sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Maximum Ride

Título Original: Maximum Ride
Título no Brasil: Maximum Ride - Projeto Angel
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Studio 47
Direção: Jay Martin
Roteiro: James Patterson, Angelique Hanus
Elenco: Allie Marie Evans, Patrick Johnson, Peter O'Brien, Lyliana Wray, Luke Gregory Crosby, Gavin Lewis
  
Sinopse:
Um grupo formado por seis jovens vive escondido numa grande casa isolada nas montanhas. Eles são fugitivos de uma base militar onde tinham passado por todos os tipos de experiências. A razão do interesse em ter todos eles em custódia é o fato de que na realidade aparentam ser criaturas híbridas entre anjos e seres humanos! Um tipo de mutação ainda desconhecida da ciência em geral.

Comentários:
Aventura Sci-fi com adolescentes que possuem asas e saem voando por aí quando necessário. Eles são perseguidos e caçados, principalmente por outras estranhas criaturas conhecidas apenas como captores. Nada é muito explicado nesse filme B que procura fugir dos padrões convencionais. Na verdade penso que essa ideia seria até bem interessante para uma série, pois não é todo dia que se vê algo assim e o público alvo (os teens) poderiam muito bem gostar. A premissa é bem imaginativo e criativa, mas curiosamente a estrutura do roteiro é dos mais banais. A garotinha Angel que faz parte do grupo é capturada e enviada para novos testes em uma instalação remota no Vale da Morte. Assim os mais velhos anjos de sua "família" partem para salvá-la. O enredo não vai muito além disso, nada diferente do que já estamos acostumados (ou melhor dizer, cansados) de ver em outros filmes. O filme também se perde no quesito efeitos especiais. Ora, um roteiro como esse, que pede seres angelicais voando para lá e para cá, precisa de uma boa produção, principalmente no aspecto visual. Como se trata de um filme com orçamento restrito (sim, B) tudo soa meio mal feito. Não chegam a ser efeitos especiais vergonhosos, nada disso, mas deixam a desejar. Pequenos detalhes esboçam esse tipo de falha. Por exemplo, quando os anjos adolescentes sobrevoam um lago seus reflexos não aparecem nas águas cristalinas do lugar. Um erro que pega mal. Pois é, já não se fazem mais anjos como antigamente...

Pablo Aluísio.

Presságios de Um Crime

Título no Brasil: Presságios de Um Crime
Título Original: Solace
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Afonso Poyart
Roteiro: Sean Bailey, Ted Griffin
Elenco: Anthony Hopkins, Colin Farrell, Jeffrey Dean Morgan, Abbie Cornish, Matt Gerald, Jose Pablo Cantillo
  
Sinopse:
Após a morte da filha, o Dr. John Clancy (Anthony Hopkins) resolve largar tudo para se isolar em uma casa remota. Ele foi por anos colaborador do FBI na caça de psicopatas perigosos. Seu retiro e luto só é interrompido quando o agente Joe Merriwether (Jeffrey Dean Morgan) resolve lhe procurar. Há um novo serial killer matando inúmeras vítimas, usando sempre o mesmo método. Joe assim pede que Clancy abra uma exceção para participar dessa nova investigação antes que novas pessoas inocentes sejam mortas.

Comentários:
Esse filme começa muito bem. O roteiro é dos mais atrativos. Há um psicopata à solta, matando pessoas que supostamente estariam condenadas por doenças incuráveis. Ele as mata da forma mais indolor possível, com um curto, certeiro e cirúrgico golpe na base da nuca, causando morte imediata. O Dr. John Clancy (Anthony Hopkins) é então contactado pelo FBI para se unir ao grupo de agentes que investigam os assassinatos. Ele não é um especialista forense comum. Na verdade seu grande tom é antecipar os passos dos assassinos. Dono de um tipo único de visão, de origem desconhecida, ele consegue não apenas ver a cena do crime no passado, como também antever o que virá depois. Uma vantagem e tanto para os membros do FBI. O problema é que tudo leva a crer que o assassino em série também tem o mesmo tipo de poder. Ou seja, o argumento é dos mais interessantes. Infelizmente depois de apresentar os personagens principais (todos interessantes) o filme decai justamente quando o psicopata surge em cena, revelando sua identidade. Ele é interpretado pelo ator Colin Farrell que definitivamente não convence no papel. Querendo trazer uma espécie de misericórdia para suas vítimas ele é confrontado por Hopkins em um duelo de vida ou morte. Farrell definitivamente não era o ideal para esse tipo de personagem. Esse problema aliás tem sido recorrente em Hollywood ultimamente, a má escolha de certos atores para determinadas caracterizações. Tudo em prol de tornar o filme mais comercialmente viável nas bilheterias. Assim "Solace" funciona muito bem em mais ou menos dois terços de sua duração, onde há o mistério a se revelar, as motivações e os detalhes dos crimes sangrentos. Na terça parte final porém, quando tudo vem à luz, ele decai muito. A cena final, o clímax, até tem seus méritos, mas destoa completamente do restante do filme. Assim seu resultado final fica prejudicado. Era um filme muito promissor, que poderia ser muito melhor do que realmente foi.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Matador em Conflito

