daria certo por um motivo muito simples: não havia mais como retomar algo assim sem a presença de John Belushi que havia morrido tragicamente alguns anos antes. Sem Belushi os Blue Brothers simplesmente não existiam mais. Tirando as devidas proporções era algo como recriar os Beatles sem John Lennon! Não dá, é impossível. Infelizmente o cabeça dura do Dan Aykroyd não entendeu isso e quis levar o filme de todo jeito, passando por cima de tudo. Contratou o amigo John Goodman para contrabalançar a ausência de Belushi e tentou, tinha planos de ser um sucesso mas... era de fato a crônica de uma morte anunciada! O filme foi um tremendo fracasso de bilheteria, um desastre comercial que inclusive afundou a carreira do ótimo cineasta John Landis! O próprio Dan Aykroyd também saiu chamuscado! Bom, teimosia muitas vezes resulta nisso! Fica a lição então.
Pablo Aluísio.
Título Original: Blues Brothers 2000
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Dan Aykroyd, John Landis
Elenco: Dan Aykroyd, John Goodman, Walter Levine
Sinopse:
Após os acontecimentos do primeiro filme, Elwood Blues (Dan Aykroyd) fica por quase duas décadas atrás das grades. Seu irmão Jake (Belushi) está morto, mas Elwood entende que a velha chama não pode se apagar. Resolve se unir a um amigo, Mack (John Goodman), para ressuscitar sua velha banda de blues. Será que dará certo? Indicado na categoria Melhor Edição de Som no prêmio da Motion Picture Sound Editors.
Comentários:
Tentativa muito mal sucedida de trazer de volta os ótimos Blues Brothers de volta às telas de cinema. Um projeto como esse jamais daria certo por um motivo muito simples: não havia mais como retomar algo assim sem a presença de John Belushi que havia morrido tragicamente alguns anos antes. Sem Belushi os Blue Brothers simplesmente não existiam mais. Tirando as devidas proporções era algo como recriar os Beatles sem John Lennon! Não dá, é impossível. Infelizmente o cabeça dura do Dan Aykroyd não entendeu isso e quis levar o filme de todo jeito, passando por cima de tudo. Contratou o amigo John Goodman para contrabalançar a ausência de Belushi e tentou, tinha planos de ser um sucesso mas... era de fato a crônica de uma morte anunciada! O filme foi um tremendo fracasso de bilheteria, um desastre comercial que inclusive afundou a carreira do ótimo cineasta John Landis! O próprio Dan Aykroyd também saiu chamuscado! Bom, teimosia muitas vezes resulta nisso! Fica a lição então.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 23 de março de 2015
Highland Park
No auge da indústria automobilística americana a cidade de Highland Park desfrutou de uma prosperidade sem igual. Isso porém foi na década de 1950. Quando as grandes montadoras foram embora da região a cidade caiu na mais profunda decadência e ostracismo econômico. Agora as principais avenidas retratam a falta de desenvolvimento urbano generalizado. Antigos centros comerciais estão em ruínas e a pobreza impera em cada esquina. É justamente nesse cenário desolador que vive um grupo de quatro amigos. Eles trabalham numa escola pública, também acertada em cheio pela crise. Para passar o tédio da vida cotidiana eles resolvem apostar na loteria. Ano após ano, eles apostam nos mesmos números, basicamente a mistura dos aniversários de todos eles. Agora, como era de se esperar, estão completamente desanimados, afinal em uma década nunca conseguiram ganhar um tostão furado. Definitivamente não são as pessoas mais sortudas do mundo. Um belo dia eis que a sorte finalmente bate na porta de todos eles e os números são milagrosamente sorteados! A sorte então inesperadamente sorri para aqueles velhos amigos de longa data... mas será mesmo que eles já podem celebrar, comprando tudo o que encontram pela frente? Assim começa esse filme, um misto de drama e comédia, que parece bem despretensioso e talvez por essa razão não consiga realmente decepcionar ninguém. Até porque ninguém deve esperar por algo além de um divertimento passageiro.
Muitos costumam dizer que o desespero chega na vida de um ser humano quando ele aposta todas as suas fichas em jogos de azar, como a própria loteria. Afinal de contas é mais fácil você ser atingido por um meteoro vindo de Marte do que acertar nos números vencedores. Mesmo assim todos os anos esse tipo de jogo cresce cada vez mais, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Por falar naquele país o cenário da cidade usado para esse filme impressiona pela desolação. Highland Park mais parece uma cidade que sofreu um ataque nuclear, tamanho a decadência econômica que se vê em cada lugar. Tudo abandonado, sujo, caindo aos pedaços. Mostra muito bem como a crise da economia americana atingiu certas regiões daquela nação. A tal prosperidade pulsante do sonho americano muitas vezes pode virar um pesadelo bem feio, realista e cruel. O elenco salva a fita de se tornar mais previsível do que ela é. O ator Billy Burke interpreta um diretor escolar muito bem intencionado que é colocado contra a parede por causa dos cortes de orçamento da prefeitura local, que está falida. Diante da falta de verba ele precisa cortar custos e demitir funcionários que há anos trabalham na escola. Pior para Ed (Danny Glover), que escapa de ser demitido por já estar aposentado. Sem ter como ocupar seus entediantes dias ele faz pequenos reparos na escola caindo aos pedaços, pelo simples prazer de ajudar e ter algo para fazer todos os dias. Ao ser designado pelo grupo para jogar mais uma vez nos mesmos números da loteria ele acaba cometendo o maior erro de sua vida... se bem que ir além disso seria estragar mais ainda as surpresas do enredo. Então é isso, "Highland Park" é um pequeno filme, simpático, mas também sem maiores novidades. Provavelmente no futuro será presença certa na "Sessão da Tarde" da Rede Globo.
Highland Park (Highland Park, Estados Unidos, 2013) Direção: Andrew Meieran / Roteiro: Christopher Keyser, Andrew Meieran / Elenco: Billy Burke, Danny Glover, Parker Posey / Sinopse: Quatro amigos jogam, durante 10 anos, nos mesmos números da loteria estadual. Durante todo esse tempo nunca ganharam absolutamente nada até um dia que os números finalmente são sorteados. O problema é que Ed (Glover) ficou com a responsabilidade de realizar a aposta - o que trará uma surpresa nada agradável para todos eles. Filme produzido pela Tribeca Films, do ator Robert De Niro.
Pablo Aluísio.
Muitos costumam dizer que o desespero chega na vida de um ser humano quando ele aposta todas as suas fichas em jogos de azar, como a própria loteria. Afinal de contas é mais fácil você ser atingido por um meteoro vindo de Marte do que acertar nos números vencedores. Mesmo assim todos os anos esse tipo de jogo cresce cada vez mais, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Por falar naquele país o cenário da cidade usado para esse filme impressiona pela desolação. Highland Park mais parece uma cidade que sofreu um ataque nuclear, tamanho a decadência econômica que se vê em cada lugar. Tudo abandonado, sujo, caindo aos pedaços. Mostra muito bem como a crise da economia americana atingiu certas regiões daquela nação. A tal prosperidade pulsante do sonho americano muitas vezes pode virar um pesadelo bem feio, realista e cruel. O elenco salva a fita de se tornar mais previsível do que ela é. O ator Billy Burke interpreta um diretor escolar muito bem intencionado que é colocado contra a parede por causa dos cortes de orçamento da prefeitura local, que está falida. Diante da falta de verba ele precisa cortar custos e demitir funcionários que há anos trabalham na escola. Pior para Ed (Danny Glover), que escapa de ser demitido por já estar aposentado. Sem ter como ocupar seus entediantes dias ele faz pequenos reparos na escola caindo aos pedaços, pelo simples prazer de ajudar e ter algo para fazer todos os dias. Ao ser designado pelo grupo para jogar mais uma vez nos mesmos números da loteria ele acaba cometendo o maior erro de sua vida... se bem que ir além disso seria estragar mais ainda as surpresas do enredo. Então é isso, "Highland Park" é um pequeno filme, simpático, mas também sem maiores novidades. Provavelmente no futuro será presença certa na "Sessão da Tarde" da Rede Globo.
Highland Park (Highland Park, Estados Unidos, 2013) Direção: Andrew Meieran / Roteiro: Christopher Keyser, Andrew Meieran / Elenco: Billy Burke, Danny Glover, Parker Posey / Sinopse: Quatro amigos jogam, durante 10 anos, nos mesmos números da loteria estadual. Durante todo esse tempo nunca ganharam absolutamente nada até um dia que os números finalmente são sorteados. O problema é que Ed (Glover) ficou com a responsabilidade de realizar a aposta - o que trará uma surpresa nada agradável para todos eles. Filme produzido pela Tribeca Films, do ator Robert De Niro.
Pablo Aluísio.
domingo, 22 de março de 2015
The Following
Após longos anos preso, um serial killer perigoso chamado Joe Carroll (James Purefoy) consegue fugir da prisão onde está encarcerado matando vários guardas. De volta às ruas ele pretende completar aquilo que deixou inacabado, indo atrás de sua última vitima, uma sobrevivente de seu ataque que depôs contra ele no tribunal. Preocupado o FBI entra em contato com Ryan Hardy (Kevin Bacon), o policial que conseguiu prender o psicopata alguns anos antes. Tendo escrito um livro sobre a experiência da captura do criminoso ele é certamente a pessoa mais indicada para prever os próximos passos do foragido. Assim começa a nova série “The Following” que traz o astro de cinema Kevin Bacon estreando no mundo das séries de TV. O criador é o conhecido Kevin Williamson da franquia “Pânico”, do popular filme “Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado” e das séries de sucesso “Dawson's Creek” e “Diários de um Vampiro”. Aqui ele deixa o terror adolescente de lado para enveredar em uma temática mais adulta, revisitando o mundo dos assassinos em série.
Antes de mais nada é interessante perceber que apesar dos anos passados o filme “O Silencio dos Inocentes” continua a gerar frutos. Essa série bebe diretamente de sua fonte, inclusive na figura do psicopata, um sujeito brilhante, intelectual, astuto, que resolve matar em nome da arte – ele é obcecado pelo famoso escritor Edgar Allan Poe que reverenciava a morte como um ato de rara beleza. Até aí tudo bem, o problema é que já no episódio piloto da série temos que aceitar várias situações que soam inverossímeis demais. Só para citar um exemplo, o psicopata consegue sozinho matar três guardas em uma penitenciaria de segurança máxima para onde são enviados os piores criminosos. Depois de cometer os homicídios ele, disfarçado de guarda, sai tranquilamente da prisão pilotando o carro do agente que matou momentos antes. Complicado aceitar algo assim não é mesmo? Kevin Bacon, que interpreta um policial praticamente aposentado que volta à ativa para prender o serial killer está visivelmente abatido, cansado, talvez por seu personagem usar um marca passo. James Purefoy que interpreta o assassino em série tem uma “seita” de seguidores que o veneram e cometem atos de loucura em seu nome, como cometer suicídio dentro da própria sede do FBI (outra coisa impossível de acontecer). Em suma, “The Following” promete e até foi renovada para uma segunda temporada mas tem que colocar certos aspectos nos eixos, com melhor capricho em seus roteiros pois caso contrário vai cair na vala comum de séries americanas sem grande expressão.
The Following (Idem, EUA, 2013) Criado por: Kevin Williamson / Roteiro: Kevin Williamson / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Natalie Zea, Shawn Ashmore / Sinopse: Psicopata perigoso, Joe Carroll (James Purefoy), foge de uma prisão de segurança máxima para ir atrás de sua última vítima que com seu depoimento o colocou atrás das grades por longos anos. Para tentar seguir os passos do psicopata o FBI chama Ryan Hardy (Kevin Bacon), o policial responsável por sua prisão anos antes.
Episódios comentados:
The Following 1.08 - Welcome Home
Em minha opinião a série "The Following" vai, conforme vão se passando os episódios, ficando cada vez mais forçada e inverossímil. Após Joe Carroll (James Purefoy) fugir da prisão em uma operação espetacular (onde usaram até um helicóptero!), o psicopata fã de Edgar Allan Poe reencontra o filho pequeno (que aliás morre de medo dele). Também tem a oportunidade de reunir todos os seus admiradores numa bela casa de campo. Tudo parece uma maravilha mas ele ainda está insatisfeito, principalmente porque o FBI escondeu sua amada esposa. Sem pensar duas vezes manda um grupo torturar um agente do FBI para saber de seu paradeiro. Há também um novo encarregado das investigações mas ele não parece saber ainda seguir o fio da meada. Kevin Bacon não tem muito o que fazer nesse episódio mas acaba salvando a pele de seu colega no último momento. Em minha opinião Joe Carroll tem seguidores demais, nem Charles Manson conseguiria reunir tanta gente ao seu redor como ele!
The Following 2.02 - For Joe
Pois bem, ao contrário do que se pensava o líder Joe Carroll (James Purefoy) não morreu no último episódio da temporada anterior, isso mesmo depois de estar dentro de uma cabana em chamas. Nesses primeiros episódios da segunda temporada descobrimos que ele sobreviveu (não se dá muitos detalhes sobre isso) e fugiu para o sul dos Estados Unidos para viver anônimo ao lado de uma de suas admiradoras (uma mulher mais velha que se apaixonou por ela após trocar por longos anos cartas enquanto ele esteve preso, algo mais comum do que se pensa nos Estados Unidos). Levando uma vida pacata (e também medíocre), Carroll deixa a barba crescer e tenta se tornar um perfeito caipira sulista, tomando cerveja e assistindo TV o dia todo. Seu disfarce começa a ruir justamente quando um padre surge em sua casa na hora errada, no local errado. Enquanto senta na sala o rosto de Carroll surge na tela, em um daqueles programas que exploram a vida de psicopatas. O padre logo reconhece e Joe percebe. Fim de jogo para o sacerdote. Ao matar novamente, Joe acaba sentindo todo o prazer que desfrutava em sua vida passada, o que se torna logo a porta de entrada de volta para seu movimento de seguidores, formado por jovens psicopatas. E eles estão muito bem, obrigado. Mais dispersos do que na primeira temporada, mas ainda vivos e empolgados em matar recriando os livros e poemas de Edgar Allan Poe. Nesse novo grupo se destacam dois irmãos gêmeos, ambos psicopatas, que no primeiro episódio da primeira temporada já tinham cometido um massacre do metrô. Enquanto tudo acontece Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta despistar, dizendo que não quer mais se envolver com esses malucos, mas é tudo jogo de cena. Nos bastidores ele faz de tudo para colocar as mãos nos novos seguidores de Joe Carroll. Bom episódio, valorizado por interessantes momentos como o "jantar familiar com cadáveres" que certamente vai cair no gosto dos fãs da série. "The Following" começou meio vacilante sobre qual rumo iria seguir, mas agora podemos dizer com certeza que o caminho já foi encontrado. Apesar de algumas forçadas de barra é uma das séries mais promissoras hoje da TV americana. / The Following - For Joe (EUA, 2014) Direção: Joshua Butler / Roteiro: Kevin Williamson, Vincent Angell / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry, James Purefoy.
