domingo, 8 de novembro de 2015

Segundas Intenções

Título no Brasil: Segundas Intenções
Título Original: Cruel Intentions
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Roger Kumble
Elenco: Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe, Reese Witherspoon, Tara Reid, Joshua Jackson, Selma Blair
  
Sinopse:
A jovem adolescente Annette Hargrove (Reese Witherspoon) escreve um artigo para uma conhecida revista teen defendendo a virgindade. Ela própria escreve que pretende se casar virgem, seguindo as antigas tradições de sua família. O texto chama a atenção de dois estudantes fúteis e ricos, Sebastian Valmont (Ryan Phillippe) e Kathryn Merteuil (Sarah Michelle Gellar) que decidem se aproximar de Annette para testar suas pretensas virtudes morais. Filme premiado pelo MTV Movie Awards e Teen Choice Awards.

Comentários:
Essa história você já assistiu antes em dois filmes bem conhecidos, "Ligações Perigosas" e "Valmont". Na verdade o roteiro era mais uma adaptação do famoso romance do século XVII escrito por Choderlos de Laclos. Aquele mesmo enredo de um grupo de pessoas fúteis e ricas que resolvem colocar em teste as virtudes tão propagadas de uma jovem inocente, pura e virgem. A diferença básica de "Cruel Intentions" para as demais adaptações cinematográficas é que o diretor e roteirista Roger Kumble resolveu inovar na adaptação, não colocando os personagens em seu contexto histórico original, mas trazendo a mesma história de intrigas para os Estados Unidos dos anos 1990. Como filmes de terror e suspense dessa época estavam em moda, ele resolveu trazer o velho romance para o mundo atual, escalando um grupo de jovens atores (alguns mais parecendo modelos do que atores) para seu filme. Como se sabe os filmes de terror e suspense dos anos 1990 apostavam muito nessa fórmula, levando um grupo de estrelinhas adolescentes para estrelar as fitas. O resultado final é até muito bom. O filme ganhou elogios da crítica, o que é de se admirar para esse tipo de filme. Particularmente ainda prefiro as versões mais fiéis, com tudo sendo passado no século XVII. De qualquer forma inegavelmente essa transposição temporal até que funcionou bem, para surpresa de muitos. O sucesso foi tão surpreendente que o filme ganhou uma sequência, essa porém bem mais inferior e sem o elenco original.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de novembro de 2015

Vingadores: Era de Ultron

O filme já começa com uma grande batalha envolvendo os Vingadores. Eles estão tentando tomar posse de uma pedra, uma jóia do universo, que estava sob domínio de Loki, irmão de Thor. Após conseguirem finalmente colocar as mãos nela Tony Stark (Robert Downey Jr) resolve usar JARVIS para analisar do que se trataria realmente o misterioso artefato. Chega-se a conclusão que seria uma espécie avançada de inteligência artificial. O problema é que essa criatura que se denomina Ultron começa a ganhar poder e força. Após subjugar JARVIS ele finalmente se espalha pelo mundo virtual, usando para isso a Internet. Virtualmente impossível de ser capturado Ultron começa a desenvolver seu objetivo maior: trazer paz para a Terra. Em sua forma de pensar porém isso só será alcançado com o fim da humanidade e a criação de uma nova raça de seres superiores sem os defeitos, erros e incoerências do ser humano. Para evitar que a espécie humana seja extinta os Vingadores se unem para destruir essa perigosa ameaça ao planeta. Segundo filme da Marvel a explorar os Vingadores no cinema. Como era de esperar nessa era de grande sucesso de personagens de quadrinhos no cinema, esse segundo filme dos Vingadores se tornou um grande campeão de bilheteria. Em pouco tempo a produção alcançou o posto de sexta maior bilheteria da história do cinema com 1.32 bilhão de dólares arrecadados. É muito dinheiro realmente. Não existe atualmente nenhum outro gênero cinematográfico que tenha tanto potencial de renda. Deixando um pouco de lado esse aspecto puramente comercial temos que reconhecer que o filme como diversão e produto da cultura pop é bem eficiente. Não é uma obra de arte nem tampouco uma obra prima, mas diverte bastante. O roteirista e diretor Joss Whedon resolveu de forma inteligente não complicar algo que no fundo é até bem simples. Usando os próprios quadrinhos como referência absoluta ele escreveu um enredo que se assemelha e muito a um arco narrativo do próprio universo das revistas dos heróis Marvel. Ponto positivo, sem dúvida. De quebra explorou ainda vários detalhes do mundo dos quadrinhos na tela, como por exemplo, a Hulkbuster, uma roupa especial usada pelo Homem de Ferro para enfrentar o Hulk no mano a mano. Essa cena de luta aliás é uma das melhores sequências do filme.

Sem a necessidade, muitas vezes enfadonha, de ter que sair apresentando personagem por personagem, o roteiro teve liberdade para contar um enredo com um melhor ritmo, sem se preocupar com bobagens desnecessárias. Além disso há um ótimo vilão em cena, o Ultron. Logo que ele começou a declamar suas falas em cena eu reconheci imediatamente aquela forma singular de falar. Não poderia ser outro ator a dublar que não fosse o ótimo James Spader. A sensação inconsciente que tive foi que aquele robô havia incorporado o personagem Raymond 'Red' Reddington da série "The Blacklist". O mesmo sentimento, a mesma maneira de se expressar. Até mesmo os técnicos de efeitos especiais se empenharam em trazer os trejeitos de Spader para aquela máquina. Sinceramente essa foi para mim a melhor coisa de todo o filme. Simplesmente impagável. Em relação aos demais Vingadores temos que reconhecer que aquele velho problema de filmes com muitos protagonistas se repete aqui. Há muitos heróis para explorar ao mesmo tempo, com isso todos eles acabam sendo mal aproveitados de uma forma ou outra. No fundo a ideia de uma equipe de super heróis só funciona mesmo nas cenas de ação quando eles se unem para combater o mal, aqui corporificado em um exército de robôs controlados remotamente por Ultron. Confesso que em relação a essas mesmas máquinas não senti muita credibilidade nos efeitos digitais. Eles não reagem à gravidade, não parecem ter massa ou peso algum e deixam a sensação que estamos vendo um videogame. Em um aspecto que não poderia haver falhas o filme realmente apresenta esse defeito. Os efeitos não são tão perfeitos como era de se esperar. Para os apaixonados por quadrinhos porém isso tem pouca importância. Eles querem mesmo é ver seus personagem preferidos em carne e osso, aqui com o bônus de encontrarem pela primeira vez uma nova galeria de heróis formado por personagens como Visão, Feiticeira Escarlate e Mercúrio. Provavelmente a Marvel vá aproveitar cada um deles em futuros filmes ou séries, afinal de contas se há algo lucrativo hoje em dia no mundo do cinema essa é a adaptação de quadrinhos em série para a sétima arte. Assim deixo a recomendação, mesmo que você não seja um leitor dessas histórias a diversão certamente estará garantida.

Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron, Estados Unidos, 2015) Direção: Joss Whedon / Roteiro: Joss Whedon, baseado nos personagens criados por Stan Lee e Jack Kirby / Elenco: Robert Downey Jr., James Spader, Chris Evans, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Samuel L. Jackson, Don Cheadle, Elizabeth Olsen, Paul Bettany / Sinopse: Um novo vilão chamado Ultron (James Spader) decide destruir a humanidade para em seu lugar recomeçar a história da Terra com uma nova raça de seres evoluídos, inteligentes e racionais. Para evitar que seus planos sejam levados em frente um grupo de super-heróis que se denomina de Vingadores resolve combater essa nova ameaça. Filme indicado a vários prêmios do Australian Film Institute, Golden Trailer Awards e Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio. 

RoboCop

O primeiro RoboCop é uma pequena obra prima dos anos 80. Claro que as várias sequências, algumas bem ruins, saturaram de certa maneira o personagem. Isso porém nunca tirou o mérito original do primeiro filme. Agora com a escassez de ideias que assola Hollywood resolveu-se realizar um remake, zerando a franquia, recomeçando tudo de novo. O resultado é essa nova versão dirigida pelo brasileiro José Padilha. Como ele foi o diretor dos excelentes filmes nacionais da franquia "Tropa de Elite" eu pensei que haveria mais conteúdo e substância nessa repaginada. Afinal de contas até mesmo o filme original colocava em pauta assuntos interessantes como a força das corporações controlando o aparelho policial que deveria ficar nas mãos do Estado. Certamente haveria bom material para levar adiante.

Padilha porém não se aprofundou muito nesse aspecto. De certa maneira ele se rendeu ao sistema mais formulaico que os grandes estúdios impõe em filmes como esse. Não houve o menor espaço para Padilha ser minimamente autoral. Ele parece o tempo todo mais preocupado em ser aceito dentro da indústria americana de cinema do que desenvolver algo que venha a ser marcante. O discurso político foi devidamente varrido para debaixo do tapete, ou melhor dizendo, amenizado ao máximo. O que sobrou foi um filme de ação e violência até competente, mas que poderia ser muito mais do que realmente é. Afinal de contas qual seria a necessidade de refilmar algo que já foi tão bom sem acrescentar nada em troca? Deixando tudo isso de lado vale a pena ao menos elogiar a competência técnica que o filme apresenta e a boa atuação de Joel Kinnaman no papel principal. Um ator já bem conhecido dos fãs da série "The Killing" ele certamente surpreendeu positivamente no papel do policial Alex Murphy.

RoboCop (Estados Unidos, 2014) Direção: José Padilha / Roteiro: Joshua Zetumer, Edward Neumeier / Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton / Sinopse: Remake do clássico RoboCop de 1987. A história segue basicamente a mesma. Policial é ferido e acaba se tornando o protótipo de um novo programa que busca criar um novo tipo de homem da lei, unindo a racionalidade e a precisão de uma máquina com a consciência de um ser humano. Nasce assim RoboCop, meio homem, meio máquina, um tira total.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O Último Caçador de Bruxas

Assim que tomei conhecimento da existência desse filme e vi o nome do ator Vin Diesel no elenco já percebi que não havia muito o que esperar. Ele se especializou nesse tipo de filme sem conteúdo nenhum, vazio e baseado muitas vezes apenas em efeitos especiais e cenas de ação e nada mais. Então ver o Vin Diesel em um filme que supostamente seria de terror já causava desconfiança. Eu estava certo em todas as previsões. Realmente pouca coisa se salva nesse "O Último Caçador de Bruxas". No começo pensei se tratar de mais uma daquelas adaptações de quadrinhos, mas não era nada disso. É realmente um roteiro original. Pena que não muito interessante ou criativo. A referência mais óbvia é aquele filme "Van Helsing: O Caçador de Monstros" de 2004. Uma maneira de tentar modernizar monstros clássicos com toneladas de efeitos digitais. Bom, todo mundo sabe que aquele filme passou longe de ser bom, então... Basicamente é uma tentativa de fazer um terror baseado nas lendas envolvendo bruxas. Eu particularmente sempre fico incomodado com esse tema porque historicamente as "bruxas" não passavam de mulheres pobres, solteiras, que viviam em casebres miseráveis no meio das florestas. Como elas também tinham o hábito de criarem gatos pretos e preservar velhos costumes de antigas religiões pagãs, logo foram acusadas de serem feiticeiras! De forma triste acabaram caindo na rede de fanatismo religioso que dizimou milhares de mulheres inocentes na idade média e durante a colonização americana. Um período obscuro e triste, onde muitas foram mortas na fogueira, em uma brutalidade indescritível para os dias de hoje. Basta estudar as históricas "caças as bruxas" da inquisição protestante, principalmente na América do Norte na época da colonização, para entender que foi algo deplorável, o mais sombrio aspecto do fanatismo religioso que se teve notícia na história da humanidade. De uma maneira ou outra acabaram entrando no inconsciente coletivo. Obviamente que um filme tão vazio como esse não estaria preocupado em tratar historicamente o que aconteceu com as mulheres acusadas de bruxas no passado, mas sim partir do pressuposto de que eram bruxas mesmo, monstros a serviço do mal. Em suma, tudo uma grande bobagem.