Título no Brasil: Matador em Conflito
Título Original: Grosse Pointe Blank
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Buena Vista Pictures
Direção: George Armitage
Roteiro: Tom Jankiewicz
Elenco: John Cusack, Minnie Driver, Dan Aykroyd, Joan Cusack, Alan Arkin, Hank Azaria
  
Sinopse:
Martin Q. Blank (John Cusack) é convidado para comparecer na reunião de ex-alunos de sua escola. Há mais de dez anos que ele não vê ninguém de sua classe. A ideia parece ser até interessante já que ele tem mesmo que voltar para sua antiga cidade para executar um pequeno serviço. Rever os velhos amigos pode ser divertido. O que nenhum deles sabe é que Martin ganha a vida como assassino profissional.

Comentários:
Esse é certamente um dos melhores filmes da carreira do ator John Cusack. O roteiro é a melhor coisa dessa produção que investe em um divertido humor negro. O protagonista é um bem sucedido homem de negócios no ramo de liquidar pessoas. Isso mesmo, o filme trata com bom humor o fato do personagem de John Cusack ser um assassino de aluguel. Tudo levado em um tom bem mais ameno, inclusive contando como o ótimo Dan Aykroyd no papel de um colega de "profissão" que quer ter em seu curriculum a honra de ter matado o próprio Martin. Assim a trama explora o fato de que Cusack precisa viver em dois mundos separados, a de um sujeito normal, que vai até a reunião de seus velhos amigos dos tempos da escola e a do profissional que mata pessoas por dinheiro, sob encomenda. Outros destaques do elenco contam com a presença da própria irmã de John, a talentosa atriz Joan Cusack, em uma participação muito divertida e Minnie Driver, sempre no papel da garota inteligente que se apaixona pelos homens errados. Esse também é o melhor filme da carreira do diretor George Armitage que infelizmente depois perderia o rumo completamente, encerrando prematuramente sua filmografia com a comédia "O Golpe", estrelada por Owen Wilson e Morgan Freeman.

Pablo Aluísio.

Um Negócio de Risco

Título no Brasil: Um Negócio de Risco
Título Original: Criminal Activities
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Image Entertainment
Direção: Jackie Earle Haley
Roteiro: Robert Lowell
Elenco: John Travolta, Michael Pitt, Dan Stevens, Christopher Abbott, Edi Gathegi, Jackie Earle Haley
  
Sinopse:
Tentando dar uma de espertinhos, quatro amigos decidem comprar um grande lote de ações de uma empresa do ramo farmacêutico que está prestes a anunciar uma grande descoberta, um novo remédio que promete elevar o valor de suas ações às alturas. Para isso um deles acaba tomando dinheiro emprestado de um mafioso, Eddie (Travolta). Quando a empresa vai à bancarrota eles ficam com uma enorme dívida a saltar com a máfia, que definitivamente não costuma deixar algo assim sair barato. 

Comentários:
Inicialmente achei que seria mais um filme de gangsters sem muitos atrativos. Acabei me surpreendendo por alguns aspectos do roteiro que me agradaram bastante. Para saldar a dívida com um mafioso (John Travolta, muito bem em cena) um grupo de amigos precisam fazer um "servicinho" para ele. Nada mais, nada menos, do que sequestrar um sobrinho de um poderoso chefão da maior quadrilha de tráfico de drogas da cidade. Obviamente não parece uma boa ideia, mas como eles não querem morrer, acabam aceitando o tal "serviço". Por serem amadores e nada profissionais nesse ramo do crime as coisas logo saem do controle. Enquanto os rapazes fazem o serviço sujo, o chefe mafioso Eddie (Travolta) conspira contra a principal quadrilha rival de seus próprios negócios no mundo do crime. O elenco é muito bom, mas como sempre, Travolta se destaca. Com o cabelo cheio de brilhantina e sinais de que recentemente fez alguma cirurgia plástica, o ator esbanja seu já conhecido carisma em cena. Outro destaque vem dos atores jovens, todos bons. E o gangster sequestrado interpretado pelo ator negro Edi Gathegi acaba tendo alguns dos melhores diálogos de todo o roteiro. Nos dez minutos finais o filme dá uma incrível reviravolta e todos acabam descobrindo que nada era o que aparentava ser, o que não deixa de ser bem divertido. Claro que alguns furos de lógica ficam no meio do caminho, mas quando essa virada ocorre o jogo já está ganho, pois o filme se desenrola muito bem. Por fim um aspecto curioso: o próprio diretor do filme está também no elenco. Jackie Earle Haley interpreta um dos capangas de Travolta. Sua cena em que encontra um velho amigo da infância sendo torturado é realmente muito bem bolada. Enfim é isso, um bom filme sobre gangsters modernos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Um Assassino à Solta