The Following 2.04 - Family Affair
E segue a saga do psicopata intelectual Joe Carroll (James Purefoy). Como se viu nos primeiros episódios da segunda temporada ele está vivo e agora reorganizando seu grupo de admiradores insanos. Depois de ver a filha da mulher que o acolheu, matar a própria mãe, ele parte do sul em busca de um novo esconderijo. Acaba encontrando apoio numa antiga seguidora que escapa da morte por um triz. Depois segue rumo a uma nova direção, para encontrar pessoas novas que querem seguir seus passos. Esse novo grupo é na verdade uma família, um jovem senhora herdeira de uma grande fortuna, seus dois filhos adotivos gêmeos e psicopatas e mais um pequeno grupo de seguidores fanáticos. Da velha turma apenas Emma (Valorie Curry, com visual horroroso) está de volta! Enquanto Joe vai reunindo os cacos de seu grupo, Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta seguir passos próprios, longe das autoridades. A coisa que já era bem pessoal se torna pior ainda e ele deixou o conceito de mera justiça para trás, pois o que ele quer mesmo a partir de agora é a mais pura e simples vingança pessoal contra Joe. O sucesso de audiência da série "The Following" tem feito com que seus roteiristas procurem renovar tudo, mas deixando a fórmula da primeira temporada intacta. O resultado tem se mostrado muito bom, até agora, sem sinais de desgaste. Acredito que ainda haja bastante fôlego para The Following, cuja terceira temporada está programada para estrear nos Estados Unidos em janeiro de 2015. / The Following - Family Affair (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Brett Mahoney / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.05 - Reflection
O episódio anterior terminou com Joe Carroll (James Purefoy) chegando em uma bela mansão para conhecer seu novo grupo de admiradores formado por Lily Gray (Connie Nielsen), seus dois filhos gêmeos adotivos e mais dois ou três admiradores de Carroll. Agora é hora de todos se conhecerem melhor. Inicialmente Joe precisa lidar com o temperamento explosivo de Emma Hill (Valorie Curry) que o condena por nunca ter lhe revelado que ainda estava vivo, escondido no Arkansas. Pedidos de desculpas aceitos, é hora de verificar o que ele pode esperar de Lily. Realmente ela é bem perturbada do ponto de vista psiquiátrico, porém com muito dinheiro logo oferece uma verdadeira câmara de torturas para que Joe posssa continuar matando com toda comodidade possível! Inicialmente Carroll se mostra ofendido por aquele "presente" porém logo seu lado psicopata se revela mais uma vez, onde matar se torna um prazer renovado! Na outra linha narrativa Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta descobrir por conta própria o paradeiro de Joe Carroll. Sua melhor aposta é seguir os passos de uma de suas seguidoras. Obviamente que o confronto será inevitável e bem violento para ambas as partes. Nesse episódio inclusive temos uma amostra de como Ryan está perdendo o controle pessoal em sua busca por Carroll, chegando mesmo às raias da obsessão completa. Ele se fere em um tiroteio e acaba indo parar numa casa distante e isolada no campo. Ferido e sem condições de ter qualquer tipo de apoio acaba fazendo de refém a moradora, agindo mesmo como um fora da lei, algo impensado nos primeiros episódios da série. Kevin Williamson tem realizado um bom trabalho em "The Following" não deixando a série saturar ou estagnar, mesmo após a verdadeira "ressurreição" de Joe Carroll no começo da temporada. Assim o programa tem cada vez mais se tornado divertido e até mesmo viciante. O espectador sempre fica com vontade de saber onde isso tudo vai parar. / The Following 2.05 - Reflection (EUA, 2014) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Kevin Williamson, Lizzie Mickery / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.06 - Fly Away
Cada vez mais perto de chegar até Joe Carroll (James Purefoy), Ryan Hardy (Kevin Bacon) finalmente vê chances concretas de colocar as mãos em seu inimigo visceral. Como se viu nos episódios anteriores Carroll está agora sob os cuidados de Lily Gray (Connie Nielsen) que não se contenta em apenas admirar o autor psicopata, mas também colocar todos os seus recursos à sua disposição. Para Lily o ideal seria ir embora do país, para viver em uma rica fazenda na Venezuela. A ideia inicialmente atrai Joe que promete pensar na proposta. Enquanto isso Hardy finalmente localiza o esconderijo de Carroll. Ao ter sob custódia o filho adotivo de Lily, Luke (Sam Underwood), um dos gêmeos, ele lança a proposta: entregue Carroll que ele soltará Luke! Lily entra imediatamente em desespero e resolve drogar Joe, algo que será decisivo para que ele finalmente abandone a ideia de seguir naquele ninho familiar de insanos. Nesse episódio há uma ótima sequência em cima da represa Dover. É justamente lá que ambos os lados marcam para a troca - mas será mesmo que ela acontecerá como manda o figurino? O destaque aqui vai para Luke e sua tremenda capacidade de sobrevivência. O sujeito é esfaqueado, baleado várias vezes e ainda consegue continuar de pé! Seria o filho perdido de Jason da franquia "Sexta-Feira 13"? Só o tempo dirá... / The Following 2.06 - Fly Away (EUA, 2014) Direção: Rob Seidenglanz / Roteiro: Kevin Williamson, Dewayne Darian / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.07 - Sacrifice
Joe Carroll (James Purefoy) acaba saindo de uma seita de fanáticos para outra, ou quase isso. Nesse episódio Joe dá adeus à família de psicopatas de Lily Gray (Connie Nielsen) e parte junto de Emma (Valorie Curry) para outra. Ele acaba escolhendo mal seu novo destino, um grupo de fanáticos religiosos que seguem uma estranha seita isolada em uma reserva florestal dos Estados Unidos. Como toda seita o ambiente é carregado de loucuras, falsos profetas e rituais satânicos. Joe pensa que irá se dar bem no meio desses malucos, mas acaba descobrindo da pior forma possível que sim, existem pessoas mais perturbadas do que ele no mundo (por mais incrível que isso possa parecer!). Enquanto tentam sair daquela encruzilhada mortal Ryan Hardy (Kevin Bacon) dá prosseguimento para sua obsessão de colocar as mãos definitivamente em Carroll (entenda-se, enfiar um tiro em seu crânio!). Um episódio muito bom, valorizado pelo esquisito ritual em que Emma acaba sendo alvo - me lembrou até mesmo do filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição" / The Following 2.07 - Sacrifice (EUA, 2014) Direção: Adam Davidson / Roteiro: Kevin Williamson, Scott Reynolds / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.08 - The Messenger
Joe Carroll (James Purefoy) decide ficar no meio daquela seita fanática mesmo após Emma (Valorie Curry) quase ter sido morta em um ritual maluco daquelas pessoas. O líder dos fanáticos, Micah (Jake Weber), quer que Joe lhe ajuda na eliminação de certas pessoas que ficam bem no meio do seu caminho de expansão da nova religião. Ele está preocupado pois os Estados Unidos com mais de cinco mil seitas espalhadas pelo país, se torna um território muito competitivo para se vencer. Reunindo rituais pagãos com lendas malucas sobre ufologia (Micah acredita que todos os membros de sua seita irão para um planeta próximo de Netuno após suas mortes), ele precisa de alguém que faça o serviço sujo. Para ele esse homem é justamente Carroll. Enquanto isso Ryan Hardy (Kevin Bacon) recebe um novo convite para se unir novamente ao FBI. Ele que vinha atuando como um lobo solitário, indo atrás de Carroll sozinho, resolve retornar ao seio do Bureau de investigação, já que assim também terá acesso a informações privilegiadas sobre o real paradeiro de Joe e seus seguidores loucos. / The Following 2.08 - The Messenger (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Alexi Hawley / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.09 - Unmasked
Desde que Joe foi para essa seita de fanáticos a série vinha de certa forma mostrando sinais de cansaço. Eu atribuo isso a um fato simples: a tal seita foi apresentada de forma muito caricatural, sem muita profundidade e conteúdo. Muito provavelmente por essa razão os roteiristas resolveram se livrar do líder do grupo, o chatinho Micah. O que sobrou dessa decisão só saberemos nos próximos episódios, mas de antemão já é um alívio saber que a série irá deixar esse núcleo narrativo de lado. Fora isso a gracinha psicopata Emmy (Valorie Curry) e mais dois cúmplices resolvem participar de mais um banho de sangue, dessa vez numa livraria, o que rende uma boa cena, embora nada demais. No geral "The Following" tem que sair dessa fórmula de gato e rato entre Ryan e Joe para procurar por novas soluções, novos ciclos dramáticos, caso contrário vai cair de vez numa velha armadilha que ronda vários seriados, principalmente quando eles dão giros e mais giros em torno do próprio rabo, sem sair do lugar, chegando em lugar nenhum. O curioso é que foi justamente isso que aconteceu com outra série desse mesmo autor, "The Vampire Diaries". Será mesmo uma sina que acompanha todos os seriados criados por Kevin Williamson? Só nos resta aguardar para ver no que isso tudo vai dar. / The Following 2.09 - Unmasked (EUA, 2014) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Kevin Williamson, Vincent Angell/ Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.11 - Freedom
Essa semana a equipe e o elenco de "The Following" foram surpreendidos pela notícia que a série havia sido cancelada pela Fox. A audiência, que começou muito boa desde a estreia do programa, foi caindo, caindo, até o momento em que não havia mais como continuar. Eu já vinha percebendo que os roteiros não conseguiam mais inovar, virando pura enrolação. Segundo pesquisas internas realizadas pelo estúdio duas coisas também andavam incomodando o público: a violência extrema (com cenas gratuitas como o esfaqueamento de várias pessoas inocentes em um restaurante, por exemplo) e a incômoda sensação de que os roteiristas andavam glamourizando o personagem psicopata Joe Carroll (James Purefoy). Na segunda temporada, como todos sabemos, Joe virou uma espécie de líder religioso carismático, liderando uma seita de jovens fanáticos, que aceitam fazer tudo para engrandecer sua estranha religião. Nesse episódio em particular ele começa a exigir sacrifícios de sangue dos membros, fazendo com que uma garota mate outra no altar, com seu punhal, durante um ritual macabro. Depois os membros de sua seita vão até uma lanchonete e promovem um banho de sangue, cortando as gargantas dos pobres frequentadores do lugar. Se você estiver em busca de respostas para o fim da série certamente encontrará aqui. A violência, que antes era mais estilizada e intelectualmente justificável, parece que perdeu o rumo em "The Following", se tornando puro chamariz de audiência. Quando isso aconteceu realmente a série morreu. / The Following 2.11 - Freedom (EUA, 2014) Direção: Liz Friedlander / Roteiro: Kevin Williamson, Dewayne Darian Jones / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.12 - Betrayal
Joe Carroll (James Purefoy) começa a ser questionado dentro da seita que dominou após ter assassinado seu antigo líder. A questão é que Joe pessoalmente abomina religiões em geral e as usa apenas para controlar aquelas pessoas, determinando que elas façam o que ele lhes pede, por mais absurdas que sejam as ordens. Como bem se sabe seitas em geral são baseadas em lavagem cerebral e Joe sabe muito bem disso. Pedindo por sacrifícios de sangue ele envia seus seguidores para diversas partes da cidade, onde matam pessoas inocentes. Esse tipo de ato de barbárie acaba chamando a atenção de um pastor que resolve transformar Joe em seu novo alvo de ódio e fúria. Atacando seus métodos na TV, Joe resolve lhe aplicar um castigo, mandando os membros de sua seita irem atrás do filho do líder religioso numa fraternidade universitária, na faculdade onde estuda. A partir daí a insanidade sanguinária se instala. O roteiro desse episódio se inspirou livremente nos crimes cometidos pelo infame psicopata Ted Bundy que também matou um grupo de jovens dentro de uma fraternidade universitária durante a década de 1970. Outro ponto digno de nota surge quando Joe diz de forma sincera tudo o que acredita em relação aos pastores televisivos americanos e suas picaretagens para arrancar dinheiro de seus fiéis. A semelhança com o que anda ocorrendo no Brasil não é mera coincidência! / The Following 2.12 - Betrayal (EUA, 2013) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Lizzie Mickery / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry .
The Following 2.13 - The Reaping
No episódio anterior Joe Carroll (James Purefoy) conseguiu finalmente colocar as mãos no filho de um pastor televisivo que estava lhe criticando em seu programa matinal. Ele acusava Carroll de liderar uma seita satânica. Em represália Carroll, que na verdade não acredita nem em Deus e nem muito menos no diabo, resolve levar o pobre rapaz para o altar com o claro objetivo de oferecer seu sangue em sacríficio, até porque desde que assumiu o controle de sua seita ele segue o lema sempre repetido de que "Sem Sangue não há Redenção". Para sorte do jovem, o agente Ryan Hardy (Kevin Bacon) consegue se infiltrar no bando de Joe, parando o sangrento ritual, dando tiros para o alto. Localizado e preso, é então enviado para Joe, o que acaba proporcionando o melhor momento do episódio pois sempre que eles se encontram os roteiristas capricham nos diálogos. Afinal de contas dessa dualidade nasceu praticamente toda a série. Joe então começa seu longo monólogo, explicando para Ryan que ambos precisam um do outro para existir. Sem Ryan a vida de Joe ficaria totalmente sem sentido e vice versa. Ambos se alimentam de suas rivalidades. Para quem acompanha a série outro momento marcante acontece aqui, já no final, praticamente na última cena, quando a personagem psicopata Lily Gray (Connie Nielsen) finalmente parece encontrar seu destino de frente, embora pessoalmente não acredite muito numa conclusão definitiva, afinal de contas "The Following" não costuma fechar portas narrativas dessa forma, de maneira muito conclusiva. / The Following 2.13 - The Reaping (EUA, 2014) Direção: Joshua Butler / Roteiro: Kevin Williamson, Megan Martin / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Connie Nielsen, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.15 - Forgive
The Following está chegando ao clímax de sua trama, embora a série tenha mais uma temporada confirmada pela frente. Esse é o episódio final da segunda temporada. O anterior acabou com Joe Carroll (James Purefoy) fazendo um grupo de pessoas reféns em uma igreja católica. Em pouco tempo Ryan (Bacon) chega para encurralar Joe, mas tudo acaba saindo dos planos originais. Quando a tropa de elite invade o lugar ambos fogem, Ryan e Joe, em um estranho momento de colaboração entre eles. Qual é a razão? Bom, os gêmeos psicopatas estão com Claire (Natalie Zea) e a ameaçam de morte caso Ryan e Joe não se dirijam até eles. A partir daí, do momento em que eles chegam na velha mansão isolada no meio do bosque, tudo se torna um caos. Um verdadeiro banho de sangue. O mais interessante nesse episódio é que a relação entre Joe e Ryan dá uma reviravolta, de repente ambos chegam na conclusão de que precisam mesmo um do outro. Joe acaba salvando a vida de Ryan e esse por sua vez desiste de meter uma bala em Joe quando tem a chance! Quem diria que eles chegariam em momentos como esse? Bom episódio, que tenta fechar a temporada, mas que obviamente deixa pontas soltas para a terceira temporada. A dúvida que fica é se haverá ainda história para contar depois de tantas mortes. / The Following 2.15 - Forgive (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Natalie Zea, Shawn Ashmore, Sam Underwood.
