sexta-feira, 11 de agosto de 2017

King Kong

Para muitos quando se fala no "King Kong original" o que lhe vem na cabeça é justamente essa versão dos anos 70. Também pudera, o verdadeiro filme original sobre o gorila gigante é da década de 30, quando esses nem eram nascidos. Esse também é o meu caso. O primeiro filme com o personagem King Kong que assisti foi justamente esse. É uma produção do famoso produtor Dino De Laurentiis feito em parceria com a Paramount Pictures. Dino havia comprado os direitos do gorilão dois anos antes. Inicialmente ele pensou em rodar um filme em Roma, mas com o interesse dos americanos ele resolveu produzir o filme em Hollywood mesmo. Embora King Kong tivesse sido explorado em uma série de filmes japoneses (ao estilo trash), De Laurentiis queria uma produção classe A, para ser lançado no natal daquele ano.

Para modernizar a história tudo foi mudado, mantendo-se apenas as linhas básicas da trama. No primeiro filme tudo se passava na década de 30 (algo que seria mantido por Peter Jackson anos depois em sua versão), mas aqui o enredo se passa na atualidade. Kong não enfrenta mais aviões antigos, da I Guerra Mundial (os teco-tecos nostálgicos), mas sim aviões modernos. Ele também não sobe no Empire State, mas sim no World Trade Center (as torres gêmeas que seriam destruídas em 11 de setembro). O elenco também tinha atrativos. Jeff Bridges, ainda bem jovem e com cabelão, chamava a atenção, porém quem roubava a cena era mesmo a loira Jessica Lange, no auge de sua beleza. Suas cenas sensuais até hoje chamam a atenção. No final o diretor John Guillermin realmente fez um belo trabalho. Haveria ainda uma continuação, já nos anos 80, mas dessa é melhor esquecer.

King Kong (King Kong, Estados Unidos, 1976)  Direção: John Guillermin / Roteiro: James Ashmore Creelman, Ruth Rose / Elenco: Jeff Bridges, Charles Grodin, Jessica Lange / Sinopse: Um grupo avançado acaba descobrindo numa ilha remota do pacífico um monstro, um gorila gigante chamado King Kong. Eles então resolvem levá-lo de volta à civilização para explorar economicamente suas aparições públicas, mas tudo acaba saindo do controle, levando caos e destruição a Nova Iorque. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Carlo Rambaldi, Glen Robinson e Frank Van der Veer). Também indicado nas categorias de Melhor Fotografia (Richard H. Kline) e Melhor Som. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jessica Lange).

Pablo Aluísio.

Dragnet - Desafiando o Perigo

Complicado entender o porquê desse filme não ter dado certo. Já nos anos 80 quando o aluguei pela primeira vez já o achei muito fraquinho, completamente sem graça. O curioso é que havia dois comediantes excelentes formando a dupla principal do filme, Dan Aykroyd e Tom Hanks. Aykroyd estava no pique do sucesso em sua carreira no cinema, ainda aproveitando os frutos do sucesso de "Caça-Fantasmas". Já Hanks ainda era bem jovem, mas já havia se tornado um ator bem conhecido, principalmente por filmes como "Splash - Uma Sereia em Minha Vida", "Um Dia a Casa Cai" e "A Última Festa de Solteiro". Por essa época ele era apenas um comediante e não havia começado sua carreira como ator dramático. Como se não bastasse a presença dos dois ainda havia gente como Christopher Plummer no elenco de apoio...

Mas nem isso, nem o fato de ser um remake de uma série policial de sucesso do passado, ajudou o filme. É tudo muito inofensivo, sem sal, fraco demais... essa é a palavra! Basicamente é uma comédia policial onde Dan Aykroyd interpreta o tira certinho (beirando a obsessão, seguindo à risca as regras) e Hanks é o policial mais deslocado, malandro, com jogo de cintura. E com tudo isso sob a mesa pouca coisa ainda funciona. Acredito que o que estragou o filme foi a trama, muito clichê! Eles deveriam ter escolhido uma estorinha melhor, afinal se "Dragnet" havia sido uma série certamente havia algo melhor em seus vários episódios para adaptar. Do jeito que ficou acabou sendo um tremendo desperdício de tempo, dinheiro e talento. O que era para ser o primeiro de uma série de filmes acabou parando por aqui mesmo. Faltou mesmo gás nessa adaptação.

Dragnet - Desafiando o Perigo (Dragnet, Estados Unidos, 1987) Direção: Tom Mankiewicz / Roteiro: Dan Aykroyd, Alan Zweibel  / Elenco: Dan Aykroyd, Tom Hanks, Christopher Plummer / Sinopse: Dois policiais de Los Angeles resolvem se unir para solucionar um mistério envolvendo um crime que parece ser sem solução. Para isso eles acabam usando dos meios mais incomuns para prender os verdadeiros culpados.