Título no Brasil: Um Assassino à Solta
Título Original: Switchback
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jeb Stuart
Roteiro: Jeb Stuart
Elenco: Dennis Quaid, Danny Glover, Claudia Stedelin, R. Lee Ermey, Jared Leto, William Fichtner
  
Sinopse:
Um agente do FBI, Frank LaCrosse (Dennis Quaid), é afastado das investigações sobre um serial killer após esse colocar as mãos em seu próprio filho. Para o FBI ele não teria mais isenção e nem equilibrio emocional para seguir em frente na caçada, pois estaria envolvido pessoalmente com o criminoso. Indignado com a decisão de sua agência de investigação, o agente resolve ignorar as ordens superiores e parte em busca do psicopata.

Comentários:
Filmes sobre serial killers sempre são interessantes. Porém é necessário que a escolha do elenco seja mais criteriosa, pois certos atores não possuem a personalidade adequada para esse tipo de papel, afinal psicopatas são criminosos frios, desalmados e calculistas. Escalar um ator mais especializado em personagens bonachões e bondosos não parece ser uma escolha ideal. Mesmo assim, com esse pequeno deslize, não podemos deixar de gostar desse interessante thriller policial. Um filme ágil, com ótimas sacadas em seu roteiro e que conta com um elenco realmente excepcional. Além do sempre correto Dennis Quaid e de um inspirado Danny Glover em um papel bem diferente em sua carreira, o filme ainda contava com R. Lee Ermey, ator especializado em sargentos durões do exército (basta lembrar dele em "Nascido Para Matar") aqui atuando como um xerife linha dura e... pasmem, um ainda bem jovem Jared Leto dando o ar de sua graça. No geral é um bom filme, com cenas realmente bem criadas e desenvolvidas. Só não é melhor porque, como disse, há esse pequeno problema de casting (escalação de elenco) que quase leva tudo a perder.

Pablo Aluísio.

O Entardecer de uma Estrela

Título no Brasil: O Entardecer de uma Estrela
Título Original: The Evening Star
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Harling
Roteiro: Larry McMurtry, Robert Harling
Elenco: Shirley MacLaine, Bill Paxton, Juliette Lewis, Jack Nicholson, Miranda Richardson, Ben Johnson, Scott Wolf
  
Sinopse:
Sequência de "Laços de Ternura". Após a morte de sua filha, Aurora Greenway (Shirley MacLaine) precisa cuidar da criação de seus três netos, jovens adolescentes com problemas de relacionamento, vida e estudos. Mesmo cansada e desiludida do mundo, Aurora ainda consegue encontrar forças para levar adiante nesse novo desafio em sua existência. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Marion Ross).

Comentários:
"Laços de Ternura" é um dos melhores filmes dos anos 80. Consagrado pelos diversos prêmios da academia, o filme segue sendo um drama maravilhoso, mesmo após tantos anos de seu lançamento. É curioso que quatorze anos depois tenha sido produzido essa continuação tardia. Para muitos era algo completamente desnecessário, uma vez que o primeiro filme já se fechava maravilhosamente bem em si mesmo. Algumas histórias não precisam de continuação, isso é um fato. Acontece que o escritor Larry McMurtry escreveu esse romance que basicamente mostrava o que acontecia depois dos fatos mostrados em "Laços de Ternura". A atriz Shirley MacLaine leu o livro e amou. Diante disso ela procurou convencer a Paramount Pictures a realizar uma sequência. Afinal ela tinha mesmo interesse em voltar a interpretar a forte Aurora, pois essa personagem havia lhe dado o único Oscar de sua vida. Convencidos de seus argumentos o estúdio então produziu esse "The Evening Star". Na época de lançamento desse filme muitos se perguntaram se Jack Nicholson também retornaria ao papel do astronauta maluco, o namorado inconsequente  de Aurora. Inicialmente Nicholson não mostrou interesse nesse novo filme, mas atendendo a um pedido especial de sua amiga Shirley MacLaine resolveu aparecer em uma pequena ponta (que quase nem foi creditada!). Verdade seja dita, mesmo aparecendo por poucos momentos o bom e velho Jack Nicholson quase roubou o filme inteiro para si. Coisas de gênio. Enfim, mesmo assim temos que reconhecer que esse filme ainda é muito bom, nada comparado com "Laços de Ternura" que é uma obra prima da sétima arte, é verdade, mas ainda assim um ótimo drama sobre netos e a vida.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Inverno Rigoroso