Apesar de ser curto, o enredo desse filme é meio enrolado. Tentarei resumir da melhor maneira possível. Vin Diesel interpreta um caçador de bruxas chamado Kaulder. Ele nasceu no século XIII e após perder toda a sua família resolve se empenhar ainda mais na destruição dessas feiticeiras malignas. Durante um desses ataques ele se depara com a mais poderosa delas, tratada como a rainha por todas as demais. Essa lhe roga uma maldição: ele terá vida eterna, jamais morrerá e sofrerá muito por isso, passando os séculos remoendo as dores de seu trágico passado. O tempo passa e finalmente encontramos Kaulder nos tempos atuais. Ele continua caçando bruxas, mas agora faz parte de uma ordem religiosa secreta denominada "Machado e Cruz". Na sua luta para erradicar de vez com a magia negra no mundo ele conta sempre com a ajuda de um padre que recebe o título de Dolan. São membros da igreja designados justamente para essa função. O mais velho deles, interpretado por Michael Caine, está prestes a se aposentar. Antes que isso aconteça porém ele sofre um atentado à sua vida. Caberá a Kaulder descobrir quem matou seu antigo amigo. E isso tudo, acreditem, é apenas o começo da trama. Para não dizer que o filme só apresenta problemas e defeitos eu vou destacar dois aspectos positivos que encontrei. O primeiro vem do elenco. Além do veterano Michael Caine, que sempre vale ao menos uma espiada seja qual for o filme, temos também em cena a atriz Rose Leslie, a ruivinha guerreira Ygritte da série "Game of Thrones". Eu sempre considerei ela muito talentosa, pena que o seu personagem aqui, uma bruxinha do bem, não ajude muito. Mesmo assim ela garante os poucos e raros bons momentos do filme. Outro aspecto que merece uma certa dose de elogios é a direção de arte da produção. Tom Reta, o diretor de arte do filme, se baseou nas antigas crenças pagãs de culto à natureza para criar todo o visual estético da produção. Ficou diferente e bem interessante. Esse aspecto também passou para os efeitos especiais, todos baseados nessa premissa. Infelizmente nada disso serviu no final para salvar o filme como um todo já que inegavelmente é bem fraco realmente.

O Último Caçador de Bruxas (The Last Witch Hunter, Estados Unidos, 2015) Direção: Breck Eisner / Roteiro: Cory Goodman, Matt Sazama / Elenco: Vin Diesel, Michael Caine, Rose Leslie, Elijah Wood, Ólafur Darri Ólafsson, Julie Engelbrecht / Sinopse: Durante a idade das trevas o caçador de bruxas Kaulder (Vin Diesel) é amaldiçoado por uma feiticeira. Ele jamais morrerá, para sofrer pelos séculos seguintes a dor psicológica pela morte de toda a sua família. 800 anos depois Kaulder está em Nova Iorque, fazendo parte de uma ordem religiosa chamada "Machado e Cruz" para caçar as bruxas que ainda vivem. O que ele não esperava era reencontrar nessa altura de sua vida os velhos inimigos do passado agindo novamente nas ruas da grande cidade.

Pablo Aluísio. 

Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1

Como aconteceu com "Harry Potter" e "Crepúsculo" os produtores resolveram dividir em duas partes a conclusão de "Jogos Vorazes". Ora, se é possível lucrar duas vezes com uma mesma história não haveria mesmo outro caminho a seguir. Money Talks, como gostam de dizer os americanos. Então vamos lá de novo! Nesse filme a heroína Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é escolhida para servir como símbolo da luta da rebelião dos distritos oprimidos contra a Capital. A situação é de guerra civil. Os distritos estão em escombros após pesados bombardeiros do poder central. No meio das ruínas Katniss é levada para estrelar uma série de vídeos com o objetivo de levantar a moral dos rebeldes. Para sua surpresa seu amado Peeta Mellark (Josh Hutcherson) começa a fazer a mesma coisa, só que do lado inimigo. A partir daí começa uma verdadeira guerra de propaganda de ambos os lados, o que acaba se revelando também uma tortura psicológica para Katniss porque afinal de contas ela nunca deixou de amar Peeta, mesmo agora, quando ele definitivamente está agindo de um modo nada normal, como se realmente estivesse abraçando a causa dos opressores. Para a líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore) porém tudo é válido para tirar do poder o tirânico e ditador Presidente Snow (Donald Sutherland), agora mais cruel e violento do que nunca por causa das lutas envolvendo a população civil dos distritos. Mesmo que Katniss saia machucada emocionalmente de tudo o que está acontecendo, sua participação se torna vital no esforço de guerra. Enquanto um lado tenta destruir o outro, quem acaba sofrendo mesmo são as pessoas desarmadas e indefesas. Muitas delas ainda conseguem lutar  apenas com suas próprias mãos, mas isso acaba tornando tudo ainda mais sangrento e destrutivo.

Como era de esperar essa primeira parte de "Jogos Vorazes: A Esperança" é também bem inconclusiva. Praticamente nenhum evento tem um desfecho, ficando tudo para o fim da saga. Apesar disso há coisas interessantes no filme. A direção de arte, bem diferente dos exageros dos filmes anteriores, deixou tudo mais clean, resultando em um visual mais equilibrado e menos agressivo. Uma das coisas que me incomodou bastante nos dois primeiros filmes foi exatamente o exagero nos figurinos. cabelos e nos cenários. Tudo era de uma breguice futurista difícil de engolir. Agora tudo surge mais sóbrio. Os cenários mais lembram países como a Síria, onde cidades inteiras acabam se transformando em escombros e ruínas de prédios que foram ao chão por causa das bombas. A desilusão impera e não apenas nas imagens, mas também no psicológico da protagonista. Katniss está muito vulnerável, se revelando corajosa e firme praticamente apenas nos vídeos de propaganda. Por dentro ela parece desmoronar. Ainda bem que Jennifer Lawrence é uma boa atriz para transmitir esse furacão de emoções ao espectador, caso contrário tudo passaria despercebido. Infelizmente o filme também vai marcando o adeus do grande ator Philip Seymour Hoffman que morreu em 2014 vítima de uma overdose. Seu trabalho nem aparece muito dentro da trama, mas ele era tão talentoso que conseguia se sobressair até mesmo em personagens mais secundários como esse. Os produtores lhe prestaram uma pequena homenagem nos letreiros finais. Assim, no geral, o que temos aqui é mais uma produção sanduíche que apenas prepara tudo para a conclusão do filme seguinte. Por essa razão não espere por nada muito marcante. É um bom filme, bem produzido, com tudo nos lugares, porém realmente apresenta esse pequenino problema.

Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay - Part 1, Estados Unidos, 2014) Direção: Francis Lawrence / Roteiro:  Peter Craig, Danny Strong, baseados na obra "Mockingjay" de Suzanne Collins / Elenco: Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Stanley Tucci / Sinopse: A jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se torna um símbolo da luta contra a opressão e tirania da Capital contra todos os distritos. A líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore) resolve transformá-la numa espécie de garota propaganda da causa dos revoltosos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original ("Yellow Flicker Beat" de Joel Little e Lorde). Vencedor do MTV Movie Awards nas categorias de Melhor sequência musical e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O Hobbit: A Desolação de Smaug

Nesse fim de semana resolvi assistir aos dois últimos filmes dessa nova trilogia de Peter Jackson, "O Hobbit". O primeiro filme tive oportunidade de ver em seu lançamento. Sendo bem sincero não chegou a me empolgar completamente embora ficasse muito longe de ser ruim. Ao contrário da trilogia original de "O Senhor dos Anéis", o fato é que dessa vez Jackson não contou com um material original tão rico como da primeira vez. O livro "O Hobbit" escrito por J.R.R. Tolkien em 1937 é claramente uma obra infantil, sem a riqueza de detalhes de seus romances posteriores. Por essa razão o enredo é bem simples e sem maiores desdobramentos. Basicamente é a jornada de Bilbo Baggins e um grupo de anões em direção à montanha do antigo reino de Erebor, que marcou o auge da era de ouro daquele povo. Dentro há um imenso tesouro, inigualável dentro da Terra Média.  O problema é que essa riqueza está sendo guardada pelo dragão Smaug, que no passado causou destruição e morte por onde passou. O objetivo do hobbit não é enfrentar e matar aquele monstro, mas sim roubar uma pedra que dará ao seu dono o poder real sobre os sete reinos dos anões. Assim Bilbo, que tem fama de ser um ladrão talentoso (por mais estranho que isso possa parecer), deverá entrar na montanha tirando de lá a preciosa pedra. Com ela Thorin "Escudo de Carvalho" (Richard Armitage) pretende se tornar o senhor absoluto dos anões. No caminho eles precisam superar uma floresta milenar e sinistra, monstros, aranhas gigantes e é claro a fúria dos Orcs, que agora parecem estar sob o comando de um estranho e ainda desconhecido poder maligno, temido inclusive pelo mago Gandalf, o cinzento (Ian McKellen).

A partir daqui irei colocar spoiler, assim se você ainda não viu ao filme aconselho a não seguir o texto em frente. Pois bem, talvez o maior problema de "O Hobbit: A Desolação de Smaug" seja o fato dele ser bem inconclusivo. Tudo bem que no fundo a trilogia se trata na verdade de apenas um filme, separado em três partes, por motivos comerciais, porém deveria ter sido escolhido um critério melhor para fechar cada filme. Entenda o problema aqui. A questão é que Peter Jackson não fez um boa separação dos eventos entre as três produções. Perceba, por exemplo, que nesse roteiro temos a chegada dos anões na montanha, o enfrentamento de Smaug e sua fuga em direção ao pequeno vilarejo do lago, onde pretende se vingar da cobiça daqueles que querem roubar seus tesouros. Quando Smaug sai da montanha, Jackson resolveu terminar o filme! Teria sido bem mais lógico o diretor ter incluído o ataque da criatura no final dessa segunda sequência pois assim teríamos a conclusão dos acontecimentos principais dessa parte do livro. Ao contrário disso Peter Jackson, sabe-se lá a razão, resolveu seguir a fórmula dos velhos seriados de cinema dos anos 1930 e 1940, colocando os protagonistas em um momento final crucial, inconclusivo, de perigo e suspense, para tudo continuar e se concluir na semana seguinte, no próximo episódio. O problema é que cada filme foi lançado com intervalos anuais entre si, assim o espectador que foi assistir a essa parte 2 ficou literalmente no meio do caminho, não vendo nenhum dos eventos mostrados e desenvolvidos no filme sendo concluídos. Não resta dúvida que Peter Jackson é um grande cineasta, mas aqui ele errou, juntamente ao também roteirista, cineasta e amigo Guillermo del Toro, que também assinou o roteiro. Mesmo assim, sendo tão inconclusivo, não precisa se preocupar. É um filme tecnicamente impecável, com ótimas cenas e produção classe A. Afinal de contas Jackson pode ter se equivocada na separação dos eventos mostrados no livro de Tolkien, mas definitivamente não errou na mão ao colocar na tela todo aquele universo de fantasia e imaginação.

O Hobbit: A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug, Estados Unidos, 2013) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Peter Jackson, Guillermo del Toro, Philippa Boyens e Fran Walsh, baseados na obra "The Hobbit" de J.R.R. Tolkien / Elenco: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Cate Blanchett / Sinopse: Organizados pelo Mago Gandalf, o cinzento (Ian McKellen), o hobitt Bilbo Baggins (Martin Freeman) e um pequeno grupo de anões vão em direção à montanha de Erebor, para tentar encontrar uma preciosa pedra que trará ao seu possuidor o direito de reinar sobre todos os reinos desse povo na Terra Média. Antes de cumprir sua missão porém eles terão que passar pelo terrível dragão Smaug. Filme indicado aos Oscars de Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado ao Grammy Awards na categoria de Melhor Canção Original, "I See Fire" de Ed Sheeran.

Pablo Aluísio. 