Terceira Temporada:
The Following 3.01 - New Blood
Tudo parece caminhar muito bem para Ryan Hardy (Kevin Bacon). O serial killer Joe Carroll (James Purefoy) está no corredor da morte. Ele está de volta definitivamente ao FBI e para completar a felicidade está novamente apaixonado. Sim, há uma sensação de que tudo está correndo bem e que o futuro promete. Porém nem tudo são flores. Durante o casamento de uma amiga, Ryan é violentamente confrontado por um estranho que se diz pai de uma jovem seguidora de Carroll, que foi morta em um tiroteio com o FBI. Para mostrar sua ira ele joga vinho tinto (simbolizando o sangue derramado de sua filha) no roste de Hardy, bem na frente de todos os demais convidados. O agente obviamente fica abalado e no dia seguinte vai nos arquivos do Bureau para saber mais sobre a jovem morta (ele se sente culpado internamente por sequer saber o nome das vítimas da caçada insana que promoveu contra Joe Carroll e seus seguidores fanáticos em um passado recente). Para surpresa de Ryan ele descobre que o homem não disse a verdade. Durante uma visita à casa da garota para se solidarizar com os parentes e pedir desculpas, ele descobre que o sujeito que lhe jogou vinho no rosto não era quem afirmava, que ele não era o pai da garota morta. Assim ficam abertas várias possibilidades. Seria um novo grupo de loucos psicopatas tentando vingar a morte de seu amado líder agora condenado à morte ou pelo contrário seria o surgimento de um novo serial killer? Quando um casal é morto em um hotel as coisas começam a ficar mais claras para Ryan. Os cadáveres são colocados em posições que simulam seus antigos casos no FBI. Para piorar ainda mais o quadro, um velho desafeto de Ryan parece estar por trás de tudo, sim o gêmeo sobrevivente Mark (Sam Underwood) que agora começa a ter alucinações e surtos psicóticos, conversando com seu irmão morto (como vimos na temporada anterior). Ele não apenas tem longas conversações com o finado, como também acaba adquirindo sua personalidade. Um prato cheio para psicanalistas de plantão. Bom episódio, porém pouco original. Não sei para onde essa temporada seguirá, porém fica claro já aqui uma certa saturação. De qualquer maneira vou seguir em frente até o fim da série para saber onde tudo isso vai parar. / The Following 3.01 - New Blood (EUA, 2015) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Alexi Hawley / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Sam Underwood.
The Following 3.02 - Boxed In
"The Following" foi finalmente cancelada nos EUA depois de vários meses de boatos. A audiência já não era tão boa e os roteiros se tornaram medíocres com o passar do tempo. O que havia para contar já foi contado nas duas primeiras temporadas. É o que eu gosto de dizer, algumas histórias só possuem potencial para uma ou no máximo duas temporadas. Ir além disso é simplesmente esperar pelo cancelamento certo. Nesse episódio percebemos bem isso. Os roteiristas apelaram para um crime que mais parece ter saído de algum filme de terror gore ao estilo torture porn. Um agente do FBI é sequestrado e após sofrer inúmeras torturas tem seu corpo trucidado ao ser colocado em uma pequena caixa de metal. Algo realmente terrível. Achei um tanto desnecessário e gratuito. Kevin Williamson parece mesmo ter perdido a inspiração ou então está esgotado ao ter que dar conta de tantas séries ao mesmo tempo. "The Following" já vinha sendo criticada por alguns excessos em termos de violência e aqui mais uma vez exageraram na dose. O elenco também parece desgastado. Kevin Bacon, por exemplo, surge cada vez mais envelhecido, apático, sem ânimo. Nem na cena em que ele desaba ao saber que seu colega de FBI foi morto de forma tão bárbara empolga. Ele se limita a dar alguns chorinhos falsos e nada convincentes debaixo do chuveiro. Assim não teria mesmo como ter salvação. / The Following 3.02 - Boxed In (EUA, 2015) Direção: Rob Seidenglanz / Roteiro: Kevin Williamson, Barry O'Brien / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Sam Underwood.
Pablo Aluísio.
Antes de mais nada é interessante perceber que apesar dos anos passados o filme “O Silencio dos Inocentes” continua a gerar frutos. Essa série bebe diretamente de sua fonte, inclusive na figura do psicopata, um sujeito brilhante, intelectual, astuto, que resolve matar em nome da arte – ele é obcecado pelo famoso escritor Edgar Allan Poe que reverenciava a morte como um ato de rara beleza. Até aí tudo bem, o problema é que já no episódio piloto da série temos que aceitar várias situações que soam inverossímeis demais. Só para citar um exemplo, o psicopata consegue sozinho matar três guardas em uma penitenciaria de segurança máxima para onde são enviados os piores criminosos. Depois de cometer os homicídios ele, disfarçado de guarda, sai tranquilamente da prisão pilotando o carro do agente que matou momentos antes. Complicado aceitar algo assim não é mesmo? Kevin Bacon, que interpreta um policial praticamente aposentado que volta à ativa para prender o serial killer está visivelmente abatido, cansado, talvez por seu personagem usar um marca passo. James Purefoy que interpreta o assassino em série tem uma “seita” de seguidores que o veneram e cometem atos de loucura em seu nome, como cometer suicídio dentro da própria sede do FBI (outra coisa impossível de acontecer). Em suma, “The Following” promete e até foi renovada para uma segunda temporada mas tem que colocar certos aspectos nos eixos, com melhor capricho em seus roteiros pois caso contrário vai cair na vala comum de séries americanas sem grande expressão.
The Following (Idem, EUA, 2013) Criado por: Kevin Williamson / Roteiro: Kevin Williamson / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Natalie Zea, Shawn Ashmore / Sinopse: Psicopata perigoso, Joe Carroll (James Purefoy), foge de uma prisão de segurança máxima para ir atrás de sua última vítima que com seu depoimento o colocou atrás das grades por longos anos. Para tentar seguir os passos do psicopata o FBI chama Ryan Hardy (Kevin Bacon), o policial responsável por sua prisão anos antes.
Episódios comentados:
The Following 1.08 - Welcome Home
Em minha opinião a série "The Following" vai, conforme vão se passando os episódios, ficando cada vez mais forçada e inverossímil. Após Joe Carroll (James Purefoy) fugir da prisão em uma operação espetacular (onde usaram até um helicóptero!), o psicopata fã de Edgar Allan Poe reencontra o filho pequeno (que aliás morre de medo dele). Também tem a oportunidade de reunir todos os seus admiradores numa bela casa de campo. Tudo parece uma maravilha mas ele ainda está insatisfeito, principalmente porque o FBI escondeu sua amada esposa. Sem pensar duas vezes manda um grupo torturar um agente do FBI para saber de seu paradeiro. Há também um novo encarregado das investigações mas ele não parece saber ainda seguir o fio da meada. Kevin Bacon não tem muito o que fazer nesse episódio mas acaba salvando a pele de seu colega no último momento. Em minha opinião Joe Carroll tem seguidores demais, nem Charles Manson conseguiria reunir tanta gente ao seu redor como ele!
The Following 2.02 - For Joe
Pois bem, ao contrário do que se pensava o líder Joe Carroll (James Purefoy) não morreu no último episódio da temporada anterior, isso mesmo depois de estar dentro de uma cabana em chamas. Nesses primeiros episódios da segunda temporada descobrimos que ele sobreviveu (não se dá muitos detalhes sobre isso) e fugiu para o sul dos Estados Unidos para viver anônimo ao lado de uma de suas admiradoras (uma mulher mais velha que se apaixonou por ela após trocar por longos anos cartas enquanto ele esteve preso, algo mais comum do que se pensa nos Estados Unidos). Levando uma vida pacata (e também medíocre), Carroll deixa a barba crescer e tenta se tornar um perfeito caipira sulista, tomando cerveja e assistindo TV o dia todo. Seu disfarce começa a ruir justamente quando um padre surge em sua casa na hora errada, no local errado. Enquanto senta na sala o rosto de Carroll surge na tela, em um daqueles programas que exploram a vida de psicopatas. O padre logo reconhece e Joe percebe. Fim de jogo para o sacerdote. Ao matar novamente, Joe acaba sentindo todo o prazer que desfrutava em sua vida passada, o que se torna logo a porta de entrada de volta para seu movimento de seguidores, formado por jovens psicopatas. E eles estão muito bem, obrigado. Mais dispersos do que na primeira temporada, mas ainda vivos e empolgados em matar recriando os livros e poemas de Edgar Allan Poe. Nesse novo grupo se destacam dois irmãos gêmeos, ambos psicopatas, que no primeiro episódio da primeira temporada já tinham cometido um massacre do metrô. Enquanto tudo acontece Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta despistar, dizendo que não quer mais se envolver com esses malucos, mas é tudo jogo de cena. Nos bastidores ele faz de tudo para colocar as mãos nos novos seguidores de Joe Carroll. Bom episódio, valorizado por interessantes momentos como o "jantar familiar com cadáveres" que certamente vai cair no gosto dos fãs da série. "The Following" começou meio vacilante sobre qual rumo iria seguir, mas agora podemos dizer com certeza que o caminho já foi encontrado. Apesar de algumas forçadas de barra é uma das séries mais promissoras hoje da TV americana. / The Following - For Joe (EUA, 2014) Direção: Joshua Butler / Roteiro: Kevin Williamson, Vincent Angell / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry, James Purefoy.
The Following 2.04 - Family Affair
E segue a saga do psicopata intelectual Joe Carroll (James Purefoy). Como se viu nos primeiros episódios da segunda temporada ele está vivo e agora reorganizando seu grupo de admiradores insanos. Depois de ver a filha da mulher que o acolheu, matar a própria mãe, ele parte do sul em busca de um novo esconderijo. Acaba encontrando apoio numa antiga seguidora que escapa da morte por um triz. Depois segue rumo a uma nova direção, para encontrar pessoas novas que querem seguir seus passos. Esse novo grupo é na verdade uma família, um jovem senhora herdeira de uma grande fortuna, seus dois filhos adotivos gêmeos e psicopatas e mais um pequeno grupo de seguidores fanáticos. Da velha turma apenas Emma (Valorie Curry, com visual horroroso) está de volta! Enquanto Joe vai reunindo os cacos de seu grupo, Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta seguir passos próprios, longe das autoridades. A coisa que já era bem pessoal se torna pior ainda e ele deixou o conceito de mera justiça para trás, pois o que ele quer mesmo a partir de agora é a mais pura e simples vingança pessoal contra Joe. O sucesso de audiência da série "The Following" tem feito com que seus roteiristas procurem renovar tudo, mas deixando a fórmula da primeira temporada intacta. O resultado tem se mostrado muito bom, até agora, sem sinais de desgaste. Acredito que ainda haja bastante fôlego para The Following, cuja terceira temporada está programada para estrear nos Estados Unidos em janeiro de 2015. / The Following - Family Affair (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Brett Mahoney / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.05 - Reflection
O episódio anterior terminou com Joe Carroll (James Purefoy) chegando em uma bela mansão para conhecer seu novo grupo de admiradores formado por Lily Gray (Connie Nielsen), seus dois filhos gêmeos adotivos e mais dois ou três admiradores de Carroll. Agora é hora de todos se conhecerem melhor. Inicialmente Joe precisa lidar com o temperamento explosivo de Emma Hill (Valorie Curry) que o condena por nunca ter lhe revelado que ainda estava vivo, escondido no Arkansas. Pedidos de desculpas aceitos, é hora de verificar o que ele pode esperar de Lily. Realmente ela é bem perturbada do ponto de vista psiquiátrico, porém com muito dinheiro logo oferece uma verdadeira câmara de torturas para que Joe posssa continuar matando com toda comodidade possível! Inicialmente Carroll se mostra ofendido por aquele "presente" porém logo seu lado psicopata se revela mais uma vez, onde matar se torna um prazer renovado! Na outra linha narrativa Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta descobrir por conta própria o paradeiro de Joe Carroll. Sua melhor aposta é seguir os passos de uma de suas seguidoras. Obviamente que o confronto será inevitável e bem violento para ambas as partes. Nesse episódio inclusive temos uma amostra de como Ryan está perdendo o controle pessoal em sua busca por Carroll, chegando mesmo às raias da obsessão completa. Ele se fere em um tiroteio e acaba indo parar numa casa distante e isolada no campo. Ferido e sem condições de ter qualquer tipo de apoio acaba fazendo de refém a moradora, agindo mesmo como um fora da lei, algo impensado nos primeiros episódios da série. Kevin Williamson tem realizado um bom trabalho em "The Following" não deixando a série saturar ou estagnar, mesmo após a verdadeira "ressurreição" de Joe Carroll no começo da temporada. Assim o programa tem cada vez mais se tornado divertido e até mesmo viciante. O espectador sempre fica com vontade de saber onde isso tudo vai parar. / The Following 2.05 - Reflection (EUA, 2014) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Kevin Williamson, Lizzie Mickery / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.06 - Fly Away
Cada vez mais perto de chegar até Joe Carroll (James Purefoy), Ryan Hardy (Kevin Bacon) finalmente vê chances concretas de colocar as mãos em seu inimigo visceral. Como se viu nos episódios anteriores Carroll está agora sob os cuidados de Lily Gray (Connie Nielsen) que não se contenta em apenas admirar o autor psicopata, mas também colocar todos os seus recursos à sua disposição. Para Lily o ideal seria ir embora do país, para viver em uma rica fazenda na Venezuela. A ideia inicialmente atrai Joe que promete pensar na proposta. Enquanto isso Hardy finalmente localiza o esconderijo de Carroll. Ao ter sob custódia o filho adotivo de Lily, Luke (Sam Underwood), um dos gêmeos, ele lança a proposta: entregue Carroll que ele soltará Luke! Lily entra imediatamente em desespero e resolve drogar Joe, algo que será decisivo para que ele finalmente abandone a ideia de seguir naquele ninho familiar de insanos. Nesse episódio há uma ótima sequência em cima da represa Dover. É justamente lá que ambos os lados marcam para a troca - mas será mesmo que ela acontecerá como manda o figurino? O destaque aqui vai para Luke e sua tremenda capacidade de sobrevivência. O sujeito é esfaqueado, baleado várias vezes e ainda consegue continuar de pé! Seria o filho perdido de Jason da franquia "Sexta-Feira 13"? Só o tempo dirá... / The Following 2.06 - Fly Away (EUA, 2014) Direção: Rob Seidenglanz / Roteiro: Kevin Williamson, Dewayne Darian / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.07 - Sacrifice
