segunda-feira, 18 de julho de 2016

Caninos Brancos

Título no Brasil: Caninos Brancos
Título Original: White Fang
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: David Fallon, Jeanne Rosenberg, Nick Thiel
Elenco: Ethan Hawke, James Remar, Klaus Maria Brandauer, Seymour Cassel

Sinopse:
Jack Conroy (Ethan Hawke) sonha em ficar rico e para isso resolve subir às montanhas geladas do Alasca em busca de locais onde possa achar ouro. No caminho acaba se tornando amigo de um lobo selvagem que parece se afeiçoar a ele. Jack resolve chamar o novo amigo de "Caninos Brancos". Juntos viverão muitas aventuras no meio da neve e do clima hostil da região.

Comentários:
Produção Disney levemente inspirada em um filme antigo estrelado por Clark Gable chamado "O Grito da Selva". O que temos aqui é um filme muito agradável, com enredo louvando a amizade entre homem e animal que lutam juntos para sobreviver em um lugar onde a natureza se faz presente de forma hostil e severa. Ethan Hawke, que anos depois iria cultivar uma imagem cult aqui se mostra um bom ator de aventuras. Seu companheiro de cena, o tal lobo "Caninos Brancos" rouba o show, mostrando uma postura quase humana. Curiosamente, como sempre acontece em filmes assim com animais, o personagem animal na realidade é "interpretado" por vários lobos diferentes, cada um com sua especialidade (alguns em saltar, outros em correr e por aí vai). Bom entretenimento com o padrão de qualidade Walt Disney para a garotada em geral.

Pablo Aluísio.

O Guia do Mochileiro das Galáxias

Título no Brasil: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Título Original: Hitchhiker's Guide to The Galaxy
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Garth Jennings
Roteiro: Douglas Adams
Elenco: Bill Nighy, Alan Rickman, Mos Def, Zooey Deschanel, Sam Rockwell, John Malkovich, Stephen Fry

Sinopse:
A Terra está prestes a ser destruída e varrida  do universo quando dois amigos chamados Arthur Dent e Ford Prefect, resolvem viajar pelo universo de carona. A odisséia será uma surpresa e tanto para todos.
                                                                   
Comentários:
A proposta é diferente e nem todos vão embarcar no humor singular do filme. No fundo o que temos aqui é uma crítica ao próprio sistema governamental inglês, com sua burocracia ineficiente e sem sentido. O livro que deu origem ao filme é muito popular na Europa, tendo ganho várias edições por causa de seu sucesso de vendas. A opinião dos leitores é a de que a literatura é de fato muito superior ao que se vê nas telas, até porque nem sempre é possível fazer uma adaptação eficiente do que está escrito no texto. Em relação aos espectadores brasileiros a situação é ainda mais complicada pois várias das gags ou trocadilhos só fazem sentido em língua inglesa e quando traduzidos perdem muito de seu fino humor. Não recomendo a todo mundo mas apenas aos que gostaram e leram o livro original. Para o resto do público a sensação vai ser estranha e até mesmo bizarra demais, Chegou tão badalado aos cinemas que até me empolguei para assistir. Chegando na sessão a decepção... não conhecia a obra que deu origem ao filme, achei tudo uma bobagem tão grande... tão chatinho. As piadas me fizeram dar os risinhos mais amarelos de toda a minha vida! Com meia hora de exibição pensei comigo mesmo: O que diabos estou fazendo aqui? Enfim, o filme é bem feito, tem boa produção, mas é uma bobageira sem fim. Bola fora.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de julho de 2016

Dois Caras Legais

Título no Brasil: Dois Caras Legais
Título Original: The Nice Guys
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Diamond Films
Direção: Shane Black
Roteiro: Shane Black, Anthony Bagarozzi
Elenco: Russell Crowe, Ryan Gosling, Kim Basinger, Angourie Rice, Margaret Qualley
  
Sinopse:
Jackson Healy (Russell Crowe) e Holland March (Ryan Gosling) são dois detetives particulares que na Los Angeles dos anos 70 tentam desvendar o mistério da morte de uma pornstar chamada Misty Mountains. Todas as pessoas que trabalharam ao seu lado em seu último filme de conteúdo adulto acabaram mortas, o que torna tudo ainda mais misterioso e complexo de se revelar. Por trás de tudo parece haver a mão da própria diretora do departamento de justiça da cidade, a procuradora Judith Kuttner (Kim Basinger). Qual seria a sua real participação em todos aqueles crimes?

