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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Batman
Como todos sabem Tim Burton sempre deixa sua assinatura impressa em seus filmes. O lado mais característico de seus filmes surge justamente na direção de arte, sempre inspirada e muito particular. A Gotham City que surge em cena é soturna, pessimista, sombria. Em certos aspectos procura de forma proposital imitar os próprios quadrinhos pois nada foi criado para o filme para aparentar realidade ou um ambiente real. Pelo contrário, a estética é obviamente inspirada na arte original da DC Comics Quando chegou aos cinemas a bilheteria foi fenomenal, a curiosidade era imensa e Batman mostrava que tinha forças de atrair grandes multidões aos cinemas. A Warner também investiu pesado no licenciamento de produtos o que fez as lojas receberem uma enxurrada de mercadorias com a marca do personagem. Eram brinquedos, cadernos, álbuns de figurinhas, revistas, roupas, tênis e tudo mais que se possa imaginar. A receita multiplicou, mostrando a força do marketing agressivo que seria usada em produções posteriores. Visto hoje em dia o filme envelheceu um pouco e não pode ser comparado aos filmes de Christopher Nolan que são muito superiores, mesmo assim deve-se reconhecer que Batman 1989 é um marco nesse tipo de produção. Um filme que deu origem a toda essa moda de adaptações de quadrinhos que persiste até os dias de hoje.
Batman (Batman, Estados Unidos, 1989) Direção: Tim Burton / Roteiro: Sam Hamm, Tom Mankiewicz, Lorenzo Semple Jr., Warren Skaaren / Elenco: Jack Nicholson, Michael Keaton, Kim Basinger, Pat Hingle, Billy Dee Williams, Jack Palance, Robert Wuhl, Michael Gough, Lee Wallace, Tracey Walter, Wayne Michaels, Bruce McGuire / Sinopse: Após presenciar a morte de seus pais o jovem milionário Bruce Wayne (Michael Keaton) resolve combater o crime nas ruas de sua cidade, Gotham City.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Abraham Lincoln Caçador de Vampiros
Como a moda dos vampiros não parece passar agora a mesclaram com a biografia de um dos mais queridos presidentes americanos da história, Abraham Lincoln (1809 - 1865). Ele se tornou um dos mais amados líderes daquele país porque conseguiu manter a União intacta. Foi durante seu governo que explodiu a guerra civil americana onde estados do sul lutaram para se separar da federação. Também é muito lembrado por ter sido o presidente que libertou os escravos de forma definitiva. Esse é o Lincoln da história, um homem de origens humildes, filho de pobres trabalhadores rurais analfabetos, que persistiu e lutou em sua vida para aprender a ler e estudar, se tornado depois advogado e político bem sucedido. Já no filme o que temos é o uso de passagens da biografia de Lincoln misturadas com a mitologia vampiresca. A morte de sua mãe e de seu pequeno filho quando era presidente, são fatos históricos, mas no roteiro são atribuídas ao ataque de vampiros. Sua habilidade com machados, fruto de seu passado camponês, também é um fato histórico, mas aqui é usado para atacar seres da noite. O espectador deve se deixar levar pela diversão pura e simples e nesse aspecto o filme se torna muito interessante. Há ótimas cenas de aventura e ação como a perseguição no meio de uma manada de cavalos em disparada ou a luta em cima de um trem de carga em movimento. O filme tem o dedo de Tim Burton na produção e isso se nota bem durante seu desenvolvimento. No final das contas é uma película divertida, movimentada e bem produzida. Embora o roteiro se leve bem à sério o espectador não deve levar o filme com seriedade, pelo contrário, tudo deve ser encarado como um grande filme pipoca. Agindo assim certamente você vai se divertir.
Pablo Aluísio.
sábado, 27 de outubro de 2012
Arena dos Sonhos
Também recomendo a produção para os que tem interesse de conhecer um pouco o mundo dos rodeios nos Estados Unidos. Tudo é muito profissional, organizado e para um grupo como as "Queridinhas do Rodeio" não falta trabalho e apresentações a fazer. Claro que as garotas tem uma vida puxada, sempre em excursão, vivendo na estrada. A vida emocional delas também não é nada fácil pois fica complicado até mesmo para elas terem um relacionamento mais estável e duradouro. Entre as Cowgirls a que mais tem destaque é aquela chamada de Kansas (tal como o Estado americano) que sonha em largar a estrada para se firmar com um cowboy do qual está apaixonada. Enfim, se você gosta do universo country, dos rodeios, dos cavalos e de Cowgirls, então está mais do que recomendado esse "Arena dos Sonhos", um filme doce, leve e divertido para todas as idades.
Arena dos Sonhos (Cowgirls n' Angels, Estados Unidos, 2012) Direção: Timothy Armstrong / Roteiro: Stephan Blinn, Timothy Armstrong / Elenco: Bailee Madison, James Cromwell, Jackson Rathbone, Frankie Faison, Kathleen Rose Perkins / Sinopse: Garotinha sonha um dia conhecer seu pai, um cowboy de rodeios que desapareceu de sua vida. Para tentar encontrá-lo ela entra em um grupo de Cowgirls de rodeio chamado "As Queridinhas do Rodeio". A partir daí sua vida na estrada será cheia de surpresas e aventuras.
