segunda-feira, 13 de junho de 2016

Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal

Título no Brasil: Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal
Título Original: Midnight in the Garden of Good and Evil
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: John Lee Hancock
Elenco: John Cusack, Kevin Spacey, Jude Law, Jack Thompson
  
Sinopse:
John Kelso (John Cusack) é um jornalista com muitos anos de profissão. Meio a contragosto ele é designado para cobrir as festas de fim de ano do magnata Jim Williams (Kevin Spacey). A matéria jornalística, como se pode ver, não iria fugir das banalidades sobre a vida social de gente rica e famosa, mas acaba tomando rumos inesperados quando Billy Hanson (Jude Law), um homossexual, é encontrado morto!

Comentários:
Filme que anda injustamente esquecido. É um dos melhores trabalhos de direção do astro Clint Eastwood que aqui se absteve de atuar para apenas dirigir. Sua grande felicidade foi ter escolhido um elenco de primeira, valorizado por ótimas atuações de atores como Kevin Spacey e John Cusack. Até mesmo Jude Law se sobressaiu e olha que nem o considero um intérprete tão especial assim como os demais. Como era de esperar houve quem reclamasse da adaptação para o cinema do livro escrito pelo autor John Berendt. Como bem explicou Eastwood na época de lançamento do filme não se pode esperar uma adaptação cem por cento fiel ao livro simplesmente porque se trata de um filme, sendo cinema, uma linguagem narrativa bem diferente das páginas de um livro. Mudanças são essenciais e inevitáveis. Como nunca li o livro original isso pouco importou. Como puro cinema esse "Midnight in the Garden of Good and Evil" é seguramente um ótimo filme. Dei nota quase máxima quando o vi pela primeira vez e em nada mudei minha opinião mesmo após tantos anos. É certamente uma pequena obra prima do mestre Clint Eastwood. Filme premiado pela Society of Texas Film Critics Awards na categoria de Melhor Ator (Kevin Spacey).

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de junho de 2016

Anjos da Noite 3 - A Rebelião

Título no Brasil: Anjos da Noite 3 - A Rebelião
Título Original: Underworld - Rise of the Lycans
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Patrick Tatopoulos
Roteiro: Danny McBride, Dirk Blackman
Elenco: Kate Beckinsale, Bill Nighy, Rhona Mitra, Michael Sheen
  
Sinopse:
Em um passado distante uma dinastia de vampiros aristocráticos mantém sob correntes os lycans (lobisomens) até que um deles começa uma verdadeira rebelião contra o que considera a escravidão de sua raça, dando origem a uma verdadeira guerra entre os dois monstros mitológicos do terror. Terceiro filme da franquia "Anjos da Noite" (Underworld).

Comentários:
Apesar de não ser muito fã dessa série "Underworld" eu tive a oportunidade de conferir esse terceiro filme nos cinemas. É um dos mais interessantes porque tem uma estória própria, quase como se fosse um prequel cinematográfico dos filmes anteriores. A atriz Kate Beckinsale, apesar de estar presente no material promocional e ter seu nome como chamariz de bilheteria, nem participa muito da trama. Na verdade os verdadeiros protagonistas são o aristocrático Viktor (Bill Nighy), a exótica Sonja (interpretada pela bonita e sensual atriz Rhona Mitra) e o selvagem Lucian (Michael Sheen, sempre interessante e esforçado em cena). Eles formam o núcleo central dos acontecimentos que levaram os lobisomens a se rebelarem contra a dominação dos vampiros. Criados como bestas e animais selvagens eles dão seu grito de liberdade, dando começo a uma insana guerra entre eles e os seres vampirescos. A direção ficou a cargo do francês Patrick Tatopoulos, aqui em seu primeiro trabalho importante como cineasta. Ele já havia trabalhado antes no primeiro filme como o responsável pela equipe técnica de efeitos especiais. Na direção acabou até mesmo surpreendendo. Em suma, um bom exemplar da franquia "Underworld" que pode até mesmo ser assistido sem os demais pois, como já afirmei, seu enredo é bem independente dos outros filmes da franquia.

Pablo Aluísio.

O Sobrevivente

Título no Brasil: O Sobrevivente
Título Original: Rescue Dawn
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Werner Herzog
Roteiro: Werner Herzog
Elenco: Christian Bale, Steve Zahn, Jeremy Davies
  
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme mostra a captura do piloto americano Dieter Dengler (Christian Bale) por forças inimigas durante a Guerra do Vietnã. Durante uma missão sobre o Laos, país vizinho ao Vietnã, seu avião foi abatido. Nas mãos dos vietcongues ele começa a sofrer todo tipo de torturas e violências enquanto tenta sobreviver em um campo de prisioneiros. Filme indicado ao Independent Spirit Awards.

