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quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Ecos do Além
Título Original: Stir of Echoes
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Artisan Entertainment
Direção: David Koepp
Roteiro: David Koepp
Elenco: Kevin Bacon, Zachary David Cope, Kathryn Erbe, Kevin Dunn, Conor O'Farrell, Lusia Strus
Sinopse:
Tom Witzky (Kevin Bacon) é um cara comum. Pai da família, trabalhador, ele vai levando a sua vida na normalidade. Sua vida porém muda completamente após ser hipnotizado por Isa (Illeana Douglas). O que parecia ser apenas uma brincadeira, durante uma festa de família, acaba mexendo bastante com sua mente. Pior do que isso, Tom começa a ter estranhas visões, pessoas falecidas surgem nas sombras para aterrorizar suas noites.
Comentários:
O roteiro desse filme foi baseado na novela de terror e suspense escrita por Richard Matheson. O material original é muito bom, o que talvez explique essa boa trama. Em termos gerais o filme é um thriller de suspense, que se segura bastante naquelas situações de terror envolvendo sombras e mistérios. Não há como negar que esse filme é um bom momento da filmografia do ator Kevin Bacon, em um momento em que sua carreira começava a decolar novamente. Já o diretor e roteirista David Koepp era mais especializado em filmes de ação e aventura, como "Missão: Impossível" e "Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros" cujos roteiros ele mesmo escreveu. Aqui porém ele demonstra ter talento para a direção, principalmente por saber arriscar quando isso era possível. Tudo bem que o filme decaia um pouco em seu final, isso é até normal de acontecer, o fato importante porém é que o filme conseguiu se destacar na época de seu lançamento, sendo até hoje lembrado pelas fãs de terror e suspense. No mínimo é uma boa fita do gênero.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
John Adams
Em termos de qualidade de produção não há o que reclamar. Simplesmente maravilhosa. Até porque sendo produzida pela HBO não poderíamos esperar por algo diferente. Um dos produtores executivos inclusive é o ator Tom Hanks, que regularmente tem participado de ótimas minisséries enfocando partes da história americana. Pois bem, o mais importante de obras como essa é a constatação de que a história nem sempre é chata ou enfadonha, pelo contrário pode ser muito construtiva. Através da história do homem que foi o segundo presidente dos EUA conhecemos as raízes do surgimento da revolução americana, seus personagens principais (Washington, Franklin e Jefferson) e como aquele país foi formado. Os demais presidentes americanos enfocados também viram um atrativo à parte. O realismo também é muito louvável, principalmente quando vemos John Adams tentando governar uma jovem nação de dentro de uma Casa Branca ainda sendo construída, com um grande lamaçal ao redor! Afinal naquele momento histórico ainda havia a busca pelo reconhecimento internacional por sua existência como país independente. E pensar que a maior potência do mundo nasceu de um bando de fazendeiros que não queriam mais pagar altos impostos ao Rei da Inglaterra. Quem diria!
John Adams (Idem, Estados Unidos, 2008) Direção: Tom Hooper / Roteiro: Michelle Ashford, David McCullough / Elenco: Paul Giamatti, Laura Linney, John Dossett / Sinopse: John Adams (Paul Giamatti) é um cidadão da colônia inglesa de Massachusetts que abraça os ideais de uma revolução em busca da independência das treze colônias britânicas na América. Ao lado de Washington, Franklin e Jefferson entre outros, ele resolve ajudar a escrever e assinar a declaração de independência dos Estados Unidos da América.
Pablo Aluísio.
domingo, 27 de outubro de 2013
Turbo
Título Original: Turbo
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: David Soren
Roteiro: Darren Lemke, Robert D. Siegel
Elenco: Ryan Reynolds, Paul Giamatti, Maya Rudolph
Sinopse:
Turbo (Ryan Reynolds) é um caracol de jardim apaixonado por automobilismo. Ele não perde uma corrida na TV e é apaixonado pela Fórmula Indy. Seu sonho é um dia se tornar um grande piloto da categoria mas isso é obviamente praticamente impossível uma vez que ele é um simples caracol e esses bichinhos são conhecidos justamente por sua lentidão de locomoção. Mas como todo sonho merece ser perseguido um lance de sorte acaba mudando completamente seu destino.
Comentários:
Nova animação da Dreamworks que aqui investe em um personagem que até onde me lembre é completamente inédito no mundo da animação: Um caracol ou caramujo como é conhecido em certas regiões do Brasil. Considerado um animal não muito popular (para alguns seria nojento mesmo) os animadores do estúdio de Spielberg conseguiram transformar o bichinho em uma estrela de cinema! O resultado é realmente divertido, bem bolado e com excelente timing de humor. Apesar da produção milionária (custou mais de cem milhões de dólares!) o resultado nas bilheterias foi considerado apenas morno. Isso talvez se deva ao fato do enredo ser bem fora do comum. Mas isso não interessa ao espectador mirim pois de uma forma ou outra a garotada certamente vai se divertir. Pode levar seu filho para assistir sem receios.
Pablo Aluísio.
Três Reis
Título Original: Three Kings
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: David O. Russell
Roteiro: David O. Russell, John Ridley
Elenco: George Clooney, Mark Wahlberg, Ice Cube, Spike Jonze
Sinopse:
Durante a ocupação americana no Iraque no começo da década de 1990 alguns soldados ianques acabam colocando as mãos em um suposto mapa mostrando onde está localizado um imenso tesouro roubado pelo governo ditatorial do tirano Sadam Hussein. Pensando com colocar suas mãos na riqueza os militares então resolvem partir em sua busca!
Comentários:
George Clooney ainda estava tentando consolidar sua carreira no cinema (ele era considerado na época apenas um ator de TV em essência) quando estrelou esse simpático "Três Reis". O filme passeia no tema da invasão americana ao Iraque de uma forma diferente. Sai de cena a patriotada e o ufanismo típicos desse tipo de produção e entra o humor, a picaretagem, o jeitinho de se dar bem acima de tudo. Não, não se trata de um filme brasileiro, mas sim de um roteiro honesto mostrando que a malandragem não existe apenas abaixo do Equador. O resultado é dos melhores. O filme, muito bem realizado, com fotografia saturada, ajuda a elucidar bem a posição muito dúbia dos americanos naquele conflito. Levar liberdade aos povos é uma boa mas se houver alguma recompensa financeira por isso ninguém irá reclamar. Afinal a guerra também é um grande negócio. Assista e se divirta.
Pablo Aluísio.
Efeito Dominó
Titulo Original: The Bank Job
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos, Inglaterra, Austrália
Estúdio: Lionsgate
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Dick Clement e Ian La Frenais
Elenco: Jason Statham, Saffron Burrows, Stephen Campbell
Sinopse:
O ano é 1971. O local é um banco localizado na Baker Street em Londres. É lá que se encontra o alvo de um bem organizado grupo de ladrões que planejam entrar no cofre da instituição através de um bem construído túnel localizado bem debaixo do principal cofre do banco. O prêmio para os criminosos é uma fortuna incalculável em dinheiro, jóias e metais preciosos. Baseado em fatos reais o filme narra todos os detalhes desse arriscado plano de roubo.