Pablo Aluísio.
The Borgias
Na série Rodrigo Borgia é interpretado com maestria pelo sempre bom Jeremy Irons. Eis um ator de que particularmente gosto muito. O curioso é que os aspectos mais condenáveis de Alexandre VI estão em sua caracterização mas ao mesmo tempo há uma leve sensação de arrependimento e tristeza pelos rumos que sua tão amada Igreja tomou. Seus dois filhos não eram exemplos de absolutamente nenhuma conduta cristã e o Papa se aproveitava disso para os usarem no complicado jogo de xadrez da política da época. Embora o Papa Borgia tenha tido em vida uma infinidade de inimigos, na série eles são reduzidos a poucos, com o firme propósito de não saturar o espectador. Algo assim já havia acontecido em The Tudors e agora é repetido novamente. Embora não seja o ideal do ponto de vista histórico não há como negar que ajuda e muito na dramaturgia dos episódios, tornando tudo mais fluido e descomplicado. Na trama da série ganha destaque sua filha, Lucrecia Borgia, interpretada pela linda atriz Holliday Grainger . A Lucrecia da história era uma devassa que colecionou amantes e desafetos na mesma proporção. Em The Borgias sua personalidade é mais amenizada e sutil. O bom gosto da produção conta ainda com o talento do diretor Neil Jordan. Seu auge criativo aconteceu na década de 90 quando dirigiu os excelentes Traídos pelo Desejo, Entrevista Com o Vampiro e Michael Collins - O Preço da Liberdade. Depois de um período afastado do cinema ele agora finalmente retorna com essa nova série histórica. Espero que essa parceria renda ainda mais frutos pois Jordan é um artesão de grande talento.
The Borgias (The Borgias, Estados Unidos, 2011 – 2012) Criado por Neil Jordan / Roteiros de Neil Jordan / Elenco: Jeremy Irons, François Arnaud, Holliday Grainger, Peter Sullivan, Sean Harris, David Oakes / Sinopse: A saga da família Borgia que se tornou uma das mais poderosas de seu tempo após Rodrigo Borgia se tornar o Papa Alexandre VI.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Recém Casados
Já a falecida Brittany Murphy também está limitada, mas por culpa do papel é claro. Ao contrário do idiota do Ashton ela tinha realmente talento e mostrou bem isso em filmes melhores como "A Garota Morta". Infelizmente morreu precocemente logo quando começara a despontar por personagens e atuações melhores. O mundo certamente é cruel, pois ela que tinha talento se foi e o Ashton continua por ai esbanjando saúde e enchendo nossa paciência com seu estilo ruim de atuação. No mais ainda se salva a boa fotografia de Veneza, uma cidade que é melhor vista por fotos do que ao vivo pois seus bonitos canais são bem fedorentos. Enfim é isso, Recém Casados, um filme descartável que só é recomendado para as moças mais ingênuas que ainda conseguem acreditar naquela velha lorota que o casamento traz felicidade e é a apoteose da vida das pessoas.
Recém Casados (Just Married, Estados Unidos, 2003) Direção: Shawn Levy / Roteiro: Sam Harper / Elenco: Ashton Kutcher, Brittany Murphy, Christian Kane, David Moscow, Monet Mazur, David Rasche./ Sinopse: Casal de pombinhos vai passar a lua de mel em Veneza. Chegando lá a esposa descobre que: A) se casou com um idiota e B) talvez tenha feito uma grande besteira em sua vida!
Pablo Aluísio.
Rambo IV
Muita gente reclamou da falta de roteiro em Rambo III. Pois bem, Rambo IV é ainda pior nesse aspecto. A impressão que se passa é que Stallone já não tem mais nenhuma ideia nova para o personagem. Ele como roteirista falha feio nessa nova produção. Na verdade é um prato requentado dos dois filmes anteriores, sem tirar nem colocar muita coisa nova. A ação obviamente ganha o primeiro plano e Stallone recria uma daquelas sequências que eram tão populares nos anos 80 quando um só homem com uma metralhadora matava um exército inteiro. O exagero hoje em dia incomoda a não ser que o espectador veja tudo sob os olhos de uma doce nostalgia. E foi justamente esse sentimento que acabou salvando o filme do desastre completo. Ao longo dos anos as pessoas criaram carinho pelo personagem Rambo. O carisma de Stallone também se mantém intacto. Olhando friamente foram essas as colunas que sustentaram Rambo IV. Tirando isso o que sobra realmente é um filme muito derivativo, com roteiro rasteiro e atuações abaixo da crítica. No fundo o filme serve apenas como lembrança de uma era passada quando Rambo era um ícone supremo dos filmes de ação. Espero que uma vez saciado esse tipo de sentimento deixem o velho boina verde em paz ou então que recriem a franquia do zero, em um novo recomeço. Para Stallone restam os agradecimentos por ele ter feito o personagem por tantos anos. A partir de agora porém é melhor ele pendurar a farda porque senão tudo ficará embaraçoso demais
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Star Trek
Quando o resultado chegou nas telas a grande maioria dos fãs respirou aliviada. No tempos atuais, quando a tecnologia digital torna possível qualquer cena, o estúdio investiu a bagatela de 140 milhões de dólares naquele filme que prometia se tornar um novo começo, uma nova série de filmes de sucesso. Esse novo Star Trek realmente é um bom filme, tem excelente produção e como não poderia deixar de ser um roteiro bem escrito. Aliás é bom ter em mente que a longevidade de Jornada nas Estrelas se deve muito aos seus textos, pois os roteiros da série sempre foram extremamente originais e inovadores. Para o fã da velha guarda deve realmente ter sido um enorme prazer ver todas as naves de sua infância e juventude sob uma nova roupagem, extremamente high tech, proporcionada pela tecnologia de nossos dias. O elenco era certamente o ponto mais delicado desse novo filme. Certamente atores como William Shatner e Leonard Nimoy serão sempre insubstituíveis mas até que a moçada aqui não decepciona. O filme fez bonito nas bilheterias mas a Paramount esperava por um resultado mais expressivo. Não faz mal, o caminho está aberto e novos filmes virão nos próximos anos. Os trekkers certamente agradecem.
