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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

A Companheira de Tarzan

Título no Brasil: A Companheira de Tarzan
Título Original: Tarzan and His Mate
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Cedric Gibbons, James C. McKay
Roteiro: James Kevin McGuinness
Elenco: Johnny Weissmuller, Maureen O'Sullivan, Neil Hamilton, Paul Cavanagh, Forrester Harvey, Nathan Curry

Sinopse:
Baseado nos personagens criados pelo escritor Edgar Rice Burroughs, o filme mostrava as aventuras de Tarzan (Weissmuller). Após viver longos anos na selva ele finalmente encontra a mulher de seus sonhos, na presença da bela e adorável Jane (O'Sullivan).

Comentários:

Esse foi o segundo filme de Tarzan interpretado pelo atleta olímpico, o campeão de natação Johnny Weissmuller. O primeiro filme havia se tornado um grande sucesso de bilheteria, então a MGM decidiu repetir a dose, trazendo praticamente a mesma equipe do primeiro filme "Tarzan, o Filho da Selva", lançado dois anos antes. Esse aqui tinha um roteiro bem mais sentimental, mostrando o romance entre Tarzan e Jane. Curiosamente o filme acabou tendo problemas com a censura etária na época. Algumas cenas com a atriz Maureen O'Sullivan foram consideradas inadequadas, já que ela aparecia em trajes sumários, nadando em uma lagoa. Coisas do puritanismo americano. De qualquer maneira o sucesso se repetiu o que criou uma verdadeira franquia de filmes. No ano seguinte a aventura continuaria em "A Fuga de Tarzan", sendo acompanhada de "O Filho de Tarzan", onde surgiria Boy, o filho de Tarzan e Jane. Todos esses filmes foram lançados em VHS e em DVD no Brasil, mas infelizmente sempre com qualidade ruim de imagem e som. Melhor ficar com os importados americanos que foram copiados diretamente dos fonogramas originais, o que garantiu uma qualidade excelente para o espectador.

Pablo Aluísio.

Homem de Peso

Título no Brasil: Homem de Peso
Título Original: Lady and Gent
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Stephen Roberts
Roteiro: Grover Jones, William Slavens McNutt
Elenco: George Bancroft, John Wayne, Wynne Gibson, Charles Starrett

Sinopse:
O campeão de pesos pesados, completamente decadente, acaba indo a lona por causa de um jovem lutador que ninguém conhece, Buzz Kinney (John Wayne). Agora ele terá que lidar com o fracasso e o fim de sua carreira vitoriosa no esporte.

Comentários:
Primeiro filme de John Wayne a ser indicado ao Oscar. A fita recebeu uma indicação de Melhor Roteiro Original escrito por Grover Jones e William Slavens McNutt. Para Wayne certamente foi um marco e tanto dentro de sua carreira! Aqui John Wayne interpreta um lutador de boxe chamado Buzz Kinney, em uma produção que pode ser considerada a avó dos filmes de Sylvester Stallone como Rocky Balboa. Seu personagem é muito parecido com Rocky, um sujeito completamente desacreditado que consegue vencer o campeão de pesos pesados, para surpresa de muitos. Como se pode deduzir certas estórias são recorrentes em Hollywood, voltando sempre aos cinemas com o passar dos anos. "Homem de Peso" é justamente isso, um Rocky Balboa dos anos 1930.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A Marca de um Erro

Tendo como garantia um excelente roteiro assinado por Zequial Marko, a música de Lalo Schifrin (Operação Dragão), e um time de atores de respeito como: Alain Delon, Ann-Margret, Van Heflin e Jack Palance - o diretor Ralph Nelson (Réquiem Para um Lutador) construiu um belo filme no estilo do inconfundível policial-noir e com forte influência de clássicos do gênero, como os premiados, Rififi - Os Segredos das Jóias e O Grande Golpe. O longa, A Marca de Um Erro (Once a Thief - 1965) conta a história de Eddie Pedak (Alain Delon) um imigrante italiano de Trieste e ex-presidiário que, vivendo na cidade de São Francisco tenta seguir o caminho da regeneração. Porém, o sonho de viver em paz junto com sua linda mulher, Kristine Pedak (Ann-Margret) e sua filhinha, parece impossível.

