sexta-feira, 15 de julho de 2016

Contos Assombrosos

Título no Brasil: Contos Assombrosos
Título Original: Amazing Stories
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment, Universal Television
Direção: Steven Spielberg, Joshua Brand, John Falsey
Roteiro: Joshua Brand, John Falsey
Elenco: Kevin Costner, Charles Durning, Dom DeLuise, Christopher Lloyd
  
Sinopse:
Fita com três episódios da série "Amazing Stories" entre elas "Pilot" onde Kevin Costner interpretava um piloto da Segunda Guerra Mundial e "Professor B.O. Beanes" onde o ator Christopher Lloyd interpretava um professor sádico que literalmente perdia sua cabeça. Por fim em "The Mummy" um dublê de filmes de terror passava por apuros ao ter que sair rapidamente do set de filmagens para encontrar sua esposa no hospital onde ela estava tendo seu filho. Muita diversão e humor com a marca registrada de Steven Spielberg, em seu auge na carreira.

Comentários:
Vamos voltar um pouquinho aos anos 80? Naquela década não existia internet, nem TV a cabo e nem muito menos o mundo digital que conhecemos hoje em dia. A maioria das séries americanas não passavam na TV aberta brasileira (que era a única que existia). Por isso algumas fitas VHS (lembra delas?) chegavam ao nosso mercado com episódios dessas mesmas séries. Uma delas era especialmente interessante porque era produzida pelo genial Steven Spielberg. Assim por volta de 1986 o selo CIC começou a lançar episódios de "Amazing Stories" com o título de "Contos Assombrosos". Na primeira fita tínhamos 3 deles. No primeiro o astro Kevin Costner interpretava um piloto da força aérea americana que se via numa situação absurda: o trem de pouso de seu avião era destruído pelos inimigos! Sem ter como pousar ele acaba sendo abençoado por uma solução mágica! (só vendo para crer). Outro episódio trazia Christopher Lloyd (o cientista maluco de "De Volta Para O Futuro") em outro conto com muito realismo (nem tanto) fantástico! Eram tempos muito complicados para quem era fã da sétima arte, porém havia também muita alegria em chegar numa locadora e alugar uma série americana que quase ninguém tinha visto. Bons tempos aqueles...

Pablo Aluísio.

O 13º Guerreiro

Título no Brasil: O 13º Guerreiro
Título Original: The 13th Warrior
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John McTiernan
Roteiro: Michael Crichton, William Wisher Jr
Elenco: Antonio Banderas, Diane Venora, Dennis Storhø
  
Sinopse:
No século VIII o poeta Ahmed Ibn Fahdlan (Antonio Banderas) é enviado para terras distantes após se envolver com uma mulher errada, devidamente comprometida com outro homem, poderoso e influente. Nessa terra do norte acaba entrando em contato com os povos de origem Viking. Lá acaba sendo arrastado por uma velha profecia que dizia haver 13 homens guerreiros escolhidos para vencer um terrível mal que se abate sobre aquela comunidade. Filme indicado ao International Film Music Critics Award na categoria de Melhor Trilha Sonora incidental (Jerry Goldsmith).

Comentários:
O filme foi dirigido pelo competente diretor de ação John McTiernan, a estória é baseada em livro escrito por Michael Crichton e o elenco liderado pelo carismático ator Antonio Banderas, mas nada disso ajuda. O filme simplesmente não funciona. A culpa? Talvez tenha faltado uma melhor adaptação em termos de roteiro. Falando de maneira bem simples e direta: "The 13th Warrior" é simplesmente chato! Isso mesmo, parece óbvio, mas é a verdade. O espectador fica logo aborrecido com o roteiro que surge muito truncado, sem desenvolvimento, sem atração. Com isso tudo acaba ruindo. Os figurinos são interessantes, porém a fotografia - extremamente cinzenta e escura - mais atrapalha do que ajuda. A tese que o roteiro também tenta defender - a de que os povos do oriente eram superiores aos europeus brutos e selvagens da época também soa fora do bom senso. Pura propaganda ideológica moura (para usar uma expressão antiga). Em termos de bilheteria o filme naufragou. Todo filmado em belas paisagens do Canadá com orçamento generoso de 85 milhões de dólares não conseguiu recuperar o investimento nos cinemas e nem tampouco no mercado de vídeo depois. Assim não sobrou realmente muita coisa para celebrar. O filme é no final das contas apenas mal sucedido, tanto em termos de qualidade cinematográfica como comerciais. Bola fora medieval.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