Star Trek (Star Trek, Estados Unidos, 2009) Direção: J. J. Abrams / Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci baseados nos personagens criados por Gene Roddenberry / Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Eric Bana, Winona Ryder, Zoe Saldana, Karl Urban, Bruce Greenwood, John Cho, Leonard Nimoy, Simon Pegg, Anton Yelchin. / Sinopse: Décimo primeiro filme da franquia Jornada Nas Estrelas o filme traz de volta os personagens da série original da TV. No enredo acompanhamos os primeiros passos de James T. Kirk (Chris Pine) na Academia da Frota Estelar. Lá conhece o estranho vulcano Spock (Zachary Quinto). Juntos partirão para grandes aventuras indo onde nenhum homem jamais esteve.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Constantine
Essa produção é um exemplo claro disso. O clima soturno de Hellblazer desaparece. Constantine na pele de Keanu Reeves vira um herói clássico sempre lutando ao lado do bem contra o mal. Seu cinismo desaparece completamente e o pior é que ele acaba ficando sem personalidade em cena, fruto da canastrice de Reeves que não consegue passar qualquer emoção ou expressão com veracidade. Para piorar o espectador ainda tem que engolir a presença medíocre de Shia LaBeouf, seguramente um dos piores atores já surgidos nos últimos anos. O projeto foi desenvolvido pelo estúdio para ser estrelado por Nicolas Cage, uma escolha bem mais adequada, mas depois por diferenças criativas com o diretor, ele resolveu cair fora. Provavelmente Cage pressentiu a bomba que vinha por aí. Por razões puramente comerciais então foi escalado o Keanu Reeves que com sua atuação obtusa jogou a última pá de cal na esperança dos fãs de quadrinhos. Seguramente uma escolha muito equivocada. O que sobrou de todo esse processo foi apenas um filme sem alma, sem identidade mas com centenas de tomadas de efeitos digitais. Uma produção vazia que não diz a que veio.
Constantine (Constantine, Estados Unidos, 2003) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Frank A. Capello, Kevin Brodbin, Mark Bomback / Elenco: Keanu Reeves, Rachel Weisz, Shia LaBeouf, Max Baker, Tilda Swinton, Gavin Rossdale / Sinopse: Constantine (Keanu Reeves) é um exorcista e ocultista que terá que enfrentar terríveis forças do mal.
Pablo Aluísio.
A Ilha do Tubarão Gigante
Título Original: Lair of the Mega Shark
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Discovery Channel
Direção: Jeff Kurr, Andy Casagrande
Roteiro: Jeff Kurr, Andy Casagrande
Elenco: Jeff Kurr, Andy Casagrande, Dickie Chivell, Clayton Mitchell, Winston Peters, Richard Squires
Sinopse:
Documentário feito para a TV mostrando uma equipe de especialistas e mergulhadores em busca do covil dos mega tubarões brancos. Eles viajam até a distante e isolada ilha de Guadalupe localizada no Oceano Pacífico, em torno da costa do México, para registrar em filmagens esses imensos predadores em seu habitat natural. O objetivo é capturar em imagens aquele que é considerado o maior tubarão branco jamais visto.
Comentários:
No ano passado foi filmado o maior tubarão branco dos oceanos. Chamado pelos pesquisadores de "Deep Blue", esse animal tinha mais de sete metros. Um predador magnífico. Esse documentário foi realizado um pouco antes das filmagens do "Deep Blue", porém capturou em cena animais de seis, cinco metros, todos da espécie tubarão branco, nas costas da ilha mexicana de Guadalupe. Como tudo o que se trata com o selo Discovery, esse documentário é muito bem realizado, com cenas de alto impacto. Uma das novidades é uma gaiola transparente, feita de acrílico reforçado, que um dos mergulhadores usa para as filmagens. Ele fica ali, bem no meio de uma dezena de tubarões brancos o cercando. Como se trata de uma armação transparente, apelidada de jaula fantasma, a sensação que o espectador tem é a de que o mergulhador está completamente à mercê dos ataques dos tubarões. Uma excelente cena, captada com a devida emoção, principalmente quando uma das portas se quebra e um desses animais tenta entrar na gaiola para devorar o mergulhador. Em outra cena ainda mais arriscada um dos pesquisadores mergulha sem gaiola de proteção ou armas. Ele fica completamente indefeso enquanto um enorme tubarão branco vai chegando perto de onde ele está. Não é à toa que de vez em quando somos informados que pessoas que trabalham nesse tipo de documentário foram mortas por animais selvagens. Muitas vezes a falta de segurança coloca esses profissionais em situações de perigo, tudo para causar sensação no espectador. A cena final mostra uma grande fêmea, provavelmente grávida, subindo para perto do barco dos pesquisadores. Era justamente isso que todos eles queriam. Não é o tão famoso "Deep Blue", mas não fica muito a dever a ele em termos de tamanho e opulência. Enfim, mais um bom documentário do canal Discovery. Está mais do que recomendado.