Pablo Aluísio.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A Última Ressaca do Ano

Parece uma comédia dos anos 80. De certa forma me lembrou até mesmo de "A Última Despedida de Solteiro", porém de forma menos picante e com menos piadas sexistas. A história é bem básica. Uma filial de uma empresa de tecnologia está prestes a ser fechada. Para evitar que isso aconteça é bolada uma enorme festa de fim de ano, daquelas bem chatas que são feitas em escritórios, para ver se um cliente fecha contrato com eles. Esse contrato milionário salvaria a filial e preservaria o emprego de todo mundo. Bom, quem conhece comédias americanas sabe bem onde tudo isso vai dar. As coisas vão fugindo do controle até que a tal festa de natal se torna um caos completo.

É uma fita divertida, não se pode negar. Comédias assim andam bem raras. O roteiro é esperto, tem excelentes tiras de humor. Muito do que se vê de engraçado vem daquele tipo de situação constrangedora que acaba virando piada no dia seguinte. Os tipos que trabalham no escritório são bem clichês, mas isso é basicamente o que se precisa para fazer um roteiro engraçado. O politicamente correto acaba servindo também de instrumento de humor, principalmente pela personagem que trabalha nos recursos humanos da empresa, sempre preocupada com o que se diz e se fala dentro do escritório. T.J. Miller é um dos donos do escritório, um cara boa praça que praticamente arruinou a filial por ser basicamente muito gente boa com seus empregados. Jennifer Aniston é sua irmã, que quer fechar a empresa de todo jeito para economizar custos. Por fim, fechando o trio principal de personagens, temos Jason Bateman como o supervisor, amigo de Miller, que dá apoio a todas as suas criancices. Então é isso. Curti e me diverti. Uma comédia que não aborrece e nem enche a sua paciência. Já está bom demais assim.

A Última Ressaca do Ano (Office Christmas Party, Estados Unidos, 2016) Direção: Josh Gordon, Will Speck / Roteiro: Justin Malen, Laura Solon / Elenco: Jason Bateman, Jennifer Aniston, T.J. Miller, Olivia Munn / Sinopse: Para conquistar um cliente novo e evitar que a filial de uma empresa seja fechada, é criada uma enorme festa de fim de ano, só que as coisas rapidamente fogem do controle.

Pablo Aluísio.

Celebridades

Nos anos 70 Woody Allen dirigiu uma série de filmes bem autorais. Os roteiros eram bem intelectualizados e o humor refinado. Acontece que naquela época o diretor tinha um produtor rico, um tipo de mecenas, que sempre bancava a produção de seus filmes. Mesmo que essas produções não trouxessem grandes bilheterias ou até mesmo se viessem a se tornar fracassos, não importava. O mecenas estava lá para bancar Allen e sua filmografia. Nos anos 90 ele morreu. Assim Woody Allen precisou se mexer novamente, fazer filmes mais comerciais, que trouxessem retorno financeiro aos estúdios. Esse "Celebridades" é dessa segunda fase. Allen deixou as obras mais autorais de lado, encheu seus filmes de atores conhecidos e estrelas de Hollywood (que participavam quase de graça em suas obras pelo simples prestígio de trabalhar nelas) e mudou seu estilo de fazer cinema.

Eu nunca gostei muito desses filmes da segunda fase do diretor. Eles são artificiais demais, com roteiros mais bobos, mais simples, tudo para abrir espaço a uma constelação de atores famosos. A maioria desses filmes trazem roteiros mosaicos, com várias histórias se desenvolvendo ao mesmo tempo, se encontrando apenas no final. Algo cansativo e que nem sempre funciona direito. Como o próprio nome desse filme indicava, Allen resolveu reunir um grupo de celebridades do cinema, com direito a  Leonardo DiCaprio e Charlize Theron em papéis menores, servindo como coadjuvantes de alto luxo. No saldo final tudo é bem fraco. Allen até tentou se justificar, dizendo que o roteiro servia como uma crítica ao mundo das celebridades, mas sabemos que o que ele queria mesmo era fazer boa bilheteria. Sem o velho e bom mecenas era hora de arregaçar as mangas e fazer sucesso a todo custo. Por fim um detalhe curioso: no elenco temos uma participação especial de Donald J. Trump, ele mesmo o atual presidente dos Estados Unidos! Naquela época ele era apenas mais uma celebridade espalhafatosa e ninguém poderia supor que um dia iria se tornar presidente!