As Aventuras de Tintim

Título no Brasil: As Aventuras de Tintim
Título Original: The Adventures of Tintin
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Moffat, Edgar Wright
Elenco: Jamie Bell, Andy Serkis, Daniel Craig
  
Sinopse:
O garoto Tintim acaba descobrindo o segredo de um tesouro maravilhoso ao mexer em um velho navio em forma de maquete. A descoberta abre as portas para uma grande aventura, onde ele, ao lado de seus amigos, parte para terras distantes com o objetivo de descobrir onde está localizado o tesouro! Adaptação para o cinema do famoso personagem dos quadrinhos Tintim, criado pelo cartunista Hergé em ""The Adventures of Tintin". Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora (John Williams). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Animação. 

Comentários:
Durante muitos anos se especulou quando o famoso personagem dos quadrinhos Tintim iria estrear nos cinemas. Quando Steven Spielberg comprou os direitos todos sabiam de antemão que viria algo muito bom pela frente. A decepção porém começou quando o diretor anunciou que o filme seria realizado de forma virtual, não com atores em carne e osso, mas sim em um processo moderno de captação de movimentos em estúdio para recriação em computação gráfica. Em minha opinião essa foi a pior das decisões. Até mesmo se Spielberg tivesse optado por uma versão em animação tradicional - que recriasse os traços imortais de Hergé - as coisas teriam sido melhores. Não que o filme seja mal realizado, muito longe disso, pois a produção é um primor técnico, mas o uso de uma forma que acabou não agradando aos velhos fãs de Tintim (basicamente os únicos que ainda existem, pois o personagem não é muito popular entre os mais jovens) acabou deixando todo mundo meio frustrado. Assim ficou-se com uma impressão ruim, de algo muito artificial, sem vida e sem carisma. O que era para ser o primeiro filme de uma franquia acabou ficando pelo meio do caminho, justamente pelo uso errado de uma linguagem cinematográfica que no fundo ninguém realmente queria ver.

Pablo Aluísio.

No Amor e na Guerra

Título no Brasil: No Amor e na Guerra
Título Original: In Love and War
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: Henry S. Villard, James Nagel
Elenco: Sandra Bullock, Chris O'Donnell, Mackenzie Astin
  
Sinopse:
O jovem jornalista americano Ernest Hemingway (Chris O'Donnell) é enviado para a Itália para trabalhar como motorista de ambulância durante a I Guerra Mundial. Lá acaba conhecendo a enfermeira Agnes von Kurowsky (Sandra Bullock) e fica apaixonado por sua coragem e doçura. O amor, que parece tão perfeito, porém terá que passar por um trágico destino. Filme indicado ao Urso de Ouro do festival de Berlim.

Comentários:
Os livros do escritor Ernest Hemingway são considerados verdadeiras obras primas da literatura. Vários deles foram adaptados para o cinema. Nessa produção aqui o diretor Richard Attenborough (de "Gandhi", um cineasta de que gosto muito) resolveu contar não as estórias do livro de seu autor, mas sim parte de sua biografia. É interessante que se formos analisar bem veremos que a biografia de Ernest Hemingway está presente em praticamente todos os enredos de seus romances. De certa maneira todos os seus escritos eram autobiografias romanceadas. Aqui, por exemplo, o jornalista acaba se apaixonando por uma enfermeira durante um conflito militar. Ora, basta ler obras como "Adeus às Armas" para compreender que é justamente a mesma coisa, a mesma história. Já do ponto de vista cinematográfico o que posso dizer desse filme é que ele é sim interessante, tem boa produção e até mesmo uma boa dupla de protagonistas. Seu maior problema talvez seja seu ritmo que em determinados momentos se torna arrastado em demasia. Mesmo assim não precisa se preocupar pois o filme como um todo é no mínimo uma boa diversão romântica.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Crime na Casa Branca