Título no Brasil: Inverno Rigoroso
Título Original: Edge of Winter
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Rob Connolly
Roteiro: Rob Connolly, Kyle Mann
Elenco: Joel Kinnaman, Tom Holland, Percy Hynes White, Shaun Benson, Shiloh Fernandez, Rachelle Lefevre
  
Sinopse:
Elliot Baker (Joel Kinnaman) é um pai divorciado que recebe seus dois filhos para passarem o fim de semana ao seu lado. A ex-esposa vai sair em um cruzeiro com o novo marido e pede que ele cuide dos garotos. Para ter algum tipo de aproximação maior ao lado dos jovens, Elliot decide levá-los até o campo, mesmo que o inverno esteja rigoroso, com tudo coberto de neve. Ele quer ensinar os seus filhos a caçar. No começo tudo sai bem até que na volta para casa o carro fica preso na estrada após um pequeno acidente. E esse é apenas o primeiro problema que vão enfrentar.

Comentários:
Esse texto apresenta spoiler. Esse é um thriller de suspense que começa com ares de drama familiar e depois começa a se transformar em algo mais assustador. A ideia do pai e seus filhos passando algum tempo juntos no campo não é nada muito original. Já foi visto em inúmeros filmes. A novidade vem na forma que o roteiro trata essa disfuncional relação familiar. Particularmente não gostei muito como o pai é representado no filme. Ele está desempregado, sua ex-mulher agora é casada com um sujeito muito bem situado financeiramente, a ponto de dar uma vida de luxo a ela e aos garotos e para piorar tudo Elliot descobre que está crescendo uma barreira entre ele e os garotos. Ele é um homem da velha escola e seus filhos, todos educados em escolas de grã-finos, já não curtem muito seu jeito de ser. Por acaso um dos filhos acaba confessando ao pai que vai passar muito tempo sem vê-los dali em diante pois seu padrasto está indo morar na Inglaterra. Com essa informação Elliot simplesmente entra em colapso - enlouquece ao descobrir que até seus filhos serão tirados de sua companhia. Desse ponto em diante o paizão que procurava criar um elo de intimidade com os jovens começa a apresentar um comportamento fora do normal, tendo acessos de fúria e raiva. Em minha opinião o roteiro faz mau uso do personagem de Joel Kinnaman. A coisa vai ficando cada vez mais sinistra e de certa maneira inverossímil, tudo talvez, para criar uma reviravolta inesperada para o espectador. Não era necessário algo nesse estilo. "Edge of Winter" certamente poderia ir por outro caminho mais ameno e menos apelativo.

Pablo Aluísio.

A Voz do Meu Coração

Título no Brasil: A Voz do Meu Coração
Título Original: Grace of My Heart
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Allison Anders
Roteiro: Allison Anders
Elenco: Illeana Douglas, John Turturro, Sissy Boyd, Jennifer Leigh Warren, Richard Schiff, Diane Robin
  
Sinopse:
Uma cantora e compositora aspirante ao sucesso, muito talentosa, abre mão de tudo para escrever músicas para outros artistas. O filme segue mostrando sua vida, desde a dor das rejeições das grandes gravadoras, passando pelo seu desastroso casamento, indo até seu triunfo final quando ela finalmente consegue superar todas as adversidades. Filme indicado ao Chlotrudis Awards e ao prêmio Satellite Awards.

Comentários:
Para quem gosta da combinação entre drama e música esse filme "Grace of My Heart" é certamente uma boa pedida. De modo em geral ele mostra a dura vida de uma jovem talentosa que acaba encontrando muitas portas fechadas em sua cara, durante sua luta para ser bem sucedida ou famosa. É a tal coisa, nem todos vencerão no show business, muito pelo contrário, as histórias de fracasso e frustração são bem mais mais amplas e disseminadas. É o velho sonho de ir para Hollywood ou Los Angeles (Nashville no caso de cantores de country music) para se tornar uma estrela da música e não encontrar nada pela frente a não ser a pura decepção. Esse filme, um projeto bem pessoal da diretora e roteirista Allison Anders tem elementos biográficos pois ela mesma trilhou um caminho parecido com a da sua protagonista. Enfim, um bom drama, mostrando o duro caminho até se chegar ao topo, seja no mundo da música, seja no mundo do cinema. A fama, muitas vezes, pode ser apenas um sonho em vão.