Comentários:
Christian Bale se notabilizou em sua carreira pela entrega aos seus personagens. Para interpretar o piloto americano Dieter Dengler ele embarcou em uma dieta que quase custou sua vida. Para parecer magérrimo no filme, trazendo realismo ao seu trabalho de atuação, Bale perdeu muitos quilos, que depois lhe custaram bastante em termos de saúde. Além disso resolveu encarar cenas asquerosas, como aquela em que come (de verdade) uma largarta típica da região. Algo realmente de revirar o estômago de qualquer um que assista ao filme. Além de Bale outro bom motivo para se conferir esse filme é o trabalho do diretor alemão Werner Herzog. Durante décadas ele realizou filmes corajosos, quase ao estilo guerrilha cinematográfica como os sempre lembrados "Fitzcarraldo", "O Enigma de Kaspar Hauser" e "Aguirre, a Cólera dos Deuses" e de repente surge com essa produção Made in USA, em um grande estúdio de Hollywood, algo que nunca foi muito comum em sua fimografia. O resultado é muito bom, embora é bom salientar que a tônica do filme nem é tanto em relação a ação ou cenas de combates, mas sim no drama vivido pelo piloto Dieter Dengler, explorando bem a forma desumana como os prisioneiros de guerra eram tratados naquela distante guerra no sudeste asiático. Como denúncia certamente a fita funciona muito bem.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de junho de 2016

A Família Savage

Título no Brasil: A Família Savage
Título Original: The Savages
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Tamara Jenkins
Roteiro: Tamara Jenkins
Elenco: Laura Linney, Philip Seymour Hoffman, Philip Bosco
  
Sinopse:
Wendy (Laura Linney) e Jon (Philip Seymour Hoffman) são dois irmãos que precisam lidar com uma situação mais do que complicada. Seu velho pai está senil, praticamente demente, e eles precisam tomar uma decisão sobre interná-lo ou não em um asilo. Como era de se esperar o problema desperta velhos traumas, antigas lembranças amargas, que só faz tornar tudo ainda mais sofrido e amargo. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz (Laura Linney) e Melhor Roteiro Original (Tamara Jenkins).

Comentários:
É realmente algo a se lamentar bastante a morte precoce do ator Philip Seymour Hoffman. Eu sempre o considerei um dos mais talentosos de sua geração. Ele faleceu em 2014, vítima de uma overdose de drogas. Tudo muito trágico. Uma boa oportunidade agora de rever seu trabalho vem nesse excelente drama familiar "The Savages". O roteiro com toques autobiográficos da diretora e roteirista Tamara Jenkins mostra dois irmãos precisando solucionar o terrível problema de como lidar com um pai com problemas de demência, após a morte de sua segunda esposa. Eles tiveram uma educação distante e até mesmo negligente por parte dele e agora precisam tomar a melhor decisão sobre ele, como por exemplo, o internar em um asilo de velhos. O personagem de Hoffman é a de um sujeito torturado, com seus próprios problemas pessoais, pois não consegue nunca terminar o livro que seria o mais importante de sua vida. Sua irmã Wendy não é melhor resolvida, cheia de traumas da infância e adolescência. Ao ter que lidar com seu pai tudo parece voltar, inclusive os anos de um passado bem distante. É um excelente drama, também muito triste por mostrar uma realidade que atinge muitas famílias. Assim se você se identifica de alguma forma com essa estória não deixe de assistir. Provavelmente aprenderá uma bela lição de vida.

Pablo Aluísio.

O Retorno de John Henry

Aqui vai uma boa dica para quem gosta de western. O filme se chama "Forsaken" (ainda sem título em português). Foi lançado nesse ano e conta com pai e filho nos papéis principais. Donald Sutherland é o pai, um reverendo de uma pequena cidade do velho oeste. Sua esposa está morta e isso faz com que seu filho, interpretado por Kiefer Sutherland, retorne depois de décadas sem pisar no rancho de seu pai. Ele foi embora para lutar na guerra civil, mas depois do fim do conflito resolveu cruzar o oeste como pistoleiro. Os anos passam e agora ele está de volta. Decidido a abandonar as armas para sempre com a intenção de recomeçar sua vida, tudo acaba saindo do planejado após ele perceber que há uma quadrilha agindo na cidade. Intimidando os fazendeiros locais eles os ameaçam de morte caso não vendam suas terras por preços irrisórios. Quando seu pai se torna também uma vítima a figura do pistoleiro retorna e um acerto de contas sangrento começa a tomar forma.