Título no Brasil: Crime na Casa Branca
Título Original: Murder at 1600
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Dwight H. Little
Roteiro: Wayne Beach, David Hodgin
Elenco: Wesley Snipes, Diane Lane, Daniel Benzali
  
Sinopse:
Harlan Regis (Wesley Snipes) é um investigador que acaba descobrindo que algo muito sério aconteceu quando uma jovem mulher foi encontrada morta em um dos banheiros da Casa Branca. Regins tem quase certeza que o assassinato foi encoberto por agentes do serviço secreto. Contando com o apoio da agente Nina Chance (Diane Lane), ele descobre que a morte tem algo a ver com um figurão do alto escalão do governo.

Comentários:
Esse roteiro foi escrito originalmente para ser estrelado por Bruce Willis, que no último momento desistiu do projeto. Assim a Warner escalou Wesley Snipes. Algo que acabou dando certo pois a fita, como produto de ação, é bem interessante. Na época de lançamento original alguns críticos americanos chamaram a atenção para o fato do roteiro ser muito parecido com "Poder Absoluto" de Clint Eastwood, lançado no mesmo ano. De fato há semelhanças, mas o filme de Clint Eastwood tinha uma outra pegada, uma proposta diferente. Nesse "Crime na Casa Branca" a intenção é realmente investir na ação e na trama, colocando em primeiro plano a desconfiança sempre presente do homem comum para com políticos em geral (geralmente vistos como desonestos, corruptos e sempre escondendo alguma coisa do povo), uma visão que existe em todo o mundo (e não apenas no Brasil). O diretor Dwight H. Little (que havia dirigido filmes tão diferentes como "Rajada de Fogo" e "Free Willy 2 - A Aventura Continua" acabou realizando uma fita competente, sem muita pretensão, que acabou encontrando seu público no mercado de vídeo, uma vez que a carreira comercial do filme nos cinemas foi bem modesto. Lançado no Brasil ocupou poucas salas e acabou saindo rapidamente de cartaz. Já em VHS acabou se tornando finalmente um sucesso diante do público.

Pablo Aluísio.

Sexta-Feira 13 - Parte 9

Título no Brasil: Sexta-Feira 13 Parte 9 - Jason Vai Para O Inferno - A Última Sexta-Feira
Título Original: Jason Goes to Hell - The Final Friday
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Adam Marcus
Roteiro: Jay Huguely, Adam Marcus
Elenco: John D. LeMay, Kari Keegan, Kane Hodder
  
Sinopse:
O segredo sobre os poderes diábolicos de Jason é enfim revelado. Ele seria o último descendente de uma longa linhagem de familiares malditos, que nunca poderiam ser mortos, mesmo usando de todos os meios de matança possível. Agora tudo está preparado para o último grande duelo de sua existência macabra. Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards nas categorias de Melhor Atriz (Kari Keegan) e Melhor Ator Coadjuvante (Steven Williams).

Comentários:
Como hoje é Sexta-Feira 13 vale a lembrança desse nono filme da franquia do psicopata Jason Voorhees. Todo mundo já sabia que lá pela sétima ou oitava fita tudo já havia virado uma mera caricatura sem muita noção. A Paramount tinha esse nome comercial de sucesso e assim lançava uma nova sequência de tempos em tempos. Os filmes eram baratos e lucrativos. O problema é que começaram a ser também constrangedores. De qualquer maneira, mesmo nos piores momentos, a Paramount conseguiu manter um padrão ao menos digno de qualidade, afinal não iria sujar seu nome em troca do lucro fácil. No começo dos anos 1990 a Paramount então decidiu passar os direitos da franquia em frente e a New Line comprou os direitos autorais sobre Jason. Era de se esperar que fosse realizado algo melhor porém o resultado do que vemos aqui é realmente de se lamentar. Usando das novas tecnologias digitais a New Line acabou produzindo um terror boboca, sem novidades e completamente derivativo. Uma sátira sobre si mesmo. Nem a presença de Sean S. Cunningham na produção salvou o filme do desastre completo. Para piorar nem sequer foi o último Sexta-Feira 13 como prometia o sub-título, pois resolveram avacalhar de vez com a franquia no pavoroso (no mal sentido) "Jason X". Em suma, esqueça esse momento menor e vergonhoso de um dos personagens mais conhecidos da mitologia do terror no cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de julho de 2016

O Agente da U.N.C.L.E.