Comentários:
Uma comédia estrelada por Russell Crowe?! Bem, isso já seria motivo suficiente para conferir esse "The Nice Guys". O fato dele contracenar com Ryan Gosling (bem mais à vontade fazendo humor) também é outro atrativo. O problema é que o filme não funciona muito bem. A produção passa longe de ser uma comédia realmente divertida e tampouco agrada como fita policial. Ficou assim no meio do caminho em ambos os gêneros cinematográficos, afundando em suas pretensões. Além disso o diretor Shane Black errou feio a mão no corte final do filme, o tornando longo demais para uma fita como essa, aliás longo e arrastado, muitas vezes bocejante e aborrecido. Se isso já não fosse uma sentença de morte para qualquer filme de humor some-se ainda a preguiçosa trama que não traz nenhuma grande surpresa, ficando aquela sensação desagradável de que tudo já foi visto antes - e bem melhor! Uma das poucas coisas interessantes vem do fato da estória se passar na década de 1970. Essa seria uma boa oportunidade para pelo menos rechear a trilha sonora com clássicos musicais da época, mas o diretor Black cochilou também nesse aspecto, só se salvando mesmo os figurinos e uma ou outra citação sobre a cultura pop (como, por exemplo, quando um cartaz de "Tubarão 2" surge em uma rodovia expressa). Em termos de elenco quem acabou se saindo melhor foi Crowe, o que não deixa de ser uma surpresa. Seu segredo para sair menos chamuscado dessa fraca comédia foi não ter bancado o engraçadinho, tentando fazer o espectador rir com caretas e coisas do tipo. Na verdade Crowe parece estar em um filme sério, sem gracinhas, atuando de cara fechada. Já Ryan Gosling tenta ser um pouco mais divertido, apostando até mesmo em uma interpretação mais caricatural. Afinal alguém tinha que bancar o engraçado. Pena que ele funcione melhor em outro tipo de filme, onde interpreta sujeitos esquisitos, bizarros e fora do comum. Aqui seu personagem não consegue cativar o espectador. Nem a curiosidade de rever a atriz Kim Basinger salva "The Nice Guys" de ser uma chatice! Enfim, diante de tudo isso o saldo é negativo. Com essa boa dupla de atores daria certamente para realizar um filme melhor... bem melhor do que isso.

Pablo Aluísio.

Os Cavaleiros da Sombra

Título no Brasil: Os Cavaleiros da Sombra
Título Original: The Shadow Riders
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Entertainment
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro:  Louis L'Amour, Jim Byrnes
Elenco: Tom Selleck, Sam Elliott, Dominique Dunne, Ben Johnson, Geoffrey Lewis
  
Sinopse:
Dois irmãos, Mac (Tom Selleck) e Dal Traven (Sam Elliott) retornam da guerra civil após o seu fim. Eles pretendem retomar o trabalho no rancho de sua família, mas ao chegarem lá descobrem que suas irmãs foram levadas por bandoleiros e foras-da-lei que infestam a região. Sem pensar duas vezes os dois irmãos então resolvem partir para o acerto de contas, restabelecendo a justiça naquela terra esquecida por Deus.

Comentários:
Telefilme muito bom, acima da média, que chegou a ser lançado no mercado de vídeo no Brasil nos tempos do VHS. É curioso que nessa mesma época o ator Tom Selleck foi convidado pelos diretores Steven Spielberg e George Lucas para estrelar seu novo filme, nada mais, nada menos, do que "Os Caçadores da Arca Perdida"! Pois é, Selleck foi o primeiro ator a ser pensado para interpretar o famoso Indiana Jones. Infelizmente para todos os envolvidos ele não poderia fazer o filme pois havia assinado um contrato de exclusividade com o canal CBS, onde trabalhava atuando como o detetive Magnum na série de mesmo nome. Para amenizar um pouco a frustração de não ter feito uma das maiores bilheterias da história do cinema, Selleck acabou atuando nesse faroeste feito para a TV, para ser exibido na própria CBS. O resultado acabou sendo muito bom. O filme é bem realizado, tem uma produção muito boa (o que é de surpreender pelo fato de ser um telefilme) e ainda conta com um elenco realmente muito bom, com destaque para Sam Elliott, sempre uma excelente opção para esse tipo de filme ambientado no velho oeste americano.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de julho de 2016