Pablo Aluísio

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Soldado Universal 2 - O Retorno

Título no Brasil: Soldado Universal 2 - O Retorno
Título Original: Universal Soldier - The Return
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Films
Direção: Mic Rodgers
Roteiro: Richard Rothstein, Christopher Leitch
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Bill Goldberg, Heidi Schanz, Justin Lazard, Daniel von Bargen, James Black
  
Sinopse:
Luc Devereaux (Jean-Claude Van Damme) se torna o único sobrevivente do grupo original dos Soldados Universais, uma super tropa de elite. Agora ele trabalha com Dylan Cotne, um gênio da informática, em um novo projeto. O objetivo é unir as habilidades desses super soldados com o máximo em tecnologia de ponta, só que o super computador que deveria comandar tudo apresenta um inesperado problema, um erro que coloca a vida de todos em perigo! Apenas Devereaux poderá evitar um desastre de proporções assustadoras.

Comentários:
É a tal coisa, o primeiro filme passou longe de ser bom, porém fez sucesso. Mesmo no final dos anos 90 o estilo dos heróis de ação dos anos 80 ainda resistia e conseguia boas bilheterias. Havia também o mercado de vídeo VHS, que era ideal para esse tipo de produção. Inclusive no Brasil onde várias fitas como essa foram lançadas no mercado através do selo América Vídeo (quem viveu a época se lembra bem, com aquelas caixinhas que eram bem características, com muitas estrelas, baseadas na bandeirona dos Estados Unidos). Pois bem, aqui a Columbia resolveu colocar a mão no bolso para pagar um belo cachê ao astro Jean-Claude Van Damme que definitivamente não queria estrelar esse segundo filme. A produção aliás foi bem mais cara do que o habitual para esse tipo de filme, custando a pequena fortuna de 40 milhões de dólares. Era de certa maneira um investimento praticamente de retorno certo, afinal Van Damme tinha muitos fãs na época. Deixando de lado toda essa questão comercial o fato é que o filme consegue ser bem mais fraco do que o primeiro. O roteiro, absurdo como sempre, apresenta inúmeros problemas e furos. As sequências de ação porém eram bem feitas, o que no final era justamente o que os apreciadores desse tipo de filme de ação queriam. No final acabou ficando elas por elas, com o público cativo de Van Damme saindo bem satisfeito dos cinemas. 

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de outubro de 2016

Jogos Mortais 5

Título no Brasil: Jogos Mortais 5
Título Original: Saw V
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: David Hackl
Roteiro: Patrick Melton, Marcus Dunstan
Elenco: Scott Patterson, Costas Mandylor, Tobin Bell, Betsy Russell, Meagan Good
  
Sinopse:
Depois de muito tempo finalmente os policiais que passaram anos perseguindo o psicopata Jigsaw (Tobin Bell) se tranquilizam sobre seu paradeiro, pois não restam mais dúvidas, ele realmente está morto. Seus jogos mortais porém parecem seguir em frente! Quem seria o responsável por isso? Teria Jigsaw deixando um herdeiro ou um insano admirador para dar continuidade ao seu legado de terror, sadismo e violência?

Comentários:
Mais saturado do que nunca a franquia Saw (Jogos Mortais) seguiu em frente. Nesse quinto filme não há muito mais a celebrar. A fórmula, completamente desgastada, já não funcionava mais. Aqui a tônica foge apenas um pouquinho do convencional pois o roteiro procura se concentrar em saber e desvendar a imensa rede de traições e conspirações envolvendo os próprios tiras que acabaram com Jigsaw. Quem acaba se dando muito mal é justamente o agente Strahm (Scott Patterson) que de repente acorda e se dá conta que está encurralado em um dos jogos mortais de Jigsaw, com a cabeça presa em um artefato de tortura que mais parece ter saído da idade média. Uma caixa selada que começa a encher de água - algo realmente assustador! Essa armadilha de cabeça, vamos colocar assim, causou muita preocupação no ator Scott Patterson que estava apreensivo com um pequeno acidente que aconteceu quando a estavam usando em um teste na pré-produção. Depois com coragem resolveu encarar o desafio e dispensou o uso de dublês, para surpresa do diretor. Curiosamente essa armadilha foi inspirada no escritor Edgar Allan Poe que em seus macabros escritos descreveu um objeto de tortura bem semelhante. Por fim os roteiristas resolveram colocar um pequeno detalhe que poucos perceberam. São cinco os envolvidos nos jogos, justamente para celebrar o quinto filme da série. No geral eu não considero um bom filme da franquia. A falta de novas ideias, os velhos clichês e as mesmas situações - com pequenas inovações - não salvam o filme de ser apenas mais um caça-níquel do estúdio. O velho Jigsaw já deveria ter se aposentado, vamos convir. Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards.

Pablo Aluísio.