O roteiro de "Forsaken" nem é tão original assim, na verdade ele se utiliza de velhas fórmulas que já eram comuns nos tempos de John Wayne e Randolph Scott. Isso porém não é um problema, pois ao final do filme você se sentirá plenamente satisfeito pelo que viu. Com uma duração enxuta (89 minutos) o filme tem ótima fluidez e o resultado final se mostra muito bom. Kiefer Sutherland convidou a amiga Demi Moore para interpretar seu velho amor da juventude. Ambos estavam apaixonados antes da guerra civil começar, porém o conflito os separou. Ela ainda ficou aguardando seu retorno por anos, mas como ele não parecia nunca mais voltar para casa resolveu se casar com um outro homem da região, uma pessoa que ela na verdade nem gostava muito, mas que poderia ser um bom marido. Assim deixo essa dica para você que é fã de faroestes. Um bom filme, bem produzido, com excelente elenco e um roteiro nostálgico. Tudo pareceu no lugar em uma boa fita que vai satisfazer todos aqueles que gostam desse tipo de filme.

O Retorno de John Henry (Forsaken, EUA, 2016) Direção: Jon Cassar / Roteiro: Brad Mirman / Elenco: Kiefer Sutherland, Donald Sutherland, Demi Moore, Brian Cox, Michael Wincott, Jonny Rees/ Sinopse: Após passar anos sem dar notícias, John Henry Clayton (Kiefer Sutherland) retorna para casa. Sua mãe está morta e ele deseja recomeçar sua vida ao lado de seu velho pai, o pastor William Clayton (Donald Sutherland). Durante sua ausência Henry fez fama como pistoleiro, mas agora deseja abandonar as armas, até que descobre que há uma quadrilha de facínoras aterrorizando os fazendeiros honestos da região, uma injustiça que ele não poderá deixar como está.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

John Wayne - A Primeira Vitória

John Wayne se notabilizou pelos clássicos de western que estrelou ao longo da carreira. Isso não significou que ele não tenha também brilhado em outros gêneros cinematográficos. Wayne também fez grandes filmes de guerra. Um exemplo é esse "In Harm's Way" de 1965 que no Brasil recebeu o título nacional de "A Primeira Vitória". Dirigido pelo excelente e premiado cineasta Otto Preminger e com um elenco de apoio de encher os olhos (contando com Kirk Douglas, Burgess Meredith e Henry Fonda, entre outros) o filme foi lançado para comemorar os vinte anos do fim da II Guerra Mundial.

E é justamente um dos eventos mais marcantes dessa guerra que marca a cena inicial do filme: o ataque japonês ao porto militar americano de Pearl Harbor. Até aquele momento os americanos mantinham uma postura de neutralidade em uma guerra que parecia se alastrar pelo mundo. Havia um sentimento de não se envolver na Guerra pois os americanos ainda amargavam as perdas provenientes da I Guerra Mundial. A neutralidade assim parecia ser um bom caminho a seguir. Essa posição diplomática porém não duraria muito. Sem aviso prévio e contando com um ataque surpresa arrasador a força aérea imperial japonesa arrasou a esquadra americana estacionada no Havaí. A partir daí não houve outra saída e os Estados Unidos entraram definitivamente na guerra, lutando uma feroz luta ilha a ilha no Pacífico Sul contra os japoneses.

O personagem de John Wayne é um comandante de cruzador da marinha americana chamado Rockwell 'Rock' Torrey. Durante o ataque em Pearl Harbor ele, por pura sorte, não estava ancorado no porto atacado, mas sim em alto-mar. Tentando dar uma resposta ao ataque acabou sendo encurralado por um submarino japonês. Sua manobra é considerada temerária pelo comando da marinha e ele é afastado do comando, indo parar em um serviço burocrático atrás de uma escrivaninha. Para um velho marinheiro não poderia ser pior. Seu homem de confiança, o tenente Paul Eddington (Kirk Douglas) também é colocado para escanteio.

Aproveitando sua estadia forçada em terra firme, Rock acaba resolvendo colocar alguns assuntos pessoais em dia. Procura finalmente por seu filho que não vê há anos (e que também está servindo na Marinha) e acaba tendo um caso amoroso tardio com uma enfermeira pelo qual acaba sentindo atração. Seus problemas privados porém são colocados de lado quando é chamado novamente para o comando. A guerra precisa de homens experientes e Rock acaba sendo designado para uma importante missão. O filme é longo, com quase três horas de duração, e isso se deve ao fato de que Otto Preminger priorizou o desenvolvimento de cada personagem da estória (que inspirada em fatos reais teve seu roteiro baseado no livro escrito por James Bassett). È um ótimo filme histórico de guerra, mostrando não apenas o lado combativo dos militares americanos na chamada guerra do Pacífico, como também valorizando o lado mais humano desses homens. Um clássico do cinema mais do que recomendado.