Celebridades (Celebrity, Estados Unidos, 1998) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco:  Leonardo DiCaprio, Charlize Theron, J.K. Simmons, Joe Mantegna, Kenneth Branagh, Judy Davis, Donald J. Trump / Sinopse: Um grupo de casais, alguns deles formados por celebridades, passa por inúmeras crises em seus casamentos, tudo desandando para uma série de divórcios escandalosos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

As Confissões

Durante uma reunião de cúpula do FMI (Fundo Monetário Internacional) surge um monge da ordem dos cartuxos. No começo ninguém entende nada, pois a presença dele no meio daqueles banqueiros e executivos do sistema financeiro não faz muito sentido. Ele está ali a convite. Um dos executivos do FMI o convidou pessoalmente pois ele quer fazer uma confissão em seu próprio quarto, durante as reuniões. Na mesma noite em que o monge ouve sua confissão o tal figurão acaba se matando com um saco plástico na cabeça. Assim a polícia começa as investigações, tendo como principal suspeito o próprio monge, já que ele foi o último a ver o banqueiro com vida. Haveria alguma ligação do religioso com a morte?

Filme italiano bem interessante. No começo você pensa se tratar de um roteiro ao estilo Agatha Christie, onde um grupo de pessoas se torna suspeita de uma morte misteriosa. Afinal a morte do executivo do FMI poderia sugerir uma cena plantada, com um suposto suicídio encobrindo um assassinato. Nesse caso as suspeitas recairiam sobre o monge cartuxo. Esse porém não é o caminho seguido pelo roteiro. Ao contrário de seguir por esse tipo de trama (o que seria de certa forma banal) o roteiro tenta trazer algumas reflexões mais profundas, de origem espiritual, grande parte delas fundadas na extrema contradição de termos um religioso no meio de um bando de tubarões do mercado financeiro, pessoas extremamente gananciosas, materialistas, enquanto o pobre religioso, que fez voto de pobreza, acha tudo aquilo um exercício de futilidade e banalidade. Afinal para que juntar tesouros na terra se todos vamos virar pó um dia? No final o roteiro ainda abre margem para uma pequena insinuação de natureza divina, mas quando chegamos nesse ponto do filme tudo já está consumado, de forma bem satisfatória aliás.

As Confissões (Le confessioni, Itália, França, 2016) Direção: Roberto Andò / Roteiro: Roberto Andò, Angelo Pasquini / Elenco: Toni Servillo, Daniel Auteuil, Pierfrancesco Favino / Sinopse: Monge da ordem dos cartuxos é convidado para participar de uma reunião de cúpula do FMI. Ele chega para tomar a confissão de um dos executivos, um homem que tem planos de se matar exatamente durante as reuniões dos membros do sistema financeiro internacional. Filme indicado ao David di Donatello Awards e ao Italian National Syndicate of Film Journalists.

Pablo Aluísio.

Revelação

Ao longo de uma carreira bem produtiva, com muitos filmes, Harrison Ford atuou nos mais diversos gêneros cinematográficos. Aqui ele resolveu arriscar estrelar um filme de terror e suspense, algo que nunca havia sido habitual em sua filmografia. Aliás não me lembro de nenhum outro filme de Ford nesse gênero, apenas esse. Pena que não deu certo. O roteiro explora uma trama mal escrita, envolvendo fantasmas e espíritos que surgem nas sombras. Nada muito original ou assombroso, o que para um filme que vinha com proposta de causar sustos era uma péssima notícia.

Outro novato nessa área era o diretor Robert Zemeckis. Pupilo de Steven Spielberg, Zemeckis nunca havia dirigido um filme de terror antes em sua carreira. Ele sempre será lembrado pela trilogia "Back to the Future" (De Volta para o Futuro), uma ficção bem humorada, com fartas doses de pura diversão. Assim, no final das contas esse "Revelação" trazia dois veteranos no cinema, mas novatos no pantanoso terreno dos filmes de terror. Faltou experiência na área, impossível negar. Para não dizer que o filme foi um desperdício total de dinheiro e talentos envolvidos, podemos pelo menos elogiar a beleza de Michelle Pfeiffer, que pelo menos teve algumas cenas para nos despertar do tédio absoluto. Detalhe curioso: a banheira, marca registrada dessa produção, foi distribuída em versão miniatura para as locadoras da época. Um marketing bem bolado. Pena que o filme em si não ajudou em nada.