Título no Brasil: O Agente da U.N.C.L.E.
Título Original: The Man from U.N.C.L.E.
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Guy Ritchie, Lionel Wigram
Elenco: Henry Cavill, Hugh Grant, Armie Hammer, Alicia Vikander, Jared Harris
  
Sinopse:
Napoleon Solo (Henry Cavill) é um ladrão de joias internacional que acaba sendo pego pela CIA. Como ele parece ter uma aptidão incomum para certos "serviços" a agência de inteligência americana acaba o recrutando para trabalhar como agente. Uma de suas primeiras missões é atravessar a cortina de ferro para trazer até o lado ocidental uma peça chave no mundo da espionagem. Concluído o objetivo, ele então é designado para uma nova missão: rastrear um grupo que pretende construir uma arma nuclear. Ao seu lado ele conta com o apoio do agente da KGB, o russo Illya Kuryakin (Armie Hammer). Filme premiado pela San Diego Film Critics Society Awards e International Film Music Critics Award.

Comentários:
A série "O Agente da UNCLE." foi muito popular durante a década de 1960. O programa ficou no ar por quatro anos (de 1964 a 1968), durou quatro temporadas e conseguiu formar uma legião de fãs em seu lançamento. Também pudera, a série foi exibida no auge da guerra fria, quando russos e americanos disputavam um acirrado duelo de espionagem. De certa forma é um produto da época e por isso fez sucesso. Assim ficou um pouco fora de tempo essa nova adaptação para o cinema. O diretor Guy Ritchie obviamente realizou um filme bem feito, com ótima reconstituição de época e um roteiro até bem escrito. A trilha sonora incidental também é ótima. A questão é que os jovens de hoje em dia parecem pouco interessados no tema. Nem a tentativa de modernizar certos aspectos da produção - como o uso de bons efeitos especiais - conseguiu salvar o filme de ser muito mediano, sem novidades, com excesso de clichês cinematográficos em cada cena. Há o uso de uma fina ironia, uma tentativa de tornar tudo mais divertido (e que existia também na série original), mas o resultado é muito sem graça. As tais "piadinhas" só servem para tornar tudo ainda mais cansativo. Em termos de elenco o filme é estrelado pelo Superman, ou melhor dizendo, pelo ator Henry Cavill. Seu personagem no passado foi interpretado pelo ator Robert Vaughn que considerava esse o papel de sua vida (e era mesmo!). Com Cavill a coisa toda ficou meio chata, sem carisma, sem vida. Um Clark Kent antipático. Melhor se sai seu parceiro, Armie Hammer, que dá vida ao agente russo. Ele só não rouba o filme totalmente porque seu personagem é limitado pela própria trama. Então é isso. Um filme que não se destaca muito, que tenta ser comercial, moderno demais. Essa talvez seja a razão porque as coisas não deram tão certo como era esperado.

Pablo Aluísio.

Um Ato de Coragem

Título no Brasil: Um Ato de Coragem
Título Original: John Q
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: James Kearns
Elenco: Denzel Washington, Robert Duvall, Ray Liotta, James Woods, Anne Heche, Gabriela Oltean
  
Sinopse:
Após a internação de seu filho com problemas cardíacos, John Q. Archibald (Denzel Washington) entra em desespero ao perceber que não tem condições financeiras de pagar por seu tratamento. O garoto precisa urgentemente de uma cirurgião de transplante de coração, mas o plano de saúde pago por John não cobre esse tipo de procedimento. Tampouco ele tem o dinheiro necessário para tanto. Sem pensar racionalmente ele então decide fazer todos de reféns no hospital, para que algo seja feito e seu filho seja salvo da morte. Filme indicado aos prêmios BET Awards, Black Reel Awards, BMI Film & TV Awards e Political Film Society.