Pablo Aluísio.
Profissão Surfista
E é isso apenas. O filme é curtinho (não chega nem aos 70 minutos) e tem um bom elenco de apoio. Entre eles o ultra noiado Willie Nelson interpretando um criador de cabras e vendedor de erva nas horas vagas. A produção pega leve no estilo surfista de ser, fazendo com que o filme seja mais parecido com uma reunião de amigos na praia do que com um filme com mais ambição de mercado. Talvez seja mesmo uma vez que a produção é do próprio Matthew McConaughey ao lado do colega Tom Hanks. Será que ele também é bom em pegar onda? Não sei. De qualquer forma se você gosta do tema e quer uma diversão inofensiva, "Surfer, Dude", pode ser uma boa bro!
Profissão Surfista (Surfer, Dude, Estados Unidos, 2008) Direção: S. R. Bindler / Roteiro: S. R. Bindler, Cory Van Dyke / Elenco: Matthew McConaughey, Alexie Gilmore, Jeffrey Nordling, Sarah Mason, Zachary Knighton, Todd Stashwick, Nathan Phillips, Ramon Rodriguez, Travis Fimmel, Sarah Wright / Sinopse: A vida de Steve Addington (Matthew McConaughey) se resume em sempre ir atrás da onda perfeita. No entanto o verão eterno da vida de Steve pode ser encerrado mais rápido do que ele imaginava.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
O Segredo de Berlim
Hellboy
Na trama de Hellboy somos levados ao front da II Guerra Mundial. É lá no meio de escombros que os aliados descobrem essa estranha criatura, um misto de garoto com demônio. Acontece que no meio do conflito as forças nazistas não se furtaram a usar de magia negra para tentar vencer a guerra e nesse processo acabaram trazendo seres sobrenaturais ao nosso mundo. Hellboy é um desses monstros que ganham vida em nossa dimensão. Ele é levado pelos militares e acaba sendo treinado por uma agência especial do governo dos EUA para combater outros seres tais como ele que por ventura surjam nas grandes cidades do país. Apesar de sua origem Hellboy é tipicamente um jovem americano, que gosta de música, cinema e cultura pop em geral. Tem sentimentos e passa por crises emocionais. Sua adaptação para o cinema como se vê deu muito certo. O filme é charmoso, tem ótimo timing de humor e um roteiro bem escrito, redondinho, onde tudo se encaixa. Para completar os efeitos digitais são de bom gosto e bem aplicados dentro da estória. Não me admira em nada que tenha ganho uma continuação, bem inferior é verdade, mas que mesmo assim não maculou o personagem. Em suma, fica a dica para os fãs de quadrinhos em geral e para os cinéfilos que gostam de uma boa aventura sci-fi. Hellboy, uma grata surpresa.
Hellboy (Hellboy, Estados Unidos, 2004) Direção: Guillermo del Toro / Roteiro: Guillermo del Toro / Elenco: Ron Perlman, Doug Jones, Selma Blair, John Hurt, Rupert Evans / Sinopse: Criatura descoberta no final da guerra é levada pelas forças aliadas para os EUA para combater as forças sobrenaturais do mal.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
247°F
Esse filme é literalmente um suadouro! Para entender a frase vamos para a sinopse: Dois casais de jovens resolvem passar o fim de semana numa cabana no meio de uma floresta. O local é muito bonito, arborizado e tudo leva a crer que terão ótimos momentos de diversão e namoro. A cabaninha tem como zelador um sujeito barbudo, com jeitão de hippie, chegado numa erva pesada mas que aparenta ser gente boa. Se você já viu algum filme de terror em sua vida já sabe que a fórmula mais manjada que existe no gênero é justamente essa: Jovens + cabana na floresta = Mortes em série. Realmente o enredo tinha tudo para ir por esse caminho, tanto que ficamos o tempo todo esperando que apareça um maluco no meio do mato com um machado para mandar aquela moçada para o buraco mas... Esqueça isso, não vai acontecer. Curiosamente o filme é baseado em fatos reais então não é bem disso que se trata. Jason não vai aparecer com um machado e nem Leatherface vai dar o ar de sua graça com uma serra elétrica. Não é sobre isso que se trata a produção.