Revelação (What Lies Beneath, Estados Unidos, Inglaterra, 2000) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Clark Gregg, Sarah Kernochan / Elenco: Harrison Ford, Michelle Pfeiffer, Katharine Towne / Sinopse: Claire (Michelle Pfeiffer), esposa do renomado Dr. Norman Spencer (Harrison Ford), começa a ouvir e sentir a presença de espíritos desconhecidos em sua casa, entre eles uma mulher falecida que passa a surgir durante as madrugadas pelo local, causando pânico em Claire. Para o médico porém tudo não passaria de meras ilusões criadas em sua mente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Guardiões da Galáxia Vol. 2

A Marvel voltou a acertar no cinema com esse segundo filme da franquia "Guardians of the Galaxy". Não deixa de ser irônico o fato da empresa estar acertando tanto no cinema e errando também tanto na mesma proporção em seu próprio universo, a dos quadrinhos. Como se sabe a Marvel fez uma remodelação radical de seus personagens nesse ano e conseguiu desagradar a todo mundo. Com vendas baixas, está mais uma vez tentando consertar seus erros. Isso, claro, nos quadrinhos, porque no cinema o estúdio tem acertado cada vez mais. Esse é mais um bom filme para provar isso. Mesmo que você não tenha a menor ideia do que seja esse grupo chamado Guardiões da Galáxia, vai acabar no mínimo se divertindo no final. Outro ponto positivo: não é necessário ter visto o primeiro filme, pois esse aqui funciona perfeitamente bem sozinho.

A trama gira em torno do fato de que Peter Quill (Chris Pratt) finalmente encontrou seu pai! E ele é nada mais, nada menos, do que Kurt Russell! Brincadeiras à parte, é isso mesmo. Russell interpreta um sujeito chamado Ego. No começo parece ser mais um viajante espacial, um cara boa praça, muito amigável. Só que no fundo ele é uma espécie de deus antigo que tem ambições nada sutis sobre o universo. Colocar Kurt Russell no elenco foi certamente uma das melhores decisões dos produtores, porque esse veterano das telas, de tantos filmes de ação, acaba sendo um chamariz a mais para um público mais velho se interessar em assistir a esse filme. E por falar em filmes de ação dos anos 80, os fãs desse estilo terão outra surpresa com a participação especial de Sylvester Stallone. Tudo bem, ele só tem duas cenas no filme inteiro, mas que não deixam de agradar aos cinéfilos que cresceram vendo seus filmes. Em termos de produção também não há o que reclamar. A direção de arte optou por um universo muito colorido, com uso de toneladas de efeitos especiais de bom gosto (o que era previsível). O roteiro também está bem OK, com trama interessante, se fechando muito bem no final. Então é isso, mais um acerto da Marvel nos cinemas. Um filme divertido, que vai agradar tanto aos leitores de quadrinhos, como aos espectadores que só gostam de cinema.

Guardiões da Galáxia Vol. 2 (Guardians of the Galaxy Vol. 2, Estados Unidos, 2017) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn, Dan Abnett / Elenco: Chris Pratt, Kurt Russell, Sylvester Stallone, Zoe Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, Michael Rooker / Sinopse: Peter Quill (Chris Pratt) nunca conheceu seu pai. Durante mais uma viagem pela galáxia acaba encontrando com Ego (Kurt Russell) que se apresenta como seu pai perdido. Ele teve um romance com a mãe de Peter na Terra e desse relacionamento Quinn nasceu. Só que Ego não é uma pessoa comum, ele é uma antiga entidade, com poderes realmente divinos. Filme vencedor do Golden Trailer Awards, indicado ao Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio.

O Bebê de Bridget Jones

Esse é o terceiro e ao que tudo indica último filme dessa franquia "Bridget Jones". O primeiro foi lançado em 2001 e se chamava "O Diário de Bridget Jones". Segue sendo sem dúvida o melhor de todos. Renée Zellweger estava linda e carismática no papel, inclusive superando todas as críticas que vinha sofrendo por ser uma americana interpretando uma personagem tão inglesa! Depois desse tivemos o fraco "Bridget Jones: No Limite da Razão" em 2004. Uma sequência bem decepcionante. Agora finalmente temos mais uma continuação, 13 anos depois do último filme! Nem é preciso dizer que já está um pouco tarde demais para seguir em frente. Eu não gosto de falar da aparência física das pessoas, mas o fato é que nesse meio tempo entre os dois filmes a atriz Renée Zellweger fez uma cirurgia plástica que simplesmente mudou as feições do seu rosto! Uma coisa de louco! Aquela simpática loirinha texana, de bochechas rosadas, não existe mais. No lugar dela surgiu uma nova Renée Zellweger com uma aparência estranha, nada bonita e nem simpática. Carisma zero! Mostra bem como procedimentos de cirurgias plásticas podem ser danosos e desastrosos! Ao reencontrar Renée nas telas quase nem a reconheci direito! Só nessa sensação estranha já se foi grande parte da graça do filme!