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

Esse é o último filme da franquia "O Hobbit". Como era de se esperar traz a conclusão da história. O roteiro começa mostrando a devastação causada pelo dragão Smaug no pequeno vilarejo do lago. Como eu escrevi no texto anterior esse ataque deveria ter sido usado como clímax no filme anterior pois fecharia bem aqueles acontecimentos explorados pelo segundo filme. Esse porém não foi o caminho escolhido por Peter Jackson. Considero essa sequência a melhor de todos os filmes. Muito bem executada e dirigida, contando com excelentes efeitos especiais. O dragão Smaug é sem dúvida o melhor personagem dessa nova trilogia, por mais estranho que isso possa soar. O fato dele falar e ter uma personalidade (ressaltada pelo ótimo trabalho de interpretação de voz pelo dublador Benedict Cumberbatch) acrescentou bastante ao filme como um todo. A luta para matar a criatura mitológica é certamente empolgante. Passado essa fase parte-se então para a montanha de Erebor, já dominada pelos anões. Como foi profetizado por Smaug a posse de toda aquela riqueza começa a corroer os valores morais e éticos do agora Rei Thorin (Richard Armitage). Ele se torna mesquinho, avarento e desprezível, ao ignorar a própria promessa que havia feito aos moradores do vilarejo antes de rumar em direção à montanha. Essa parte da história foi o momento em que J.R.R. Tolkien usou para criticar a ganância e a miséria que se abatem sobre os corações dos homens quando eles se tornam ricos e poderosos. Uma metáfora muito sutil e inteligente criada para que as crianças entendam desde cedo esse lado pouco louvável da alma humana. Em relação ao filme em si não haveria como criticar muito Peter Jackson nessa altura da trilogia já que ele contou com pouco material original para trabalhar. Eu até mesmo fico bem admirado em perceber que ele fez um filme de duas horas e quarenta minutos de duração em cima de apenas algumas páginas que trazem a conclusão de "O Hobbit" na literatura.

A conclusão do livro de J.R.R. Tolkien narra apenas a batalha envolvendo Elfos, humanos, Orcs e Anões pela possibilidade de assumir o controle sobre toda a riqueza que está dentro da montanha. Tudo muito sucinto e sem maiores detalhes. Assim Peter Jackson e sua equipe de roteiristas tiveram que rebolar para criar situações e mais situações para preencher o filme como um todo. Por essa razão não espere muito em termos de argumento e roteiro de "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" pois o que basicamente se desenvolve aqui são confrontos e mais confrontos das raças da Terra Média no campo de batalha e nada muito além disso. Há também a morte de alguns personagens importantes, os sentimentos de luto e perda por eles e finalmente o retorno ao lar de Bilbo. Depois de muitos meses longe de lá ele finalmente retorna ao condado, de volta para sua vidinha de hobbit (e que Jackson aproveita para fazer uma pequena ponte com o começo da história de "O Senhor dos Anéis", fechando definitivamente o ciclo da obra de Tolkien). O filme também marca a despedida de Christopher Lee ao mundo do cinema. Após incríveis 278 filmes ele finalmente deu adeus à sétima arte em uma sequência muito boa e bem produzida que fez jus ao seu incrível trabalho por todos esses anos. Um adeus merecido a esse grande nome do cinema de fantasia. Os demais atores cujos personagens participaram da trilogia "O Senhor dos Anéis" passaram por um processo digital de rejuvenescimento com destaque para Orlando Bloom e Cate Blanchett. O efeito serve para demonstrar as incríveis possibilidades que a computação gráfica possibilita aos diretores nos dias de hoje. Então é isso, "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" passa longe de apresentar um roteiro brilhante ou algo assim, porém diverte bastante. Os fãs da obra de J.R.R. Tolkien certamente não ficarão decepcionados.

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (The Hobbit: The Battle of the Five Armies, Estados Unidos, 2014) ) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Peter Jackson, Guillermo del Toro, Philippa Boyens e Fran Walsh, baseados na obra "The Hobbit" de J.R.R. Tolkien / Elenco: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Cate Blanchett / Sinopse: Depois da morte do dragão Smaug, os anões finalmente tomam posse da montanha de Erebor. O novo Rei Thorin "Escudo de Carvalho" (Richard Armitage) porém começa a ser corroído pela avareza e ganância, algo que atinge a praticamente todos que alcançam tamanho poder e riqueza. Ele ignora as promessas que havia feito e se recusa a ajudar os humanos do vilarejo que foi destruído pelo dragão. Seus problemas porém só começaram. A montanha passa a ser alvo de Elfos e Orcs, que lutarão pelo controle dessa riqueza inimaginável. Uma guerra de proporções épicas está para começar. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som. Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A Boneca do Mal

Título no Brasil: A Boneca do Mal
Título Original: Finders Keepers
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: HFD Productions
Direção: Alexander Yellen
Roteiro: Jeffrey Schenck, Peter Sullivan
Elenco: Jaime Pressly, Patrick Muldoon, Kylie Rogers, Tobin Bell
  
Sinopse:
Alyson Simon (Jaime Pressly) é uma jornalista que após o divórcio resolve reconstruir sua vida ao lado de sua pequena filha Claire (Kylie Rogers). Para isso ela resolve mudar de cidade, comprando uma casa bem longe do ex-marido. Ela até pensa ter tido muita sorte pois acaba conseguindo comprar uma residência muito boa por um preço bem inferior ao do mercado. A razão é o passado sombrio daquela casa. O imóvel foi no passado palco de um massacre. O filho mais jovem da família que morava lá anteriormente matou todos os parentes após apresentar um surto de loucura. Quando Claire descobre uma velha boneca no piso de seu quarto, ela também começa a apresentar um estranho comportamento para desespero de sua mãe.