Comentários:
Os fins justificam os meios? O roteiro desse filme retoma esse tipo de pergunta de uma maneira, digamos, inovadora. Qual seria o grau de culpa de um pai que comete um crime para salvar a vida de seu próprio filho? A questão também lida com os problemas relacionados à saúde nos Estados Unidos. Ao contrário de países europeus, onde há saúde pública bancada pelo Estado para os mais pobres, nos Estados Unidos ela praticamente inexiste. Ou você tem um bom plano de saúde para cobrir os gastos de alguma emergência médica ou então morrerá sem assistência alguma. Para piorar os procedimentos médicos são extremamente caros, deixando grande parte da população sem qualquer tipo de apoio nesse sentido. Denzel Washington que sempre foi um ator bem interessado em questões sociais fez o filme justamente para trazer à tona esse tipo de debate e questionamento. De quebra também deu aos espectadores de cinema que só queriam realmente se divertir um bom filme, com excelente timing de tensão e suspense. Realmente um bom momento na carreira de Denzel que ainda contou com dois ótimos atores como coadjuvantes: Robert Duvall (interpretando um veterano negociador da polícia) e Ray Liotta (como o chefe de polícia que deseja resolver tudo da forma mais rápida e violenta possível). Se ainda não viu não deixe de conferir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Jogos Mortais 4

Título no Brasil: Jogos Mortais 4
Título Original: Saw IV
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Patrick Melton, Marcus Dunstan
Elenco: Tobin Bell, Scott Patterson, Costas Mandylor
  
Sinopse:
Dois agentes do FBI são designados para ajudar o detetive Hoffman (Costas Mandylor) a descobrir os próximos passos do psicopata assassino Jigsaw. Um policial está morto e todos querem colocar as mãos no criminoso infame. O problema é que o próprio comandante da corporação, Rigg (Lyriq Bent), acaba sendo sequestrado. Assim os policiais só terão 90 minutos para salvar sua vida em um novo jogo mortal. Filme vencedor do Golden Trailer Awards na categoria Filmes de Terror.

Comentários:
Em relação à franquia de terror "Saw" não há muitas novidades de uma sequência para outra. O primeiro filme acabou determinando praticamente o roteiro de todos os demais, com pequenas e pontuais alterações. Basicamente a estrutura desses roteiros seguem a mesma premissa básica, um grupo de pessoas, jovens em sua preferência, que acabam caindo em jogos mortais elaborados e montados por Jigsaw (Tobin Bell), ou melhor dizendo John Kramer. Ele é um psicopata que transforma a tortura e a morte sangrenta em uma verdadeira obra de arte macabra. O problema é que Jigsaw está morto e a série lucrativa de filmes não, o que dá margem a mais e mais armadilhas pelo meio do caminho. De qualquer maneira o diretor Darren Lynn Bousman acabou sendo um dos mais constantes dentro da série (ele dirigiu as sequências de números 2, 3 e 4) o que de certa forma deu uma coesão ao que vinha se desenrolando dentro da franquia. Além disso caprichou nos ambientes onde os jogos se desenvolvem, com uma bonita e bem elaborada manipulação de cores fortes nos ambientes onde tudo acontece. Fora isso essa quarta continuação segue na média do que vinha sendo apresentado a cada ano. Pelo visto Jigsaw não parecia mesmo disposto a dar adeus.

Pablo Aluísio.

A Quadrilha dos Renegados

Título no Brasil: A Quadrilha dos Renegados
Título Original: Fort Utah
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Steve Fisher, Andrew Craddock
Elenco: John Ireland, Virginia Mayo, Scott Brady, John Russell
  
Sinopse:
O ator John Ireland interpreta um ex-pistoleiro que está tentando recomeçar sua vida. Durante uma de suas jornadas pelos desertos do velho oeste ele acaba encontrando um grupo de passageiros de um trem atacado por índios. Juntos eles vão para um velho forte abandonado da cavalaria americana, enquanto tentam sobreviver a novos ataques de um grupo de guerreiros selvagens, que desejam matar todos os homens brancos que encontrarem pela frente. Além disso uma quadrilha de renegados chega na região, procurando dominar as terras daquele lugar inóspito e hostil. 