Aliás por se tratar de uma comédia era de se esperar que fosse ao menos engraçado. Esse é outro problema sério dessa produção. O filme não tem graça nenhuma. É muito chato! A personagem Bridget Jones inclusive perde toda a sua essência, se transformando numa mulher cheia de complexos, tentando se casar, ter um filho, ou seja, seguir aquela velha ladainha imposta pela sociedade às mulheres, como se uma mulher não pudesse ser feliz solteira e sem filhos! Assim ela começa a agir como uma adolescente meio boboca e fica grávida, mas sem saber quem seria exatamente o pai de seu filho. Os candidatos são o seu antigo namorado Mark Darcy (Colin Firth) que inclusive está casado ou o bonitão Jack (Patrick Dempsey) que ela acabou de conhecer em um festival de música. E basicamente é isso. Nada muito bem bolado, nada muito original, apenas a saturação de uma série de filmes que já deu o que tinha que dar após todos esses anos. Para piorar o péssimo roteiro ainda temos que lidar com a mudança radical do rosto de Renée Zellweger e o fato dela ter perdido grande parte de suas expressões faciais após tantas plásticas. Um desastre! Enfim, uma situação constrangedora e nada divertida, para dizer o mínimo.

O Bebê de Bridget Jones (Bridget Jones's Baby, Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Sharon Maguire / Roteiro: Helen Fielding, Dan Mazer / Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Patrick Dempsey, Emma Thompson / Sinopse: Bridget Joens (Renée Zellweger) descobre que está grávida, mas ao mesmo tempo não tem certeza sobre quem seria o pai da criança. Aos 42 anos de idade e cheia de dúvidas sobre seu futuro, ela tenta descobrir a paternidade da maneira menos escandalosa possível, algo que pelo seu histórico não será nada fácil de acontecer.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O Círculo

"O Círculo" é um filme que critica, de forma bem mordaz, as principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos. A história se desenvolve quando a jovem Mae (Emma Watson) vai trabalhar em uma dessas empresas (que é uma espécie de Google da ficção). No começo seu novo trabalho é bem gratificante. As pessoas são amigáveis e o ambiente de trabalho é o melhor possível. O problema é que ela também começa a perceber que há algo bem estranho na forma como as pessoas agem. Parece ser um comportamento artificial, quase psicótico, de quem quer ser "bonzinho" demais. Por trás dessa forma de agir há também uma estratégia para que ela fique o tempo todo dentro da empresa, cumprindo absurdas jornadas de trabalho, esquecendo de que precisa de um tempo livre para se dedicar aos seus familiares. Seu pai sofre de esclerose múltipla e precisa de cuidados especiais.

O principal executivo da Circle (esse é o nome da empresa no filme) é Bailey (Tom Hanks). Por fora é um sujeito simpático, boa praça, de espírito jovial. Uma espécie de Steve Jobs, um guru da tecnologia, um cara deslocado. Ele quer uma dominação tão ampla de sua empresa dentro da sociedade que chega a ser assustador para Mae. Novos produtos e programas prometem uma vigilância absurda do que ocorre em todos os lugares, invadindo obviamente a privacidade das pessoas. Inicialmente Mae aceita essa invasão em sua vida pessoal, aceitando inclusive que todos os seus passos sejam monitorados na web, por milhões de pessoas ao redor do mundo, só que o preço a se pagar por isso será obviamente caro demais. De modo em geral gostei da premissa desse filme. Ele tem uma boa postura em criticar essas empresas de tecnologia que acabam até mesmo desenvolvendo uma mentalidade de seita entre seus empregados. Além disso explora, de forma muito boa, a questão da invasão digital que vem ocorrendo na vida de cada pessoa que esteja conectada ao mundo da tecnologia. O problema é que os roteiristas não tiveram coragem suficiente de ir até o fim. O clímax de tudo é bem decepcionante, algo muito suavizado para causar impacto. Nesse caso faltou mesmo mais coragem de ir até o fundo da questão. De qualquer maneira é um bom filme, que vale a pena ser assistido. Por isso deixo a dica.

O Círculo (The Circle, Estados Unidos, 2017) Direção: James Ponsoldt / Roteiro: James Ponsoldt, Dave Eggers / Elenco: Emma Watson, Tom Hanks, John Boyega / Sinopse: Mae (Watson) é um jovem que vai trabalhar numa empresa de tecnologia nos Estados Unidos e descobre que há uma estranha mentalidade de seita entre todos os que trabalham por lá. Pior do que isso, ela também descobre que um dos executivos da empresa, o simpático Bailey (Tom Hanks), pode não ser tão amigável como aparenta ser.

Pablo Aluísio.