Deadpool

Título no Brasil: Deadpool
Título Original: Deadpool
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Tim Miller
Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick
Elenco: Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Ed Skrein, T.J. Miller
  
Sinopse:
Wade Wilson (Ryan Reynolds) é um mercenário que, prestes a se casar com o amor de sua vida, é diagnosticado com um câncer extremamente agressivo. Com a morte certa batendo sua porta ele resolve participar de um "tratamento" que parece ser sua última esperança de vida. O que Wade não sabe é que tudo não passa de uma armadilha que a despeito disso tudo acaba despertando mudanças em seu corpo que o tornam praticamente um ser imune a morte e ferimentos, inclusive com capacidade de regeneração de órgãos de seu corpo. Nasce assim Deadpool, um "herói" diferente, que sequer deseja seguir os passos de outros super-heróis, pois ele definitivamente não se vê como um deles.

Comentários:
Quem diria que o ator Ryan Reynolds conseguiria dar a volta por cima nesse mundo de adaptações em quadrinhos depois do fracasso de "Lanterna Verde"? O fato porém é que ele conseguiu superar aquela péssima experiência, pois esse "Deadpool" é seguramente uma das mais divertidas transposições de personagens da Marvel para o cinema que já assisti. Gostei de praticamente tudo, embora não seja um leitor de quadrinhos achei o roteiro muito bem escrito, cheio de ironias e piadinhas que funcionam muito bem. O personagem Deadpool é bem conhecido por ser um sujeito que nunca se leva muito à sério e os roteiristas foram pelo mesmo caminho, inclusive usando de auto ironias em relação ao próprio filme em si. O protagonista, por exemplo, conversa com o público, olhando para a câmera, com várias sacadas divertidas. Numa delas ele brinca com o fato de que apesar de Deadpool fazer parte de certa forma do universo dos X-Men, praticamente nenhum deles surge no filme, a não ser o brutamontes Colossus e a adolescente Negasonic Teenage Warhead, dois personagens secundários. Por falar nessa última, as piadas de Deadpool em relação a ela (e de quebra em relação à própria adolescência em si) são as melhores coisas do filme. Há uma variedade de citações divertidas sobre o universo e a cultura pop que funcionam muito bem, inclusive na última cena, já depois dos créditos, em que Deadpool satiriza uma das cenas mais engraçadas do clássico juvenil "Curtindo a vida adoidado". Só vendo para crer. Em termos de elenco além da boa atuação de Ryan Reynolds ainda temos a brasileira Morena Baccarin como a namorada de Wade Wilson / Deadpool. Ela que já havia se destacado em tantas séries americanas como "Homeland" (onde interpretava Jessica Brody, esposa do militar enlouquecido e doutrinado Brody) traz para esse filme um elemento de identificação e familiaridade para todos nós, brasileiros. Enfim, temos aqui um filme que deu realmente muito certo, divertido e ótimo passatempo. Que venham mais filmes com esse herói sui generis e nada convencional.

Pablo Aluísio.

Kill Command

Título Original: Kill Command
Título no Brasil: Ainda não definido
Ano de Produção: 2016
País: Inglaterra
Estúdio: Vertigo Films
Direção: Steven Gomez
Roteiro: Steven Gomez
Elenco: Vanessa Kirby, Thure Lindhardt, Tom McKay
  
Sinopse:
Em um futuro próximo um grupo de soldados são enviados para um planeta distante para completar seu treinamento. O lugar, uma selva fechada, está toda monitorada por drones observadores das operações, porém algo sai errado. As máquinas começam a desenvolver uma inteligência artificial, caçando e eliminando todos os humanos que encontram pela frente.