Comentários:
Um bom faroeste da Paramount Pictures que hoje em dia anda meio esquecido. Um dos bons destaques do roteiro é o desenvolvimento que tenta fazer de cada personagem em cena. Tom Horn, interpretado por John Ireland, é um pistoleiro veterano em busca de alguma saída. John Russell é Eli Jonas, um agente de viagens e guia que tenta sobreviver ao caos. Robert Strauss dá vida ao personagem Ben Stokes, um encarregado do governo para lidar com os problemas da causa nativa na região e Virginia Mayo (sempre muito bonita) interpreta Linda Lee, uma corista e dançarina, de passado obscuro, cheio de segredos que ela não deseja que sejam revelados. Esse foi o último western de Mayo que já estava com 46 anos de idade na época, prestes a deixar a carreira de atriz. Todos acabam encurralados no Forte Utah, esperando pela chegada da cavalaria que nunca vem... Já o vilão se chama Dajin (Scott Brady), o líder dos renegados que aproveitam as guerras indígenas para dominar as vastas terras daquela região. O diretor Lesley Selander tentou fazer um filme ao estilo dos grandes faroestes do passado, mas no final só conseguiu realmente produzir um western na média, o que não significa que seja ruim. É apenas de rotina. Diverte, mas nada muito surpreendente.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de julho de 2016

O Predador

Título no Brasil: O Predador
Título Original: Predator
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John McTiernan
Roteiro: Jim Thomas, John Thomas
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Carl Weathers, Kevin Peter Hall
  
Sinopse:
Grupo de militares americanos liderados pelo Coronel Dutch (Arnold Schwarzenegger) chegam para uma missão numa floresta tropical da América Central. Aos poucos eles vão percebendo que algo completamente sinistro e misterioso se esconde entre a mata fechada da região. Depois de um breve encontro todos tomam ciência da existência de um ser que não parece ser desse mundo. Pior do que isso, a estranha criatura parece caçar cada um dos membros da expedição, usando seus restos mortais como troféus em sua caçada mortal. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Stan Winston).

Comentários:
No auge dos filmes estrelados por brucutus violentos dos anos 80 surgiu essa ótima aventura na selva que misturava ação, violência e ficção. O protagonista nem era o famoso Arnold Schwarzenegger que ganhou uma pequena fortuna para estrelar o filme, mas sim um ser vindo do espaço, literalmente um predador de homens, de seres humanos. Agora imagine colocar esse alienígena caçador ao lado de um grupo de mercenários fortemente armados, bem no meio de uma selva tropical. Realmente algo promissor para quem adora esse tipo de filme. E de fato "Predator" foi um marco, não apenas em termos de bilheteria (o filme fez muito sucesso em seu lançamento) como também no resgate de um tipo de diversão que andava esquecida desde os anos 50, com seus extraterrestres malvados, que usavam sua tecnologia de ponta para subjugar os terráqueos. Rever o filme hoje em dia dá grande nostalgia, não apenas de ver um filme como esse, com a cara dos 80´s, como também da constatação de que John McTiernan já foi um diretor dos mais brilhantes que o cinema de ação americano já produziu. Enfim, ótima diversão, para ver e rever quantas vezes você quiser. O primeiro de uma franquia que daria muito ainda o que falar.

Pablo Aluísio.

O Soldado da Rainha

Título no Brasil: O Soldado da Rainha
Título Original: Pony Soldier
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joseph M. Newman
Roteiro: John C. Higgins, Garnett Weston
Elenco: Tyrone Power, Cameron Mitchell, Thomas Gomez, Penny Edwards
  
Sinopse:
Duncan MacDonald (Tyrone Power) é um soldado da guarda montada do Canadá que acaba se envolvendo no rapto de um casal de americanos por nativos da tribo Creek. Eles foram raptados durante um ataque à caravana em que viajavam. Os guerreiros mataram seus familiares e os levaram como prisioneiros até o Canadá. Inicialmente MacDonald deseja resolver tudo de forma diplomática, se entendendo com o chefe da tribo, mas guerreiros rivais como Konah (Cameron Mitchell), não aceitam negociar com o homem branco que considera invasor e ladrão de suas terras. Assim arma-se um conflito, com Duncan tentando a todo custo salvar a vida daquelas pessoas enquanto alguns membros da tribo querem que ele seja morto.