Alta Frequência

Nesse gênero de ficção científica você vai encontrar muitos roteiros bizarros, estranhos. Afinal é um tipo de filme em que a fantasia realmente não encontra barreiras. Essa fita estrelada por Dennis Quaid sempre foi uma das mais estapafúrdias - mesmo que você tente embarcar na trama, baseada em teorias de física que de certa maneira não se sustentam na tela. Veja só que estória esquisita: Pai e filho, vivendo em épocas diferentes (com 30 anos de diferença entre um e outro) conseguem se comunicar através de ondas de rádio! Isso mesmo. O pai começa a entrar em contato com seu filho no futuro, 30 anos depois! Como isso seria possível? O roteiro não explica. Apenas deixa claro que é uma trama legal demais para ignorar? Será mesmo?

Como era de se esperar o filho vai tentar de todas as formas salvar a vida do pai no passado, afinal como ele vive no futuro ele sabe tudo o que acontecerá na vida de seu pai. Coisas estranhas então começam a acontecer. Ora, se você assistiu a "De Volta Para o Futuro" já sabe muito bem que mudar os rumos dos acontecimentos da história pode abrir um buraco espaço temporal que provavelmente irá colapsar o próprio tempo... Pois é, pense no universo como você conhece entrando em contradição consigo mesmo, ocasionando o caos completo e irreversível. Apesar do tom Sci-fi nada convencional o filme até fez um relativo sucesso, mas os produtores não quiseram o transformar em uma trilogia ao estilo dos filmes de Robert Zemeckis. E hoje, passados tantos anos, podemos dizer que foi uma decisão acertada. Esqueça isso. Apenas sintonize o canal de rádio mais próximo e solte a imaginação.

Alta Frequência (Frequency, Estados Unidos, 2000) Direção: Gregory Hoblit / Roteiro: Toby Emmerich / Elenco: Dennis Quaid, Jim Caviezel, Shawn Doyle / Sinopse: Pai e filho entram em contato através de ondas de rádio, mesmo estando em tempos diferentes, vivendo em épocas diversas, com 30 anos de diferença entre eles. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música ("When You Come Back to Me Again" de Garth Brooks).

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de agosto de 2017

Personal Shopper

O que é uma Personal Shopper? É um tipo de profissional que é contratado para fazer compras de roupas e joias, geralmente para celebridades que não querem fazer esse tipo de coisa. O suprassumo da futilidade. Assim quando nos deparamos com um filme chamado Personal Shopper estrelado pela atriz Kristen Stewart ficamos com a impressão de que se trata de um filme adolescente sobre a vida fútil de gente vazia. Em parte é um pouco isso, mas há mais. O roteiro, por mais estranho que isso possa parecer, vai além, transformando a protagonista numa espécie de médium que tem a capacidade de ver espíritos e em certo sentido até mesmo se comunicar com eles! Não é algo que você iria esperar de um filme como esse, não é mesmo?

As surpresas começam logo no início do filme quando a personagem de Kristen Stewart vai para uma velha casa abandonada nos arredores de Paris. O lugar tem fama de mal assombrado. Ela quer se comunicar com o seu irmão, recentemente falecido, mas a entidade que habita o lugar não tem nada a ver com ele. É um espírito negativo, que surge perante Kristen em uma cena bem feita, com muita computação gráfica. Depois disso o filme vai alternando entre a profissão dela (que ela odeia, é bom dizer) e sua busca pelo mundo espiritual. A celebridade para quem a personagem de Kristen trabalha é uma mulher insuportável, fútil e arrogante. O protótipo da pessoa vazia. Ela não gosta nada de seu trabalho, mas como os jovens europeus sofrem a cada dia mais com o desemprego, ela fica no serviço, até achar algo melhor. O filme assim tem essa característica de trazer um roteiro que você definitivamente não esperava. Não deixa de ser uma surpresa positiva. O problema porém é que depois de acompanhar toda a história com paciência você vai descobrir que tudo termina de forma bem inconclusiva, deixando um gostinho de insatisfação no ar.

Personal Shopper (Estados Unidos, 2016) Direção: Olivier Assayas / Roteiro: Olivier Assayas / Elenco: Kristen Stewart, Lars Eidinger, Sigrid Bouaziz / Sinopse: Maureen Cartwright (Kristen Stewart) é uma jovem que trabalha como Personal Shopper. Seu trabalho consiste basicamente em comprar jóias e roupas para uma celebridade do mundo da moda. Enquanto vai levando esse trabalho que odeia, ela procura desenvolver sua mediunidade, tentando se comunicar com o espírito de seu irmão recentemente falecido. Filme indicado na seleção do Cannes Film Festival.

Pablo Aluísio.