Amistad

Título no Brasil: Amistad
Título Original: Amistad
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: David Franzoni
Elenco: Anthony Hopkins, Morgan Freeman, Matthew McConaughey, Stellan Skarsgård, Anna Paquin, Djimon Hounsou
  
Sinopse:
Filme baseado em fatos históricos reais. Tudo começa quando um navio chega em um porto americano. De bandeira estrangeira a embarcação sofreu um motim em alto-mar. Vários prisioneiros se rebelaram. Em terra firme, já na América, todos eles são levados a julgamento. O que poderia ser um caso de fácil solução acaba trazendo à tona questões jurídicas inovadoras, que certamente reperticuriam na jurisprudência da Suprema corte americana. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator (Anthony Hopkins), Melhor Fotografia (Janusz Kaminski), Melhor Figurino (Ruth E. Carter) e Trilha Sonora Original (John Williams).

Comentários:
Eu considero Steven Spielberg um dos maiores gênios da história do cinema. Qualquer filme que traga sua assinatura nessa direção me chama imediatamente a atenção. Esse "Amistad", por exemplo, tive a oportunidade de conferir no cinema. Dito isso tenho que reconhecer também que nem todos os filmes do mestre Spielberg são geniais ou maravilhosos, alguns são apenas boas histórias bem contadas. É o caso dessa produção. Eu me recordo que muitos se decepcionaram com o filme porque ele em essência é um drama de tribunal onde se gasta muita metragem discutindo meras firulas jurídicas. Dessa maneira não é um filme para todos os públicos, mas apenas para quem gosta de história e mais, quem se interessa por casos judiciais intrigantes. Como se trata de um filme de Steven Spielberg era de se esperar novamente que um grande elenco fosse formado e realmente temos aqui um time de atores de máximo respeito. Porém nenhum desses grandes talentos se sobressai, a não ser o veterano Anthony Hopkins que se destaca interpretando um velho presidente dos Estados Unidos na semi aposentadoria, advogando para se manter ativo. É justamente ele que acaba atuando no caso master que o roteiro explora. Então é isso, nada demais, nada muito marcante ou que possa ser considerado uma obra prima. Obviamente por se tratar de Spielberg vale a sessão, porém o gostinho de um pouco de decepção ficará, quer você queira ou não.

Pablo Aluísio.

Aproximando-se do Desconhecido

Título no Brasil: Aproximando-se do Desconhecido
Título Original: Approaching the Unknown
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mark Elijah Rosenberg
Roteiro: Mark Elijah Rosenberg
Elenco: Mark Strong, Luke Wilson, Sanaa Lathan, Anders Danielsen Lie, Charles Baker, Whit K. Lee
  
Sinopse:
O astronauta William D. Stanaforth (Mark Strong) é escolhido para ser o primeiro homem a pisar em Marte. Ele desenvolveu um mecanismo muito eficiente que consegue produzir água apenas utilizando material inorgânico, como o próprio solo. Algo que seria vital para uma colonização a longo prazo do planeta vermelho. Durante a longa viagem de 270 dias Stanaforth começa a sentir o peso e a pressão de sua posição. Para piorar, as experiências que deveria fazer a bordo começam a dar errado, colocando em risco o sucesso da missão.

Comentários:
A colonização de Marte ainda faz parte da mera ficção. Esse filme tenta mostrar como seria a chegada do primeiro homem naquele mundo hostil e estéril. Há muitos anos se fala em colonizar Marte, porém a ciência ainda enfrenta desafios enormes. Como manter a vida em um planeta onde as temperaturas são inadequadas e a água (elemento vital para a manutenção da vida) é inexistente? O filme tenta trazer algumas respostas apostando em um reator que consegue recombinar molecularmente elementos químicos (como o Hidrogênio e o Oxigênio) para criar H2O, ou seja, a água. No começo tudo sai tão certo que o inventor do tal mecanismo, William D. Stanaforth, é escolhido para ser o primeiro homem em Marte. O problema é que essa primeira viagem será apenas de ida (sem volta) pois é necessário que alguém fique em Marte preparando o terreno para a chegada dos primeiros colonizadores. Stanaforth, um homem amargurado que não tem nada a perder, topa o desafio. A questão que se coloca logo no começo do filme é como ele teria sido escolhido (o roteiro não entra em maiores detalhes). Conforme a missão avança percebemos que o equilíbrio externo que o astronauta demonstra é pura fachada, pois ele tem muitas crises existenciais, algo que seria completamente inadequado para uma missão como a mostrada no filme. O roteiro assim tenta criar um clima que lembra em certos aspectos o clássico "2001", mas claro sem a profundidade da obra prima de Kubrick. Questões filosóficas ou existenciais nunca são muito desenvolvidas, mas estão lá, pelo menos superficialmente. A melhor frase do filme inclusive é dita pelo astronauta sobre o seu destino: "Marte é um lugar onde nunca nada viveu e nunca nada morreu. Provavelmente eu viverei para sempre ao chegar lá". No final o que temos é uma produção interessante, curta (menos de 80 minutos de duração) que não se preocupa muito em ser pretensiosa. Mesmo assim vale a pena conhecer. Filme premiado no Sundance Film Festival.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de outubro de 2016