Comentários:
Se você gosta de filmes sobre roubos a bancos não pode perder essa produção muito bem realizada que tenta reconstruir todos os passos dos gatunos. Como se trata de uma história real o interesse do espectador obviamente aumenta, ainda mais quando se sabe dos bastidores do roubo, algo que na época causou perplexidade por causa do envolvimento de figurões no golpe. Em um elenco muito bom o destaque vai para Jason Statham que desde já está consagrado como o herdeiro natural de todos os astros de ação da década de 80. Mostrando que não é apenas um brutamontes, Jason ajuda a manter o interesse no filme do começo ao fim. "Efeito Dominó" prova que filmes de ação também podem ser bem inteligentes e interessantes quando se quer. Mais do que recomendado.
Pablo Aluísio.
O Nevoeiro
Título Original: The Mist
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont, baseado na obra de Stephen King
Elenco: Thomas Jane, Marcia Gay Harden, Laurie Holden
Sinopse:
Uma terrível tempestade se abate sobre uma cidadezinha do Maine. No meio do caos um artista e seu pequeno filho de oito anos acabam buscando proteção dentro de um pequeno mercado. Lá percebem a chegada de um estranho nevoeiro que se alastra por todas as ruas e becos da cidade. Presos dentro do mercadinho eles precisam lidar com outros moradores que estão lá na mesma situação, entre eles um forasteiro cético e uma fanática religiosa que acredita ser o fim dos tempos como foi previsto nas sagradas escrituras! Mas afinal, qual será o segredo desse misterioso nevoeiro?
Comentários:
"O filme, além de ser envolvido literalmente por uma estranha névoa, é também uma mistura de terror, suspense e ação. O espectador é brindado também com doses quase letais de desesperança e amargura. O clímax do filme beira uma loucura coletiva misturada a um ar irrespirável e com cheiro forte de apocalipse, onde o ser humano consegue arrancar de suas próprias entranhas, tudo o que existe de pior e de melhor. A loucura coletiva é deferida com o consentimento das palavras de ordem e em pregações bíblicas de uma excelente atriz chamada Marcia Gay Harden. Que coloca o filme debaixo do braço e cruza a linha de chegada com dois corpos de vantagem. Nota 9" (Telmo Jr)
"Esse filme já assisti faz um bom tempo mas me deixou impressionado. Não só por ser um bom filme, com ótimo suspense mas também pelo final, que realmente choca a quem assiste. Esse é o tipico filme que merecia ter muito mais repercussão do que teve. Seu alcance deveria ter sido bem maior. Merece." (Pablo Aluísio)
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de outubro de 2013
Refém
Título Original: Hostage
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Florent-Emilio Siri
Roteiro: Robert Crais, Doug Richardson
Elenco: Bruce Willis, Michelle Horn, Kevin Pollak, Ben Foster
Sinopse:
Após passar por uma tragédia em sua vida profissional um policial veterano acaba indo trabalhar numa pequena cidade do interior. Pensando que agora finalmente terá uma vida tranquila até sua aposentadoria ele se vê de repente em uma nova situação aflitiva, quando uma família é feita refém de criminosos. Agora ele terá que colocar toda a sua longa experiência em prática para conduzir a tensa negociação e se possível soltar a todos sem maiores consequências para as vítimas.
Comentários:
Bruce Willis certamente foi um dos grandes astros de ação de seu tempo. Ultimamente porém vários de seus novos filmes andam passando em branco, sem grande repercussão nem de público e nem de crítica. Ao que tudo indica a velha fórmula se desgastou completamente. Esse parece ser o caso desse "Hostage" que não chegou a causar nenhum impacto maior em seu lançamento. A fita, meio corriqueira, meio banal, explora algo que é cada vez mais raro nos EUA, a situação de reféns, uma vez que em todos os estados daquele país existem leis que impedem os familiares de pagarem resgates a criminosos. Em termos de elenco o destaque vai para o sempre bom Ben Foster, aqui mais uma vez marcando boa presença. Já Bruce Willis até tenta trazer alguma movimentação ao filme mas tudo em vão. "Hostage" é mesmo de fato um de seus momentos menos marcantes.
Pablo Aluísio.
Halloween O Início
Título Original: Halloween
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Rob Zombie
Roteiro: Rob Zombie baseado no filme de John Carpenter
Elenco: Malcolm McDowell, Scout Taylor-Compton, Tyler Mane e Rob Zombie
Sinopse:
A infância de Michael Myers (Daeg Faerch) não é nada fácil. Zombado por colegas de escola, humilhado por familiares, ele acaba extravasando sua raiva de uma maneira completamente violenta e sem limites. Usando uma máscara de palhaço ele começa a maltratar e torturar pequenos animais. Isso se torna a gênese de um futuro serial killer completamente sedento por sangue e violência insana.
Comentários:
"Halloween O Início" é aquele tipo de filme que você facilmente conclui que é bem desnecessário. Até porque o original já é um clássico e suas várias sequências só serviram para provar que a fórmula já está mais do que desgastada. Aqui o suspense e o clima são deixados de lado sem muita cerimônia. O que era medo sutil no primeiro filme vira puro exagero. O psicopata assume ares de super-herói, com poderes absurdamente atribuídos a ele. Em determinados momentos chega a atravessar paredes sem muito esforço. O que sobra é um produto muito chulo, com uso exagerado de palavrões e cenas sem qualquer noção. Seria bem melhor que deixassem o pobre Michael Myers em paz, afinal ele já havia sido imortalizado na obra de John Carpenter. Não era necessário voltar para esse filme inútil.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Os Três Mosqueteiros
Título Original: The Three Musketeers
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Stephen Herek
Roteiro: David Loughery
Elenco: Charlie Sheen, Kiefer Sutherland, Chris O'Donnell, Tim Curry, Oliver Platt
Sinopse:
D'Artagnan (Chris O'Donnell) é um jovem do interior que sonha um dia se tornar um verdadeiro mosqueteiro do reino. No caminho para Paris ele acaba se encontrando com mosqueteiros de verdade, Aramis (Charlie Sheen), Athos (Kiefer Sutherland) e Porthos (Oliver Platt). Juntos resolvem se unir para combater o terrível e astuto cardeal Richelieu (Tim Curry) que pretende colocar as mãos na coroa francesa de uma vez por todas.
Comentários: Uma nova versão bem mais pop do livro de Alexandre Dumas. Obviamente que muitos aspectos do texto original foram solenemente ignorados, preferindo o filme se concentrar mais em ação, aventura e divertimento ligeiro. De bom mesmo temos o ritmo mais acelerado e ausência de cenas mais aborrecidas. É um produto feito visando realmente agradar o público mais jovem, sem qualquer pretensão de ser historicamente fiel ao que lemos no livro de Dumas. O elenco reúne algumas estrelas jovens dos anos 90 como Charlie Sheen, Kiefer Sutherland e Chris O'Donnell. Todos figurinhas corriqueiras em revistas para adolescentes da época. Assim o resultado final não chega a ser aborrecido e nem ruim. Os figurinos são bem coloridos e o clima geral é de pura diversão apenas, tudo como convém ao padrão Disney de qualidade. Se é isso que você está procurando então aproveite bem.