Joe Carroll (James Purefoy) acaba saindo de uma seita de fanáticos para outra, ou quase isso. Nesse episódio Joe dá adeus à família de psicopatas de Lily Gray (Connie Nielsen) e parte junto de Emma (Valorie Curry) para outra. Ele acaba escolhendo mal seu novo destino, um grupo de fanáticos religiosos que seguem uma estranha seita isolada em uma reserva florestal dos Estados Unidos. Como toda seita o ambiente é carregado de loucuras, falsos profetas e rituais satânicos. Joe pensa que irá se dar bem no meio desses malucos, mas acaba descobrindo da pior forma possível que sim, existem pessoas mais perturbadas do que ele no mundo (por mais incrível que isso possa parecer!). Enquanto tentam sair daquela encruzilhada mortal Ryan Hardy (Kevin Bacon) dá prosseguimento para sua obsessão de colocar as mãos definitivamente em Carroll (entenda-se, enfiar um tiro em seu crânio!). Um episódio muito bom, valorizado pelo esquisito ritual em que Emma acaba sendo alvo - me lembrou até mesmo do filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição" / The Following 2.07 - Sacrifice (EUA, 2014) Direção: Adam Davidson / Roteiro: Kevin Williamson, Scott Reynolds / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.08 - The Messenger
Joe Carroll (James Purefoy) decide ficar no meio daquela seita fanática mesmo após Emma (Valorie Curry) quase ter sido morta em um ritual maluco daquelas pessoas. O líder dos fanáticos, Micah (Jake Weber), quer que Joe lhe ajuda na eliminação de certas pessoas que ficam bem no meio do seu caminho de expansão da nova religião. Ele está preocupado pois os Estados Unidos com mais de cinco mil seitas espalhadas pelo país, se torna um território muito competitivo para se vencer. Reunindo rituais pagãos com lendas malucas sobre ufologia (Micah acredita que todos os membros de sua seita irão para um planeta próximo de Netuno após suas mortes), ele precisa de alguém que faça o serviço sujo. Para ele esse homem é justamente Carroll. Enquanto isso Ryan Hardy (Kevin Bacon) recebe um novo convite para se unir novamente ao FBI. Ele que vinha atuando como um lobo solitário, indo atrás de Carroll sozinho, resolve retornar ao seio do Bureau de investigação, já que assim também terá acesso a informações privilegiadas sobre o real paradeiro de Joe e seus seguidores loucos. / The Following 2.08 - The Messenger (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Alexi Hawley / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.09 - Unmasked
Desde que Joe foi para essa seita de fanáticos a série vinha de certa forma mostrando sinais de cansaço. Eu atribuo isso a um fato simples: a tal seita foi apresentada de forma muito caricatural, sem muita profundidade e conteúdo. Muito provavelmente por essa razão os roteiristas resolveram se livrar do líder do grupo, o chatinho Micah. O que sobrou dessa decisão só saberemos nos próximos episódios, mas de antemão já é um alívio saber que a série irá deixar esse núcleo narrativo de lado. Fora isso a gracinha psicopata Emmy (Valorie Curry) e mais dois cúmplices resolvem participar de mais um banho de sangue, dessa vez numa livraria, o que rende uma boa cena, embora nada demais. No geral "The Following" tem que sair dessa fórmula de gato e rato entre Ryan e Joe para procurar por novas soluções, novos ciclos dramáticos, caso contrário vai cair de vez numa velha armadilha que ronda vários seriados, principalmente quando eles dão giros e mais giros em torno do próprio rabo, sem sair do lugar, chegando em lugar nenhum. O curioso é que foi justamente isso que aconteceu com outra série desse mesmo autor, "The Vampire Diaries". Será mesmo uma sina que acompanha todos os seriados criados por Kevin Williamson? Só nos resta aguardar para ver no que isso tudo vai dar. / The Following 2.09 - Unmasked (EUA, 2014) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Kevin Williamson, Vincent Angell/ Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.11 - Freedom
Essa semana a equipe e o elenco de "The Following" foram surpreendidos pela notícia que a série havia sido cancelada pela Fox. A audiência, que começou muito boa desde a estreia do programa, foi caindo, caindo, até o momento em que não havia mais como continuar. Eu já vinha percebendo que os roteiros não conseguiam mais inovar, virando pura enrolação. Segundo pesquisas internas realizadas pelo estúdio duas coisas também andavam incomodando o público: a violência extrema (com cenas gratuitas como o esfaqueamento de várias pessoas inocentes em um restaurante, por exemplo) e a incômoda sensação de que os roteiristas andavam glamourizando o personagem psicopata Joe Carroll (James Purefoy). Na segunda temporada, como todos sabemos, Joe virou uma espécie de líder religioso carismático, liderando uma seita de jovens fanáticos, que aceitam fazer tudo para engrandecer sua estranha religião. Nesse episódio em particular ele começa a exigir sacrifícios de sangue dos membros, fazendo com que uma garota mate outra no altar, com seu punhal, durante um ritual macabro. Depois os membros de sua seita vão até uma lanchonete e promovem um banho de sangue, cortando as gargantas dos pobres frequentadores do lugar. Se você estiver em busca de respostas para o fim da série certamente encontrará aqui. A violência, que antes era mais estilizada e intelectualmente justificável, parece que perdeu o rumo em "The Following", se tornando puro chamariz de audiência. Quando isso aconteceu realmente a série morreu. / The Following 2.11 - Freedom (EUA, 2014) Direção: Liz Friedlander / Roteiro: Kevin Williamson, Dewayne Darian Jones / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.12 - Betrayal
Joe Carroll (James Purefoy) começa a ser questionado dentro da seita que dominou após ter assassinado seu antigo líder. A questão é que Joe pessoalmente abomina religiões em geral e as usa apenas para controlar aquelas pessoas, determinando que elas façam o que ele lhes pede, por mais absurdas que sejam as ordens. Como bem se sabe seitas em geral são baseadas em lavagem cerebral e Joe sabe muito bem disso. Pedindo por sacrifícios de sangue ele envia seus seguidores para diversas partes da cidade, onde matam pessoas inocentes. Esse tipo de ato de barbárie acaba chamando a atenção de um pastor que resolve transformar Joe em seu novo alvo de ódio e fúria. Atacando seus métodos na TV, Joe resolve lhe aplicar um castigo, mandando os membros de sua seita irem atrás do filho do líder religioso numa fraternidade universitária, na faculdade onde estuda. A partir daí a insanidade sanguinária se instala. O roteiro desse episódio se inspirou livremente nos crimes cometidos pelo infame psicopata Ted Bundy que também matou um grupo de jovens dentro de uma fraternidade universitária durante a década de 1970. Outro ponto digno de nota surge quando Joe diz de forma sincera tudo o que acredita em relação aos pastores televisivos americanos e suas picaretagens para arrancar dinheiro de seus fiéis. A semelhança com o que anda ocorrendo no Brasil não é mera coincidência! / The Following 2.12 - Betrayal (EUA, 2013) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Lizzie Mickery / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry .
The Following 2.13 - The Reaping
No episódio anterior Joe Carroll (James Purefoy) conseguiu finalmente colocar as mãos no filho de um pastor televisivo que estava lhe criticando em seu programa matinal. Ele acusava Carroll de liderar uma seita satânica. Em represália Carroll, que na verdade não acredita nem em Deus e nem muito menos no diabo, resolve levar o pobre rapaz para o altar com o claro objetivo de oferecer seu sangue em sacríficio, até porque desde que assumiu o controle de sua seita ele segue o lema sempre repetido de que "Sem Sangue não há Redenção". Para sorte do jovem, o agente Ryan Hardy (Kevin Bacon) consegue se infiltrar no bando de Joe, parando o sangrento ritual, dando tiros para o alto. Localizado e preso, é então enviado para Joe, o que acaba proporcionando o melhor momento do episódio pois sempre que eles se encontram os roteiristas capricham nos diálogos. Afinal de contas dessa dualidade nasceu praticamente toda a série. Joe então começa seu longo monólogo, explicando para Ryan que ambos precisam um do outro para existir. Sem Ryan a vida de Joe ficaria totalmente sem sentido e vice versa. Ambos se alimentam de suas rivalidades. Para quem acompanha a série outro momento marcante acontece aqui, já no final, praticamente na última cena, quando a personagem psicopata Lily Gray (Connie Nielsen) finalmente parece encontrar seu destino de frente, embora pessoalmente não acredite muito numa conclusão definitiva, afinal de contas "The Following" não costuma fechar portas narrativas dessa forma, de maneira muito conclusiva. / The Following 2.13 - The Reaping (EUA, 2014) Direção: Joshua Butler / Roteiro: Kevin Williamson, Megan Martin / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Connie Nielsen, Shawn Ashmore, Valorie Curry.
The Following 2.15 - Forgive
The Following está chegando ao clímax de sua trama, embora a série tenha mais uma temporada confirmada pela frente. Esse é o episódio final da segunda temporada. O anterior acabou com Joe Carroll (James Purefoy) fazendo um grupo de pessoas reféns em uma igreja católica. Em pouco tempo Ryan (Bacon) chega para encurralar Joe, mas tudo acaba saindo dos planos originais. Quando a tropa de elite invade o lugar ambos fogem, Ryan e Joe, em um estranho momento de colaboração entre eles. Qual é a razão? Bom, os gêmeos psicopatas estão com Claire (Natalie Zea) e a ameaçam de morte caso Ryan e Joe não se dirijam até eles. A partir daí, do momento em que eles chegam na velha mansão isolada no meio do bosque, tudo se torna um caos. Um verdadeiro banho de sangue. O mais interessante nesse episódio é que a relação entre Joe e Ryan dá uma reviravolta, de repente ambos chegam na conclusão de que precisam mesmo um do outro. Joe acaba salvando a vida de Ryan e esse por sua vez desiste de meter uma bala em Joe quando tem a chance! Quem diria que eles chegariam em momentos como esse? Bom episódio, que tenta fechar a temporada, mas que obviamente deixa pontas soltas para a terceira temporada. A dúvida que fica é se haverá ainda história para contar depois de tantas mortes. / The Following 2.15 - Forgive (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Natalie Zea, Shawn Ashmore, Sam Underwood.
Terceira Temporada:
The Following 3.01 - New Blood
Tudo parece caminhar muito bem para Ryan Hardy (Kevin Bacon). O serial killer Joe Carroll (James Purefoy) está no corredor da morte. Ele está de volta definitivamente ao FBI e para completar a felicidade está novamente apaixonado. Sim, há uma sensação de que tudo está correndo bem e que o futuro promete. Porém nem tudo são flores. Durante o casamento de uma amiga, Ryan é violentamente confrontado por um estranho que se diz pai de uma jovem seguidora de Carroll, que foi morta em um tiroteio com o FBI. Para mostrar sua ira ele joga vinho tinto (simbolizando o sangue derramado de sua filha) no roste de Hardy, bem na frente de todos os demais convidados. O agente obviamente fica abalado e no dia seguinte vai nos arquivos do Bureau para saber mais sobre a jovem morta (ele se sente culpado internamente por sequer saber o nome das vítimas da caçada insana que promoveu contra Joe Carroll e seus seguidores fanáticos em um passado recente). Para surpresa de Ryan ele descobre que o homem não disse a verdade. Durante uma visita à casa da garota para se solidarizar com os parentes e pedir desculpas, ele descobre que o sujeito que lhe jogou vinho no rosto não era quem afirmava, que ele não era o pai da garota morta. Assim ficam abertas várias possibilidades. Seria um novo grupo de loucos psicopatas tentando vingar a morte de seu amado líder agora condenado à morte ou pelo contrário seria o surgimento de um novo serial killer? Quando um casal é morto em um hotel as coisas começam a ficar mais claras para Ryan. Os cadáveres são colocados em posições que simulam seus antigos casos no FBI. Para piorar ainda mais o quadro, um velho desafeto de Ryan parece estar por trás de tudo, sim o gêmeo sobrevivente Mark (Sam Underwood) que agora começa a ter alucinações e surtos psicóticos, conversando com seu irmão morto (como vimos na temporada anterior). Ele não apenas tem longas conversações com o finado, como também acaba adquirindo sua personalidade. Um prato cheio para psicanalistas de plantão. Bom episódio, porém pouco original. Não sei para onde essa temporada seguirá, porém fica claro já aqui uma certa saturação. De qualquer maneira vou seguir em frente até o fim da série para saber onde tudo isso vai parar. / The Following 3.01 - New Blood (EUA, 2015) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Alexi Hawley / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Sam Underwood.
The Following 3.02 - Boxed In
"The Following" foi finalmente cancelada nos EUA depois de vários meses de boatos. A audiência já não era tão boa e os roteiros se tornaram medíocres com o passar do tempo. O que havia para contar já foi contado nas duas primeiras temporadas. É o que eu gosto de dizer, algumas histórias só possuem potencial para uma ou no máximo duas temporadas. Ir além disso é simplesmente esperar pelo cancelamento certo. Nesse episódio percebemos bem isso. Os roteiristas apelaram para um crime que mais parece ter saído de algum filme de terror gore ao estilo torture porn. Um agente do FBI é sequestrado e após sofrer inúmeras torturas tem seu corpo trucidado ao ser colocado em uma pequena caixa de metal. Algo realmente terrível. Achei um tanto desnecessário e gratuito. Kevin Williamson parece mesmo ter perdido a inspiração ou então está esgotado ao ter que dar conta de tantas séries ao mesmo tempo. "The Following" já vinha sendo criticada por alguns excessos em termos de violência e aqui mais uma vez exageraram na dose. O elenco também parece desgastado. Kevin Bacon, por exemplo, surge cada vez mais envelhecido, apático, sem ânimo. Nem na cena em que ele desaba ao saber que seu colega de FBI foi morto de forma tão bárbara empolga. Ele se limita a dar alguns chorinhos falsos e nada convincentes debaixo do chuveiro. Assim não teria mesmo como ter salvação. / The Following 3.02 - Boxed In (EUA, 2015) Direção: Rob Seidenglanz / Roteiro: Kevin Williamson, Barry O'Brien / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Sam Underwood.
Pablo Aluísio.
sábado, 21 de março de 2015
Promessas de Guerra
A cena inicial mostra os momentos finais da sangrenta batalha de Gallipoli. As tropas turcas estão decididas a enfrentar o inimigo em campo aberto. Assim deixam suas trincheiras em direção ao campo onde estão as tropas estacionadas do exército britânico. Uma vez lá descobrem surpresos que os ingleses simplesmente bateram em retirada. Quatro anos depois encontramos o fazendeiro Joshua Connor (Russell Crowe) tentando encontrar água em suas terras no deserto e hostil interior australiano. Não é uma coisa das mais simples. A região é uma das mais secas do planeta. Além da luta diária pela sobrevivência ele ainda precisa lidar a cada dia com uma tragédia familiar. Alguns anos antes ele acabou incentivando seus três filhos a se alistarem no exército de seu país para lutarem na sangrenta Primeira Guerra Mundial.