Comentários:
Não é muito comum assistir a um western cujo protagonista é um canadense. Geralmente em filmes de faroeste com guerreiros Indígenas temos a cavalaria americana no outro lado da balança. Outro aspecto que chama a atenção é que o filme não se propõe a ter muita ação ou combates entre brancos e índios. Ao invés disso se concentra nas negociações entre o personagem de Powell e o chefe tribal conhecido como Urso Erguido (Stuart Randall). Só na cena final realmente temos mais ação com o soldado canadense Duncan enfrentando o guerreiro Konah numa luta de facas à beira do precipício. Até isso acontecer porém se desenrola uma trama até amena, com o homem branco tendo aos poucos conhecimento dos costumes, tradições e rituais daqueles povos nativos. A simpatia do roteiro com os índios chega ao ponto até de sugerir a adoção de um garotinho da tribo por MacDonald. Em termos de elenco além do destaque de ter o galã Tyrone Power interpretando um soldado canadense da fronteira há ainda um ótimo ator em cena: Thomas Gomez. Ele interpreta Natayo Smith, um mestiço que acompanha MacDonald em sua jornada. Servindo muitas vezes como alívio cômico, Gomez (que não era mexicano como muitos pensavam na época, mas sim americano de Nova Iorque), acaba roubando o show com seu personagem, ora sendo um sujeitinho esperto, fazendo o papel de bom malandro sempre em busca de boas barganhas com os canadenses, ora servindo como um apoio importante para que o protagonista entenda como se relacionar com aqueles nativos selvagens. Em suma, um bom faroeste, diferente, curto (pouco mais de 70 minutos de duração) e que nunca chega a entediar o espectador. Vale bastante como diversão.  

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de julho de 2016

Filhos do Silêncio

Título no Brasil: Filhos do Silêncio
Título Original: Children of a Lesser God
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Randa Haines
Roteiro: Mark Medoff, Hesper Anderson
Elenco: William Hurt, Marlee Matlin, Piper Laurie
  
Sinopse:
Baseado na peça teatral escrita por Mark Medoff, o drama "Filhos do Silêncio" narra o relacionamento entre o professor James Leeds (William Hurt) e sua aluna com necessidades especiais Sarah Norman (Marlee Matlin). A jovem é surda, tem muitos problemas de contato social com outras pessoas e carrega traumas que a martirizam muito do ponto de vista psicológico. Aos poucos porém o professor consegue vencer várias barreiras, se tornando muito próximo dela. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Marlee Matlin). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (William Hurt), Melhor Atriz Coadjuvante (Piper Laurie) e Melhor Roteiro Adaptado.

Comentários:
Esse filme foi derrotado no Oscar de Melhor Filme para "Platoon". Sempre achei isso uma injustiça. Embora o filme de Oliver Stone fosse muito bom o fato é que essa produção tinha um propósito bem maior, mais relevante, explorando em sua história as dificuldades de uma jovem com problemas de surdez. A atriz Marlee Matlin, que é deficiente auditiva na vida real, teve o desempenho de sua vida, numa interpretação que lhe valeu o Oscar. Foi mais do que merecido. Ela consegue passar inúmeras emoções e sentimentos sem precisar para isso usar de diálogos ou falas. Apenas usa suas expressões faciais, sua linguagem corporal e suas habilidades de empatia com o público. Há um aspecto em seu passado que sempre a atormentou e ela leva isso para o complexo relacionamento que desenvolve com seu próprio professor. Em suma, um enredo muito bonito, tocante e humano. Certamente vai tocar fundo nas pessoas mais sensíveis, mais sentimentais. É um dos melhores dramas dos anos 80 que de quebra ainda trouxe uma afirmação positiva sobre a vida de pessoas com algum tipo de deficiência física. Todos são humanos, todos sentem e sofrem, como qualquer outra pessoa. Esse é certamente o mais importante legado dessa bela mensagem em forma de obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.