Pablo Aluísio.
Mar Aberto
Título Original: Open Water
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: Chris Kentis
Roteiro: Chris Kentis
Elenco: Blanchard Ryan, Daniel Travis, Saul Stein, Estelle Lau
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme mostra uma excursão de turistas nas Bahamas que querem ter a oportunidade de mergulhar entre tubarões brancos da região. Esses animais são considerados uma das espécies mais agressivas que existem. O programa consiste em fazer pequenos mergulhos, no total de 20 pessoas. O problema é que por um erro grosseiro os instrutores acabam esquecendo do casal em alto mar e voltam para o porto. Sozinhos no meio do oceano os dois jovens tentarão sobreviver de todas as formas enquanto o resgate não vem ao seu socorro. Não será nada fácil pois o local está infestado de tubarões famintos.
Comentários:
"Mar Aberto" é um filme interessante que consegue trazer novidades para esse saturado sub-gênero dos filmes de terror com tubarões. O grande diferencial aqui é o fato de sabermos que tudo o que se vê na tela aconteceu de fato, o que torna a produção muito mais curiosa. Praticamente todo o enredo se passa com o casal em alto mar, à deriva, esperando que alguém note a sua falta. O tempo nesse caso é o grande inimigo pois os tubarões começam lentamente a cercar eles. Imagine a sensação de desespero que vem do fato de se estar perdido no meio do oceano, tentando sobreviver enquanto um enorme grupo de tubarões está literalmente cercando você para o ataque final. É justamente nisso que o filme consiste. É uma história realmente enervante, não recomendado para pessoas impressionáveis demais.
Pablo Aluísio.
O Guerreiro Gengis Khan
Titulo Original: Mongol
Ano de Produção: 2007
País: Rússia, Alemanha, Cazaquistão
Estúdio: CTB Film Company / Kinofabrika
Direção: Sergey Bodrov
Roteiro: Arif Aliyev, Sergey Bodrov
Elenco: Tadanobu Asano, Amadu Mamadakov, Khulan Chuluun
Sinopse:
O filme narra a história real do temido guerreiro Gengis Khan (1162 - 1227). Após mudanças climáticas terríveis na Mongólia, com seca e fome assolando toda a região, Khan um líder tribal forma um magnífico exército de cavaleiros e arqueiros para invadir o império chinês e todas as cidades que encontravam pelo caminho. Usando do terror, do massacre e da subjugação completa de seus inimigos, Gengis Khan conseguiu conquistar uma das mais vastas regiões do planeta. Um conquistador sanguinário cujo nome até hoje aterroriza os povos que ele massacrou ao longo de suas campanhas.
Comentários:
Tive uma bela surpresa hoje ao assistir o filme O Guerreiro Gengis Khan, produção russa, alemã e mongol dirigida por Sergei Bodrov. Fazia muito tempo que queria assistir mas por uma razão ou outra sempre deixava para depois. O filme é muito bem dirigido e conta com ótima fotografia. Não foi à toa que foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. É de fato uma produção de encher os olhos e resgata um dos personagens históricos mais genocidas que se tem notícia. Estima-se que Khan tenha levado à morte mais pessoas do que Hitler e Napoleão juntos. Ele incentivava seus homens a pilhar, roubar, massacrar (homens, mulheres, idosos e até crianças), além de estuprar em série as mulheres de seus inimigos. Era um líder brutal e sanguinário ao extremo. O filme tenta capturar com grande êxito sua personalidade. O resultado final é excelente. Recomendo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Lado a Lado
"Lado a Lado" é um bom drama, com roteiro bem escrito, mas que peca em certos momentos por ter receio de se aprofundar nesse tipo de questão familiar. Fica óbvio ao espectador que o diretor tem medo de exagerar nas tintas, o que muitas vezes esvazia a mensagem que o roteiro tenta passar. Até porque vamos convir que Chiris Columbus nunca foi muito de lidar bem com material excessivamente melodramático. Ele sempre preferiu os filmes amenos, bem familiares, do tipo Sessão da Tarde. Mesmo assim é uma boa pedida para quem está vivendo ou já viveu nesse tipo de rompimento familiar. Certamente não é fácil passar por isso, principalmente se ainda é jovem demais para entender o que se passa com seu pai e sua mãe. A grande mensagem desse tipo de drama é mostrar que tudo é plenamente possível de se superar como mostra o argumento do filme. Assista para entender.
Lado a Lado (Stepmom, Estados Unidos, 1998) Direção: Chris Columbus / Roteiro: Gigi Levangie, Jessie Nelson / Estúdio: Sony Pictures / Elenco: Julia Roberts, Susan Sarandon, Ed Harris, Jena Malone / Sinopse: O filme mostra os dramas e desafios de pais divorciados em relação à aceitação de seus filhos com suas novas companheiras. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Susan Sarandon). Também indicado aos prêmios San Diego Film Critics Society Awards e BMI Film & TV Awards na categoria de Melhor Trilha Sonora (John Williams).
Pablo Aluísio.
Desejo de Matar
Titulo Original: Death Wish
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company, Paramount Pictures
Direção: Michael Winner
Roteiro: Brian Garfield, Wendell Mayes
Elenco: Charles Bronson, Vincent Gardenia
Sinopse:
Paul Kersey (Charles Bronson) vê sua vida desmoronar após sua família sofrer um ataque de um grupo de criminosos insanos. Eles violentam e agridem sua jovem filha e mata sem piedade sua esposa. Após esse ato bárbaro Kersey se convence que a única forma de um cidadão se defender adequadamente desses bandidos é se armar até os dentes para responder fogo com fogo.
Comentários:
Charles Bronson passou anos de sua carreira fazendo personagens secundários. Nunca havia conquistado o status de grande astro e campeão de bilheteria até estrelar esse violento drama policial que explorava a indignação da população com o aumento da criminalidade nas grandes cidades. Sua mensagem bem clara caiu imediatamente no gosto do público e "Desejo de Matar" se tornou um grande campeão de bilheteria. Esse foi de certa forma o filme definitivo de Bronson que teria a partir daí seguido por uma linha de filmes mais violentos e com muita pancadaria. De certa forma Bronson foi um pioneiro do tipo de cinema de ação que iria imperar na década seguinte, os anos 80.
Pablo Aluísio.
Loucuras de Verão
Título Original: American Graffitti
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas, Gloria Katz, Willard Huyck
Elenco: Richard Dreyfuss, Ron Howard, Paul Le Mat, Harrison Ford
Sinopse:
Dois amigos se despedem da vida de colégio durante uma noite qualquer de 1962. Em breve eles irão para a universidade, entrando em uma nova fase de suas vidas. Para passar o tempo eles decidem andar de carro pela noite, dando voltas pelas redondezas, onde encontram amigos, paqueras e também rivais. Um retrato descompromissado e nostálgico da juventude americana dos anos 60.