Comentários:
Produção inglesa B de ficção. Com o avanço da computação gráfica até mesmo filmes menores como esse, que possuem orçamento restrito, acaba dando ao espectador um bom resultado, isso em termos de efeitos especiais. É curioso como a tecnologia realmente está disponível a todos. No caso desse filme temos basicamente um roteiro que explora a luta entre seres humanos e máquinas assassinas. Tudo muito básico. Os militares chegam em um planeta e começam a ser caçados por máquinas cujo protocolo de programação saiu do que era esperado. Ao lado dos soldados se destaca a presença de uma mulher, ou quase isso. Mills (Vanessa Kirby) foi geneticamente modificada, tendo a capacidade de entrar em sistemas tecnológicos sem nenhum equipamento eletrônico. Ela tenta deter o avanço das máquinas, até porque participou de seu projeto inicial, enquanto seus colegas vão sendo mortos em série. Como diversão B até que esse filme diverte. De certa maneira tudo parece mais um game, onde o mais importante é sobreviver. O design das máquinas de guerra são bem interessantes e isso acaba sendo o maior atrativo desse filme que muito provavelmente não será lançado comercialmente no Brasil.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Contos Assombrosos

Título no Brasil: Contos Assombrosos
Título Original: Amazing Stories
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment, Universal Television
Direção: Steven Spielberg, Joshua Brand, John Falsey
Roteiro: Joshua Brand, John Falsey
Elenco: Kevin Costner, Charles Durning, Dom DeLuise, Christopher Lloyd
  
Sinopse:
Fita com três episódios da série "Amazing Stories" entre elas "Pilot" onde Kevin Costner interpretava um piloto da Segunda Guerra Mundial e "Professor B.O. Beanes" onde o ator Christopher Lloyd interpretava um professor sádico que literalmente perdia sua cabeça. Por fim em "The Mummy" um dublê de filmes de terror passava por apuros ao ter que sair rapidamente do set de filmagens para encontrar sua esposa no hospital onde ela estava tendo seu filho. Muita diversão e humor com a marca registrada de Steven Spielberg, em seu auge na carreira.

Comentários:
Vamos voltar um pouquinho aos anos 80? Naquela década não existia internet, nem TV a cabo e nem muito menos o mundo digital que conhecemos hoje em dia. A maioria das séries americanas não passavam na TV aberta brasileira (que era a única que existia). Por isso algumas fitas VHS (lembra delas?) chegavam ao nosso mercado com episódios dessas mesmas séries. Uma delas era especialmente interessante porque era produzida pelo genial Steven Spielberg. Assim por volta de 1986 o selo CIC começou a lançar episódios de "Amazing Stories" com o título de "Contos Assombrosos". Na primeira fita tínhamos 3 deles. No primeiro o astro Kevin Costner interpretava um piloto da força aérea americana que se via numa situação absurda: o trem de pouso de seu avião era destruído pelos inimigos! Sem ter como pousar ele acaba sendo abençoado por uma solução mágica! (só vendo para crer). Outro episódio trazia Christopher Lloyd (o cientista maluco de "De Volta Para O Futuro") em outro conto com muito realismo (nem tanto) fantástico! Eram tempos muito complicados para quem era fã da sétima arte, porém havia também muita alegria em chegar numa locadora e alugar uma série americana que quase ninguém tinha visto. Bons tempos aqueles...

Pablo Aluísio.

O 13º Guerreiro

Título no Brasil: O 13º Guerreiro
Título Original: The 13th Warrior
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John McTiernan
Roteiro: Michael Crichton, William Wisher Jr
Elenco: Antonio Banderas, Diane Venora, Dennis Storhø
  
Sinopse:
No século VIII o poeta Ahmed Ibn Fahdlan (Antonio Banderas) é enviado para terras distantes após se envolver com uma mulher errada, devidamente comprometida com outro homem, poderoso e influente. Nessa terra do norte acaba entrando em contato com os povos de origem Viking. Lá acaba sendo arrastado por uma velha profecia que dizia haver 13 homens guerreiros escolhidos para vencer um terrível mal que se abate sobre aquela comunidade. Filme indicado ao International Film Music Critics Award na categoria de Melhor Trilha Sonora incidental (Jerry Goldsmith).