Tudo porque em seus calcanhares estão o Inspetor Mike Vido (Van Heflin), que jura que Eddie é o responsável pelo recente assalto a uma loja de conveniência que culminou com a morte da proprietária - além da presença sinistra do bandidão Walter Pedak (Jack Palance) irmão de Eddie e que deseja a todo custo o retorno de seu irmão ao mundo do crime para um último e lucrativo assalto. Porém, no caminho do sucesso deste último assalto, está o bandidão James Arthur Sargatanas (John Davis Chandler) braço direito de Walter e inimigo mortal de Eddie Pedak. Um bom filme, com um ótimo e surpreendente final. A bela dupla Delon-Margret, com diálogos precisos e com uma ótima química, consegue manter, suspenso no ar, elementos incendiários como mentira, ciúme e infidelidade, que, jogados num caldeirão em ebulição, pode deixar a história ainda mais instigante e explosiva. Nota 7

A Marca de um Erro (Once a Thief, França, Estados Unidos,1965) Direção: Ralph Nelson / Roteiro: Zekial Marko / Elenco: Alain Delon, Ann Margret e Jack Palance / Sinopse: Em São Francisco (EUA), o jovem imigrante ex-presidiário Eddie tenta mudar de vida e trabalhar para sustentar a esposa e filha pequena. Mas um policial e também seu irmão bandido não o deixam em paz, e acabam por forçá-lo a voltar ao crime. Mas, ao contrário dos outros, Eddie sabe quem são seus verdadeiros inimigos. Filme premiado no San Sebastián International Film Festival.

Telmo Vilela Jr. 


Rififi

Quando em 1952 o diretor americano Jules Dassim resolveu fugir dos Estados Unidos devido às perseguições do macartismo e adotar Paris como seu novo lar, mal sabia que estava prestes a dirigir um dos maiores clássicos do estilo "noir" de todos os tempos:  "Rififi" (1955). Baseado na obra homônima de Auguste Le Breton, o longa, um dos maiores orgulhos do cinema francês , discorre sobre a história do bandidão Tony que depois de passar cinco anos na prisão, volta à vida normal e descobre que sua mulher, Mado o está traindo, e pior: vivendo com um dono de cabaret num prostíbulo. Embalado pela linda música tema de Georges Auric que ressoa no cabaré "L'Âge d'Or", Tony, reune-se com seus antigos comparsas e, sem dinheiro, aceita a proposta para voltar ao crime e realizar um dos maiores assaltos da história de Paris: o roubo à joalheria Mappin&Webb

No período que segue entre a preparação do assalto e a sua execução, Dassim passeia durante o dia com sua câmera pelo centro e subúrbios de Paris dos anos 50, mostrando pessoas comuns, modas e paisagens menos famosas. Sua câmera vai às ruas, vielas, becos e pequenos bares onde o preto e branco das imagens mostram a realidade do dia a dia parisiense. O longa tem dois momentos antológicos: o treinamento detalhado da gangue para silenciar o sistema de alarme da joalheria e a famosa sequência do roubo que dura, exatos, trinta e dois minutos, em completo silêncio, sem diálogos, sem música e que entrou para a história do cinema. Uma obra prima do cinema noir.

Rififi (Du Rififi Chez Les Hommes, França, 1955) Direção: Jules Dassin / Roteiro: Jules Dassin, René Wheeler, Auguste Le Breton baseado na novela "Du rififi chez les hommes" de Auguste Le Breton / Elenco: Jean Servais, Carl Möhner, Robert Manuel, Janine Darcey, Pierre Grasset / Sinopse: O criminoso Tony (Jean Servais) depois de passar cinco anos na prisão, volta à vida normal e descobre que sua mulher, Mado (Marie Sabouretm) o está traindo, e pior: vivendo com um dono de cabaret num prostíbulo. Junto a um grupo de comparsas passa então a se dedicar aos planos de um grande roubo em Paris

Telmo Vilela.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Mil Séculos Antes de Cristo

Título no Brasil: Mil Séculos Antes de Cristo
Título Original: One Million Years B.C.
Ano de Produção: 1966
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Associated British-Pathé, Hammer Films
Direção: Don Chaffey
Roteiro: Michael Carreras, Mickell Novack
Elenco: Raquel Welch, John Richardson, Percy Herbert, Robert Brown, Martine Beswick, Jean Wladon

Sinopse:
Um homem pré-histórico é expulso de sua tribo. Ele então passa a vagar pelas perigosas terras de um passado distante, onde encontra monstros e dinossauros dos mais variados tipos. Depois de muito andar finalmente encontra uma nova comunidade, onde volta a encontrar paz e segurança, pelo menos por um período de tempo.