Comentários:
O primeiro grande sucesso comercial da carreira de George Lucas. Produzido por Coppola esse foi um dos primeiros filmes a olhar com clima de nostalgia e carinho para a década de 1960 (que acabara de terminar). Com uma trilha sonora maravilhosa composta apenas de grandes clássicos do rock 'n' roll essa película é uma das mais lembradas quando se fala em filmes sobre adolescentes. Além de ter sido um marco na carreira de Lucas, "American Graffitti" também impulsionou a carreira do jovem e praticamente novato Harrison Ford que iria estrelar alguns dos filmes de maior bilheteria dos anos que viriam, como as franquias "Guerra nas Estrelas" e "Indiana Jones". Aqui seu papel é até sem importância mas isso não o impediu de se destacar no filme. Roteiro simples (o enredo se passa apenas em uma noite) mas muito eficaz e nostálgico, a produção é considerada até hoje um dos melhores filmes sobre jovens da história do cinema americano. Imperdível.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Trainspotting - Sem Limites
Titulo Original: Trainspotting
Ano de Produção: 1996
País: Inglaterra
Estúdio: Channel Four Films
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Irvine Welsh, John Hodge
Elenco: Ewan McGregor, Ewen Bremner, Jonny Lee Miller
Sinopse:
Um mergulho lisérgico e alucinado no cenário de usuários de drogas na cidade de Edinburgh. Mostra o cotidiano alucinado de um grupo de jovens europeus sem grandes perspectivas em suas vidas. Para escapar do tédio e da violência do dia a dia eles resolvem experimentar diferentes tipos de drogas pesadas. O filme é um retrato da visão fora de realidade dessas pessoas.
Comentários:
Foi bastante comentado esse excelente filme do cineasta Danny Boyle. Na época de seu lançamento foram criadas duas visões diferentes sobre a proposta do filme. A primeira afirmava que era claramente uma apologia ao mundo das drogas. A segunda defendia a tese oposta que dizia que na realidade se trata de uma denúncia, utilizando uma linguagem revolucionária. De uma forma ou outra uma coisa é certa: o filme marcou bastante o cinema dos anos 90. Uma das cenas mais lembradas é a sequência em que um bebê entra nas viagens alucinógenas do protagonista. Sob efeitos de drogas ele começa a ter alucinações com a criança que inclusive chega a subir pelas paredes! Essa produção lançou a carreira do ator Ewan McGregor que a partir daí iria se tornar um grande astro em Hollywood. Produção mais do que recomendada.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
JFK - A História Não Contada
A partir daí somos transportados para o meio do caos. O presidente é levado imediatamente para o hospital mais próximo onde os médicos, completamente surpresos, tentam salvar sua vida. Cada segundo é mostrado na tela, cada momento, cada tentativa de ressuscitamento. Detalhes que não foram vistos em filme nenhum aqui ganham ares de destaque, revelando o lado mais humano da dor pela perda do presidente. São cenas recriadas com exatidão impressionante e que deixam o espectador completamente fisgado pelos acontecimentos. Certamente o ineditismo do ponto de vista fez toda a diferença nessa produção. Para quem gosta de conhecer os grandes acontecimentos históricos em mínimos detalhes (como esse que vos escreve) certamente vai adorar Parkland. Aliás parabéns a Tom Hanks pelo belíssimo trabalho de produtor. Tudo soa muito bem realizado - a reconstituição histórica é perfeita e o elenco inteiro está acima da média. São eventos tão surpreendentes que fica complicado até mesmo acreditar que eles realmente aconteceram. Enfim, Parkland é uma aula de história que não se aprende na escola. Nota dez com louvor.
JFK - A História Não Contada (Parkland, Estados Unidos,, 2013) Direção: Peter Landesman / Roteiro: Peter Landesman, baseado no livro de Vincent Bugliosi / Elenco: Paul Giamatti, Billy Bob Thornton, Tom Welling, Zac Efron, Colin Hanks / Sinopse: O filme Parkland mostra os bastidores da tragédia do assassinato do presidente JFK em 1963. Após sofrer os tiros o líder americano é enviado para o hospital Parkland em Dallas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Temporada de Caça
"Temporada de Caça" até começa muito bem. É realmente interessante a proposta do filme em colocar dois veteranos de guerra no meio da floresta para se enfrentarem no meio do ambiente selvagem. Isso aliás proporciona lindas tomadas de toda a região, resultando em uma maravilhosa fotografia. O problema é que a partir do momento em que as cartas são colocadas na mesa tudo o que sobra é uma série de lutas sangrentas entre os dois personagens. E nessa luta de vida ou morte vale tudo: facadas, tiros, flechadas e tudo o mais que estiver nas mãos deles. Claro que numa verdadeira tour de fource dessa magnitude não faltaria as velhas táticas de tortura de ambas as partes. Aliás é bom salientar que os dois guerreiros não fazem feio nem para Rambo e seu arsenal de sobrevivência. Em umas das sequências o Coronel feito por De Niro leva uma flechada na perna mas não se intimida e passa várias cenas tirando e colocando pedaços de metal dentro da ferida - uma clara violência gratuita que nada acrescenta no saldo final. Muitos espectadores talvez venham a se decepcionar com o desfecho de tudo mas sinceramente o clímax (ou anticlímax, dependendo do ponto de vista) foi uma das coisas que me agradaram nesse "Temporada de Caça". Sua mensagem final acaba sendo mais interessante do que o desfile de violência que permeia toda a estória. Só isso já vale a recomendação do filme!
Temporada de Caça (Killing Season, Estados Unidos, 2013) Direção: Mark Steven Johnson / Roteiro: Evan Daugherty / Elenco: Robert De Niro, John Travolta, Milo Ventimiglia / Sinopse: Dois veteranos da Guerra da Bósnia se enfrentam pela última vez numa floresta isolada dos EUA. Uma luta de vida e morte definirá quem sairá vivo daquele meio hostil.
Pablo Aluísio.
Drácula - O Príncipe Das Trevas
A única novidade na trama é a presença de um cajado mágico e simbólico que teria pertencido ao próprio Caim (o personagem da Bíblia que matou seu irmão Abel). Pois bem, a tal arma é a única capaz de destruir a existência do famoso ser da noite Drácula. Outro ponto que chama a atenção é a presença do veterano Jon Voight como Van Helsing. Infelizmente muito pouco aproveitado em um filme que falha bastante no quesito elenco. Por falar nisso o ator que interpreta Drácula, Luke Roberts, é bastante inexpressivo. Com longos cabelos loiros ele simplesmente não consegue convencer como o mais famoso vampiro da literatura e do cinema. Cheio de caras e bocas está mais parecido com Warlock (lembra desse demônio loiro da época do VHS?) do que com o próprio Vlad. Há uma tentativa de seguir os passos de "Anjos da Noite" mas no final das contas tudo afunda em um filme que obviamente não faz jus ao eterno conde criado por Bram Stoker. Melhor mesmo rever o filme de Francis Ford Coppola, aquele sim definitivo sobre esse personagem.
Drácula - O Príncipe Das Trevas (Dracula - The Dark Prince, Estados Unidos, 2013) Direção: Pearry Reginald Teo / Roteiro: Nicole Jones-Dion, Steven Paul / Elenco: Luke Roberts, Jon Voight, Kelly Wenham / Sinopse: Drácula, o famoso conde vampiro precisa colocar as mãos no cajado de Caim pois ele poderá destruir sua existência sobre a Terra.