Comentários:
O filme foi dirigido pelo competente diretor de ação John McTiernan, a estória é baseada em livro escrito por Michael Crichton e o elenco liderado pelo carismático ator Antonio Banderas, mas nada disso ajuda. O filme simplesmente não funciona. A culpa? Talvez tenha faltado uma melhor adaptação em termos de roteiro. Falando de maneira bem simples e direta: "The 13th Warrior" é simplesmente chato! Isso mesmo, parece óbvio, mas é a verdade. O espectador fica logo aborrecido com o roteiro que surge muito truncado, sem desenvolvimento, sem atração. Com isso tudo acaba ruindo. Os figurinos são interessantes, porém a fotografia - extremamente cinzenta e escura - mais atrapalha do que ajuda. A tese que o roteiro também tenta defender - a de que os povos do oriente eram superiores aos europeus brutos e selvagens da época também soa fora do bom senso. Pura propaganda ideológica moura (para usar uma expressão antiga). Em termos de bilheteria o filme naufragou. Todo filmado em belas paisagens do Canadá com orçamento generoso de 85 milhões de dólares não conseguiu recuperar o investimento nos cinemas e nem tampouco no mercado de vídeo depois. Assim não sobrou realmente muita coisa para celebrar. O filme é no final das contas apenas mal sucedido, tanto em termos de qualidade cinematográfica como comerciais. Bola fora medieval.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

As Aventuras de Tintim

Título no Brasil: As Aventuras de Tintim
Título Original: The Adventures of Tintin
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Moffat, Edgar Wright
Elenco: Jamie Bell, Andy Serkis, Daniel Craig
  
Sinopse:
O garoto Tintim acaba descobrindo o segredo de um tesouro maravilhoso ao mexer em um velho navio em forma de maquete. A descoberta abre as portas para uma grande aventura, onde ele, ao lado de seus amigos, parte para terras distantes com o objetivo de descobrir onde está localizado o tesouro! Adaptação para o cinema do famoso personagem dos quadrinhos Tintim, criado pelo cartunista Hergé em ""The Adventures of Tintin". Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora (John Williams). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Animação. 

Comentários:
Durante muitos anos se especulou quando o famoso personagem dos quadrinhos Tintim iria estrear nos cinemas. Quando Steven Spielberg comprou os direitos todos sabiam de antemão que viria algo muito bom pela frente. A decepção porém começou quando o diretor anunciou que o filme seria realizado de forma virtual, não com atores em carne e osso, mas sim em um processo moderno de captação de movimentos em estúdio para recriação em computação gráfica. Em minha opinião essa foi a pior das decisões. Até mesmo se Spielberg tivesse optado por uma versão em animação tradicional - que recriasse os traços imortais de Hergé - as coisas teriam sido melhores. Não que o filme seja mal realizado, muito longe disso, pois a produção é um primor técnico, mas o uso de uma forma que acabou não agradando aos velhos fãs de Tintim (basicamente os únicos que ainda existem, pois o personagem não é muito popular entre os mais jovens) acabou deixando todo mundo meio frustrado. Assim ficou-se com uma impressão ruim, de algo muito artificial, sem vida e sem carisma. O que era para ser o primeiro filme de uma franquia acabou ficando pelo meio do caminho, justamente pelo uso errado de uma linguagem cinematográfica que no fundo ninguém realmente queria ver.

Pablo Aluísio.

No Amor e na Guerra

Título no Brasil: No Amor e na Guerra
Título Original: In Love and War
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: Henry S. Villard, James Nagel
Elenco: Sandra Bullock, Chris O'Donnell, Mackenzie Astin
  
Sinopse:
O jovem jornalista americano Ernest Hemingway (Chris O'Donnell) é enviado para a Itália para trabalhar como motorista de ambulância durante a I Guerra Mundial. Lá acaba conhecendo a enfermeira Agnes von Kurowsky (Sandra Bullock) e fica apaixonado por sua coragem e doçura. O amor, que parece tão perfeito, porém terá que passar por um trágico destino. Filme indicado ao Urso de Ouro do festival de Berlim.