Hook: A Volta do Capitão Gancho

O ator Dustin Hoffman está fazendo 80 anos nessa semana! Como uma forma de homenagem vamos lembrar dele nessa produção dirigida por Steven Spielberg. Bom, não é segredo para nenhum cinéfilo que Spielberg era apelidado de Peter Pan durante os anos 80, pois ele nunca queria crescer, sempre explorando assuntos infantojuvenis em seus filmes. Assim, como uma espécie de ironia ou piada interna sobre essa fama ele resolveu fazer um filme sobre, isso mesmo... Peter Pan! Agora, filmar mais uma versão da obra de James Matthew Barrie ao estilo tradicional seria banal demais. Com isso em mente Spielberg mandou escrever um roteiro diferente sobre a hipótese de Peter Pan ter finalmente crescido, se tornando um pai de família entediado, suburbano e comum!

A ideia era muito boa mesmo. Para o papel do Peter Pan adulto, Spielberg escalou o comediante Robin Williams, uma ótima escolha. Porém quem acabou roubando o filme para si foi mesmo Hoffman dando vida ao Capitão Hook (o Capitão Gancho na versão em português). Ele não aceita o fato de Peter Pan ter crescido e vai atrás dele, em sua casa! Claro que Dustin Hoffman optou por uma atuação bem caricata, dirigida ao público infantil. Era algo esperado. A produção, também como era de se esperar, é de encher os olhos. O roteiro também vai bem em cima do sentimentalismo, piegas até (marca registrada do diretor), mas sem deixar de lado as cenas divertidas, de pura aventura. Na época do lançamento do filme (eu cheguei a assistir no cinema) fiquei com um pé atrás pela proposta ousada de seu roteiro, mas com o tempo e depois de inúmeras reprises a coisa toda ficou mais fácil de digerir. É um momento interessante da filmografia de Steven Spielberg, porém passa longe de ser um de seus melhores filmes. Hoje em dia vale como nostalgia de um tempo em que o diretor ainda não havia crescido.

Hook: A Volta do Capitão Gancho (Hook, Estados Unidos, 1991) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: James V. Hart, Nick Castle, Malia Scotch Marmo / Elenco: Dustin Hoffman, Robin Williams, Julia Roberts, Bob Hoskins, Maggie Smith, Phil Collins / Sinopse: Peter Pan (Williams) cresceu. Virou pai de família e vive uma vidinha suburbana numa cidade, até que o Capitão Gancho decide trazer ele de volta à Terra do Nunca. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Música ("When You're Alone" de John Williams), Melhores Efeitos Especiais (Eric Brevig, Harley Jessup), Melhor Figurino (Anthony Powell) e Melhor Direção de Arte (Norman Garwood, Garrett Lewis). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Dustin Hoffman).

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de agosto de 2017

Além das Palavras

O filme conta a história da poetisa americana Emily Dickinson (1830 - 1886). Ela viveu em uma época muito dura na história dos Estados Unidos, bem no momento em que eclodiu a guerra civil. Era também uma mulher com opiniões próprias sobre a vida. Ao contrário do que pregava a mentalidade da época, em que as mulheres deveriam se casar, ter filhos e se dedicar a um marido, Emily não tinha a menor intenção de seguir esse itinerário. Ao contrário disso ela se dedicou às letras, escrevendo poemas que ainda hoje são considerados verdadeiras obras primas da literatura. Também rompeu ao seu modo com o pensamento religioso puritano que imperava naqueles dias. Ela tinha uma visão mordaz e irônica da religião, mas de forma completamente contraditória acabou se apaixonando por um pastor casado! Era uma mulher de personalidade complexa.

Não é um filme indicado para todos os públicos pois tem seu próprio ritmo que, para alguns, vai soar excessivamente parado e lento. Para falar a verdade não existe nenhum momento absurdamente dramático em todo o filme, com o roteiro procurando, ao invés disso, investir em diálogos bem trabalhados, excessivamente detalhistas. É algo compreensível pois o público alvo desse tipo de produção é aquele mais intelectualizado que gosta de literatura e que acima de tudo admira a obra de Dickinson. Por essa razão em alguns momentos ficamos com a impressão de estarmos assistindo a um teatro filmado, pois as palavras que os atores declamam não parecem naturais, nem para aquela época, do século XIX. Por fim se sobressaem também os problemas que a poetisa teve que enfrentar em sua vida, inclusive um tipo de fobia social que a impedia de se relacionar normalmente com as pessoas que não faziam parte de seu círculo familiar mais íntimo. De modo em geral, apesar de ser uma obra cinematográfica densa, gostei do filme. É de certa maneira um bom convite para descobrir mais sobre essa escritora.

Além das Palavras (A Quiet Passion, Inglaterra, Bélgica, 2016) Direção: Terence Davies / Roteiro: Terence Davies / Elenco: Emma Bell, Sara Vertongen, Rose Williams / Sinopse: O filme conta a história da poetisa norte-americana Emily Dickinson, desde seus primeiros anos na escola, quando já se destaca por causa de sua personalidade única, até o fim de sua vida, quando precisou enfrentar inúmeros problemas de saúde, além dos preconceitos sociais da época que a estigmatizaram por ser uma mulher solteira e solitária, que se dedicava apenas aos seus escritos.