Comentários:
Depois do sucesso de "Annabelle" era de se esperar mesmo que filmes genéricos sobre bonecas possuídas fossem mesmo produzidos. Esse é um deles. É uma produção B, sem maiores recursos ou efeitos especiais, que procura seguir os passos daquele filme. Tudo é derivativo, mas particularmente ruim mesmo é seu roteiro, cheio de clichês e lugares comuns. A única coisa que acaba chamando a atenção é o elenco. Jaime Pressly é uma atriz veterana do mundo da TV, já tendo participado de inúmeras séries como "Jack & Jill", "My Name Is Earl" e "Jennifer Falls". Além de considerá-la atraente sempre a achei também talentosa, principalmente para comédias. Fazia tempo que a tinha visto em filmes ou séries e até me surpreendi com seu visual mais maduro! Com cabelos curtinhos, já perto dos 40 anos de idade, ela ainda é uma bela e atraente mulher. Essa combinação de olhos azuis com cabelos loiros quase nunca dá errado. Outro destaque chamará atenção do público mais antenado com filmes de terror. Tobin Bell, o ator que interpretou o assassino Jigsaw na franquia "Jogos Mortais", dá vida a um pacato psicólogo infantil que começa a tratar da filha de Alyson. Sua morte em cena é banal e se torna involuntariamente divertida e engraçada. Um dos mais famosos psicopatas da história do cinema acaba morrendo com uma tesoura enfiada nas costas... quem diria! Aliás o filme tem vários momentos em que ao invés de termos medo, acabamos segurando o riso. Em suma, nada realmente muito marcante, tudo se resumindo em um terrorzinho esquecível apenas. "A Boneca do Mal" é realmente bem fraquinho, não tem jeito.

Pablo Aluísio.

Alma Perdida

Título no Brasil: Alma Perdida
Título Original: The Unborn
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Relativity Media
Direção: David S. Goyer
Roteiro: David S. Goyer
Elenco: Odette Annable, Gary Oldman, Cam Gigandet
  
Sinopse:
Casey Beldon (Odette Annable) é uma jovem estudante, completamente normal como outras de sua idade, que começa a sofrer de pesadelos e alucinações. Ela passa a ter visões de um garotinho que ao que tudo indica é apenas um espírito errante. Com o tempo a situação vai piorando e ela busca ajuda com o rabino Rabbi Sendak (Gary Oldman). Também parte em busca de maiores informações sobre o passado de sua família e encontra toda a explicação sobre a origem daquele mal com uma senhora que vive em um asilo, Sofi Kozma (Jane Alexander). Filme premiado pelo BET Awards.

Comentários:
Em nenhum momento chega a ser um grande filme de terror, porém apresenta alguns aspectos interessantes em seu roteiro. Quando Casey começa a ter visões de um garoto ela vai até Sofi Kozma, uma idosa que vive em um asilo, que acaba explicando quem é o que seria aquela alma perdida que estaria lhe atormentando. Tudo teria começado na II Guerra Mundial quando ela e seu jovem irmão foram enviados ao campo de concentração de Auschwitz. Como eram gêmeos logo caíram nas mãos dos médicos da SS (embora seu nome não seja citado, é óbvio que se trataria de Josef Mengele e sua equipe de psicopatas). Como se sabe Mengele promoveu experiências terríveis com gêmeos e assim Sofi e seu jovem irmão foram submetidos a todos os tipos de barbaridades. O garoto morre, mas ela sobrevive. Naquele ambiente de destruição absoluta um portal é aberto e um Dybbuk teria entrado em nosso universo (No folclore judeu, um dybbuk ou dibbuk seria um espírito humano que, devido aos seus pecados pregressos, vagueia incansavelmente até que encontre refúgio no corpo de uma pessoa viva). Assim ao longo dos anos esse espírito teria perseguido os membros da família de Casey. Pena que o roteiro não tenha se preocupado em explorar mais esse tema, se contentando em apenas reforçar o sensacionalismo barato, principalmente na cena final quando temos um exorcismo diferente, baseado no Judaísmo. Os efeitos especiais são apenas esporádicos e não muito relevantes. Apenas há uma boa cena que os explora adequadamente, quando o Rabino interpretado por Oldman encontra uma estranha criatura (um cão com o rosto invertido) no altar de sua sinagoga. Fora isso o suspense se mantém em nível apenas mediano, sendo os sustos realmente escassos e bem raros. A pancadaria final, no ritual do exorcismo, é a pá de cal em um filme que preferiu as estripulias e pirotecnias de uma Hollywood comercial demais a um trabalho mais desenvolvido em cima do tema central (que inegavelmente é bem curioso).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Caçadores de Emoção

Outro sucesso de bilheteria da década de 90 foi esse ""Point Break". O roteiro mostrava um grupo de jovens assaltantes de bancos que nas horas vagas curtiam suas vidas como surfistas nas praias ensolaradas de Malibu. Johnny Utah (Keanu Reeves), um agente do FBI, era assim designado pela agência para se infiltrar entre eles com a intenção de colher provas para que todos fossem presos, mas acabava sendo seduzido pelo estilo de vida de todos aqueles supostos criminosos. Praia, sol e garotas de biquíni formavam um mundo de pura sedução. O filme foi dirigido pela cineasta Kathryn Bigelow que na época ainda era casada com James Cameron. Ele inclusive deu vários palpites e conselhos para ela, o que de certa forma se refletiu em um filme ágil, com ótima edição e cenas de ação. O roteiro era bem escrito, muito mais do que se esperaria de um típico filme de ação, além de contar com uma dupla de peso no elenco, dois nomes fortes como chamarizes de bilheteria em seu lançamento, Patrick Swayze e Keanu Reeves.

Swayze interpretava Bodhi, o típico surfista da Califórnia. Um sujeito boa praça e amigo de todos. Reeves era o tira do FBI infiltrado naquela quadrilha de roubo a bancos. Curioso é que os criminosos usavam máscaras de presidentes americanos durante os assaltos. Imagine de repente se deparar com Richard Nixon ou Ronald Reagan com uma arma apontada para você, exigindo que o cofre fosse aberto. Infelizmente esse também acabou sendo um dos poucos filmes da relativamente curta e precoce carreira de Swayze que viria a falecer muito cedo, vítima de um câncer devastador. Já Reeves segue em frente até hoje, com uma filmografia irregular, onde convivem excelentes produções e verdadeiros abacaxis. De tempos em tempos "Point Break" ganha reprises na TV aberta, porém conforme os anos vão passando elas vão também se tornando mais raras. De uma maneira ou outra vale o registro pelo menos.