Pablo Aluísio.

Kirk Douglas - A Primeira Vitória

Finalizando minhas impressões sobre esse clássico de guerra chamado "In Harm's Way" (A Primeira Vitória, no Brasil) eu gostaria de tecer alguns comentários sobre o personagem interpretado por Kirk Douglas. O oficial Paul Eddington é um ótimo militar da Marinha americana, profissional confiável, porém em sua vida pessoal parece só fazer escolhas erradas. A primeira cena do filme mostra sua jovem esposa dançando em um cocktail oferecido a marinheiros. Desinibida, na beira da piscina, ela protagoniza um pequeno escândalo. Detalhe: enquanto ela dança e se diverte com aqueles homens seu marido está em alto-mar, enfrentando os inimigos do país, algo que causa grande desconforto nos demais militares presentes naquela noite.

Quando começa o ataque a Pearl Harbor ela acaba morrendo numa estrada. Isso faz com que Eddington fique devastado. Ele não era feliz no casamento, sua jovem esposa, muitos anos mais jovem, não lhe dava o devido respeito e nem parecia gostar muito dele, mas a sua morte prematura torna sua lembrança praticamente imaculada. Depois disso o Capitão começa a ter um comportamento bem fora dos padrões o que o levará à cena crucial quando resolve estuprar uma jovem enfermeira que também está no Havaí durante a II Guerra Mundial. A garota vindo do interior acaba sendo agarrada na praia e violentada. Essa cena, forte sob muitos aspectos, também é bem incômoda quando descobrimos que o próprio Kirk Douglas foi acusado de ter estuprado a atriz Natalie Wood nos anos 50. Isso foi bem antes da realização dessa cena o que me faz pensar que Kirk quis dar sua resposta na tela, atuando em algo que certamente seria bem comentado nos bastidores de Hollywood.

Depois disso, como numa espécie de redenção moral, o roteiro o coloca numa missão suicida, onde ele deixa bem claro que não está muito disposto a voltar para a base para enfrentar uma corte marcial. O diretor Otto Preminger acabou ficando numa encruzilhada pois não poderia dar um final feliz a um estuprador no enredo, nem mesmo se ele fosse interpretado pelo astro Kirk Douglas. John Wayne, interpretando seu oficial superior, certamente o puniria e isso fica bem claro depois que ele descobre que seu subordinado está morto. Perguntado se ele daria seu nome para a recomendação de uma medalha de honra, a sua resposta é um taxativo "não"!

Por fim, vale também destacar a grande cena final do filme. O clímax é a reconstituição de uma batalha real ocorrida no Pacífico Sul entre a Marinha americana e a japonesa. Os japoneses contavam com o colossal Yamato, de 72 mil toneladas. Esse navio era considerado uma das joias do poderio naval militar japonês. O comandante interpretado por John Wayne é o responsável em destruir essa armada dos mares. No saldo final, apesar de todas as baixas, ele acaba vencendo, o que foi considerado na época a primeira vitória americana sobre o Japão no Pacífico.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos

Ir ao cinema hoje em dia tem se tornado um exercício de paciência. Quando não há filmes adaptados de quadrinhos em cartaz, há produções como essa que são destinadas ao mesmo público, só que usando outras fontes de cultura pop para adaptar ao cinema. Esse universo de "Warcraft" é muito conhecido do público ligado em RPG e games. Muito comercial, "Warcraft" já virou algo bem complexo e desenvolvido em seu nicho. Trazer algo assim para o cinema exigia uma certa simplificação. Foi justamente isso que o diretor Duncan Jones fez. Ele traz um enredo básico, que qualquer pessoa pode acompanhar. Você não precisa ser conhecedor das estórias para acompanhar.

Basicamente o que temos aqui é a invasão dos reinos humanos pelos Orcs, figuras criadas totalmente pela computação gráfica, com dentes de javali e força bruta. Falou em Orc eu tenho certeza que você lembrou de "O Senhor dos Anéis", a imortal obra de J.R.R. Tolkien. É bem por aí mesmo. Aquele tipo de universo de fantasia, com várias raças diferentes, magia e monstros.