Comentários:

Tem que gostar bastante da história do cinema para apreciar um filme como esse. Foi uma das primeiras tentativas de se fazer algo realmente diferente, feito para um público juvenil. Claro, o filme é cheio de absurdos históricos como por exemplo homens primitivos lutando com lanças contra dinossauros. Porém o fato é que esse tipo de filme não foi mesmo feito para ser historicamente preciso nem nada do tipo. É puro entretenimento, pulp fiction na tela grande. A produção é da inglesa Hammer que aqui deu um tempo nos seus famosos filmes de terror com Drácula para investir em algo bem diferenciado do que sempre produziu. Revisto hoje em dia soa nostálgico e bastante carismático, ainda mais com as criaturas feitas pelo mestre Ray Harryhausen que seguramente criou os efeitos especiais mais charmosos da história do cinema. Curiosamente o elenco é a pior parte do filme. Os atores não tinham linhas de diálogos para falar, mas apenas grunhidos e gritos. Um grupo nada interessante de trogloditas mal interpretados. E as moças, como a bela Raquel Welch, soam totalmente falsas como mulheres da idade da pedra. Com penteados típicos dos anos 60, com mechas cheias de laquê, fica completamente impossível acreditar nelas como seres humanos da pré-história. Se bem que isso também entra no pacote de nostalgia dessa produção que obviamente ficou datada, mas que não perdeu seu charme mesmo após tantos anos.

Pablo Aluísio.

A Volta do Vampiro

Título no Brasil: A Volta do Vampiro
Título Original: The Return of the Vampire
Ano de Produção: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Lew Landers
Roteiro: Randall Faye, Griffin Jay
Elenco: Bela Lugosi, Frieda Inescort, Nina Foch, Roland Varno, Miles Mander, Matt Willis

Sinopse:
Em 1918, uma família inglesa é aterrorizada por um vampiro! Eles porém conseguem deter os ataques do monstro e o aprisionam, até que mais de vinte depois, bombas alemãs jogadas sobre Londres durante a Segunda Guerra Mundial,libertam o vampiro de sua prisão. De volta ao mundo, Drácula (Lugosi) assume a identidade de um cientista, recruta seu velho assistente, um sujeito que se transforma em lobisomem durante a lua cheia, e parte para a vingança contra aqueles que o aprisionaram por tanto tempo.

Comentários:
Bela Lugosi volta ao papel que o consagrou, a do conde vampiro Drácula. Infelizmente os tempos eram outros e o personagem já não causava mais o mesmo impacto de antes, além disso o ator já passava por vários problemas pessoais graves como seu sério problema com drogas, o que iria destruir sua vida e sua carreira nos anos que viriam. O que temos aqui é uma produção B sem muita relevância. Ao contrário dos primeiros filmes de Bela como Drácula, que hoje em dia são considerados clássicos do terror, esse filme é visto apenas como um exemplo de sua decadência pessoal e artística. Nada de muito relevante em uma tentativa de ganhar alguns trocados com sua fama do passado. Em termos de roteiro também não há muito o que se elogiar. A trama não avança e assume inovações que soam forçadas e sem sentido, como a que traz um lobisomem para ser o assistente pessoal do nobre das trevas. Também leva o lendário vampiro para a época da Segunda Guerra Mundial, o que no final não faz muita diferença, já que o filme simplesmente não empolga. Ao terminar de assistir o cinéfilo certamente sentirá uma certa melancolia pelo destino trágico de Bela Lugosi.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Aconteceu Naquela Noite

Clássico do cinema dirigido pelo mestre Frank Capra. Ellie (Claudette Colbert) é uma jovem rica e mimada que vive em atrito com seu pai dominador. Herdeira de uma das maiores fortunas familiares dos Estados Unidos, seu pai deseja que ela se case com um jovem fino e elegante da alta sociedade. Ela não aceita. Para irritá-lo mais ainda, Ellie decide se casar às escondidas com um playboy fútil e frívolo. A ofensa faz com que seu pai consiga através de seu poder e dinheiro anular o casamento, mas Ellie não se dá por vencida e decide fugir, ganhar o mundo para conhecer como vivem as pessoas comuns. Assim acaba conhecendo Peter (Clark Gable), um jovem repórter desempregado, que deseja usar sua história para ganhar as manchetes dos grandes jornais. A aproximação entre eles logo se revela mais interessante do que Ellie inicialmente pensava. Frank Capra foi um dos grandes cineastas da história de Hollywood. Ele foi figura de destaque dentro do cinema americano durante a grande depressão. O diretor entendeu a complicada situação em que o país vivia, com muita miséria e desemprego, e decidiu filmar produções com temáticas positivas, para levantar o moral do povo americano. Assim seus filmes ficaram bem queridos pela nação, pois injetavam otimismo e confiança no futuro para todos aqueles que sofriam os terríveis efeitos da depressão econômica.