Decisão de Risco

Título no Brasil: Decisão de Risco
Título Original: Eye in the Sky
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: Raindog Films, Entertainment One
Direção: Gavin Hood
Roteiro: Guy Hibbert
Elenco: Helen Mirren, Aaron Paul, Alan Rickman, Phoebe Fox, Gavin Hood, Jeremy Northam

Sinopse:
Após anos de busca, o serviço de inteligência do Reino Unido localiza a presença de três dos quatro terroristas internacionais mais procurados da África Oriental. Imediatamente um drone é enviado para o lugar. Os criminosos se encontram em uma casa, nos arredores da capital da Namíbia. O mais correto seria eliminar todos os alvos imediatamente, para evitar que novos atentados suicidas fossem planejados e realizados, mas na hora de realmente decidir o ataque um grupo de políticos fica com extremo receio de autorizar a operação militar. Pior de tudo, uma jovem garotinha arma uma barraca para vender pão bem ao lado da casa que será destruída no bombardeio. E agora? O ataque por drones será realmente realizado? Filme indicado ao prêmio de melhor roteiro no Palm Springs International Film Festival.

Comentários:
Não existem guerras limpas. Todas as guerras são sujas. Essa é a grande lição deixada por esse excelente roteiro escrito por Guy Hibbert. Diante de um ataque iminente a um grupo de terroristas internacionais todos os envolvidos (militares e políticos) caem em um dilema dos mais aflitivos. Seria ético matar uma garotinha inocente que está nas proximidades do ataque vendendo pão? É a conhecida questão do dano colateral, só que aqui a menina ganha rosto e história, se tornando mais humana, desvendando toda a face da crueldade da guerra. E embora a guerra moderna seja tão absurda como a do passado não podemos deixar de ficar impressionados com os avanços tecnológicos das armas atuais, principalmente em relação aos drones, essas pequenas (e mortais) aeronaves não tripuladas que atualmente são usadas para ataques cirúrgicos em locais distantes da África e do Oriente Médio. Aliás todos os personagens do filme giram em torno dos bastidores justamente de uma ataque de drones do tipo Patriot. Helen Mirren, sempre excepcional, é a oficial encarregada de comandar as operações. Ela quer liquidar uma terrorista internacional que persegue há seis anos e não vê a hora do ataque se consumar de uma vez por todas. O jovem Aaron Paul (de "Breaking Bad") é o piloto do drone que na hora H sente o peso ético de um ataque como aquele. 

Já o grande Alan Rickman interpreta um veterano general que precisa lidar com um bando de políticos indecisos e vacilantes que não conseguem tomar a decisão final sobre o ataque. Esse foi um dos últimos filmes do ator que morreu recentemente. Aliás nos créditos finais ele é homenageado pelos produtores do filme. Sua parte é vital para entender como militares bem preparados e treinados podem ficar inoperantes por causa de uma irracional burocracia estatal. Nenhum dos agentes políticos quer a responsabilidade de dar a ordem final para uma ataque naquelas circunstâncias, tentando jogar a decisão para os outros, fazendo com que os terroristas ganhem tempo para inclusive tentarem fugir do alvo. A tensão assim se torna completa. Por fim vale uma indagação interessante: poderia ainda haver espaço para a guerra em um mundo tão politicamente correto como o atual? Os políticos britânicos presentes no filme incorporam justamente esse dilema. Um simples ataque acaba virando uma questão das mais delicadas, justamente por causa desse tipo de pensamento. Eles simplesmente não conseguem chegar a uma decisão, com medo de sofrerem alguma consequência em suas carreiras caso algo seja vazado para a imprensa. Seria justo um ataque como aquele? O roteiro, de forma inteligente, não traz a resposta, deixando a conclusão final para o próprio espectador. Sábia decisão. Assista e tire suas próprias conclusões.

Pablo Aluísio.

Força Aérea Um

Título no Brasil: Força Aérea Um
Título Original: Air Force One
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Andrew W. Marlowe
Elenco: Harrison Ford, Gary Oldman, Glenn Close, William H. Macy, Dean Stockwell, Tom Everett
  
Sinopse:
O avião presidencial é sequestrado com o presidente dos Estados Unidos a bordo. O grupo que toma seu controle é formado por terroristas de uma ex-república soviética, o Cazaquistão, que está insatisfeita com as críticas e a política adotada pelo governo americano em relação ao governo ditatorial daquele distante país. Assim, ao se ver em uma armadilha, o próprio presidente resolve enfrentar os criminosos, em um jogo mortal de vida e morte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som (Paul Massey, Rick Kline) e Melhor Edição (Richard Francis-Bruce).