Claro que "Warcraft" não passa de um subproduto da obra de Tolkien, mas mesmo assim está valendo pela pura e simples diversão. Tecnicamente achei o filme bem realizado. As criaturas - com destaque para os Orcs - são bem feitas e até mesmo convincentes. A parte de efeitos especiais só se perde um pouco mesmo durante as batalhas quando há muitos personagens juntos lutando. Nesses momentos o filme ficou com jeitão de videogame, mas não penso que o público que acompanhe esse universo vá reclamar de algo assim.

Por falar em criar ambientes virtuais próprios, essa é justamente a especialidade do cineasta Duncan Jones. Ele já havia trabalhado em algo parecido em seus filmes anteriores como "Lunar" (muito bom, merece ser redescoberto) e "Contra o Tempo" (bem bolada ficção estrelada pelo ator Jake Gyllenhaal). Aqui ele tem a primeira oportunidade de dirigir um filme com grande orçamento e pretensão de ser uma nova franquia blockbuster. Aliás fica claro no desfecho desse filme que é justamente essa a intenção dos produtores. Não há propriamente um clímax, ficando praticamente tudo em aberto para as sequências que poderão vir ou não, dependendo da bilheteria desse primeiro. Eu particularmente penso que haverá continuações, não tão bem sucedidas como "O Hobbit" ou até mesmo "O Senhor dos Anéis", mas pelo andar da carruagem esse certamente será o pontapé inicial de uma nova trilogia de fantasia. É esperar para ver.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Warcraft

Título no Brasil: Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos
Título Original: Warcraft
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Legendary Pictures
Direção: Duncan Jones
Roteiro: Duncan Jones, Charles Leavitt
Elenco: Travis Fimmel, Paula Patton, Ben Foster
  
Sinopse:
Após a destruição de seu mundo, os Orcs liderados por um feiticeiro maligno resolvem atravessar um portal mágico para invadir os reinos dos humanos em Azeroth, Eles planejam aniquilar todos os reinos dos homens, para tomar suas terras e seus territórios. O Rei e o Guardião Medivh (Ben Foster) então se unem para destruir a nova ameaça contra seus vastos domínios.

Comentários:
Esse universo "Warcraft" é bem amplo, indo desde livros de RPGs, romances, livros, games a álbuns de figurinhas. A inspiração é até bem óbvia, nos fazendo lembrar imediatamente dos livros de J.R.R.Tolkien (de "O Senhor dos Anéis), passando pelos mundos de "Dungeons & Dragons" e "Warhammer". É um universo de fantasia, com raças diversas (Orcs, Homens, Elfos e Anões) brigando entre si por poder e territórios. O roteiro explora tanto as intrigas e motivações dentro dos Orcs, como dos humanos. Há assim protagonistas de ambos os lados. É de se admirar que algo assim tão popular no universo nerd ainda não tivesse ganho sua adaptação para o cinema. De maneira em geral é uma produção realmente muito bem realizada (mais de cem milhões de dólares foram gastos em sua realização), com farto uso de computação gráfica. Por falar em efeitos especiais pouca coisa do que você verá em cena é real. Praticamente tudo é virtual, principalmente em relação aos Orcs (que parecem javalis brutamontes selvagens). Por essa razão muitos críticos reclamaram, afirmando que o filme mais parecia um videogame turbinado do que qualquer outra coisa. Resta saber se o público jovem vai encarar esse tipo de crítica como algo positivo ou negativo. Para uma geração que cresceu jogando games não vejo como alguém que sempre fez parte desse universo irá reclamar. E se você não conhece nada de "Warcraft" também não precisa se preocupar muito. O roteiro é simples, de fácil acesso. Pode até se tornar uma boa diversão se você aprecia esse tipo de filme mais voltado para a fantasia à la J.R.R.Tolkien, mas claro sem o conteúdo e a complexidade desse autor. Como entretenimento puro está valendo.

Pablo Aluísio.

O Reino Proibido

Título no Brasil: O Reino Proibido
Título Original: The Forbidden Kingdom
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Entertainment
Direção: Rob Minkoff
Roteiro: John Fusco
Elenco: Jackie Chan, Jet Li, Michael Angarano
  
Sinopse:
Jason Tripitikas (Michael Angarano), um jovem americano comum, encontra um velho artefato, numa loja de Chinatown. É um cajado que teria pertencido ao Rei Macaco, mestre em artes marciais. De posse desse objeto ele acaba sendo transportado para um novo universo, onde viverá grandes aventuras em um reino proibido no oriente próximo. Lá entra em contato com um novo mundo, onde clãs lutam entre si pelo poder supremo. Filme indicado ao Teen Choice Awards nas categorias de Melhor Filme de Ação.