Pablo Aluísio.
Alta Velocidade
O curioso de tudo é que durante o lançamento do filme Stallone afirmou a jornalistas brasileiros que tinha a intenção quando escreveu o roteiro de dar um personagem para o campeão brasileiro Ayrton Senna fazer sua estréia em Hollywood mas que com sua morte resolveu reescrever grande parte do material, tornando tudo muito mais fantasioso, para tentar emplacar um sucesso com o público jovem que ia aos cinemas naquela época. Ao que tudo indica o primeiro esboço era mais pé no chão e realista. Que pena que Stallone tenha mudado de ideia pois sinceramente o tom desse "Alta Velocidade" definitivamente não agradou a ninguém, nem a crítica que malhou impiedosamente e nem o público que deixou as salas de cinemas vazias e depois deixou a fita pegando poeira nas locadoras, sem dó e nem piedade. Pelo resultado do que vemos aqui isso tudo foi mais do que merecido.
Alta Velocidade (Driven, Estados Unidos, 2001) Direção: Renny Harlin / Roteiro: Sylvester Stallone, Jan Skrentny, Neal Tabachnick / Elenco: Sylvester Stallone, Kip Pardue, Til Schweiger, Burt Reynolds / Sinopse: Corredor veterano das pistas de Fórmula Indy precisa ensinar a jovem novato e ousado os segredos de um campeão nas pistas.
Pablo Aluísio.
domingo, 20 de outubro de 2013
Toy Story de Terror
Tudo muito divertido, bem realizado (como convém à parceria Disney / Pixar) que certamente agradará a todas as crianças, sejam menores ou marmanjos que cresceram assistindo aos filmes Toy Story no cinema durante todos esses anos. Por fim um aspecto merece ser citado: toda a equipe técnica dos filmes originais, inclusive os dubladores (como Tom Hanks, etc) estão de volta nesse curta "Toy Story of Terror". Foi uma forma de reunir os antigos colegas de trabalho, resultando disso uma bela homenagem a esses personagens que tantas alegrias trouxeram no mundo da sétima arte. Vale a pena conferir, afinal curtas também são bem interessantes, quando bem realizados.
Toy Story de Terror (Toy Story of Terror, Estados Unidos, 2013) Direção: Angus MacLane / Roteiro: John Lasseter, Andrew Stanton / Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack / Sinopse: A turma de "Toy Story" se envolve em várias confusões nesse curta especial de Halloween.
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de outubro de 2013
Aeon Flux
O que deu errado? Para alguns o filme tinha um público muito restrito, principalmente formado por quem já conhecia esse universo. Para piorar muitos fãs do anime reclamaram afirmando que essa produção era pouco fiel ao material original. Isso aliás sempre acontece em adaptações de quadrinhos e outros produtos da cultura pop. A verdade porém é bem mais simples. Charlize Theron surge em cena mais uma vez com sua beleza espetacular mas o filme em si é frio, maniqueísta e pouco carismático. Mais parece um videogame turbinado. O espectador é levado a assistir por causa da presença de Charlize mas acaba se decepcionando. Claro que "Aeon Flux" é muito bem feito do ponto de vista técnico. Em seu lançamento muito se comentou sobre as inovações digitais presentes em cada cena mas isso definitivamente é pouco já que uma obra cinematográfica deve oferecer mais do que um simples game. Assim fora a deusa Charlize Theron pouca coisa chama a atenção, o que é comprovado após o fim do filme pois poucos minutos depois de o assistir você provavelmente esquecerá sobre tudo o que acabou de ver.
Aeon Flux (Idem, Estados Unidos, 2005) Direção: Karyn Kusama / Roteiro: Karyn Kusama / Elenco: Charlize Theron, Marton Csokas, Jonny Lee Miller, Sophie Okonedo / Sinopse: Em uma Terra 400 anos no futuro uma agente rebelde é designada para matar o líder de uma grande cidade isolada do resto do mundo. Antes de cumprir sua missão ela acaba tomando conhecimento de informações que mudarão seu modo de pensar.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Entre Irmãos
Fato que se confirmou nesse "Brothers" que fracassou nas bilheterias americanas (pelo visto o povo de lá já está tão cansado e farto de guerras que não quer mais nem saber de ver filmes com essa temática). De minha parte tenho uma visão um pouco menos ácida sobre essa produção. A verdade é que esse filme não é ruim, muito longe disso, mas a crítica de uma maneira em geral caiu de porrada em cima (principalmente nos EUA). Atribuo toda essa má vontade ao trio central de atores. Como eles são figurinhas fáceis em blockbusters ultimamente quando tentaram fazer algo com mais conteúdo tiveram que sofrer uma avalanche de críticas pesadas. Depois de assistir não pude deixar de constatar que muitas delas são simplesmente injustas e revanchistas. O filme vale a pena ser descoberto e por mais incrível que isso possa parecer todo o elenco está bem, principalmente Jake Gyllenhaal, Natalie Portman e Tobey Maguire. Por isso recomendo sem receios.
Entre Irmãos (Brothers, Estados Unidos, 2009) Direção: Jim Sheridan / Roteiro: Jim Sheridan, baseado no filme original dirigido por Susanne Bier / Elenco: Jake Gyllenhaal, Natalie Portman, Tobey Maguire e Sam Shepard / Sinopse: Após ser dado como morto a viúva de um militar acaba se envolvendo com o irmão dele. O problema é que ele está vivo e volta para os Estados Unidos criando um sério problema emocional com todos os envolvidos nesse complicado triângulo amoroso.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Gostei bastante do filme. Primeiro porque gosto de musicais e segundo porque como sempre a direção de arte dos filmes de Tim Burton é uma verdadeira pintura. O filme me impressionou tão positivamente que cheguei inclusive a fazer uma pequena pesquisa pessoal sobre o tal de Sweeney Todd, que para quem não sabe, existiu realmente. Em sua época ele ganhou uma notoriedade tão grande quanto o próprio Jack, o Estripador. Se fosse qualificar esse filme o chamaria de musical gótico de humor negro, uma definição que certamente você não encontrará todos os dias por aí. Curiosamente grande parte do público não gostou do resultado final justamente por sua estrutura tipicamente de musicais da Broadway. Será que se fosse um filme convencional seria melhor avaliado? Acredito que sim, embora tudo no final das contas seja um erro de avaliação de quem pensava encontrar algo diferente na tela. A produção tem méritos inegáveis como a maravilhosa direção de arte, a riqueza dos figurinos e a fotografia, belamente sombria e sinistra. E para as fãs de Johnny Depp temos aqui uma de suas caracterizações mais impressionantes (em ótimo trabalho de maquiagem e transformação). Enfim, "Sweeney Todd" é um filme 100% Tim Burton, com tudo de bom e ruim que isso significa.
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, Estados Unidos, Inglaterra, 2007) Direção: Tim Burton / Roteiro: John Logan, baseado no musical de Hugh Wheeler / Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Alan Rickman / Sinopse: Sweeney Todd (Johnny Depp) é um barbeiro numa Londres escura e nebulosa. Julgado e preso injustamente pelo juiz Turpin (Alan Rickman) ele decide se vingar de todos os que lhe fizeram mal.