Na verdade 247°F é um filme sobre acidentes domésticos. Isso mesmo. Claro que o evento que ocorre dentro da cabana é o extremo do extremo mas no fundo é justamente sobre pequenas bobeiras que podemos cometer em nossas casas que podem ocasionar eventos terríveis. No caso do filme três jovens ficam presos dentro de uma sauna sem que ninguém os possa tirar de lá. O nome original evoca justamente a temperatura a que são submetidos por longas horas. É um roteiro do tipo "filme de uma só situação". Em seus quase 90 minutos vamos acompanhar basicamente a agonia da moçada presa dentro de uma sauna dos infernos. E haja suadouro! Eles vão tentando cair fora do lugar antes que virem literalmente churrasquinho de carne humana. Do lado de fora as únicas pessoas que poderiam lhes ajudar estão fumando maconha, totalmente alheios ao que ocorre dentro da cabana. Com uma produção muito modesta (o filme foi realizado com 500 mil dólares, uma mixaria para os padrões americanos), esse terror diferente pode até despertar algum interesse. Depois de assistir fica apenas uma certeza: você nunca mais vai entrar em uma sauna como antigamente!
247°F (Estados Unidos, 2011) Direção: Levan Bakhia, Beqa Jguburia / Roteiro: Lloyd S. Wagner, Levan Bakhia / Elenco: Scout Taylor-Compton, Travis Van Winkle, Michael Copon / Sinopse: Grupo de jovens em férias numa cabana isolada fica preso na sauna do local. Sem ter onde pedir socorro eles lutarão para continuarem vivos sob um calor infernal.
Pablo Aluísio.
Profissão de Risco
Jung colaborou com o filme, encontrou-se pessoalmente com Depp e lhe deu dicas para interpretar bem seu papel. O filme é bem realizado do ponto de vista técnico, com excelente reconstituição de época mas toma um rumo perigoso em determinado momento. Não há como negar que o roteiro de certa forma simpatiza com a pessoa de Jung. Muitas vezes o argumento o coloca apenas como um comerciante bem sucedido, um homem de negócios que joga com a oferta e a procura por seu produto e por isso fica milionário em tempo recorde. O próprio Depp faz de tudo para transformar seu personagem em uma figura simpática, boa praça, que está envolvido com o narcotráfico meio sem querer, como se fosse possível o envolvimento em algo assim de forma meramente casual. Esse é seguramente o maior problema de "Profissão de Risco", pois a sua indisfarçável simpatia com um criminoso desse porte incomoda muito. Os realizadores passam assim uma mensagem um tanto quanto perigosa aos mais jovens, colocando o tráfico de drogas como uma forma até viável de subir na vida, na escala social. Enfim, "Profissão de Rico" é um bom filme apesar disso mas o roteiro deveria ter sido mais cauteloso e principalmente realista, mostrando o lado mais sórdido desse estilo de vida, até porque no mundo caótico em que vivemos a última coisa que se deseja é mais uma obra cinematográfica que faça, mesmo que indiretamente, algo próximo a uma apologia de traficantes.
Profissão de Risco (Blow, Estados Unidos, 2001) Direção: Ted Demme / Roteiro: Bruce Porter, David McKenna / Elenco: Johnny Depp, Penélope Cruz, Ray Liotta, Franka Potente, Rachel Griffiths, Paul Reubens, Jordi Mollà./ Sinopse: O filme enfoca a história real do mega traficante George Jung (Johnny Depp), mostrando sua ascensão e queda no mundo do crime.
Pablo Aluísio.
O Vencedor
A atuação do Mark Wahlberg não me chamou muito atenção, mas pelo menos aqui ele não compromete, o que já é um ponto muito positivo. Em um filme com esse tipo de atuação com Bale ele realmente não poderia se destacar, seria algo impensado. Por fim gostei do argumento e do roteiro, que tenta fugir o máximo possível do estigma de filmes sobre lutadores de boxes. Claro que muitas coisas que já vimos em vários outros roteiros ainda estão lá (como o fracasso e a redenção numa luta gloriosa, por exemplo) mas isso não tira o brilho do filme já que o diretor foi inteligente o bastante para focar principalmente nos problemas familiares dos personagens. Enfim, é um filme muito bom e em tempos de dez indicados ao Oscar merece seu lugar no páreo, embora suas chances de levar o prêmio máximo fossem realmente pequenas.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de outubro de 2012
O Segredo de Brokeback Mountain
A dupla central de atores está excepcionalmente bem. Jake Gyllenhaal, por exemplo, tem a melhor atuação de sua carreira. Já Heath Ledger está novamente excepcional. Seu personagem tenta ser mais honesto com si mesmo do que seu companheiro mas novamente sucumbe ao conservadorismo extremo do lugar onde vive. O diretor Ang Lee comanda o filme sem pressa, sem atropelamentos. As situações surgem em seu devido tempo, tudo para mostrar o relacionamento ora conturbado, ora feliz, dos jovens amantes. Seu sensível trabalho lhe valeu o Oscar de melhor diretor daquele ano, o que foi mais do que merecido. Ledger e Gyllenhaal também concorreram ao Oscar mas não levaram. A sempre sisuda Academia certamente pensou que ainda não seria o momento para premiar atores de personagens tão controversos como aqueles. No final das contas o filme se tornou sucesso de público e crítica. Também não podemos ignorar o fato de que filmes como esses também ajudam aos grupos GLS em sua luta contra o preconceito. É uma obra que abre caminhos e fortalece o respeito que todos devem ter pelo próximo, independente de sua opção sexual. Assim a grande mensagem do filme é a seguinte: viva a sua vida da melhor forma possível, de acordo com o seu modo de pensar. Nunca deixe de viver apenas porque tem receio do que as outras pessoas vão pensar de você. Seja feliz e ignore todo o resto.