Comentários:
Um filme com Jackie Chan e Jet Li já seria motivo suficiente para atrair a atenção dos fãs de filmes de lutas marciais orientais. Infelizmente esse "The Forbidden Kingdom" é irregular, possuindo pontos positivos e negativos. Do lado ruim o fã terá que aguentar aquele estilo de filme mais juvenil, realizado para o público médio americano, tendo que engolir um personagem criado apenas para criar identificação com esse tipo de público. No caso se trata do jovem Jason (Angarano), que com seu jeito um tanto desajeitado (diria até mesmo meio idiota), só atrapalha o resultado final. Não consegui achá-lo nem divertido, nem carismático, nem nada. Assim sobra o trabalho pesado para a dupla Jackie Chan e Jet Li, só que eles estão um pouco à margem de tudo o que acontece. Isso prejudica. Os pontos positivos vem da boa produção, onde tudo parece ser muito bem requintado e bem produzido (principalmente cenários e coreografias) e, como não poderia deixar de existir nesse tipo de filme, também boas cenas de lutas. Não é o caso de indicar o filme para todos os tipos de público porque como já escrevi ele segue uma linha mais infanto-juvenil do estilo mais comercial. De qualquer forma, na dúvida e usando um pouco de boa vontade, arrisque-se a conferir.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro

Título no Brasil: Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro
Título Original: Mad Money
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Big City Pictures, Granada Entertainment
Direção: Callie Khouri
Roteiro: Glenn Gers, John Mister
Elenco: Diane Keaton, Queen Latifah, Katie Holmes

Sinopse:
Bridget Cardigan (Diane Keaton) é surpreendida ao saber que está prestes a perder sua confortável vida e casa, quando seu marido é demitido. Ela sai, então, em busca de um emprego. Após ter ficado anos sem trabalhar, ela consegue uma vaga no banco da reserva federal americana. Aos poucos, descobre que tem muito em comum com suas novas companheiras de trabalho.

Comentários:
Definitivamente não deu muito certo esse "Mad Money". A ideia era fazer uma comédia sobre três mulheres que resolvem fazer uma loucura para finalmente mudarem suas vidas de uma vez por todas. Obviamente o marketing da produção se apoiava completamente na presença de Katie Holmes, que de estrelinha de TV passou a celebridade por causa de seu casamento com o galã Tom Cruise. Mas ela não tem vocação para ser uma estrela de primeira grandeza, essa é a simples verdade. Até mesmo a sempre fina e elegante Diane Keaton perde a compostura nesse roteiro vulgar que fica mais adequado para a verve cômica de Queen Latifah, essa sim bem mais á vontade com a proposta do filme em si. Assim o resultado final é bem decepcionante e não vale a pena. Melhor perder tempo lendo as fofocas do casal Holmes / Cruise do que ver esse filme muito fraquinho e sem relevância.

Pablo Aluísio.

Em Qualquer Outro Lugar

Título no Brasil: Em Qualquer Outro Lugar
Título Original: Anywhere But Here
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Wayne Wang
Roteiro: Mona Simpson, Alvin Sargent
Elenco: Susan Sarandon, Natalie Portman, Bonnie Bedelia
  
Sinopse:
Adele August (Susan Sarandon) e sua filha Ann (Natalie Portman) mudam de uma cidade interiorana para a grande cidade, indo morar em um bairro novo, chique, dando origem a uma nova realidade em suas vidas. Para a mãe Adele a mudança significa um novo recomeço em sua vida, com grande potencial de futuro. Já sua filha Ann se sente deslocada, infeliz por ter deixado todos os seus amigos para trás. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Natalie Portman).

Comentários:
Um bom filme com toques de drama (e até humor) sobre as dificuldades de relacionamento entre mãe e filha. O maior interesse para os cinéfilos vem do elenco. É uma dupla muito interessante, formada pela veterana Susan Sarandon e uma ainda bem jovem Natalie Portman, aqui procurando se consolidar na carreira. Não é um exagero dizer que apesar da experiência de Sarandon ela foi superada pela jovem Portman em cena. A garota, mesmo ainda com pouca idade, já demonstrava que tinha um talento nato, diria até mesmo surpreendente. Suas emoções na realidade implodem, quando ela sai de sua vida cotidiana para uma nova realidade, novos costumes, uma nova forma de viver. Tudo valorizado pelo bom trabalho do cineasta oriental Wayne Wang. Importado de Hong Kong ele demonstra ter muito feeling para esse tipo de produção, algo que já havia demonstrado em seu filme mais conhecido, "O Clube da Felicidade e da Sorte", que também se tratava do delicado relacionamento entre mães e filhas. Vale a pena assistir, principalmente por causa do trabalho dessas atrizes, que fazem a diferença.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