O resultado foi trágico. Seus três filhos acabaram sendo dados como desaparecidos em combate, muito provavelmente mortos no front por participaram de uma das batalhas mais sangrentas do conflito. A esposa de Joshua não resiste à depressão e começa a enlouquecer lentamente, até o dia em que resolve acabar com tudo, com sua própria vida. Em seu leito de morte, Joshua promete ir atrás dos garotos, para ter uma certeza definitiva se realmente morreram ou se existe alguma possibilidade, mesmo que mínima, de ainda estarem vivos em algum lugar. Após enterrar sua amada, ele resolve cruzar os mares, indo parar na distante Turquia, ainda uma nação dividida por inúmeros conflitos, lutando por sua liberdade. Seguindo rastros dos jovens filhos ele acaba indo parar no próprio campo de batalha onde supostamente tombaram. De fato após vários dias procurando acaba encontrando os restos mortais de dois deles. Será que o terceiro filho ainda estaria vivo? Com a ajuda improvável de um major das linhas inimigas ele começa a juntar as pistas que podem lhe levar finalmente ao encontro de seu querido filho desaparecido. Esse é ponto de partida da trama desse novo filme da carreira do ator Russell Crowe, que aqui resolveu se arriscar pela primeira vez na direção de um longa-metragem convencional (antes havia apenas assinado a direção de dois curtas e um documentário).
O resultado de sua coragem e ousadia se mostra bem interessante. Claro que existem alguns probleminhas, como o uso de um corte final um pouco excessivo (sim, o filme poderia ter uma menor duração, sem prejudicar em nada o enredo), além de algumas falhas de ritmo, pois o filme ora parece avançar, ora estagnar. Mesmo assim, com esses equívocos pontuais, perdoáveis em quem não tem muita experiência como cineasta, o filme conseguiu me agradar. O roteiro é baseado em uma história real, a jornada definitiva da vida de um pai em busca do paradeiro de seus filhos perdidos em uma das guerras mais brutais da história. Ele é um homem resignado, destruído pelas tragédias familiares, primeiro a perda de seus amados garotos, depois a morte chocante de sua esposa, corroída pela loucura e pelo desespero. No final tudo o que ele busca é uma redenção pessoal, uma forma de fechar uma porta dolorida de sua existência passada - e assim enterrar seus filhos de uma forma digna, para não deixá-los em uma cova coletiva, típica daquela época. No caminho acaba conhecendo uma viúva de guerra e seu esperto filho, que vivem de forma sofrida ao administrarem uma pequena pousada. Dessa forma o filme acaba se desdobrando em dois: no drama de Joshua em achar os restos mortais de seus filhos e na inesperada constatação que ainda existe lugar para um improvável romance em sua vida. A produção arrisca algumas cenas de combate, mas esse não é certamente o foco principal desse argumento. Ele é bem mais direcionado para o drama interior do personagem interpretado por Russell Crowe. Novamente a fotografia se revela uma grata surpresa ao explorar as maravilhosas tomadas da milenar cidade de Istambul (a antiga Constantinopla cristã, fundada pelo imperador Constantino). Em uma das melhores cenas Crowe inclusive resolve admirar o rico interior da Basílica de Santa Sofia - que hoje em dia virou uma mesquita, fruto da vitoria do Império Otomano sobre o decadente Império bizantino (ou Império romano do Oriente). Então é isso, nada de muito espetacular ou épico, mas que se revela um bom filme no final das contas. É no fundo uma boa produção, com uma trama interessante, procurando contar uma história que de fato aconteceu em 1919, fazendo tudo isso com uma insuspeita honestidade. Vale de fato a pena conhecer e assistir.
Promessas de Guerra (The Water Diviner, Estados Unidos, Turquia, Austrália, 2014) Direção: Russell Crowe / Roteiro: Andrew Knight, Andrew Anastasios / Elenco: Russell Crowe, Olga Kurylenko, Yilmaz Erdogan, Jai Courtney, Jacqueline McKenzie / Sinopse: Joshua Connor (Russell Crowe) é um fazendeiro australiano que decide ir em busca do paradeiro de seus três filhos, dados como desaparecidos de guerra, durante a batalha de Gallipoli. Uma vez na Turquia acaba conhecendo uma jovem viúva da guerra e seu pequeno filho. Será que haveria ainda possibilidade de reconstruir sua vida sentimental e afetiva após tantas tragédias pessoais em sua vida? Filme vencedor do prêmio da Australian Film Institute nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Yilmaz Erdogan) e Melhor figurino (Tess Schofield). Também indicado aos prêmios de Melhor Ator (Russell Crowe), Atria Coadjuvante (Jacqueline McKenzie), Roteiro Original e Edição.
Pablo Aluísio.
O resultado foi trágico. Seus três filhos acabaram sendo dados como desaparecidos em combate, muito provavelmente mortos no front por participaram de uma das batalhas mais sangrentas do conflito. A esposa de Joshua não resiste à depressão e começa a enlouquecer lentamente, até o dia em que resolve acabar com tudo, com sua própria vida. Em seu leito de morte, Joshua promete ir atrás dos garotos, para ter uma certeza definitiva se realmente morreram ou se existe alguma possibilidade, mesmo que mínima, de ainda estarem vivos em algum lugar. Após enterrar sua amada, ele resolve cruzar os mares, indo parar na distante Turquia, ainda uma nação dividida por inúmeros conflitos, lutando por sua liberdade. Seguindo rastros dos jovens filhos ele acaba indo parar no próprio campo de batalha onde supostamente tombaram. De fato após vários dias procurando acaba encontrando os restos mortais de dois deles. Será que o terceiro filho ainda estaria vivo? Com a ajuda improvável de um major das linhas inimigas ele começa a juntar as pistas que podem lhe levar finalmente ao encontro de seu querido filho desaparecido. Esse é ponto de partida da trama desse novo filme da carreira do ator Russell Crowe, que aqui resolveu se arriscar pela primeira vez na direção de um longa-metragem convencional (antes havia apenas assinado a direção de dois curtas e um documentário).
O resultado de sua coragem e ousadia se mostra bem interessante. Claro que existem alguns probleminhas, como o uso de um corte final um pouco excessivo (sim, o filme poderia ter uma menor duração, sem prejudicar em nada o enredo), além de algumas falhas de ritmo, pois o filme ora parece avançar, ora estagnar. Mesmo assim, com esses equívocos pontuais, perdoáveis em quem não tem muita experiência como cineasta, o filme conseguiu me agradar. O roteiro é baseado em uma história real, a jornada definitiva da vida de um pai em busca do paradeiro de seus filhos perdidos em uma das guerras mais brutais da história. Ele é um homem resignado, destruído pelas tragédias familiares, primeiro a perda de seus amados garotos, depois a morte chocante de sua esposa, corroída pela loucura e pelo desespero. No final tudo o que ele busca é uma redenção pessoal, uma forma de fechar uma porta dolorida de sua existência passada - e assim enterrar seus filhos de uma forma digna, para não deixá-los em uma cova coletiva, típica daquela época. No caminho acaba conhecendo uma viúva de guerra e seu esperto filho, que vivem de forma sofrida ao administrarem uma pequena pousada. Dessa forma o filme acaba se desdobrando em dois: no drama de Joshua em achar os restos mortais de seus filhos e na inesperada constatação que ainda existe lugar para um improvável romance em sua vida. A produção arrisca algumas cenas de combate, mas esse não é certamente o foco principal desse argumento. Ele é bem mais direcionado para o drama interior do personagem interpretado por Russell Crowe. Novamente a fotografia se revela uma grata surpresa ao explorar as maravilhosas tomadas da milenar cidade de Istambul (a antiga Constantinopla cristã, fundada pelo imperador Constantino). Em uma das melhores cenas Crowe inclusive resolve admirar o rico interior da Basílica de Santa Sofia - que hoje em dia virou uma mesquita, fruto da vitoria do Império Otomano sobre o decadente Império bizantino (ou Império romano do Oriente). Então é isso, nada de muito espetacular ou épico, mas que se revela um bom filme no final das contas. É no fundo uma boa produção, com uma trama interessante, procurando contar uma história que de fato aconteceu em 1919, fazendo tudo isso com uma insuspeita honestidade. Vale de fato a pena conhecer e assistir.
Promessas de Guerra (The Water Diviner, Estados Unidos, Turquia, Austrália, 2014) Direção: Russell Crowe / Roteiro: Andrew Knight, Andrew Anastasios / Elenco: Russell Crowe, Olga Kurylenko, Yilmaz Erdogan, Jai Courtney, Jacqueline McKenzie / Sinopse: Joshua Connor (Russell Crowe) é um fazendeiro australiano que decide ir em busca do paradeiro de seus três filhos, dados como desaparecidos de guerra, durante a batalha de Gallipoli. Uma vez na Turquia acaba conhecendo uma jovem viúva da guerra e seu pequeno filho. Será que haveria ainda possibilidade de reconstruir sua vida sentimental e afetiva após tantas tragédias pessoais em sua vida? Filme vencedor do prêmio da Australian Film Institute nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Yilmaz Erdogan) e Melhor figurino (Tess Schofield). Também indicado aos prêmios de Melhor Ator (Russell Crowe), Atria Coadjuvante (Jacqueline McKenzie), Roteiro Original e Edição.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 20 de março de 2015
Amityville 2 - A Possessão
Considerado até hoje um dos melhores filmes da série Amityville. O diferencial se deve principalmente a um roteiro bem coeso, bem trabalhado, que consegue ao mesmo tempo inovar e não fugir das características dos filmes dessa franquia. Produzido por Dino de Laurentis e dirigido pelo bom cineasta Damiano Damiani “Amityville 2” consegue manter o interesse do começo ao fim. No enredo uma nova família se muda para a famosa casa. São os Montellis. O pai é um sujeito casca grossa e durão (interpretado por Burt Young dos filmes da série Rocky). Seu filho mais velho, Sonny (Jack Magner), começa a desenvolver um comportamento estranho, errático, logo quando a família de muda para a casa. Aos poucos ele vai perdendo o pleno domínio de seus atos o que dará origem a um crime bárbaro. O interessante de “Amityville 2 - A Possessão” é que seu roteiro de certa forma é uma adaptação dos eventos reais que aconteceram na casa (tal como aqui a morte da família DeFeo foi promovida pelo filho mais velho que alegava estar possuído por forças demoníacas).
Para combater o mal chega no local o padre Adamsky (James Olson) que logo entende o que está acontecendo mas se vê de mãos atadas por não ter autorização do bispo local para promover um exorcismo que se revela mais do que necessário, vital. Seu embate com o jovem possuído rende ótimos momentos de terror. Curiosamente o filme se sai muito melhor do que “O Exorcista II – O Herege” que falhou miseravelmente como fita de exorcismo. Tudo muito mais interessante do que a continuação do grande clássico do horror que apenas se revelou um filme ruim. As cenas são bem realizadas e o argumento não apela para soluções fáceis demais. O diretor Damiano Damiani usa e abusa da chamada câmera subjetiva (onde o espectador se vê com a visão da entidade sobrenatural em primeira pessoa) com resultados mais do que satisfatórios. A produção opta pelo suspense ao invés dos efeitos especiais e só na sua cena final apela um pouco mais para a maquiagem. Isso porém não atrapalha a qualidade do filme que definitivamente é muito bom e interessante.
Amityville 2 - A Possessão (Amityville II: The Possession, Estados Unidos, 1982) Direção: Damiano Damiani / Roteiro: Tommy Lee Wallace baseado no livro de Hans Holzer / Elenco: James Olson, Burt Young, Rutanya Alda, Jack Magner / Sinopse: Família se muda para infame casa localizada em Amityville. Após as mudanças começam a ocorrer eventos sobrenaturais no local. Para tentar combater o mal é chamado um padre que tentará exorcizar o filho mais velho que está obviamente dominado por forças do mal.
Pablo Aluísio.
Para combater o mal chega no local o padre Adamsky (James Olson) que logo entende o que está acontecendo mas se vê de mãos atadas por não ter autorização do bispo local para promover um exorcismo que se revela mais do que necessário, vital. Seu embate com o jovem possuído rende ótimos momentos de terror. Curiosamente o filme se sai muito melhor do que “O Exorcista II – O Herege” que falhou miseravelmente como fita de exorcismo. Tudo muito mais interessante do que a continuação do grande clássico do horror que apenas se revelou um filme ruim. As cenas são bem realizadas e o argumento não apela para soluções fáceis demais. O diretor Damiano Damiani usa e abusa da chamada câmera subjetiva (onde o espectador se vê com a visão da entidade sobrenatural em primeira pessoa) com resultados mais do que satisfatórios. A produção opta pelo suspense ao invés dos efeitos especiais e só na sua cena final apela um pouco mais para a maquiagem. Isso porém não atrapalha a qualidade do filme que definitivamente é muito bom e interessante.
Amityville 2 - A Possessão (Amityville II: The Possession, Estados Unidos, 1982) Direção: Damiano Damiani / Roteiro: Tommy Lee Wallace baseado no livro de Hans Holzer / Elenco: James Olson, Burt Young, Rutanya Alda, Jack Magner / Sinopse: Família se muda para infame casa localizada em Amityville. Após as mudanças começam a ocorrer eventos sobrenaturais no local. Para tentar combater o mal é chamado um padre que tentará exorcizar o filho mais velho que está obviamente dominado por forças do mal.
Pablo Aluísio.
As Duas Faces de Janeiro
Um casal de americanos (interpretado pelos atores Viggo Mortensen e Kirsten Dunst) está na Grécia de férias curtindo a região. Como todo bom turista eles resolvem conhecer o Pathernon e as antigas ruínas da milenar Atenas. Casualmente acabam conhecendo também um guia de turismo, Rydal (Oscar Isaac), um jovem americano que vive há bastante tempo naquele país. Inicialmente se aproximam sem muito interesse até porque desde o começo o marido começa a nutrir uma certa desconfiança em relação ao rapaz. Rydal, por sua vez, nem disfarça muito em esconder que está visivelmente interessado na esposa do sujeito. O que parece começar como um flerte casual, sem maiores consequências, acaba ganhando cores dramáticas após Chester (Mortensen) matar por acidente um detetive particular que estava em seu encalço. Apesar da postura de normalidade Chester é na realidade um fraudador do mercado de ações da bolsa de Nova Iorque. Após dar um golpe na praça, ficando com o dinheiro de pessoas inocentes que confiaram nele, parte para a Europa, com o duplo objetivo de curtir belas férias ao mesmo tempo em que foge dos problemas que deixou na América. Sua tranquilidade porém acaba drasticamente quando o crime acontece. A partir desse ponto ele precisa desesperadamente arranjar um jeito de ir embora da Grécia para fugir de uma iminente acusação de homicídio. O trio então resolve ir até a histórica ilha de Creta onde pretendem encontrar um falsificador de documentos que irá providenciar passaportes falsos para que eles finalmente fujam da região.