Pablo Aluísio.
Parenthood
Por isso acho que essa é uma série bem interessante. Aliás venho acompanhando já há algum tempo. Dito isso é bom esclarecer que "Parenthood" é mais indicada ao público feminino por causa da estrutura de seus episódios. De uma maneira em geral o programa tem muito de uma série mais velha da Warner chamada "Gilmour Girls". Inclusive a atriz Lauren Graham estrelou ambos. Os roteiros aqui porém são mais trabalhados uma vez que o número de personagens é bem mais amplo. O elenco é muito bom a direção soa muito inspirada pois nunca deixa a coisa desandar para o dramalhão chato, pelo contrário o bom humor, mesmo diante dos dramas da vida, sempre se faz presente. É uma produção do diretor Ron Howard que imprime sua marca registrada no seriado. Além disso tem um trilha sonora muito evocativa puxada por Dylan e sua ótima canção "Forever Young". Quem ainda não conhece vale assistir!
Parenthood (Idem, Estados Unidos, 2010 - 2013) Criado e Produzido por Ron Howard e Brian Grazer / Elenco: Peter Krause, Lauren Graham e Dax Shepard / Sinopse: "Parenhood" mostra os desafios, os dramas e as lutas de uma família tipicamente americana tentando se manter unida e forte no meio das mudanças comportamentais e morais da sociedade atual.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Margot e o Casamento
"Margot e o Casamento" não é aquele tipo de produção que se indique a todos os tipos de público. O clima muitas vezes é melancólico, sufocante e sua dramaturgia não vai agradar a todo mundo pois em determinado momento evita por soluções facéis demais. Nicole Kidman continua linda mas o filme não engrena. A sensação que se tem muitas vezes no transcorrer da trama é a de que algo interessante vai acontecer mais cedo ou mais tarde mas a verdade pura e simples é que nada de muito relevante acontece. É um roteiro ao estilo "chove mas não molha". Por outro lado os defensores da película acreditam que o roteiro inconclusivo é um reflexo da própria vida real. Esse tipo de texto até pode dramaturgicamente deixar a desejar, mas no final das contas ganha em credibilidade. Na dúvida arrisque, afinal a proposta do filme pode vir a lhe agradar.
Margot e o Casamento (Margot at the Wedding, Estados Unidos, 2007) Direção: Noah Baumbach / Roteiro: Noah Baumbach / Elenco: Nicole Kidman, Jennifer Jason Leigh, Jack Black / Sinopse: O filme mostra a complicada relação entre duas irmãs muito diferentes nas vésperas do casamento de uma delas.
Pablo Aluísio.
The White Queen
A rotatividade das séries está tão alta que mal começamos a assistir uma nova série e ela é logo cancelada. Foi o que aconteceu com essa série do canal BBC, "The White Queen". A priori o tema já tinha me interessado de cara. Gosto de filmes e séries históricas que mostram personagens da história. Mesmo que os roteiros não sejam historicamente corretos e muito romanceados, como aconteceu com "The Tudors" e "The Borgias" eu corro atrás para conferir. Assim "The White Queen" logo me chamou a atenção. A série foca no improvável romance entre o rei Edward IV (Max Irons) e a plebeia Elizabeth Woodville (Rebecca Ferguson). Edward era um rei jovem ainda lutando por sua coroa contra outro rei, Henry. A disputa daria origem a uma das mais famosas guerras da história da Inglaterra, a Guerra das duas rosas que durou de 1455 a 1485. Edward defendia a dinastia York contra Henry que representava os Lancasters. Os combatentes do primeiro eram identificados por rosas brancas e os do segundo por rosas vermelhas colocados em suas lapelas. Mais britânico do que isso impossível.
"The White Queen" não tem uma produção tão bem realizada como a que vemos em séries como "The Tudors" ou "The Borgias" mas sua linha histórica e seu roteiro mantém a atenção do espectador. O programa foi fruto de uma parceria entre a BBC e o canal americano Starz que se notabilizou pela ótima série "Spartacus". Infelizmente os números de audiência não foram animadores, nem nos EUA e nem na Inglaterra. Como os dois países vivem uma crise econômica sem precedentes não há mais uma chance de sobrevida para seriados que não conquistam o público logo na primeira temporada. Assim logo são cancelados. Uma pena, havia muito potencial nessa história, muitas intrigas palacianas a se desenvolver como convém aos regimes baseados em monarquias absolutistas. Mesmo com seu cancelamento deixo a indicação dos dez episódios produzidos pois tudo resulta em um bom entretenimento. Só podemos nos lamentar do fato de que em épocas de vacas magras nem os reis e rainhas sobrevivem aos cortes de orçamento.
The White Queen (Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Colin Teague, James Kent, Jamie Payne / Roteiro: Malcolm Campbell, Emma Frost / Elenco: Aneurin Barnard, Rebecca Ferguson, Amanda Hale / Sinopse: A série da BBC "The White Queen" conta o romance vivido entre o monarca Edward IV (Max Irons) e a plebeia Elizabeth Woodville (Rebecca Ferguson) durante a Guerra das Duas Rosas.
Episódio comentado:
The White Queen 1.09 - The Princes in the Tower
Esse é o
penúltimo episódio dessa ótima série que ao meu ver foi cancelada cedo
demais. Bom, sou completamente suspeito para elogiar pelo simples motivo
de que gosto muito de séries de época - e se forem sobre a monarquia
inglesa melhor ainda! Sou um fã assumido de "The Tudors" que marcou
época em minha opinião. Claro que grande parte do enredo é romanceado e
nem tudo aconteceu tal como mostrado, mas esse tipo de coisa faz parte
da busca por recursos de dramaticidade e não tira os méritos desse tipo
de obra. "The White Queen" é interessante porque mostra o surgimento da
dinastia Tudor (cujo maior representante foi Henrique VIII, cujo reinado
acompanhamos justamente em "The Tudors"). Após a morte do Rei Edward,
seus herdeiros são presos na torre de Londres. O usurpador passa a ser
Richard, seu irmão. Conspiradores então se unem para o tirar do trono,
ao mesmo tempo em que se tenta trazer Henry Tudor (avô de Henrique VIII)
ao poder. A crueldade da história vem do fato de que os filhos de
Edward (que estavam aprisionados na infame torre) foram mortos a sangue
frio. Bem, isso é próprio desse sistema, e é o que mais vemos na
história das monarquias da Europa. Quando há poder e fortuna em jogo
isso é o que geralmente acontece: aspirantes ao trono se matam entre si,
irmãos matam irmãos, tios degolam sobrinhos, tudo para saber quem
subirá ao topo do reino. Na vida real serve para mostrar a sordidez
humana mas no mundo da ficção, não há como negar, é um prato cheio para
quem gosta de diversão com o sabor da história. / The White Queen 1.09 -
The Princes in the Tower (Estados Unidos, 2013) Direção: Colin Teague /
Roteiro: Emma Frost, Philippa Gregory / Elenco: Aneurin Barnard, Ashley
Charles, Faye Marsay.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Hairspray: Em Busca da Fama
"Hairspray: Em Busca da Fama" é colorido, divertido, dançante e muito simpático. Mostra que o gênero musical ainda não está morto nos dias atuais e que basta uma boa direção, um roteiro convincente e uma trilha sonora bem composta para se voltar aos dias de glória do gênero. O cineasta Adam Shankman que dirigiu o filme é muito talentoso de fato. Atualmente ele vive uma de suas fases mais populares, não no cinema, mas na TV com o fenômeno "Glee". Além disso mostrou bem recentemente que consegue fazer qualquer um se dar bem em musicais, como bem provou com Tom Cruise em "Rock of Ages: O Filme". Talentoso e muito criterioso nas produções em que se envolve Shankman mostra que basta um pouco mais de capricho para encantar a todos, até mesmo os que sempre torceram o nariz para esse tipo de produção. Assim se você ainda não viu esse remake de "Hairspray" não perca mais tempo pois certamente você terá duas horas bem encantadoras, pode apostar.