X-Men: Apocalypse

Acabei indo ao cinema conferir "X-Men: Apocalypse". Eu já estou um tanto farto de adaptações de quadrinhos. Em temos de cinema americano não se fala de outra coisa ultimamente. Alguns filmes são bons, outros bem chatinhos. Esse novo "X-Men" porém me deixou bastante satisfeito. O roteiro é básico, o que não significa que seja ruim, mas sim eficiente. Um mutante chamado En Sabah Nur surge no Antigo Egito. Como possui poderes inexplicáveis para aquele povo e aquela cultura passa a ser adorado como a um Deus. Isso porém não convence a todos. Durante uma rebelião o estranho ser é finalmente soterrado por toneladas de pedra em sua grande pirâmide cerimonial.

Os séculos passam e eis que o tal mutante milenar retorna à vida. Seu grande poder é conseguir transferir sua consciência para outros corpos, o que o praticamente lhe torna imortal. Aliás ele próprio acredita ser uma divindade. A humanidade dos tempos modernos (na verdade o enredo do filme se passa na década de 1980) porém o deixa completamente enojado em seu retorno. Em sua mente doentia só há um caminho a seguir: a destruição dos fracos para que os seres ditos superiores promovam um novo recomeço para o planeta. Claro que em seus caminhos de megalomania - ele literalmente deseja dar início a um apocalipse - surgem os X-Men.

Como se trata de um filme ao estilo Prequel (onde o passado da franquia anterior é contado), todos os mutantes estão jovens e ainda inexperientes, com exceção de Wolverine (em rápida sequência com o ator Hugh Jackman, ainda se recuperando de um câncer de pele que quase acabou com sua vida e carreira). Com excelentes efeitos visuais e produção o destaque em minha opinião vai para o roteiro escrito por Bryan Singer. A estória é redondinha, sem firulas e eficiente. Quem não assistiu ao filme anterior nem precisa se preocupar (algo que não acontece, por exemplo, com os filmes dos Vingadores). Tudo tem começo, meio e fim e não há nenhum sinal de pontas soltas e a finalizar. Singer é mestre nesse tipo de adaptação.

Por fim um fato que merece pelo menos algumas observações. O vilão Apocalypse (a tal falsa divindade do Egito antigo que retorna) tem muitas similaridades com o próprio livro bíblico do apocalipse. Aliás fica óbvio desde o começo que a principal fonte desse enredo vem justamente da escritura, muito embora tudo sob um enfoque puramente pop. Ao lado de Magneto ele promove um verdadeiro caos para varrer tudo aquilo que ele considera impuro e não merecedor de continuar com sua existência. Um destruidor de mundos, literalmente. Como porém ele não é Deus, apenas pensa que é, acaba encontrando uma adversário à altura, a mutante Jean Gray (Sophie Turner) que diga-se de passagem sempre resolve no final das contas quando tudo parece estar perdido. Em suma, "X-Men: Apocalypse" é pura diversão pop. Muito competente por sinal.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de junho de 2016

Operação França

Título no Brasil: Operação França
Título Original: The French Connection
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman, Robin Moore
Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey
  
Sinopse:
O policial Jimmy "Popeye" Doyle (Hackman) resolve investigar ao lado do parceiro, Buddy Russo (Roy Scheider), um bandido pé de chinelo que começa a frequentar lugares caros de Nova Iorque. Para Doyle isso só poderia significar uma coisa: ele estaria envolvido com alguma operação criminosa onde muito dinheiro estaria na jogada. Seus instintos, que parecem nunca falhar, acabam mesmo levando ele a um traficante internacional de drogas, conhecido como Alain Charnier (Rey). Esse seria o verdadeiro elo de ligação entre um grande carregamento de heroína importada diretamente de traficantes franceses para seus comparsas em Nova Iorque.

Comentários:

Na década de 1970 o cinema americano abraçou o realismo das ruas. Não haveria mais espaço para galãs refinados ou estórias fantasiosas. O principal ingrediente para os grandes cineastas viria do dia a dia, do cotidiano sufocante das grandes cidades e sua criminalidade sempre em expansão. Assim o diretor William Friedkin (conhecido por causa de sua obra prima do terror, "O Exorcista") acabou realizando um de seus filmes mais lembrados, "The French Connection". Obviamente que revisto hoje em dia o filme já não causa mais tanto impacto, fruto do passar dos anos e dele ter sido muito copiado em centenas de filmes policiais que viriam após seu lançamento. Mesmo assim sua originalidade, principalmente em investir em personagens mais realistas, como os dois policiais protagonistas, fizeram com que ele se tornasse um grande sucesso de público e crítica em seu lançamento. O roteiro explora Popeye (Hackman) e seu parceiro (Scheider), como se fossem policiais reais, de péssimos hábitos, muitas vezes atravessando a linha dos regulamentos e da mesmo da lei. 