Sinceramente achei esse filme bem cansativo. Ele não é longo, tendo pouco mais de 90 minutos de duração, mas mesmo assim consegue cansar o espectador. Seu problema não se resume ao tempo gasto para assisti-lo, mas sim o fato do roteiro se desenvolver de forma muito preguiçosa, sem uma adequada carga dramática que consiga manter nossos olhos abertos. Para piorar o elenco também pareceu se acomodar em cena. Sem exceção os atores que interpretam os personagens principais não parecem muito empolgados e nem se esforçam muito em atuar bem. Parecem cansados e exaustos (será por causa do calor grego?). O roteiro basicamente gira em torno de apenas três personagens (o casal e o guia turístico) e falha ao tentar desenvolver melhor esse pouco convincente triângulo amoroso. O resultado é bem morno e sem atrativos. Viggo Mortensen só serve para sentirmos saudades de filmes melhores de seu passado. Seu personagem aqui é o rei da antipatia e do marasmo. Para piorar também surge como um sujeito completamente desastrado que mata sem intenção (algo que na linguagem jurídica chamamos de crimes preterdolosos, quando o sujeito almeja cometer um ato de menor gravidade, mas que no final acaba cometendo outro bem mais grave - dolo no ato antecedente e culpa do procedente). De bom mesmo apenas as ótimas tomadas captadas em Atenas e na ruínas de Creta. Pena que são momentos fugazes e breves. No saldo geral é sim um filme sonolento que nunca empolga ou decola de verdade. Não aconselho assistir no período da noite pois o sono certamente será um desafio a mais em uma produção que peca por ser puro marasmo e pretensão tediosa.
As Duas Faces de Janeiro (The Two Faces of January, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2014) Direção: Hossein Amini / Roteiro: Hossein Amini, Patricia Highsmith / Elenco: Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Oscar Isaac / Sinopse: Casal de americanos acaba se envolvendo em um crime enquanto passa férias na Grécia. Com receios de irem para a prisão resolvem contratar os serviços de um guia turístico para a compra de passaportes falsos. Na ilha de Creta acabam se envolvendo ainda mais em complicações legais. Filme indicado ao London Critics Circle Film Awards.
Pablo Aluísio.
Sinceramente achei esse filme bem cansativo. Ele não é longo, tendo pouco mais de 90 minutos de duração, mas mesmo assim consegue cansar o espectador. Seu problema não se resume ao tempo gasto para assisti-lo, mas sim o fato do roteiro se desenvolver de forma muito preguiçosa, sem uma adequada carga dramática que consiga manter nossos olhos abertos. Para piorar o elenco também pareceu se acomodar em cena. Sem exceção os atores que interpretam os personagens principais não parecem muito empolgados e nem se esforçam muito em atuar bem. Parecem cansados e exaustos (será por causa do calor grego?). O roteiro basicamente gira em torno de apenas três personagens (o casal e o guia turístico) e falha ao tentar desenvolver melhor esse pouco convincente triângulo amoroso. O resultado é bem morno e sem atrativos. Viggo Mortensen só serve para sentirmos saudades de filmes melhores de seu passado. Seu personagem aqui é o rei da antipatia e do marasmo. Para piorar também surge como um sujeito completamente desastrado que mata sem intenção (algo que na linguagem jurídica chamamos de crimes preterdolosos, quando o sujeito almeja cometer um ato de menor gravidade, mas que no final acaba cometendo outro bem mais grave - dolo no ato antecedente e culpa do procedente). De bom mesmo apenas as ótimas tomadas captadas em Atenas e na ruínas de Creta. Pena que são momentos fugazes e breves. No saldo geral é sim um filme sonolento que nunca empolga ou decola de verdade. Não aconselho assistir no período da noite pois o sono certamente será um desafio a mais em uma produção que peca por ser puro marasmo e pretensão tediosa.
As Duas Faces de Janeiro (The Two Faces of January, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2014) Direção: Hossein Amini / Roteiro: Hossein Amini, Patricia Highsmith / Elenco: Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Oscar Isaac / Sinopse: Casal de americanos acaba se envolvendo em um crime enquanto passa férias na Grécia. Com receios de irem para a prisão resolvem contratar os serviços de um guia turístico para a compra de passaportes falsos. Na ilha de Creta acabam se envolvendo ainda mais em complicações legais. Filme indicado ao London Critics Circle Film Awards.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de março de 2015
Código de Honra
Dois jovens advogados (Chris Evans e Mark Kassen) tentam mover uma ação contra uma poderosa empresa de produtos hospitalares. Em posse de documentos e fatos tentam provar que uma nova forma de agulha evitaria acidentes de trabalho envolvendo médicos e enfermeiros em hospitais dos EUA. O problema é que a poderosa e influente empresa não quer que tal produto seja comercializado pois isso vai contra seus interesses comercias. Está assim armado o conflito ou como se diz no mundo do direito, a lide. O filme "Código de Honra" me lembrou bastante de algumas outras produções que partem de uma situação bem parecida: pequenos advogados, sem maiores recursos, que tentam vencer nos tribunais grupos poderosos. Aqui temos um diferencial interessante. O advogado interpretado por Chris Evans é totalmente viciado em drogas pesadas. Imaginem toda a pressão do mundo sobre ele somada a esses problemas de dependência química! Eu pessoalmente sempre achei o Chris Evans um ator apenas correto mas aqui em "Código de Honra" seu trabalho dá um salto de qualidade. Ele realmente convence o espectador que é um sujeito com sérios problemas com cocaína e outras drogas (incluindo o famigerado Crack). Sua interpretação é acima da média, não há como negar.
O filme é dirigido por dois irmãos, Mark e Adam Kassen (sendo que o primeiro também está em cena ao lado de Evans). Gostei do trabalho deles. O roteiro não cai em nenhum momento na chatice (algo perigoso em filmes desse estilo). Além disso eles se contentam em contar de forma eficiente os fatos, em metragem adequada (o filme não é longo demais, pelo contrário, é na medida certa). No final não há como não se surpreender com a história que é, pasmem, baseada em fatos reais! O grande mérito de "Código de Honra" é, no apagar da luzes, mostrar que no mundo do direito (seja aqui ou seja nos EUA) nem sempre a justiça vence! Enfim, recomendo bastante, sem medo de errar.
Código de Honra (Puncture, Estados Unidos, 2011) Direção de Adam Kassen e Mark Kassen / Elenco: Chris Evans, Vinessa Shaw Michael Biehn, Kate Burton / Sinopse: Dois jovens advogados (Chris Evans e Mark Kassen) tentam mover uma ação contra uma poderosa empresa de produtos hospitalares. Em posse de documentos e fatos tentam provar que uma nova forma de agulha evitaria acidentes de trabalho envolvendo médicos e enfermeiros em hospitais dos EUA. O problema é que a poderosa e influente empresa não quer que tal produto seja comercializado pois isso vai contra seus interesses comercias. Filme vencedor do Houston Film Critics Society Awards na categoria de Melhor Filme Independente. Também vencedor do New Hampshire Film Festival na categoria de Melhor Filme e Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
O filme é dirigido por dois irmãos, Mark e Adam Kassen (sendo que o primeiro também está em cena ao lado de Evans). Gostei do trabalho deles. O roteiro não cai em nenhum momento na chatice (algo perigoso em filmes desse estilo). Além disso eles se contentam em contar de forma eficiente os fatos, em metragem adequada (o filme não é longo demais, pelo contrário, é na medida certa). No final não há como não se surpreender com a história que é, pasmem, baseada em fatos reais! O grande mérito de "Código de Honra" é, no apagar da luzes, mostrar que no mundo do direito (seja aqui ou seja nos EUA) nem sempre a justiça vence! Enfim, recomendo bastante, sem medo de errar.
Código de Honra (Puncture, Estados Unidos, 2011) Direção de Adam Kassen e Mark Kassen / Elenco: Chris Evans, Vinessa Shaw Michael Biehn, Kate Burton / Sinopse: Dois jovens advogados (Chris Evans e Mark Kassen) tentam mover uma ação contra uma poderosa empresa de produtos hospitalares. Em posse de documentos e fatos tentam provar que uma nova forma de agulha evitaria acidentes de trabalho envolvendo médicos e enfermeiros em hospitais dos EUA. O problema é que a poderosa e influente empresa não quer que tal produto seja comercializado pois isso vai contra seus interesses comercias. Filme vencedor do Houston Film Critics Society Awards na categoria de Melhor Filme Independente. Também vencedor do New Hampshire Film Festival na categoria de Melhor Filme e Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
Juventude Transviada
O filme definitivo da carreira de James Dean. "Juventude Transviada" é a
quintessência do mito. De certa forma foi o filme que criou a cultura
jovem na década de 50. Os personagens são jovens desiludidos, perdidos,
que procuram por algum tipo de redenção. Toda a estória se passa em
menos de 24 horas. No filme acompanhamos o primeiro dia de aula de Jim
Stark (James Dean) em sua nova escola. Filho de pais que vivem se
mudando de cidade o jovem Jim não consegue por essa razão criar genuínos
laços de amizades com outros jovens de sua idade. Nesse primeiro dia em
Los Angeles ele busca por um recomeço, tudo o que deseja é se enturmar e
se possível não se envolver em problemas. Dois objetivos que ele logo
entenderá que são bem complicados de alcançar. Desafiado por um grupo de
valentões liderados por Buzz (Corey Allen) ele logo se vê envolvido
numa briga com punhais. Depois aceita o desafio de participar de um
racha altas horas da noite numa colina da cidade, o que trará
consequências trágicas para todos os envolvidos.
Juventude Transviada demonstra bem que alguns temas são realmente universais, não importando a época em que acontecem. O jovem novato na escola que sofre bullying e é hostilizado pelos valentões locais, o desejo de ser aceito, a dor da rejeição e a frustrada tentativa de se enquadrar são temas pertinentes ao roteiro que dizem respeito não apenas aos personagens do filme mas a todos nós, principalmente no período escolar onde tudo isso vem à tona de forma muito transparente, para não dizer cruel. James Dean está simplesmente arrasador na pele de Jim Stark. Usando de sua já conhecida expressão corporal o ator esbanja versatilidade em uma interpretação realmente inspirada. Não é de se admirar que tenha sido tão idolatrado por tantos anos. Natalie Wood é outro destaque. Interpretando uma jovem com problemas de relacionamento com seu pai ela mostra bem porque era considerada um dos maiores talentos jovens daquela época. Por fim fechando o trio principal temos o frágil Platão, o personagem mais conturbado do filme. Em sensível atuação de Sal Mineo ele transporta carência afetiva e emocional, procurando a todo custo criar algum tipo de amizade, seja com quem for.
Quando "Juventude Transviada" chegou aos cinemas o ator James Dean já tinha morrido em um trágico acidente, com apenas 24 anos. A comoção por sua morte aliada á sua interpretação majestosa nesse filme criaram um dos mais fortes mitos da história de Hollywood. O nome James Dean ficou associado eternamente à figura do jovem rebelde. Unindo sua história trágica, muito parecida com as dos antigos mitos românticos, à força do cinema, James Dean logo virou ídolo de milhões de jovens ao redor do mundo. Mito esse que sobrevive até os dias de hoje pois mesmo após tantas décadas de sua morte o ator ainda é uma das celebridades falecidas que mais faturam em termos de licenciamento de produtos e direitos de imagem. De certa forma o mito James Dean ultrapassou e muito a influência do ator James Dean, embora essa também seja significativa. Juventude Transviada é assim seu testamento definitivo, o filme que criou toda uma mitologia em torno de seu nome, que se recusa a morrer de forma definitiva. Revisto hoje em dia o filme só cresce em importância e qualidade. Definitivamente é uma das produções mais importantes da história do cinema.
Juventude Transviada demonstra bem que alguns temas são realmente universais, não importando a época em que acontecem. O jovem novato na escola que sofre bullying e é hostilizado pelos valentões locais, o desejo de ser aceito, a dor da rejeição e a frustrada tentativa de se enquadrar são temas pertinentes ao roteiro que dizem respeito não apenas aos personagens do filme mas a todos nós, principalmente no período escolar onde tudo isso vem à tona de forma muito transparente, para não dizer cruel. James Dean está simplesmente arrasador na pele de Jim Stark. Usando de sua já conhecida expressão corporal o ator esbanja versatilidade em uma interpretação realmente inspirada. Não é de se admirar que tenha sido tão idolatrado por tantos anos. Natalie Wood é outro destaque. Interpretando uma jovem com problemas de relacionamento com seu pai ela mostra bem porque era considerada um dos maiores talentos jovens daquela época. Por fim fechando o trio principal temos o frágil Platão, o personagem mais conturbado do filme. Em sensível atuação de Sal Mineo ele transporta carência afetiva e emocional, procurando a todo custo criar algum tipo de amizade, seja com quem for.
Quando "Juventude Transviada" chegou aos cinemas o ator James Dean já tinha morrido em um trágico acidente, com apenas 24 anos. A comoção por sua morte aliada á sua interpretação majestosa nesse filme criaram um dos mais fortes mitos da história de Hollywood. O nome James Dean ficou associado eternamente à figura do jovem rebelde. Unindo sua história trágica, muito parecida com as dos antigos mitos românticos, à força do cinema, James Dean logo virou ídolo de milhões de jovens ao redor do mundo. Mito esse que sobrevive até os dias de hoje pois mesmo após tantas décadas de sua morte o ator ainda é uma das celebridades falecidas que mais faturam em termos de licenciamento de produtos e direitos de imagem. De certa forma o mito James Dean ultrapassou e muito a influência do ator James Dean, embora essa também seja significativa. Juventude Transviada é assim seu testamento definitivo, o filme que criou toda uma mitologia em torno de seu nome, que se recusa a morrer de forma definitiva. Revisto hoje em dia o filme só cresce em importância e qualidade. Definitivamente é uma das produções mais importantes da história do cinema.
Juventude Transviada (Rebel Without a Cause, Estados Unidos, 1955) Direção: Nicholas Ray / Roteiro: Stewart Stern, Irving Shulman, Nicholas Ray / Elenco: James Dean, Sal Mineo, Natalie Wood, Corey Allen, Dennis Hopper, Jim Bechus / Sinopse: Jim Stark (James Dean) é um jovem recém chegado em Los Angeles que em seu primeiro dia de aula na nova escola tem que enfrentar um grupo de valentões liderados por Buzz (Corey Allen). Após uma briga de punhais no observatório da cidade ele aceita o desafio de participar de um racha mortal nas colinas da cidade.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de março de 2015
Cadê os Morgans?
Filme completamente inofensivo. Diversão ligeira. No enredo somos apresentados ao casal Paul (Hugh Grant) e Meryl (Sarah Jéssica Parker). Separados há três meses eles estão enfrentando um complicado processo de divórcio. Típicos moradores de Nova Iorque eles resolvem uma noite jantar juntos em um fino restaurante da cidade. Como são muito ocupados na profissão quase nunca arranjam tempo para combinar os detalhes da separação que foi causada por uma infidelidade por parte dele. Após o agradável jantar resolvem passear pela cidade à noite e acabam virando testemunhas do assassinato de um contrabandista de armas morto por um poderoso chefão da máfia. Agora correndo risco de vida eles entram no programa de proteção às testemunhas do FBI, sendo enviados para a pequenina cidade de Ryan, no Wyoming, no meio oeste americano. O objetivo é garantir a segurança deles até que o assassino seja finalmente preso pelas autoridades.