Pablo Aluísio.

A Canção de uma Vida

"Song One" é um pequeno filme, um drama romântico com trilha sonora indie que vai agradar aos mais jovens. A história é simples. Franny (Anne Hathaway) é uma garota americana que está no exterior pesquisando, para concluir seu doutorado. Um dia ela recebe um telefonema de sua mãe. Seu irmão mais jovem foi atropelado ao atravessar uma rua. Ele estava com fones de ouvidos e não viu quando um carro vinha em sua direção. O atropelamento foi grave. O jovem fica em coma, com poucas chances de recuperação. Franny assim decide voltar aos Estados Unidos para acompanhar sua recuperação. Ela então, por mera curiosidade, resolve seguir os últimos passos de seu irmão antes do acidente e acaba conhecendo um cantor, James Forester (Johnny Flynn). Não demora muito e ambos se descobrem apaixonados.

Apesar do tema envolvendo um jovem em coma e todo o drama que poderia vir daí, o roteiro procura seguir por um caminho mais leve, não procurando assumir tons melodramáticos demais. Assim o foco logo se desloca para o romance entre Franny e o cantor que ela conhece. Anne Hathaway com cabelos curtinhos está muito charmosa e carismática. Eu nunca a considerei bonita demais, porém aqui ela está realmente sedutora, com um charme mais ao estilo intelectual que acaba atraindo. O problema vem do seu partner romântico. O personagem do cantor James Forester é esquisito. Ele parece ser um sujeito sem jeito, algumas vezes adotando um tipo de comportamento um tanto quanto estranho. Fica complicado acreditar que ela está mesmo atraída por ele. No mais é um filme agradável, com ótima trilha sonora. Há espaço até mesmo para música brasileira, com uma versão divertida de "O Leãozinho" de Caetano Veloso. No final o roteiro abraça também um desfecho em aberto. Ideal para o público deslocado que é obviamente o alvo desse filme. Se for o seu caso, assista. Acredito que vai gostar.

A Canção de uma Vida (Song One, Estados Unidos, 2014) Direção: Kate Barker-Froyland / Roteiro: Kate Barker-Froyland / Elenco: Anne Hathaway, Johnny Flynn, Mary Steenburgen / Sinopse: Franny (Anne Hathaway) é uma estudante de doutorado que decide voltar aos Estados Unidos após um atropelamento deixar seu jovem irmão em coma. Nesse retorno ela acaba se apaixonando por um cantor de música indie, James Forester (Johnny Flynn). Filme indicado ao grande prêmio do júri do Sundance Film Festival.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Psicopata Americano

Quando assisti a esse filme pela primeira vez não gostei muito. É um tipo de roteiro asséptico, insípido, sem nenhum calor humano, sendo mais frio que uma faca de corte. Provavelmente tudo isso tenha sido proposital já que o personagem principal (interpretado por um Christian Bale bem perturbador) não sente nada mesmo. Psicopatas não conseguem sentir qualquer tipo de identificação com outro ser humano. Eles apenas matam. O curioso é que o roteiro também faz de tudo para o espectador não decifrar o que está se passando. Seria a realidade ou apenas tudo fruto da mente psicótica de seu protagonista?

O enredo gira em torno de Patrick Bateman (Christian Bale), um figurão, um alto executivo de Wall Street. Ser frio faz parte de seu trabalho. Ao lado da fachada de homem de negócios respeitável ele começa a satisfazer seus estranhos desejos. Ele só consegue sentir algum prazer em sua vida ao matar outras pessoas. E o faz com regularidade, com frequência e brutalidade. Dessa forma começa sua carreira de sangue e tripas. Embora o roteiro seja interessante (filmes sobre serial killers são sempre bons, de uma maneira em geral), esse aqui deixa a desejar justamente pela sua obsessão em ser muito "clean". Tudo parece ser bem surreal, insano, mas que não conseguiu me prender. Definitivamente não consegui mesmo gostar desse "Psicopata Americano", nem numa segunda revisão. Simplesmente não foi dessa vez também.

Psicopata Americano (Estados Unidos, Inglaterra, 2000) Direção: Mary Harron / Roteiro: Mary Harron, baseado no romance policial escrito por Bret Easton Ellis / Elenco: Christian Bale, Justin Theroux, Josh Lucas / Sinopse: American Psycho conta a estranha estória de Patrick Bateman (Christian Bale), um homem de negócios bem sucedido que começa a matar pessoas para satisfazer seus prazeres sádicos e psicóticos. Filme vencedor do Empire Awards, UK, na categoria Melhor Ator (Christian Bale).

Pablo Aluísio.