O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, Estados Unidos, Canadá, 2005) Direção: Ang Lee / Roteiro: Diana Ossana, Larry McMurtry / Elenco: Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Michelle Williams, Anne Hathaway, Anna Faris / Sinopse: O filme acompanha o longo e turbulento relacionamento entre dois homens em uma das regiões mais conservadoras dos Estados Unidos. Vivendo vidas de fachada ambos acabam se tornando infelizes e incompletos em suas vidas afetivas.
Pablo Aluísio.
Candy
O roteiro é marcante porque mostra as armadilhas que podem surgir na vida de pessoas que tentaram apenas levar uma vida fora dos padrões estabelecidos, levando uma existência mais boêmia, poética e livre das amarras sociais. Nada de errado há nisso. O problema é que saem de uma arapuca para caírem em outra. O usuário de drogas geralmente pensa que está livre, agindo por conta própria. A verdade dos fatos porém é que ele ao consumir drogas acaba se tornando mais prisioneiro do que era antes. Uma falsa sensação de liberdade que leva a pessoa para a mais terrível das prisões, a do vício e da dependência química. O filme joga muito bem com essa realidade que infelizmente atinge milhões de pessoas ao redor do mundo. O roteiro porém procura evitar discursos de moralidade ou falsas lições de moral. Ao invés disso se limite a mostrar o esfacelamento gradual do casal. Quando assisti Candy pela primeira vez o ator Heath Ledger ainda estava vivo e sua atuação, pela primeira vez, me chamou realmente a atenção. Não deixa de ser tristemente irônico saber que o ator morreria justamente por uso de drogas. Uma ironia do destino que torna Candy ainda mais interessante. Não deixe de assistir e descubra como Ledger foi muito além do Coringa.
Candy (Candy, Estados Unidos, 2006) Direção: Neil Armfield / Roteiro: Neil Armfield / Elenco: Abbie Cornish, Heath Ledger, Geoffrey Rush, Tom Budge, Roberto Meza Mont, Tony Martin, Noni Hazlehurst, Holly Austin, Craig Moraghan./ Sinopse: Jovem casal vive feliz e em clima de harmonia em seu sólido e estável relacionamento. Tudo porém começa a ruir após ambos consumirem drogas de forma descontrolada.
Pablo Aluísio.
Lobisomem: A Besta Entre Nós
Há uma tentativa do texto em desenvolver um pouco mais os personagens, embora nada seja muito aprofundado nesse ponto. O garoto, que será peça chave no desfecho do filme, surge em cena mais bem contextualizado do que os demais caçadores. Como sempre há o mistério em se saber quem é exatamente essa nova besta assassina que parece ser bem diferente dos demais lobisomens pois não reage apenas por instinto tendo a capacidade de pensar e raciocinar durante os ataques, escolhendo inclusive a quem irá matar. É uma nova espécie de monstro. A produção usa e abusa do jogo de sombras e luzes, principalmente nas cenas rodadas dentro da floresta. No elenco há muitos desconhecidos com exceção de Stephen Rea, aqui em bom personagem, um médico com métodos pouco convencionais. No saldo final temos aqui um filme que se não chega a ser uma maravilha, tampouco é uma decepção completa, pois em momento algum chega a aborrecer o espectador. Assim Lobisomem: A Besta Entre Nós acaba funcionando como um bom passatempo caso o espectador não seja exigente demais.
Lobisomem: A Besta Entre Nós (Werewolf: The Beast Among Us, Estados Unidos, 2012) Direção: Louis Morneau / Roteiro: Michael Tabb, Catherine Cyran / Elenco: Nia Peeples, Steven Bauer, Stephen Rea | Sinopse: Lobisomem ataca distante e isolada vila no leste europeu. Para acabar com a ameça os moradores locais contratam um grupo de caçadores especializados em caçar e matar esse tipo de besta assassina.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Miss Potter
Como sua biografia já é por si mesmo muito interessante o filme Miss Potter se transforma em uma grata surpresa. Dirigido pelo cineasta especialista em temas infantis, Chris Noonan (de Babe o Porquinho Atrapalhado), o filme tem um lirismo, um clima mágico que realmente encanta e cativa. Sua grande qualidade é discutir a posição da mulher dentro da sociedade britânica ao mesmo tempo em que resgata o imaginário infantil, com aquele ambiente de sonhos e magia que todos conhecemos tão bem. Renée Zellweger brilha novamente, embora o excesso de tratamentos estéticos a que se submeteu incomode em certos momentos. A magia fica comprometida quando vemos uma mulher do século XIX com aplicações de botox. Mesmo assim é algo que o espectador vai ter que ignorar para apreciar totalmente o filme em si. O elenco de apoio conta com as sempre marcantes presenças de Ewan McGregor e Emily Watson. Enfim, Miss Potter é tão charmoso e fino que indico especilamente para o público feminino, que sempre apreciou bem mais filmes elaborados e esteticamente bonitos como esse.