Comentários:
Os americanos possuem uma visão boba de seus presidentes. Geralmente eles se tornam figuras lendárias dentro do imaginário popular. O caso mais absurdo de ufanismo patriota no cinema aconteceu justamente nesse filme. Aqui o presidente dos Estados Unidos James Marshall, encarnado na figura do ator Harrison Ford, não apenas é mostrado como uma pessoa extremamente cheia de virtudes, como também um herói acima do bem e do mal. Ele literalmente sai no braço com um grupo de terroristas que tomam de assalto seu avião presidencial (denominado de Air Force One). Bom para o estrelismo de Ford que aqui conseguiu mais um belo sucesso de bilheteria em sua carreira, mas péssimo para o cineasta alemão Wolfgang Petersen que começou sua filmografia com filmes conceituados (e até cults) como "O Barco: Inferno no Mar", "A História Sem Fim" e "Inimigo Meu" para depois perder o rumo e se afundar numa série de filmes comerciais de baixo teor artístico como "Tróia", por exemplo. Essa fita de ação é seguramente seu filme mais bem sucedido nas bilheterias, o que necessariamente não foi muito bom para ele. De qualquer forma, apesar do enredo completamente surreal e absurdo, o filme ainda apresenta algumas boas cenas de ação - aliás a proposta do filme parece se resumir a isso apenas, explorar cenas e mais cenas de ação e violência. Falando sinceramente nem era preciso reunir um elenco tão bom como esse para um filme que se apoia mesmo em ação física. Os personagens de Oldman, Close e outros excelentes atores poderiam ser interpretados por qualquer um que não faria diferença alguma. Do ponto de vista técnico um dos destaques vem da excelente edição do filme (que inclusive foi indicada ao Oscar). Algo necessário para uma produção desse gênero. Porém desconsidere tudo o que foi dito se você estiver apenas em busca de um filme de pura ação, pois nesse caso não se decepcionará, pelo contrário, provavelmente ficará bem satisfeito. Como não era o meu caso, fiquei realmente um pouco entediado de assistir algo tão sem conteúdo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Teoria da Conspiração

Título no Brasil: Teoria da Conspiração
Título Original: Conspiracy Theory
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Donner
Roteiro: Brian Helgeland
Elenco: Mel Gibson, Julia Roberts, Patrick Stewart, Cylk Cozart, Terry Alexander, Brian J. Williams
  
Sinopse:
Jerry Fletcher (Mel Gibson) é um sujeito que vê conspirações governamentais em praticamente tudo! Nada escapa de seu "radar" sobre teorias de conspirações das mais diversas. Ninguém o leva muito à sério, já que com os anos Fletcher acabou ganhando a fama de ser meio louco, até o dia em que ele resolve denunciar uma nova conspiração que se revela verdadeira! A partir daí sua vida vira um caos completo e ele passa a ser perseguido por pessoas que nem ele sabe quem realmente são! Filme premiado no ASCAP Film and Television Music Awards.

Comentários:
Esse filme é do tempo em que Mel Gibson era um dos maiores campeões de bilheteria do cinema. Todos os seus filmes eram lançados com uma grande campanha de marketing e invariavelmente se tornavam grandes sucessos. Ele estava sempre presente nas listas dos mais bem pagos de Hollywood, recebendo cachês milionários por cada novo filme que estrelava. Era um astro de primeira grandeza. O roteiro brinca com a figura do teorista de conspirações, algo muito comum nos Estados Unidos. Geralmente pertencente a certos grupos de pessoas paranoicas, esse tipo de pessoa enxergava teorias de todos os tipos envolvendo aliens, espiões, conspirações, mercado internacional, seja o que for. O grande vilão em todas as conspirações, como não poderia deixar de ser, era o governo americano. No Brasil esse tipo que era até bem raro está também se tornando bem comum. De qualquer forma o filme aposta mais uma vez no poder de atrair bilheteria do ex-astro Mel Gibson. E ele se saiu muito bem ao lado do diretor  Richard Donner que o havia dirigido com grande êxito nos quatro filmes da franquia "Máquina Mortífera". Aqui o destaque vai para o roteiro, bem intrigado, cheio de reviravoltas, além é claro das boas cenas de ação (especialidades do cineasta Donner). De maneira em geral foi uma das grandes produções de Hollywood daquele ano. Mel Gibson era realmente um dos mais populares astros de todos os tempos. Pena que esses dias andam distantes, bem distantes.

Pablo Aluísio.