"Aconteceu Naquela Noite" é até hoje muito lembrado. Na verdade é um filme leve, uma comédia romântica muito bem escrita que apresenta ótimos diálogos (alguns bem ousados para os anos 30) e um delicioso "duelo" em cena entre os mitos Clark Gable e Claudette Colbert. Ela está perfeita em sua caracterização de garota moderna, que era muito popular entre as feministas daqueles tempos. Curiosamente o filme também mostrou o poder que Hollywood poderia exercer no mundo da moda e dos costumes. Nos anos 30 era padrão entre os homens americanos o uso de duas camisas - uma interna e outra por fora. Pois bem, em determinada cena de "It Happened One Night" Gable retira sua camisa e revela o peito nu para Claudette Colbert, mostrando que ele não usava duas camisas.

O momento considerado quase pornográfico pelos padrões morais dos anos 30 acabou virando sensação e moda pois da noite para o dia o americano médio aboliu também sua camisa interna - numa clara demonstração de que o cinema também poderia ditar as regras da moda. Clark Gable, que já era um grande galã, virou símbolo máximo da sensualidade e ousadia. Esse filme aliás foi seu segundo maior sucesso de bilheteria, ficando atrás apenas de "E o Vento Levou" que se tornaria por décadas o maior sucesso de bilheteria de todos os tempos. Quem diria que uma simples camisa iria fazer tanta diferença...

Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night, Estados Unidos, 1934) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Frank Capra / Roteiro: Robert Riskin, Samuel Hopkins Adams / Elenco: Clark Gable, Claudette Colbert, Walter Connolly, Roscoe Karns, Jameson Thomas, Alan Hale / Sinopse: Jovem rica e mimada se envolve com um homem comum, da classe trabalhadora, deixando seu pai muito iritado. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor ator (Clark Gable), melhor atriz (Claudette Colbert), melhor direção (Frank Capra) e melhor roteiro adaptado (Robert Riskin).

Pablo Aluísio.

Idade Perigosa

Um grupo de garotos é influenciado negativamente pelo delinquente juvenil Danny (Billy Halop). Assim ele convence mais três jovens a participarem de um assalto, mas os planos não saem exatamente como eles queriam. Uma briga pelo destino daqueles jovens acaba gerando a morte de um professor muito querido na escola, Jeff Carter (Donald Curtis) e Danny é preso! Levado a julgamento começa um intenso debate no tribunal sobre quem seria o verdadeiro culpado, o rapaz ou a sociedade? Esse é considerado por muitos como primeiro filme da carreira de Marilyn Monroe. Segundo os próprios créditos do filme ela "interpreta" Evie, a garçonete do Gopher Hole! Isso não é de se surpreender pois na época em que Marilyn entrou no cast dessa produção ela não era nada mais do que uma modelo bonita que tinha a pretensão de um dia ser levada a sério como atriz! Alguns indicam esse como seu primeiro filme, pois é aqui que ela surge pela primeira vez na tela. Um equívoco pois Marilyn também esteve em "Sua Alteza, a Secretária", onde o espectador podia ouvir sua sensual voz ao telefone.

Já o filme "Dangerous Years" lida com a questão da delinquência juvenil, tema bastante em voga no pós-guerra. O que temos aqui é uma produção B com ares de melodrama que não envelheceu muito bem, sendo em muitos aspectos soa bem inocente - pelo menos para os padrões atuais pois o roteiro insiste de certa forma em apostar na boa índole de jovens a um passo da criminalidade. Na verdade Marilyn Monroe iria se conscientizar que esse não era o caminho para o sucesso, pois ela tinha muito mais vocação para as comédias românticas de costumes, o gênero que iria lhe transformar em uma estrela nas marquises de cinema de todo o mundo. Até porque ela era uma loira bonita e os homens a queriam ver em filmes divertidos e não em dramas sociais com um bando de pequenos infratores como esse.

Idade Perigosa (Dangerous Years, Estados Unidos, 1947) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Arthur Pierson / Roteiro: Arnold Belgard / Elenco: Billy Halop, Scotty Beckett, Richard Gaines, Marilyn Monroe / Sinopse: Jovens acabam caindo no lado errado da vida quando começam a seguir um delinquente juvenil que planeja um crime na cidade onde mora. 

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de janeiro de 2007

sábado, 20 de janeiro de 2007

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

domingo, 14 de janeiro de 2007

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007