Miss Potter (Miss Potter, Estados Unidos, 2008) Direção: Chris Noonan / Roteiro: Richard Maltby Jr. / Elenco: Renée Zellweger, Bill Paterson, Emily Watson, Ewan McGregor, Barbara Flynn./ Sinopse: O filme conta aspectos da vida da autora infantil de grande sucesso, Beatrix Potter (1866-1943). Considerada avançada demais para sua época ela enfrentou o preconceito e barreiras sociais para vencer na sua carreira de escritora.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Brando A Biografia Não-Autorizada
Outro problema é fruto da edição nacional pouco caprichosa. Os filmes aparecem com seus títulos originais em inglês - sem o nome nacional o que leva o leitor menos conhecedor da filmografia de Brando ficar perdido sem saber exatamente de que obra o texto está se referindo. Faltou também uma lista com todos os filmes de sua filmografia no final do livro. O único ponto positivo que vejo aqui é o lado mais pessoal e familiar do ator que surge sem rodeios e sem panos quentes. O autor expõe as brigas conjugais de Brando com suas ex-esposas, os problemas judiciais e as confusões em que se envolveu ao longo da vida. Como o livro foi escrito em 1990 obviamente os anos finais do ator ficaram de fora. Assim "Brando A Biografia Não-Autorizada" serve como complemento a outras leituras mais preciosas como "Canções Que Minha Mãe Me Ensinou". Se em sua autobiografia Brando se recusou a falar de seus casamentos e filhos esse aqui acaba completando a lacuna. Não é uma obra maravilhosa e nem bem escrita mas vale como referência de fatos que foram poucos explorados em outras obras. Vale a pena ter em sua coleção, apesar de suas falhas.
Brando: A Biografia Não-Autorizada
Autor: Charles Hhgham
Editora: Civilização Brasileira - Nal Penguin Inc
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Fragments Marilyn Monroe
O resultado é um livro de 272 páginas que mostra bastante da personalidade da atriz. A coleção de momentos é bem eclética. Há textos engraçados, assombrosos, confissões, medos, tudo junto em um grande mosaico. Em um deles ela diz que se acha homossexual, para logo a seguir afirmar que tem pavor a lésbicas! Como se pode perceber era contraditória ao extremo, uma criançona mesmo. Cativante. Sua eterna insegurança como atriz e mulher surgem em vários textos como na frase que escreveu em data desconhecida: "Tenho medo de fazer novos filmes porque talvez não tenha capacidade de fazê-los e as pessoas vão pensar que não sou uma boa atriz, vão rir ou, inclusive, vão pensar que não sei atuar." O curioso é que mesmo famosa e consagrada Marilyn jamais conseguiu se livrar completamente da pequenina Norma Jean que parecia não querer ir embora de sua vida. "Como posso interpretar uma menina tão feliz, juvenil e cheia de esperanças?" ela pergunta em certo momento! Ela se achava o exato oposto disso! Velhos traumas de infância que sempre pareciam lhe perseguir. O veredito pessoal sobre sua vida é de certa forma muito pessimista. Nesse ponto ela se mostra completamente quando escreve com grande sinceridade: "Só! Estou só. Sempre estou, aconteça o que acontecer". Mesmo com tantos amantes, namorados e maridos ela jamais conseguiu superar a terrível sensação de solidão que sempre a acompanhou. Assim em conclusão podemos afirmar sem receio que para os fãs de Marilyn Monroe o livro Fragments é simplesmente obrigatório. Um retrato dos pensamentos mais secretos de um dos maiores nomes da história do cinema americano. Não deixe de ler.
Marilyn Monroe Fragments
Autor: Marilyn Monroe
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Os Piratas do Rock
Do elenco enorme alguns se sobressaem. O Phillip Seymour Hoffman é um grande ator, todo mundo sabe disso mas sinceramente a comédia não é a praia dele. Embora seu personagem seja simpático e tenha a melhor cena do filme (em que eles escalam um dos mastros do barco), nada de muito significativo acontece com ele. Na verdade é só mais um personagem sem o desenvolvimento adequado. Aliás além dos personagens serem pouco desenvolvidos a própria trama do filme é dispersa demais. De bom mesmo apenas ótimos atores no elenco de apoio (o que diabos a Emma Thompson está fazendo aqui numa micro ponta?) E o Kenneth Branagh? Esse pelo menos tem um personagem melhor, divertidamente cartunesco. Enfim, não é uma perda de tempo assistir "Os Piratas do Rock" mas também não se trata de nenhuma maravilha da sétima arte. Na dúvida arrisque, quem sabe você não goste...
Pablo Aluísio.