Hairspray: Em Busca da Fama (Hairspray, Estados Unidos, 2007) Direção: Adam Shankman / Roteiro: Leslie Dixon, John Waters / Elenco: John Travolta, Queen Latifah, Nikki Blonsky, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken, Amanda Bynes, Zac Efron / Sinopse: Uma adolescente na Baltimore dos anos 60 sonha em vencer um concurso de dança na TV.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de outubro de 2013
Universidade Monstros
"Universidade Monstros" não chega nem perto da criatividade e da diversão que vimos em "Monstros S.A". Aquele tinha um timing melhor, além disso a ideia soava original e diferente de tudo o que se viu em termos de animação. Coisa típica da Pixar que tinha muita criatividade em seu time de animadores. Já esse segundo filme não é tão original e nem surpreende. Na verdade a estorinha banal procura se aproveitar de todos os clichês de comédias sobre a vida universitária dos Estados Unidos. Por isso os personagens são os mesmos de sempre, os nerds, os "losers", os atletas bonitões e por aí vai. Nada de novo no front. De certa forma vem para confirmar o que a crítica vem dizendo já há bastante tempo, que após ter sido adquirida pela Disney a Pixar perdeu parte de seu charme, de sua acidez, que era tão comum em suas primeiras animações. Enfim, meio chatinho.
Universidade Monstros (Monsters University, Estados Unidos, 2013) Direção: Dan Scanlon / Roteiro: Dan Scanlon, Daniel Gerson / Elenco (vozes): Billy Crystal, John Goodman, Steve Buscemi / Sinopse: Prequel de "Monstros S.A". Agora Mike e Sullivan se conhecem na universidade e lutam para continuarem no curso que sempre sonharam.
Pablo Aluísio.
sábado, 12 de outubro de 2013
Pearl Harbor
Não deu lá muito certo. O casal protagonista não mostra química entre si: Ben Affleck (mais canastrão do que nunca) e Kate Beckinsale simplesmente não convencem.
De bom o filme tem a melhor e a mais perfeita reconstituição em computação gráfica do ataque à base americana no Havaí mas isso, sob um ponto de vista crítico, é muito pouco para justificar tanta trama desnecessária e cansativa. O filme é longo demais e pretensioso além da conta. Também pudera, o diretor é um dos mais vazios de sua geração em Hollywood. Não há como negar, dessa safra de cineastas Michael Bay só não é pior mesmo que Roland Emmerich! Ambos não conseguem fazer cinema de verdade. Recentemente Bay abriu o jogo e confessou que faz filmes para adolescentes, daqueles que infestam os multiplex de shopping centers da vida. Assim esse "Pearl Harbor" passa longe de ser um filme do naipe de "A Um Passo da Eternidade". Aliás comparar as duas obras chega mesmo a ser uma grande heresia.
Pearl Harbor (Idem, Estados Unidos, 2001) Direção: Michael Bay / Roteiro: Randall Wallace / Elenco: Ben Affleck, Kate Beckinsale, Josh Hartnett, Cuba Gooding Jr, Jon Voight, Alec Baldwin / Sinopse: Dois amigos, que se consideram irmãos, vivenciam momentos diferentes em suas vidas antes e depois do grande ataque japonês ao porto militar americano de Pearl Harbor no Havaí durante a Segunda Guerra Mundial.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Memphis Belle - A Fortaleza Voadora
Um dos destaques para quem visita o velho e heróico avião são os detalhes em sua lataria mostrando a quantidade de missões realizadas e o número de aviões nazistas derrubados por ele em campanha pelos céus do eixo alemão. O elenco inteiro está bem, até mesmo canastrões conhecidos como o "Fantasma" Billy Zane se sobressaem e não atrapalham o resultado final. As cenas de combate nos céus da Alemanha são extremamente bem realizadas e isso em uma época em que a computação gráfica ainda era bastante rudimentar. Sem medo de errar afirmo que esse é certamente um dos melhores filmes de guerra realizados nos últimos vinte e cinco anos. Um excelente programa para o fim de noite.
Memphis Belle - A Fortaleza Voadora (Memphis Belle, Estados Unidos, 1990) Direção: Michael Caton-Jones / Roteiro: Monte Merrick / Elenco: Matthew Modine, Eric Stoltz, Tate Donovan, D.B. Sweeney, Billy Zane, Sean Astin, Harry Connick Jr. / Sinopse: O filme mostra a história real do bombardeiro americano Memphis Belle e sua equipe durante a Segunda Guerra Mundial. Na ocasião o avião ficou famoso por cumprir uma última missão, após vinte e quatro ataques bem-sucedidos.
Pablo Aluísio.
Bling Ring: A Gangue de Hollywood
"Bling Ring: A Gangue de Hollywood" mostra de certa forma o grau de estupidez e idiotice em que certos jovens vivem hoje em dia. Sem valores morais e nem espirituais, o que vale para eles é ter a última bolsa da moda ou se mostrar para os colegas da escola suas novas "aquisições". Com tanta gente sem noção junta não foi de se admirar que o departamento de polícia tenha encontrado todos eles de forma fácil e rápida. O filme é um projeto em família onde a filha Sofia Coppola dirige e o pai Francis Ford Coppola produz. Era de se esperar algo mais sofisticado ou inovador, principalmente por ter sido assinado por Sofia, que é excelente cineasta (embora seja péssima atriz). Infelizmente ela deixa maiores ousadias autorais de lado e resolve contar a história da forma mais quadradinha possível. Os eventos são contados de forma praticamente banal. Já em termos de elenco não há nenhum destaque maior. Apenas Emma Watson chama um pouco mais de atenção mas nada que vá deixar alguém admirado. Agora curioso mesmo é saber que as próprias Lindsay Lohan e Paris Hilton cederam suas imagens e abriram até mesmo a porta de suas casas nas filmagens para, obviamente, aparecer mais uma vez na mídia. Essas celebridades de hoje em dia parecem mesmo tão vazias quanto seus fãs. Pelo amor de Deus...