Comentários:
Os livros do escritor Ernest Hemingway são considerados verdadeiras obras primas da literatura. Vários deles foram adaptados para o cinema. Nessa produção aqui o diretor Richard Attenborough (de "Gandhi", um cineasta de que gosto muito) resolveu contar não as estórias do livro de seu autor, mas sim parte de sua biografia. É interessante que se formos analisar bem veremos que a biografia de Ernest Hemingway está presente em praticamente todos os enredos de seus romances. De certa maneira todos os seus escritos eram autobiografias romanceadas. Aqui, por exemplo, o jornalista acaba se apaixonando por uma enfermeira durante um conflito militar. Ora, basta ler obras como "Adeus às Armas" para compreender que é justamente a mesma coisa, a mesma história. Já do ponto de vista cinematográfico o que posso dizer desse filme é que ele é sim interessante, tem boa produção e até mesmo uma boa dupla de protagonistas. Seu maior problema talvez seja seu ritmo que em determinados momentos se torna arrastado em demasia. Mesmo assim não precisa se preocupar pois o filme como um todo é no mínimo uma boa diversão romântica.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Crime na Casa Branca

Título no Brasil: Crime na Casa Branca
Título Original: Murder at 1600
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Dwight H. Little
Roteiro: Wayne Beach, David Hodgin
Elenco: Wesley Snipes, Diane Lane, Daniel Benzali
  
Sinopse:
Harlan Regis (Wesley Snipes) é um investigador que acaba descobrindo que algo muito sério aconteceu quando uma jovem mulher foi encontrada morta em um dos banheiros da Casa Branca. Regins tem quase certeza que o assassinato foi encoberto por agentes do serviço secreto. Contando com o apoio da agente Nina Chance (Diane Lane), ele descobre que a morte tem algo a ver com um figurão do alto escalão do governo.

Comentários:
Esse roteiro foi escrito originalmente para ser estrelado por Bruce Willis, que no último momento desistiu do projeto. Assim a Warner escalou Wesley Snipes. Algo que acabou dando certo pois a fita, como produto de ação, é bem interessante. Na época de lançamento original alguns críticos americanos chamaram a atenção para o fato do roteiro ser muito parecido com "Poder Absoluto" de Clint Eastwood, lançado no mesmo ano. De fato há semelhanças, mas o filme de Clint Eastwood tinha uma outra pegada, uma proposta diferente. Nesse "Crime na Casa Branca" a intenção é realmente investir na ação e na trama, colocando em primeiro plano a desconfiança sempre presente do homem comum para com políticos em geral (geralmente vistos como desonestos, corruptos e sempre escondendo alguma coisa do povo), uma visão que existe em todo o mundo (e não apenas no Brasil). O diretor Dwight H. Little (que havia dirigido filmes tão diferentes como "Rajada de Fogo" e "Free Willy 2 - A Aventura Continua" acabou realizando uma fita competente, sem muita pretensão, que acabou encontrando seu público no mercado de vídeo, uma vez que a carreira comercial do filme nos cinemas foi bem modesto. Lançado no Brasil ocupou poucas salas e acabou saindo rapidamente de cartaz. Já em VHS acabou se tornando finalmente um sucesso diante do público.

Pablo Aluísio.

Sexta-Feira 13 - Parte 9

Título no Brasil: Sexta-Feira 13 Parte 9 - Jason Vai Para O Inferno - A Última Sexta-Feira
Título Original: Jason Goes to Hell - The Final Friday
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Adam Marcus
Roteiro: Jay Huguely, Adam Marcus
Elenco: John D. LeMay, Kari Keegan, Kane Hodder
  
Sinopse:
O segredo sobre os poderes diábolicos de Jason é enfim revelado. Ele seria o último descendente de uma longa linhagem de familiares malditos, que nunca poderiam ser mortos, mesmo usando de todos os meios de matança possível. Agora tudo está preparado para o último grande duelo de sua existência macabra. Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards nas categorias de Melhor Atriz (Kari Keegan) e Melhor Ator Coadjuvante (Steven Williams).