Tetro
O maior problema de Tetro é seu roteiro truncado demais. A trama em si é simples e começa bem. Em certos momentos a complicada relação entre irmãos me lembrou muito "O Selvagem da Motocicleta" (ainda mais pelo uso da fotografia preto e branco) mas o filme é bem abaixo desse clássico juvenil dos anos 80. O filme não engrena e o desfecho final é muito decepcionante pois a solução encontrada para chocar o espectador lembra o estilo folhetinesco das novelas latinas. Será que o cineasta ficou encantado com a dramaturgia das novelas latino-americanas? É possível. O elenco está bem porém não há nenhum grande talento em cena. Vincent Gallo não apresenta uma grande interpretação, na maioria das vezes ele se limita a ficar sorumbático em cena, para em outras tentar passar simpatia e paixão. Já Alden Ehrenreich, seu irmão mais novo, também não é muito convincente (eu achei ele parecidíssimo com Leonardo Di Caprio quando era mais jovem, principalmente em certas cenas do filme). O grande ator em cena é Klaus Maria Brandauer mas ele pouco aparece (apenas em flashbacks rápidos que não acrescentam muito). Enfim, Tetro não é bom a ponto de figurar entre os grandes filmes de Coppola. No fundo não passa de um dramalhão, só faltou o Carlos Gardel para cantar um tango no final.
Tetro (Argentina, Estados Unidos, 2009) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Francis Ford Copppla, Maurício Kandun / Elenco: Vincent Gallo, Alden Ehrenreich, Maribel Verdú, Silvia Pérez, Rodrigo De la Serna, Erica Rivas / Sinopse: As lutas, brigas e eventos que ligam dois irmãos na Argentina de ontem e hoje.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Garota Infernal
A inspiração do filme é aquele tipo de produção que ficou muito popular na década de 80, quando uma moçada era colocada em situações extremas, geralmente com algum psicopata rondando dentro da floresta (se lembrou de Sexta Feira 13 e a Hora do Pesadelo, acertou em cheio). Aqui o argumento ainda apela um pouco para o sobrenatural, fazendo com que a bela Megan Fox seja possuída por uma entidade do mal mas analisando bem não há diferença nenhuma. Todos aqueles colegias estão ali apenas para morrer em cena. Amanda Seyfried divide a tela com Megan mas isso faz pouco diferença. A tentativa de fazer Megan Fox uma estrela com brilho próprio não deu certo. Nem mesmo o esforço da diretora oriental Karyn Kusama (a mesma de Aeon Flux) conseguiu salvar a produção do desastre completo.
Garota Infernal (Jennifer's Body, Estados Unidos, 2009) Direção: Karyn Kusama / Roteiro: Diablo Cody / Elenco: Megan Fox, Amanda Seyfried, Johnny Simmons, Adam Brody, J.K. Simmons, Amy Sedaris, Chris Pratt, Juno Ruddell, Kyle Gallner./ Sinopse: Animadora de torcida é possuída por um demônio secular. Sem entender direito o que se passa sua melhor amiga, Needy Lesnicky (Amanda Seyfried), tenta de todas as formas possíveis ajudar os colegiais a escaparem de suas garras demoníacas.
Pablo Aluísio.
Katy Perry: Part of Me
Em termos de méritos cinematográficos não há muito o que discutir. O filme é um produto feito para fãs e eventuais curiosos que queiram conhecer um pouco sobre essa cantora teen popular. A estrutura chega até mesmo a lembrar um reality show televisivo! No fundo ela demonstra algum descontrole emocional nos bastidores, agindo tal como uma adolescente que brigou com o namorado da escola! Por falar em teen uma das cenas mais curiosas é aquela em que a própria cantora admite que já não é mais nenhuma criança (ela tem na realidade 27 anos) mas que procura agir como uma garotinha adolescente de 16 anos, Pelo que vemos em cena isso é bem verdadeiro. Aliás agindo assim ela acaba criando uma grande identidade com seu público que é formado basicamente por uma garotada na faixa etária que vai dos 12 até no máximo 18 anos. De fato parece mesmo uma “meninona” e seu show reflete bem isso, com uso de muitos doces e chocolates no cenário, além de uma profusão de símbolos infantis por todos os lados (assim como Michael Jackson ela também parece ser obcecada por mundos de contos de fadas). O lado positivo é que ela tem uma música livre de apologias a drogas e outras barbaridades. É inofensiva, provavelmente fabricada, mas no mundo em que vivemos é bem melhor ter uma cantora como ela nas paradas do que um rapper raivoso vociferando versos incentivando os garotos dos guetos a dar tiros em policiais. A moça é simpática e sua música é não apenas chiclete mas algodão doce também. Em suma é um produto feito para ser consumido por um grupo específico de pessoas, no caso os fãs da cantora Katy Perry. Para os cinéfilos em geral não há grande interesse em conferir essa produção.
Katy Perry: Part of Me (Estados Unidos, 2012) Direção: Dan Cutforth, Jane Lipsitz / Roteiro: Dan Cutforth / Elenco: Katy Perry, Adam Marcello, Rihanna, Justin Bieber, Lady Gaga, Ellen DeGeneres, Russell Brand, Angelica Baehler-Cob, Glen Ballard / Sinopse: Documentário que mostra os shows e bastidores da turnê mundial da cantora jovem Katy Perry.
Pablo Aluísio.