Bling Ring: A Gangue de Hollywood (The Bling Ring, Estados Unidos, 2013) Direção: Sofia Coppola / Roteiro: Sofia Coppola, Nancy Jo Sales / Elenco: Katie Chang, Israel Broussard, Emma Watson / Sinopse: Grupo de jovens riquinhos decide roubar as mansões de seus ídolos do cinema e da moda. Jóias, roupas e dinheiro, nada escapava das mãos dos "garotos".
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Quem Quer Ser um Milionário?
De qualquer maneira existe um grupo considerável de cinéfilos que acham o filme realmente genial. Na estorinha acompanhamos o jovem Jamal K. Malik, que como muitos de sua idade que nasceram em países de terceiro mundo também vai levando uma vida dura, geralmente em empregos medíocres, que pagam verdadeiras misérias como salário. Ele serve chá em uma empresa especializada em telemarketing (aquele tipo de serviço irritante que nos incomoda em nossas casas, ligando o tempo todo para oferecer algo de que definitivamente não queremos e nem precisamos). Pois bem, para fugir dessa existência sem perspectivas ele se inscreve em um popular programa de TV chamado justamente "Quem Quer Ser um Milionário?". A partir daí sua vida tomará um rumo completamente diferente. Como se pode perceber o roteiro não é dos mais interessantes e o resultado se mostra apenas morno - aquele tipo de filme que você só consegue assistir uma única vez na vida. Isso não impediu que a produção recebesse uma enxurrada de prêmios, sendo indicado a 10 Oscars, vencendo oito, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. Como se isso tudo não bastasse ainda foi premiado no Globo de Ouro e Bafta. Vai entender o que se passa na cabeça dos votantes desses prêmios.
Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire, Inglaterra, 2008) Direção: Danny Boyle / Roteiro: Simon Beaufoy / Elenco: Dev Patel, Tanay Hemant Chheda, Ayush Mahesh, Edekar Freida Pinto, Adhur Mittal, Anil Kapoor / Sinopse: Jovem indiano se inscreve em um popular programa de TV chamado "Quem Quer Ser um Milionário?". A partir daí sua vida toma rumos inesperados.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Provas e Trapaças
O filme não é de todo mal. Tem até uma traminha bem bolada envolvendo o conselho estudantil da escola. O garoto que faz o personagem principal do filme, Reece Thompson, até segura bem a bola. Mischa Barton (aquela mesmo de OC, uma sub-Lindsay Lohan) não faz nada de muito interessante no filme além de posar de gostosa e aparecer rapidamente nua numa cena de banheira (nada que vá valer pelo filme). De resto os velhos clichês de filmes juvenis: tem os atletas arrogantes, os valentões da escola, os freaks e os nerds. O filme pelo visto nem teve a oportunidade de se tornar um fracasso de bilheteria já que foi lançado diretamente em dvd (aqui e nos EUA). Nesses dias estará passando na Sessão da Tarde... Se você gosta desse estilo de filme até vale a pena arriscar e boa sorte!
Provas e Trapaças (Assassination of a High School President, Estados Unidos, 2008) Direção: Brett Simon / Roteiro: Kevin Jakubowski, Tim Calpin / Elenco: Reece Daniel Thompson, Bruce Willis, Mischa Barton, Michael Rapaport, Kathryn Morris, Melonie Diaz, Luke Grimes, Patrick Taylor / Sinopse: Bobby Funke quer escrever para o jornal de sua “high school” e acaba denunciando o herói da escola como se este fosse responsável por roubar provas. Mas depois muda de ideia e tenta inocentá-lo e descobrir o que há realmente por trás de tudo.
Pablo Aluísio.
Guerra ao Terror
Pessoalmente também torci por “Guerra ao Terror”. Queria que ele levasse o prêmio de melhor filme e não Avatar, um filme fast food que é puro visual mas sem conteúdo nenhum por trás de suas bem trabalhadas imagens. Se a Academia tivesse dado o Oscar para Avatar então o prêmio ficaria completamente banalizado e não me admiraria se um dia um Michael Bay da vida levantasse a estatueta do Oscar. “Guerra ao Terror” não é uma maravilha e nem tampouco o considero o melhor filme do ano mas diante das circunstâncias era a melhor solução contra Avatar e seu legado sem consistência. Venceu e fiquei satisfeito mas espero que no Oscar nos anos que virão se premie filmes de verdade concorrendo à estatueta, sem se importar com revanchismos e rixas pessoais. Dias melhores virão. Como afirmei antes, assisti “Guerra ao Terror” muito antes de ser badalado. Naquela época ninguém nem falava no filme e eu jamais pensei que ele iria ganhar o Oscar de melhor filme do ano. Era algo inimaginável. Foi seguramente uma das maiores surpresas que tive na minha longa vida de cinéfilo. O filme até que é eficiente mas não consegue ser carismático ou marcante. De certa forma volta a louvar os militares americanos como grandes heróis dentro dos conflitos sem fim ocorridos no Oriente Médio. A trama se foca no cotidiano do primeiro sargento William James, especializado em desmonte de bombas no front de batalha. Interpretado por Jeremy Renner, um ator tão sem carisma quando o filme em si, ficamos ali acompanhando seu trabalho, o que é curioso mas nada empolgante ou digno a ponto de ser considerado o melhor filme do ano! No geral “Guerra ao Terror” passa para a história como um azarão que deu certo por fatores extra cinematográficos. Espero que a moda não pegue e que daqui em diante haja mais seriedade nos votos dos membros da Academia.
Guerra ao Terror (The Hurt Locker, Estados Unidos, 2008) Direção: Kathryn Bigelow / Roteiro: Mark Boal / Elenco: Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty, Guy Pearce, Ralph Fiennes, David Morse, Evangeline Lilly, Christian Camargo / Sinopse: Um esquadrão antibombas do exército norte-americano tem sua rotina mostrada no filme. Vencedor dos Oscars de Melhor Direção, Edição, Edição de Som, Efeitos Sonoros, Melhor Filme, Roteiro Original e indicado aos de Fotografia, Trilha Sonora e Ator (Jeremy Renner).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Trovão Tropical
E o que dizer de Robert Downey Jr interpretando um negro durão? Alguns setores de consciência negra nos EUA ficaram um pouco incomodados com a caricatura mas depois finalmente compreenderam que tudo não passava de uma interpretação cômica e todos os excessos faziam parte do jogo para deixar o filme ainda mais engraçado. A mistura de tantos talentos acabou dando certo do ponto de vista comercial. A fita fez boa bilheteria e a participação de Cruise, um dos grandes destaques da produção, foi considerada mais do que positiva em sua carreira. Não é nenhuma obra prima que você não possa perder mas consegue até divertir bastante, ainda mais se você for cinéfilo e conseguir pegar todas as referências com os grandes clássicos de filmes de guerra (um gênero que atualmente anda com problemas de criatividade e inovação).
Trovão Tropical (Tropic Thunder, Estados Unidos, 2008) Direção: Ben Stiller / Roteiro: Justin Theroux, Ben Stiller / Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Robert Downey Jr, Tom Cruise / Sinopse: Diretor em busca de realismo para seu filme que pretende ser o "Maior de todos os tempos" leva um grupo de atores para a selva real do Vietnã, dando origem a muitas confusões.
Pablo Aluísio.