Caçadores de Emoção (Point Break, Estados Unidos, 1991) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Kathryn Bigelow / Roteiro: Rick King, W. Peter Iliff / Elenco: Patrick Swayze, Keanu Reeves, Gary Busey / Sinopse: Um grupo de surfistas começam a colocar em prática uma série de bem elaborados roubos de bancos. O FBI então decide infiltrar um agente dentro da quadrilha.
 
Pablo Aluísio.

Stung

Título Original: Stung
Título no Brasil: Ainda não definido
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Rat Pack Filmproduktion, XYZ Films
Direção: Benni Diez
Roteiro: Adam Aresty
Elenco: Clifton Collins Jr., Jessica Cook, Tony de Maeyer, Lance Henriksen
  
Sinopse:
Vespas acabam sofrendo mutação após entrarem em contato com um fertilizante geneticamente modificado. Em pouco tempo os insetos aumentam absurdamente de tamanho, se tornando predadores de outras espécies. Como as mutações não param de ocorrer em pouco tempo esses assassinos voadores começam a usar corpos humanos como hospedeiros de suas crias, dando origem a verdadeiros monstros alados. Filme premiado no Fantaspoa International Fantastic Film Festival.

Comentários:
Filmes com insetos gigantes não são necessariamente originais desde a década de 1950, quando esse tipo de roteiro deu origem a dezenas de filmes trash nesse estilo. Naquela época era bem comum encontrar fitas de baixo orçamento com aranhas monstruosas e escorpiões de dez metros de altura. Aqui a bola da vez são as vespas. Logo no começo você percebe que não vai encontrar nada parecido com um bom roteiro pela frente. O diretor Benni Diez não parece preocupado em tentar enganar o espectador. Ele não quer parecer inteligente ou nada parecido com isso. O filme jamais tenta passar a impressão de que é algo que deva ser levado a sério. Ao invés disso investe em cenas absurdas que beiram o puro nonsense, fora as situações completamente batidas e clichês. As tais vespas gigantes surgem através de várias técnicas, entre elas a antiga animatronics que deixou de ser usada desde os distantes anos 1980. Ao lado dela o filme também apresenta alguns efeitos digitais até que bem realizados, mas longe de parecerem surpreendentes. Pena que o enredo seja bobo e derivativo, sem qualquer novidade e fique batendo sempre na mesma tecla. Basicamente tudo acontece em uma noite, após os convidados de uma festa no jardim de uma antiga casa serem atacados pelos tais insetos. A partir daí eles fogem do lugar e tentam se refugiar dentro da casa, sendo perseguidos pelos monstros alados. Não se tentou criar uma melhor trama por trás e nem criar qualquer tipo de profundidade psicológica para os personagens principais. Até o veterano Lance Henriksen paga mico (provavelmente estava com algumas contas atrasadas a pagar!). A "trama" então pode ser resumida numa simples frase, já que "Stung" nada mais é do que um filme sobre pessoas sendo devoradas por vespas gigantes! E isso é tudo!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Uma Ponte Longe Demais

Já faz algum tempo que estou procurando rever antigos filmes que assisti no passado. Acontece que depois de muitos anos você acaba esquecendo de praticamente todo o filme, ficando na memória apenas alguns trechos ou cenas mais importantes. Esse "Uma Ponte Longe Demais" eu assisti pela primeira vez ainda em vídeo durante a década de 1980. Ainda me recordo que se tratava de uma fita dupla, cujo a locação era praticamente o dobro do valor normal, mas que valia o sacrifício. Claro que já era hora de conferir novamente. Quando escolhi rever o filme nesse domingo à noite as únicas recordações que vinham em minha mente era de que se tratava de um dos mais clássicos filmes de guerra da história mais recente de Hollywood (produzido em 1977), que o elenco era realmente maravilhoso e que a fita tinha uma duração bem longa - quase três horas de filme no total! Mesmo assim tomei fôlego e resolvi rever. O roteiro explora curiosamente uma operação aliada durante a II Guerra Mundial que não deu muito certo. Foi a Operação Market Garden. Idealizada pelo general inglês Bernard Montgomery ela visava levar tropas para além das linhas inimigas, uma maneira de cercar as forças nazistas que estavam em movimento de retirada da França após a invasão da Normandia.

Assim foi idealizada e colocada em prática uma operação realmente gigantesca. Só para se ter uma ideia contou com milhares de aviões de guerra (inclusive planadores) e mais de 40 mil homens divididos em quatro divisões de infantaria e blindados do exército aliado. Tropas de para-quedistas foram enviadas para a retaguarda das tropas alemãs, com o objetivo de capturar pontes vitais na movimentação e abastecimento dessas tropas. Cercar para aniquliar. Asfixiar os recursos dos alemães. O plano realmente parecia muito bom, pena que uma série de imprevistos quase fez tudo se tornar em vão. As comunicações entraram em pane, evitando que o comando se comunicasse com os homens no front, o clima só atrapalhou e como se isso tudo não fosse o bastante os soldados americanos e ingleses ficaram sem comida, medicamentos e munição. Historicamente muito fiel aos acontecimentos reais, o diretor Richard Attenborough (o mesmo cineasta que dirigiu os filmes "Gandhi", "Um Grito de Liberdade" e "Chaplin") resolveu filmar um roteiro mais extenso que tenta acompanhar todos os três grandes grupos de combatentes que participaram dessa batalha. Essa tomada de decisão pode até ter deixado o filme um pouco prolixo e até mesmo confuso em certos momentos, mas nada disso acabou atrapalhando a qualidade final pois ainda considero um filme de guerra dos mais competentes.

Em termos de elenco temos uma verdadeira constelação de astros. O interessante é que dentro da estrutura do roteiro nenhum desses personagens podem ser apontados como os únicos protagonistas. Como se tratou de uma ação coletiva, que envolveu inúmeros oficiais e soldados no campo de batalha, o texto do filme também procurou privilegiar esse aspecto, sem colocar ninguém em destaque. Em uma visão mais crítica teríamos na verdade um roteiro ao estilo mosaico com uma multidão de coadjuvantes - embora todos eles sejam ao mesmo tempo também bem vitais dentro da história. Sean Connery, por exemplo, interpreta o Major General Urquhart, um veterano que acima de tudo teme pelo destino de seus homens. Com a experiência do campo de batalha ele logo percebe que aquele plano de invasão tinha realmente poucas chances de dar certo. Outro ator que pouco se destaca no elenco, apesar de ser um dos grandes astros da época, é Robert Redford. Ele leva mais de duas horas para finalmente surgir em cena. Seu personagem é designado para realizar uma missão fluvial das mais improváveis: atravessar um rio sob fogo pesado da artilharia alemã. Depois de concluída a missão ele desaparece sem maiores explicações.