Comentários:
Como hoje é Sexta-Feira 13 vale a lembrança desse nono filme da franquia do psicopata Jason Voorhees. Todo mundo já sabia que lá pela sétima ou oitava fita tudo já havia virado uma mera caricatura sem muita noção. A Paramount tinha esse nome comercial de sucesso e assim lançava uma nova sequência de tempos em tempos. Os filmes eram baratos e lucrativos. O problema é que começaram a ser também constrangedores. De qualquer maneira, mesmo nos piores momentos, a Paramount conseguiu manter um padrão ao menos digno de qualidade, afinal não iria sujar seu nome em troca do lucro fácil. No começo dos anos 1990 a Paramount então decidiu passar os direitos da franquia em frente e a New Line comprou os direitos autorais sobre Jason. Era de se esperar que fosse realizado algo melhor porém o resultado do que vemos aqui é realmente de se lamentar. Usando das novas tecnologias digitais a New Line acabou produzindo um terror boboca, sem novidades e completamente derivativo. Uma sátira sobre si mesmo. Nem a presença de Sean S. Cunningham na produção salvou o filme do desastre completo. Para piorar nem sequer foi o último Sexta-Feira 13 como prometia o sub-título, pois resolveram avacalhar de vez com a franquia no pavoroso (no mal sentido) "Jason X". Em suma, esqueça esse momento menor e vergonhoso de um dos personagens mais conhecidos da mitologia do terror no cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de julho de 2016

O Agente da U.N.C.L.E.

Título no Brasil: O Agente da U.N.C.L.E.
Título Original: The Man from U.N.C.L.E.
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Guy Ritchie, Lionel Wigram
Elenco: Henry Cavill, Hugh Grant, Armie Hammer, Alicia Vikander, Jared Harris
  
Sinopse:
Napoleon Solo (Henry Cavill) é um ladrão de joias internacional que acaba sendo pego pela CIA. Como ele parece ter uma aptidão incomum para certos "serviços" a agência de inteligência americana acaba o recrutando para trabalhar como agente. Uma de suas primeiras missões é atravessar a cortina de ferro para trazer até o lado ocidental uma peça chave no mundo da espionagem. Concluído o objetivo, ele então é designado para uma nova missão: rastrear um grupo que pretende construir uma arma nuclear. Ao seu lado ele conta com o apoio do agente da KGB, o russo Illya Kuryakin (Armie Hammer). Filme premiado pela San Diego Film Critics Society Awards e International Film Music Critics Award.

Comentários:
A série "O Agente da UNCLE." foi muito popular durante a década de 1960. O programa ficou no ar por quatro anos (de 1964 a 1968), durou quatro temporadas e conseguiu formar uma legião de fãs em seu lançamento. Também pudera, a série foi exibida no auge da guerra fria, quando russos e americanos disputavam um acirrado duelo de espionagem. De certa forma é um produto da época e por isso fez sucesso. Assim ficou um pouco fora de tempo essa nova adaptação para o cinema. O diretor Guy Ritchie obviamente realizou um filme bem feito, com ótima reconstituição de época e um roteiro até bem escrito. A trilha sonora incidental também é ótima. A questão é que os jovens de hoje em dia parecem pouco interessados no tema. Nem a tentativa de modernizar certos aspectos da produção - como o uso de bons efeitos especiais - conseguiu salvar o filme de ser muito mediano, sem novidades, com excesso de clichês cinematográficos em cada cena. Há o uso de uma fina ironia, uma tentativa de tornar tudo mais divertido (e que existia também na série original), mas o resultado é muito sem graça. As tais "piadinhas" só servem para tornar tudo ainda mais cansativo. Em termos de elenco o filme é estrelado pelo Superman, ou melhor dizendo, pelo ator Henry Cavill. Seu personagem no passado foi interpretado pelo ator Robert Vaughn que considerava esse o papel de sua vida (e era mesmo!). Com Cavill a coisa toda ficou meio chata, sem carisma, sem vida. Um Clark Kent antipático. Melhor se sai seu parceiro, Armie Hammer, que dá vida ao agente russo. Ele só não rouba o filme totalmente porque seu personagem é limitado pela própria trama. Então é isso. Um filme que não se destaca muito, que tenta ser comercial, moderno demais. Essa talvez seja a razão porque as coisas não deram tão certo como era esperado.

Pablo Aluísio.