Tubarão

Título no Brasil: Tubarão
Título Original: Jaws
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb
Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss
  
Sinopse:
Baseado no livro de Peter Benchley, "Tubarão" conta as terríveis consequências que se abatam sobre uma região costeira quando vários banhistas passam a ser atacados por um enorme e feroz tubarão branco. Para caçar e destruir o monstro se unem um marinheiro experiente, um cientista marinho e um xerife linha dura. Os três tentarão destruir a ameaça em alto-mar. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Som, Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora (John Williams). Também indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Comentários:
Hoje em dia filmes de terror com tubarões estão saturados e banalizados. Algo que não existia quando Spielberg lançou "Jaws" em 1975. Foi seu primeiro grande sucesso de bilheteria e de certo modo foi a produção que o transformou no verdadeiro Rei Midas do cinema americano. Depois de "Tubarão" Spielberg se tornou o cineasta mais bem sucedido da história de Hollywood, colecionando um sucesso atrás do outro. O curioso é que ninguém poderia prever algo assim durante as conturbadas e confusas filmagens. Para criar o Tubarão do título o estúdio providenciou uma geringonça mecânica que vivia quebrando. Sem contar com o ferro velho Spielberg precisou inovar e isso contribuiu ainda mais para o suspense do filme. No final a fita caiu nas graças do público e virou, para muitos, o primeiro blockbuster (filmes denominados de arrasa-quarteirão por causa das grandes filas formadas nas portas dos cinemas). Claro que o tempo cobra o seu preço e revisto hoje em dia "Jaws" já não assusta mais como antes. A única coisa que se manteve firme foi a trilha sonora, com ótimo tema musical composto pela mestre John Williams. Todo o resto está realmente e inegavelmente muito datado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Batman vs Superman

Título no Brasil: Batman vs Superman - A Origem da Justiça
Título Original: Batman v Superman - Dawn of Justice
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Chris Terrio, David S. Goyer
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter
  
Sinopse:
O vilão Lex Luthor (Jesse Eisenberg) resolve utilizar a nave kriptoniana destruída no primeiro filme para trazer de volta à vida uma criatura de imenso poder e força que passa a ser chamada de Apocalypse. Para neutralizar a ameaça dos super-heróis Batman (Affleck) e Superman (Cavill) ele então joga um contra o outro, numa guerra de disputas entre eles. Enquanto os dois heróis acertam suas contas, Lex começa a trazer o caos e a destruição para o mundo.

Comentários:
Para revitalizar duas franquias de uma vez só a Warner Bros e a DC Comics lançaram nesse ano o filme "Batman vs Superman - A Origem da Justiça". O roteiro, seguindo os passos dos quadrinhos, procura ser o mais simples possível, sem muitos exageros ou dramas secundárias desnecessárias. Esse é um dos pontos mais positivos do filme que ainda conta com um belo visual e dezenas de novidades para os fãs dos super-heróis mais populares da DC. Aliás é bom que se diga que muitos outros virão, como o próprio enredo mostra. De maneira em geral é um filme muito bem realizado, mas que não conseguiu se tornar uma unanimidade. Na verdade houve uma certa reclamação generalizada em relação ao que se viu nas telas de cinema. Penso que isso foi decorrente da massiva campanha publicitária que foi realizada. Quando a propaganda se torna demais a decepção do público tende a ser proporcional, na mesma moeda. Como eu não caio mais nesse tipo de marketing procurei ler e ouvir as primeiras reações ao filme - que foram bem azedas. Assim deixei tudo mesmo em baixas expectativas, o que talvez explique o fato de que tenha gostado do filme de uma maneira em geral. Inclusive assisti à versão estendida com mais de três horas de duração e apesar do excesso de tempo jamais fiquei aborrecido ou entediado, demonstrando que o filme tem sim sua força e seus méritos cinematográficos. O único porém que poderia citar vem de duas escolhas que acredito tenham sido equivocadas por parte dos produtores. A primeira foi colocar o jovem Jesse Eisenberg para interpretar o vilão Lex. A falta de sincronia com o personagem acabou desvirtuando suas características. O outro erro foi escalar Ben Affleck como Batman. Todos sabem que ele é fraco, sem talento como ator. A sorte é que como o filme é dividido entre dois heróis até que os danos não foram tão ruins. Então é isso. Temos aqui uma boa diversão, muita movimentação e um roteiro que em sua simplicidade mais ajuda do que atrapalha, o que convenhamos já está de bom tamanho.

Pablo Aluísio.