Como é de se esperar o roteiro aproveita essa mudança para explorar situações cômicas envolvendo dois nova iorquinos vivendo numa cidadezinha perdida de um estado distante. Algumas situações são realmente engraçadas mas no geral tudo soa muito despretensioso, inofensivo mesmo. Hugh Grant, já sentindo o peso da idade para interpretar seu tipo característico, até que mantém o interesse. Já Sarah Jessica Parker não parece à vontade em seu papel. Ela que se notabilizou por sempre interpretar personagens femininas fortes aqui surge em um papel até mesmo ingrato, nada relevante para sua carreira. No final o que mais se destaca nesse “Cadê os Morgans?” é sua excelente trilha sonora que conta além de muita música country com grandes nomes como Paul McCartney, George Harrison e Bob Dylan. Sempre que o filme começa a cair no lugar comum surgem esses grandes ídolos da música para melhorar um pouco a situação. Enfim, comédia romântica inofensiva, até bobinha, para passar o tempo.
Cadê os Morgans? (Did You Hear About the Morgans?, Estados Unidos, 2009) Direção: Marc Lawrence / Roteiro: Marc Lawrence / Elenco: Hugh Grant, Sarah Jessica Parker, Sam Elliott, Mary Steenburgen, Elisabeth Moss / Sinopse: Um casal de nova iorquinos vai parar numa cidadezinha do Wyoming como parte do programa de proteção às testemunhas. Na nova cidade terão que se adaptar ao mesmo tempo em que tentam reconstruir seu relacionamento.
Pablo Aluísio.
Como é de se esperar o roteiro aproveita essa mudança para explorar situações cômicas envolvendo dois nova iorquinos vivendo numa cidadezinha perdida de um estado distante. Algumas situações são realmente engraçadas mas no geral tudo soa muito despretensioso, inofensivo mesmo. Hugh Grant, já sentindo o peso da idade para interpretar seu tipo característico, até que mantém o interesse. Já Sarah Jessica Parker não parece à vontade em seu papel. Ela que se notabilizou por sempre interpretar personagens femininas fortes aqui surge em um papel até mesmo ingrato, nada relevante para sua carreira. No final o que mais se destaca nesse “Cadê os Morgans?” é sua excelente trilha sonora que conta além de muita música country com grandes nomes como Paul McCartney, George Harrison e Bob Dylan. Sempre que o filme começa a cair no lugar comum surgem esses grandes ídolos da música para melhorar um pouco a situação. Enfim, comédia romântica inofensiva, até bobinha, para passar o tempo.
Cadê os Morgans? (Did You Hear About the Morgans?, Estados Unidos, 2009) Direção: Marc Lawrence / Roteiro: Marc Lawrence / Elenco: Hugh Grant, Sarah Jessica Parker, Sam Elliott, Mary Steenburgen, Elisabeth Moss / Sinopse: Um casal de nova iorquinos vai parar numa cidadezinha do Wyoming como parte do programa de proteção às testemunhas. Na nova cidade terão que se adaptar ao mesmo tempo em que tentam reconstruir seu relacionamento.
Pablo Aluísio.
O Nome da Rosa
É um dos melhores filmes da carreira de Sean Connery que por essa época estava em uma fase particularmente inspirada na carreira. Costuma-se dizer que por trás de todo grande filme há uma grande estória. No caso de “O Nome da Rosa” temos uma confirmação disso. O roteiro foi escrito tendo como base o excelente livro de mesmo nome do cultuado autor Umberto Eco. Seus personagens vivem em um mundo imerso na religiosidade fanática, em plena idade média, período histórico que anos depois seria denominado como a “era das trevas”. A ciência era combatida e punida pelas altas autoridades do clero. A Igreja Católica dominava de forma sufocante todos os aspectos da vida da sociedade em geral. A menor indiscrição poderia ser confundida com heresia e a punição era mais do que severa, pois geralmente a purgação dos pecados vinha através do martírio em grandes fogueiras onde pessoas eram queimadas vivas em espetáculos públicos de insanidade e crueldade. É nesse ambiente sufocante que surge William de Baskerville (Sean Connery) que chega até um mosteiro distante para solucionar uma série de crimes horrendos acontecidos no local. O personagem é obviamente uma homenagem a Sherlock Holmes e o autor Umberto Eco se aproveita disso para desfilar uma doce ironia em cena: mesmo sendo um membro do clero, Baskerville usa de métodos científicos para descobrir a origem dos crimes.
“O Nome da Rosa” se destaca por apresentar uma trama extremamente bem escrita e uma solução final ao mesmo tempo simples e brilhante. Nisso se assemelha novamente aos textos do famoso detetive que lhe serviu de inspiração. A direção de arte do filme é um primor, recriando com extrema fidelidade os ambientes das centenárias abadias medievais, com sua rotina de trabalho austera e disciplinada. Curiosamente o filme não fez sucesso nos Estados Unidos em seu lançamento, sendo praticamente ignorado pelo público americano. No resto do mundo porém se tornou um verdadeiro sucesso entrando rapidamente na categoria de cult movie. Não é para menos, o filme alia um roteiro extremamente bem escrito com um elenco em fase inspirada. Sean Connery na época ainda tentava provar que era um bom ator e que não precisava mais viver á sombra de James Bond. Sua busca por uma identidade própria o levou a estrelar uma sucessão de excelentes filmes como “Os Intocáveis”, “Caçada ao Outubro Vermelho” e “Indiana Jones e a Última Cruzada” (considerado até hoje um dos melhores filmes da franquia). Connery obviamente ficou chateado com a fria recepção que o filme recebeu nos EUA mas anos depois atribuiu isso ao estilo do próprio público americano que vai aos cinemas. Para Sean filmes com tramas complexas como a de “O Nome da Rosa” fazem o espectador pensar para tentar decifrar o mistério envolvido, algo que os americanos não estariam dispostos a fazer por pura preguiça mental. De qualquer modo o resto do mundo reconheceu os méritos do filme, merecidamente aliás. Assim “O Nome da Rosa” se torna item obrigatório para os amantes dos filmes de mistério. A trama inteligente e bem conduzida transformou a produção em um clássico moderno, sem a menor sombra de dúvidas.
O Nome da Rosa (The Name of the Rose, Alemanha, Itália, França, 1986) Direção: Jean-Jacques Annaud / Roteiro: Andrew Birkin baseado no livro "O Nome da Rosa" de Umberto Eco / Elenco: Sean Connery, Christian Slater, F. Murray Abraham, Helmut Qualtinger, Elya Baskin, Feodor Chaliapin, William Hickey, Michel Lonsdale, Ron Perlman / Sinopse: William de Baskerville (Sean Connery) vai até uma abadia distante e sombria para investigar uma série de crimes no local. Ao lado de seu assistente, o noviço Adso (Christian Slater) ele tentará chegar na solução do mistério da morte dos membros do clero.
Pablo Aluísio.
“O Nome da Rosa” se destaca por apresentar uma trama extremamente bem escrita e uma solução final ao mesmo tempo simples e brilhante. Nisso se assemelha novamente aos textos do famoso detetive que lhe serviu de inspiração. A direção de arte do filme é um primor, recriando com extrema fidelidade os ambientes das centenárias abadias medievais, com sua rotina de trabalho austera e disciplinada. Curiosamente o filme não fez sucesso nos Estados Unidos em seu lançamento, sendo praticamente ignorado pelo público americano. No resto do mundo porém se tornou um verdadeiro sucesso entrando rapidamente na categoria de cult movie. Não é para menos, o filme alia um roteiro extremamente bem escrito com um elenco em fase inspirada. Sean Connery na época ainda tentava provar que era um bom ator e que não precisava mais viver á sombra de James Bond. Sua busca por uma identidade própria o levou a estrelar uma sucessão de excelentes filmes como “Os Intocáveis”, “Caçada ao Outubro Vermelho” e “Indiana Jones e a Última Cruzada” (considerado até hoje um dos melhores filmes da franquia). Connery obviamente ficou chateado com a fria recepção que o filme recebeu nos EUA mas anos depois atribuiu isso ao estilo do próprio público americano que vai aos cinemas. Para Sean filmes com tramas complexas como a de “O Nome da Rosa” fazem o espectador pensar para tentar decifrar o mistério envolvido, algo que os americanos não estariam dispostos a fazer por pura preguiça mental. De qualquer modo o resto do mundo reconheceu os méritos do filme, merecidamente aliás. Assim “O Nome da Rosa” se torna item obrigatório para os amantes dos filmes de mistério. A trama inteligente e bem conduzida transformou a produção em um clássico moderno, sem a menor sombra de dúvidas.
O Nome da Rosa (The Name of the Rose, Alemanha, Itália, França, 1986) Direção: Jean-Jacques Annaud / Roteiro: Andrew Birkin baseado no livro "O Nome da Rosa" de Umberto Eco / Elenco: Sean Connery, Christian Slater, F. Murray Abraham, Helmut Qualtinger, Elya Baskin, Feodor Chaliapin, William Hickey, Michel Lonsdale, Ron Perlman / Sinopse: William de Baskerville (Sean Connery) vai até uma abadia distante e sombria para investigar uma série de crimes no local. Ao lado de seu assistente, o noviço Adso (Christian Slater) ele tentará chegar na solução do mistério da morte dos membros do clero.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de março de 2015
Alpha Dog
Jesse James Hollywood era um traficante extremamente bem sucedido de Los Angeles que para cobrar uma dívida de um cliente problemático resolveu seqüestrar seu irmão mais jovem, um garoto de apenas 15 anos de idade. Após uma série de eventos infelizes o criminoso acabou matando o garoto. Esse crime chocou os Estados Unidos pela crueldade e violência extrema. Procurado pelo FBI (ele foi um dos mais jovens criminosos na lista dos mais procurados da agência federal americana) Jesse James Hollywood resolveu fugir para um país com fama de impunidade e conhecido pelo tratamento leve e penas ridículas para bandidos de seu quilate, isso mesmo, o nosso querido Brasil. Foi aqui em nossa nação que finalmente o FBI colocou as mãos em Jesse. Ele havia se casado com uma brasileira e estava tentando conseguir a cidadania do país tropical onde impera o Samba, o Carnaval e o futebol. A história real terrível acabou inspirando Hollywood (a indústria, não o criminoso) a contar esses fatos. Nasceu assim “Alpha Dog” que trocando o nome dos personagens envolvidos se propõe a contar essa terrível tragédia.
O personagem principal aqui vira Johnny Truelove (Emile Hirsch). O enredo é praticamente o mesmo da história real. O resultado é cru, deprimente mas também muito impressionante e revelador para o espectador. O elenco de apoio é todo bom e se dá ao luxo de ostentar antigos astros do passado como Bruce Willis e Sharon Stone como meros coadjuvantes. Até mesmo o cantor pop Justin Timberlake se sai muito bem como um dos membros inconseqüentes da quadrilha de Truelove. Como a história se passa na década de 1990 a trilha sonora é recheada de hits do rap americano da época (um festival de músicas intragáveis). Também mostra a vida de luxos e riquezas dos traficantes naqueles anos. O próprio Truelove vive em uma bela casa, cercado de garotas bonitas, numa eterna festa regada a muitas drogas pesadas e bebidas que são consumidas em grandes quantidades por jovens da classe alta, ricos e perdidos que enriquecem cada vez mais Truelove e seu grupo de criminosos. Não poderia encerrar a resenha sem elogiar o ator Ben Foster. Considero sua atuação aqui como uma das mais viscerais que já vi em filmes recentes. Ele interpreta um viciado que deve um valor substancial ao traficante Truelove que para forçá-lo a pagar a dívida seqüestra e depois mata seu irmão adolescente. Gostei bastante do filme por mostrar a realidade de uma juventude vazia e sem objetivos, encharcada de drogas e criminalidade. Um triste retrato dos jovens americanos, os mesmos que um dia herdarão a mais poderosa nação do planeta! Que Deus nos proteja desses ignóbeis!
Alpha Dog (Alpha Dog, Estados Unidos, 2006) Direção: Nick Cassavetes / Roteiro: Nick Cassavetes / Elenco: Emile Hirsch, Justin Timberlake, Anton Yelchin, Shawn Hatosy, Ben Foster, Sharon Stone, Dominique Swain, Fernando Vargas, Paul Johansson, Olivia Wilde, Lukas Haas, Bruce Willis, Courteney Cox, Amanda Seyfried / Sinopse: Jovem traficante bem sucedido com clientela de filhos da classe alta de Hollywood acaba cometendo um crime bárbaro contra o irmão adolescente de um cliente problemático. O fato o leva a ser um dos mais jovens criminosos a integrar a lista dos dez mais procurados do FBI.
Pablo Aluísio.
O personagem principal aqui vira Johnny Truelove (Emile Hirsch). O enredo é praticamente o mesmo da história real. O resultado é cru, deprimente mas também muito impressionante e revelador para o espectador. O elenco de apoio é todo bom e se dá ao luxo de ostentar antigos astros do passado como Bruce Willis e Sharon Stone como meros coadjuvantes. Até mesmo o cantor pop Justin Timberlake se sai muito bem como um dos membros inconseqüentes da quadrilha de Truelove. Como a história se passa na década de 1990 a trilha sonora é recheada de hits do rap americano da época (um festival de músicas intragáveis). Também mostra a vida de luxos e riquezas dos traficantes naqueles anos. O próprio Truelove vive em uma bela casa, cercado de garotas bonitas, numa eterna festa regada a muitas drogas pesadas e bebidas que são consumidas em grandes quantidades por jovens da classe alta, ricos e perdidos que enriquecem cada vez mais Truelove e seu grupo de criminosos. Não poderia encerrar a resenha sem elogiar o ator Ben Foster. Considero sua atuação aqui como uma das mais viscerais que já vi em filmes recentes. Ele interpreta um viciado que deve um valor substancial ao traficante Truelove que para forçá-lo a pagar a dívida seqüestra e depois mata seu irmão adolescente. Gostei bastante do filme por mostrar a realidade de uma juventude vazia e sem objetivos, encharcada de drogas e criminalidade. Um triste retrato dos jovens americanos, os mesmos que um dia herdarão a mais poderosa nação do planeta! Que Deus nos proteja desses ignóbeis!
Alpha Dog (Alpha Dog, Estados Unidos, 2006) Direção: Nick Cassavetes / Roteiro: Nick Cassavetes / Elenco: Emile Hirsch, Justin Timberlake, Anton Yelchin, Shawn Hatosy, Ben Foster, Sharon Stone, Dominique Swain, Fernando Vargas, Paul Johansson, Olivia Wilde, Lukas Haas, Bruce Willis, Courteney Cox, Amanda Seyfried / Sinopse: Jovem traficante bem sucedido com clientela de filhos da classe alta de Hollywood acaba cometendo um crime bárbaro contra o irmão adolescente de um cliente problemático. O fato o leva a ser um dos mais jovens criminosos a integrar a lista dos dez mais procurados do FBI.