O tira de Hackman, por exemplo, não se preocupa em usar a violência física ou a intimidação para obter informações. Nem tampouco está preocupado em seguir à risca as normas. Ele apenas deseja colocar atrás das grades todos os criminosos que cruzam seu caminho como o sofisticado Charnier, que por fora mais parece um homem culto, amante das artes, mas que na realidade é um traficante violento e brutal com seus inimigos. O cenário dessa caçada é formado pelas próprias ruas de uma Nova Iorque em plena decadência urbana, com seus lugares sujos, repletos de prostitutas e bandidos de todos os tipos. Diante de tantos méritos cinematográficos não é de se espantar que o filme tenha sido o grande vencedor do Oscar naquele ano. Entre outros levou para casa a cobiçada estatueta de Melhor Filme, Ator (Hackman, de forma bem merecida) e Direção (mostrando que William Friedkin era um cineasta talentoso, não se resumindo apenas à garotinha possuída pelo demônio em "O Exorcista"). Assim deixo a dica desse clássico dos anos 70. Um filme policial realista, com excelente roteiro e direção. O melhor de dois mundos em apenas uma produção.

Pablo Aluísio

X-Men: Apocalipse

Título no Brasil: X-Men: Apocalipse
Título Original: X-Men: Apocalypse
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg, Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Rose Byrne, Hugh Jackman, Sophie Turner, Oscar Isaac
  
Sinopse:
Década de 1980. O professor Charles Xavier (James McAvoy) finalmente está realizando seu sonho. Ele está reunindo jovens mutantes em uma escola para que todos possam aprender, sem traumas, como lidar com seus próprios poderes. Seus planos acabam sofrendo um revés quando um mutante milenar chamado En Sabah Nur (Oscar Isaac) desperta de seu sono profundo. Adorado como um Deus no Egito Antigo ele está de volta para "purificar" a humanidade, eliminando tudo aquilo que vai contra seus planos de dominação. Seu objetivo é reconstruir a sociedade perfeita. Para isso ele está disposto a iniciar um verdadeiro apocalipse na Terra. 

Comentários:
De todos os filmes adaptados de quadrinhos esse seguramente foi o melhor que vi nesse ano de 2016. O roteiro é muito bem escrito (Bryan Singer acertou novamente) e a produção é das melhores. Fazendo um paralelo com "Capitão América: Guerra Civil", tudo o que havia de truncado naquele roteiro aqui surge com extrema fluidez. Eu sempre gosto de dizer que adaptações de super-heróis precisam ser simples, sem enrolação ou detalhes demais que só atrapalham o desenrolar da estória. Singer provavelmente sabe muito bem disso. Essa nova franquia dos X-Men na realidade é um grande prequel que conta o passado do surgimento desse grupo de seres mutantes. O primeiro filme já havia me agradado e esse aqui me deixou ainda mais satisfeito. É a tal coisa, todo grande filme inspirado em quadrinhos tem que ter como premissa básica um bom vilão para dar certo. Aqui há um que certamente é dos mais interessantes que já vi. En Sabah Nur foi provavelmente o primeiro mutante da história. No Egito Antigo ele desenvolveu a capacidade de transferir sua consciência para outro corpo. 

Isso praticamente o tornou imortal, sendo considerado um verdadeiro Deus para os egípcios da antiguidade. Soterrado durante séculos ele retorna para o mundo moderno e fica horrorizado com o que vê. A única maneira de colocar as coisas em seu devido lugar é promovendo literalmente um apocalipse para varrer da Terra tudo aquilo que ele considera errado. Para isso ele acaba se aliando com outro mutantes, entre eles o poderoso Magneto (Fassbender) que está emocionalmente destruído após a morte de sua esposa e filha. Além da trama bacana o filme ainda conta com ótimos efeitos visuais e a beleza sempre bem-vinda da atriz Jennifer Lawrence, aqui um pouquinho rechonchuda, mas ainda assim maravilhosa. Depois de tantos pontos positivos já está na hora da DC Comics pensar seriamente em contratar o sempre eficiente Bryan Singer para suas futuras adaptações para o cinema. O sujeito parece acertar sempre nas adaptações que dirige. Assim deixamos a recomendação desse divertido filme. Pode conferir sem receios, vale o ingresso certamente.

Pablo Aluísio.