Um Ato de Coragem

Título no Brasil: Um Ato de Coragem
Título Original: John Q
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: James Kearns
Elenco: Denzel Washington, Robert Duvall, Ray Liotta, James Woods, Anne Heche, Gabriela Oltean
  
Sinopse:
Após a internação de seu filho com problemas cardíacos, John Q. Archibald (Denzel Washington) entra em desespero ao perceber que não tem condições financeiras de pagar por seu tratamento. O garoto precisa urgentemente de uma cirurgião de transplante de coração, mas o plano de saúde pago por John não cobre esse tipo de procedimento. Tampouco ele tem o dinheiro necessário para tanto. Sem pensar racionalmente ele então decide fazer todos de reféns no hospital, para que algo seja feito e seu filho seja salvo da morte. Filme indicado aos prêmios BET Awards, Black Reel Awards, BMI Film & TV Awards e Political Film Society.

Comentários:
Os fins justificam os meios? O roteiro desse filme retoma esse tipo de pergunta de uma maneira, digamos, inovadora. Qual seria o grau de culpa de um pai que comete um crime para salvar a vida de seu próprio filho? A questão também lida com os problemas relacionados à saúde nos Estados Unidos. Ao contrário de países europeus, onde há saúde pública bancada pelo Estado para os mais pobres, nos Estados Unidos ela praticamente inexiste. Ou você tem um bom plano de saúde para cobrir os gastos de alguma emergência médica ou então morrerá sem assistência alguma. Para piorar os procedimentos médicos são extremamente caros, deixando grande parte da população sem qualquer tipo de apoio nesse sentido. Denzel Washington que sempre foi um ator bem interessado em questões sociais fez o filme justamente para trazer à tona esse tipo de debate e questionamento. De quebra também deu aos espectadores de cinema que só queriam realmente se divertir um bom filme, com excelente timing de tensão e suspense. Realmente um bom momento na carreira de Denzel que ainda contou com dois ótimos atores como coadjuvantes: Robert Duvall (interpretando um veterano negociador da polícia) e Ray Liotta (como o chefe de polícia que deseja resolver tudo da forma mais rápida e violenta possível). Se ainda não viu não deixe de conferir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Jogos Mortais 4

Título no Brasil: Jogos Mortais 4
Título Original: Saw IV
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Patrick Melton, Marcus Dunstan
Elenco: Tobin Bell, Scott Patterson, Costas Mandylor
  
Sinopse:
Dois agentes do FBI são designados para ajudar o detetive Hoffman (Costas Mandylor) a descobrir os próximos passos do psicopata assassino Jigsaw. Um policial está morto e todos querem colocar as mãos no criminoso infame. O problema é que o próprio comandante da corporação, Rigg (Lyriq Bent), acaba sendo sequestrado. Assim os policiais só terão 90 minutos para salvar sua vida em um novo jogo mortal. Filme vencedor do Golden Trailer Awards na categoria Filmes de Terror.

Comentários:
Em relação à franquia de terror "Saw" não há muitas novidades de uma sequência para outra. O primeiro filme acabou determinando praticamente o roteiro de todos os demais, com pequenas e pontuais alterações. Basicamente a estrutura desses roteiros seguem a mesma premissa básica, um grupo de pessoas, jovens em sua preferência, que acabam caindo em jogos mortais elaborados e montados por Jigsaw (Tobin Bell), ou melhor dizendo John Kramer. Ele é um psicopata que transforma a tortura e a morte sangrenta em uma verdadeira obra de arte macabra. O problema é que Jigsaw está morto e a série lucrativa de filmes não, o que dá margem a mais e mais armadilhas pelo meio do caminho. De qualquer maneira o diretor Darren Lynn Bousman acabou sendo um dos mais constantes dentro da série (ele dirigiu as sequências de números 2, 3 e 4) o que de certa forma deu uma coesão ao que vinha se desenrolando dentro da franquia. Além disso caprichou nos ambientes onde os jogos se desenvolvem, com uma bonita e bem elaborada manipulação de cores fortes nos ambientes onde tudo acontece. Fora isso essa quarta continuação segue na média do que vinha sendo apresentado a cada ano. Pelo visto Jigsaw não parecia mesmo disposto a dar adeus.

Pablo Aluísio.