Pablo Aluísio.
Anjos e Demônios
Depois do enorme sucesso de O Código Da Vinci era apenas questão de tempo para que um novo livro de Dan Brown fosse novamente adaptado para as telas. O escolhido foi Anjos e Demônios, uma opção mais do que natural. Todos os ingredientes que fizeram a fama e fortuna do filme / livro anterior estão aqui novamente. Teorias da conspiração, tentativas de encobrir supostas verdades históricas, o suposto poder maquiavélico da Igreja Católica e as onipresentes sociedades secretas que farão de tudo para que a verdade não venha à tona. Dan Brown, que não é bobo nem nada, não iria mexer em time que se está ganhando. Se deu certo uma vez, certamente dará certo novamente. Por essa razão todas as críticas que foram feitas em Código da Vinci podem ser repetidas mais uma vez aqui. Como eu já afirmei, Dan Brown nada mais é do que um escritor bem esperto que junta no mesmo caldeirão uma infinidade de coisas, teorias, pseudo-história, e tudo o mais que encontra pela frente para causar a sensação no leitor que de existe algo muito grande e muito terrível nos bastidores tentando manipular a humanidade. Instituições milenares sempre viram alvo na escrita de Brown e a Igreja Católica obviamente é seu saco de pancadas preferido. A mensagem subliminar que o autor sempre deixa é a de que algo que vem perdurando há tantos séculos deve ter algo muito terrível a esconder. Para tanto não medirá esforços para manter seu poder e domínio sobre os homens. Como se vê é tudo uma grande bobagem mesmo.
Aqui a trama se aproveita da eleição de um novo Papa. Junte-se a isso o mistério de um assassinato e a presença maquiavélica de mais uma sociedade secreta conhecida como Illuminati, Eu não acabei de escrever que a literatura de Dan Brown se aproveita até a exaustão de fórmulas? Pois aí está. A estrutura é a mesma do livro anterior, sem tirar nem colocar nada de novo. Tudo muito formulaico. O curioso é que o autor ao mesmo tempo em que elege a Igreja como sua vilã preferida, mostra mesmo que indiretamente uma atração pelos costumes, rituais e liturgias da instituição religiosa. O filme foi novamente dirigido pelo pouco ousado e burocrático Ron Howard. Tom Hanks retornou ao seu personagem e a produção procurou seguir os passos do primeiro filme. Tudo sem nenhuma novidade digna de nota a não ser a boa presença de Ewan McGregor que a despeito de seu bom trabalho ao longo do filme tem que pagar um mico enorme na cena final que é simplesmente patética, vamos falar a verdade. Pára quedas na Praça de São Pedro? É um pouco demais da conta vamos convir. Enfim, só recomendo para os fãs mais radicais de Dan Brown. Para os cinéfilos em geral tudo vai soar bem convencional, nada marcante. E se você gosta do tema histórico sobre Papas recomendo que procure por livros de história escritos por historiadores renomados, que sejam realmente interessantes e historicamente corretos. Deixe Dan Brown de lado, ele é literatura pop chiclete em essência e já não consegue enganar mais ninguém.
Anjos e Demônios (Angel & Demons, Estados Unidos, 2009) Direção: Ron Howard / Roteiro: David Koepp, Akiva Goldsman, baseado no livro de Dan Brown / Elenco: Tom Hanks, Ayelet Zurer, Ewan McGregor, Stellan Skarsgård, David Pasquesi, Cosimo Fusco, Allen Dula./ Sinopse: Durante a eleição do novo Papa uma terrível sociedade secreta colocará em risco a vida de várias pessoas, entre elas a do professor e estudioso Robert Langdon (Tom Hanks).
Pablo Aluísio.
Aqui a trama se aproveita da eleição de um novo Papa. Junte-se a isso o mistério de um assassinato e a presença maquiavélica de mais uma sociedade secreta conhecida como Illuminati, Eu não acabei de escrever que a literatura de Dan Brown se aproveita até a exaustão de fórmulas? Pois aí está. A estrutura é a mesma do livro anterior, sem tirar nem colocar nada de novo. Tudo muito formulaico. O curioso é que o autor ao mesmo tempo em que elege a Igreja como sua vilã preferida, mostra mesmo que indiretamente uma atração pelos costumes, rituais e liturgias da instituição religiosa. O filme foi novamente dirigido pelo pouco ousado e burocrático Ron Howard. Tom Hanks retornou ao seu personagem e a produção procurou seguir os passos do primeiro filme. Tudo sem nenhuma novidade digna de nota a não ser a boa presença de Ewan McGregor que a despeito de seu bom trabalho ao longo do filme tem que pagar um mico enorme na cena final que é simplesmente patética, vamos falar a verdade. Pára quedas na Praça de São Pedro? É um pouco demais da conta vamos convir. Enfim, só recomendo para os fãs mais radicais de Dan Brown. Para os cinéfilos em geral tudo vai soar bem convencional, nada marcante. E se você gosta do tema histórico sobre Papas recomendo que procure por livros de história escritos por historiadores renomados, que sejam realmente interessantes e historicamente corretos. Deixe Dan Brown de lado, ele é literatura pop chiclete em essência e já não consegue enganar mais ninguém.
Anjos e Demônios (Angel & Demons, Estados Unidos, 2009) Direção: Ron Howard / Roteiro: David Koepp, Akiva Goldsman, baseado no livro de Dan Brown / Elenco: Tom Hanks, Ayelet Zurer, Ewan McGregor, Stellan Skarsgård, David Pasquesi, Cosimo Fusco, Allen Dula./ Sinopse: Durante a eleição do novo Papa uma terrível sociedade secreta colocará em risco a vida de várias pessoas, entre elas a do professor e estudioso Robert Langdon (Tom Hanks).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de março de 2015
A Caçada ao Outubro Vermelho
Durante a Guerra Fria dois impérios disputaram a hegemonia mundial. De um lado os Estados Unidos, líder do mundo ocidental, empunhando a bandeira do capitalismo e do livre mercado. No outro a União Soviética, líder dos países do bloco comunista que defendia o modelo de Estado autoritário, centralizador e dono de todos os meios de produção. Essa guerra ideológica obviamente foi transposta também para o campo militar. Americanos e soviéticos entraram em uma terrível corrida armamentista onde a busca pelas armas nucleares mais modernas acabou se tornando política oficial de Estado. E entre esse vasto arsenal nuclear se destacavam os submarinos nucleares, capazes de cruzarem os oceanos para atacar os países inimigos com rara precisão. Tanto Estados Unidos como União Soviética construíram incríveis máquinas como essas e a luta por uma delas é justamente o centro da trama desse excelente “A Caçada ao Outubro Vermelho”. A trama se passa em 1984 quando o capitão Marko Ramius (Sean Connery) do submarino soviético “Outubro Vermelho” decide sem justificativa aparente desviar a rota de navegação para os Estados Unidos. Isso obviamente traria enorme repercussão tanto do lado do comando soviético, que não havia autorizado tal manobra, como do lado americano, pois afinal de contas ter em plena guerra fria um submarino nuclear inimigo em rota de colisão com seu país era no mínimo temerário.
“Caçada ao Outubro Vermelho” se destaca pelo excelente roteiro que joga o tempo todo com as reais intenções do capitão soviético e os efeitos que surgem de sua decisão inesperada. Afinal qual seria seu real objetivo: Uma deserção ou um ataque insano ao capitalismo americano? Sean Connery está perfeito em sua caracterização de militar premiado e veterano que começa a pensar por conta própria sem se importar com as conseqüências de seus atos impensados. Na época de seu lançamento o filme também despertou debate sobre o perigo de um conflito nuclear por acidente. Afinal até que ponto os governos de Estados Unidos e União Soviética tinham efetivo controle sobre seu espetacular arsenal de guerra? O desespero causado em razão de um submarino nuclear sem controle das autoridades soviéticas refletia bem isso. O curioso de tudo é que o perigo persiste até os dias atuais. Depois do fim da guerra fria com o desmoronamento do bloco soviético a antes incrível armada daquele país entrou em completo colapso. O que se vê hoje em dia na Rússia é um total sucateamento de armas e artefatos de guerra que apodrecem literalmente nos cais do país. Recentemente vi uma reportagem sobre o estado atual da Marinha russa. Submarinos como esse mostrado no filme nem conseguem mais ir para o alto mar por falta de verbas. O orgulho da outrora esquadra vermelha nunca esteve tão em baixa. Quem diria que um dia esse arsenal tenha sido tão respeitado e temido pelo ocidente? De qualquer modo fica a dica: “A Caçada ao Outubro Vermelho”, um excelente filme de suspense e guerra que realmente consegue mexer muito bem com os nervos do espectador. Não deixe de assistir.
A Caçada ao Outubro Vermelho (The Hunt for Red October, Estados Unidos, 1989) Direção: John McTiernan / Roteiro: Larry Ferguson, Donald Stewart / Elenco: Sean Connery, Alec Baldwin, Scott Glenn, Sam Neill, James Earl Jones / Sinopse: A trama se passa em 1984 quando o capitão Marko Ramius (Sean Connery) do submarino soviético “Outubro Vermelho” decide sem justificativa aparente desviar a rota de navegação para os Estados Unidos. Seria um ato de deserção do oficial soviético ou uma impensada e insana manobra de ataque contra a América?
Pablo Aluísio.
“Caçada ao Outubro Vermelho” se destaca pelo excelente roteiro que joga o tempo todo com as reais intenções do capitão soviético e os efeitos que surgem de sua decisão inesperada. Afinal qual seria seu real objetivo: Uma deserção ou um ataque insano ao capitalismo americano? Sean Connery está perfeito em sua caracterização de militar premiado e veterano que começa a pensar por conta própria sem se importar com as conseqüências de seus atos impensados. Na época de seu lançamento o filme também despertou debate sobre o perigo de um conflito nuclear por acidente. Afinal até que ponto os governos de Estados Unidos e União Soviética tinham efetivo controle sobre seu espetacular arsenal de guerra? O desespero causado em razão de um submarino nuclear sem controle das autoridades soviéticas refletia bem isso. O curioso de tudo é que o perigo persiste até os dias atuais. Depois do fim da guerra fria com o desmoronamento do bloco soviético a antes incrível armada daquele país entrou em completo colapso. O que se vê hoje em dia na Rússia é um total sucateamento de armas e artefatos de guerra que apodrecem literalmente nos cais do país. Recentemente vi uma reportagem sobre o estado atual da Marinha russa. Submarinos como esse mostrado no filme nem conseguem mais ir para o alto mar por falta de verbas. O orgulho da outrora esquadra vermelha nunca esteve tão em baixa. Quem diria que um dia esse arsenal tenha sido tão respeitado e temido pelo ocidente? De qualquer modo fica a dica: “A Caçada ao Outubro Vermelho”, um excelente filme de suspense e guerra que realmente consegue mexer muito bem com os nervos do espectador. Não deixe de assistir.
A Caçada ao Outubro Vermelho (The Hunt for Red October, Estados Unidos, 1989) Direção: John McTiernan / Roteiro: Larry Ferguson, Donald Stewart / Elenco: Sean Connery, Alec Baldwin, Scott Glenn, Sam Neill, James Earl Jones / Sinopse: A trama se passa em 1984 quando o capitão Marko Ramius (Sean Connery) do submarino soviético “Outubro Vermelho” decide sem justificativa aparente desviar a rota de navegação para os Estados Unidos. Seria um ato de deserção do oficial soviético ou uma impensada e insana manobra de ataque contra a América?
Pablo Aluísio.
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
Posso dizer que foi bem menos aborrecido do que os anteriores. Algumas coisas em Piratas do Caribe sempre me incomodaram: excesso de piadinhas sem graça, piruetas e pirotecnias à la filme dos Trapalhões, roteiros dispersos demais, duração desnecessária e excesso de personagens sem importância. Parece que os produtores do filme realmente ouviram as críticas e resolveram aqui cortar todos as coisas que atrapallhavam os filmes da franquia. Achei o roteiro bem enxuto, focado numa situação base (ao contrário dos anteriores que atiravam para todos os lados). Outro ponto positivo ao meu ver foi o enxugamento de personagens desnecessários. Aqueles chatos que povoavam os filmes anteriores simplesmente sumiram, o que foi ótimo. As piadinhas também ficaram sob controle, para minha satisfação.
De resto o que posso dizer é que não fiquei entediado e nem com raiva da burrice do roteiro. O Depp continua na mesma e não o critico uma vez que o personagem do Capitão é uma verdadeira mina de ouro para ele (o ator já ganhou tanto dinheiro com esse pirata que comprou até mesmo uma ilha particular para si). A produção não nega sua face blockbuster e por isso em muitos momentos pensamos que o filme foi escrito para alguém com déficit de atenção pois o corre corre é intenso. De qualquer maneira cenas pontuais (e bem feitas) fazem valer a pena, como o ataque das sereias. No saldo final apesar de não considerar um filme bom, penso que houve melhorias. O que é complicado mesmo é entender como um filme que usa e abusa de tantos clichês antigos (que já eram usados na década de 30 com Errol Flynn) conseguiu apurar mais de um bilhão de dólares de bilheteria! Velhas fórmulas parecem nunca envelhecer mesmo para o grande público.
Piratas do Caribe: Navegando em águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, Estados Unidos, 2011) Direção: Rob Marshall / Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio / Elenco: Johnny Depp, Penélope Cruz, Ian McShane / Sinopse: Jack Sparrow (Johnny Depp) e Barbossa (Geoffrey Rush) saem em busca de novas aventuras na franquia de grande sucesso de bilheteria.
Pablo Aluísio.
De resto o que posso dizer é que não fiquei entediado e nem com raiva da burrice do roteiro. O Depp continua na mesma e não o critico uma vez que o personagem do Capitão é uma verdadeira mina de ouro para ele (o ator já ganhou tanto dinheiro com esse pirata que comprou até mesmo uma ilha particular para si). A produção não nega sua face blockbuster e por isso em muitos momentos pensamos que o filme foi escrito para alguém com déficit de atenção pois o corre corre é intenso. De qualquer maneira cenas pontuais (e bem feitas) fazem valer a pena, como o ataque das sereias. No saldo final apesar de não considerar um filme bom, penso que houve melhorias. O que é complicado mesmo é entender como um filme que usa e abusa de tantos clichês antigos (que já eram usados na década de 30 com Errol Flynn) conseguiu apurar mais de um bilhão de dólares de bilheteria! Velhas fórmulas parecem nunca envelhecer mesmo para o grande público.
Piratas do Caribe: Navegando em águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, Estados Unidos, 2011) Direção: Rob Marshall / Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio / Elenco: Johnny Depp, Penélope Cruz, Ian McShane / Sinopse: Jack Sparrow (Johnny Depp) e Barbossa (Geoffrey Rush) saem em busca de novas aventuras na franquia de grande sucesso de bilheteria.
Pablo Aluísio.