Com um elenco tão bom e cheio de astros só achei equivocada a escalação de Ryan O'Neal no papel do Brigadeiro General Gavin. Ele era muito jovem para o papel, o que fez com que diversas cenas soassem estranhas e fora de nexo, principalmente quando encontrava oficiais bem mais velhos do que ele, verdadeiros veteranos, lhe pedindo conselhos de como agir no campo de batalha. Ryan com aquela cara de garoto (ele ainda era bem novo quando o filme foi realizado) não convence em nenhum momento. Bem melhor se sai o sempre ótimo Gene Hackman. Ele interpreta um oficial polaco que sofre uma série de preconceitos por causa de suas origens. Tudo levaria a crer que ele roubaria o filme quando entrasse em ação, porém ocorre um anticlímax quando os comandantes da operação resolvem deixá-lo fora de ação por quase todo o filme. Então é isso. Um filme improvável em minha opinião já que mostra um momento em que pouca coisa parecia dar certo para as forças aliadas que lutavam contra o III Reich. É até de surpreender que Hollywood tenha se interessado por essa história de fracasso militar de americanos e ingleses durante a II Guerra Mundial. O filme, por outro lado, deu mais do que certo. Um ótimo programa certamente.

Pablo Aluísio.

Uma Ponte Longe Demais

Título no Brasil: Uma Ponte Longe Demais
Título Original: A Bridge Too Far
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: William Goldman, baseado no livro de Cornelius Ryan
Elenco: Sean Connery, Ryan O'Neal, Michael Caine, Robert Redford, Gene Hackman, Anthony Hopkins, Michael Caine, Edward Fox, James Caan, Maximilian Schell, Laurence Olivier, Dirk Bogarde, Liv Ullmann, Elliott Gould.
  
Sinopse:
Setembro de 1944. II Guerra Mundial. Os principais comandantes das forças aliadas resolvem colocar em execução uma missão ousada, a Operação Market Garden. O objetivo seria colocar nas posições situadas atrás das linhas inimigas alemãs, bem na fronteira entre Holanda e Alemanha, um vasto exército de tropas especiais para-quedistas para cercar e sufocar as tropas nazistas que naquele momento estavam em um desesperado movimento de retirada da França por causa da invasão aliada na Normandia, dentro da série de ataques realizados durante o Dia D. Para o front são enviados oficiais condecorados e experientes como o Major General Urquhart (Sean Connery) e o Tenente Coronel inglês Frost (Anthony Hopkins), porém assim que pisam em território inimigo uma série de coisas começam a dar incrivelmente erradas, colocando em risco a vida de milhares de soldados aliados. Filme vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Ator Coadjuvante (Edward Fox). Também vencedor do British Society of Cinematographers na categoria de Melhor Fotografia (Geoffrey Unsworth).

Comentários:

Um épico moderno dos filmes de guerra passados na II Guerra Mundial, "A Bridge Too Far" entrou para a história do cinema por causa de seu elenco maravilhoso, cheio de grandes astros de Hollywood e da produção classe A que não poupou recursos para contar sua história. O foco do enredo se concentra na Operação Market Garden que tinha a intenção de cercar as forças nazistas que fugiam da França após o vitorioso desembarque aliado na Normandia. A intenção também era destruir todas as linhas de comunicações entre Berlim e suas tropas avançadas, destruindo pontes, estradas e vias de comunicação e abastecimento entre o coração do III Reich e seus comandados da frente ocidental. Não era uma tarefa fácil. Apesar do fato dos alemães estarem batendo em retirada a questão era que ainda tinham muito poder de fogo e combate e por essa razão assim que as botas dos soldados aliados pisaram em solo inimigo se deu início a um dos mais sangrentos episódios de toda a guerra, com batalhas travadas com muita ferocidade na luta por cada palmo de chão. O diretor Richard Attenborough quis ser o mais fiel aos acontecimentos reais e para isso não poupou esforços e nem metragem para sua obra. Embora bem completo o filme também se mostra com uma longa duração (2h49m para ser mais exato), o que de certa forma afastou grande parte do público na época.

Para quem não se importar com esse detalhe porém o filme vai se revelar uma excelente obra histórica, mostrando cada detalhe da operação, os eventos imprevisíveis e até mesmo os fatores que fizeram tudo dar tão incrivelmente errado. Há excelentes cenas de ação antes disso, inclusive uma impressionante sequência de centenas de aviões despejando os para-quedistas em solo inimigo. Uma grandiosa cena que contou inclusive com várias aeronaves da época e que ainda estavam em operação quando o filme foi realizado (algo que hoje em dia seria simplesmente impossível). O roteiro também explora várias pequenas missões envolvendo os diversos personagens do filme. Muitas dessas cenas são relativamente independentes das demais, funcionando quase como curtas dentro de um longa-metragem. Assim temos por exemplo a luta de um soldado (James Caan) em salvar a vida de um capitão dado como morto ou então a tenaz resistência de um oficial britânico (Hopkins) em manter sua posição dentro de uma cidade holandesa, mesmo diante de uma divisão de tanques alemães. Todas elas obviamente fazem parte da grande operação Market Garden, mas ao mesmo tempo contam pequenas histórias de luta e heroísmo dos combatentes anônimos que lutaram no front de guerra. Sob esse aspecto o roteiro acaba se revelando muito rico e detalhista do ponto de vista histórico, o que é uma das virtudes do filme como um todo. Assim se você estiver em busca de um bom filme sobre a II Guerra Mundial, que valorize os fatos reais e conte com um elenco realmente estelar, poucos serão tão recomendados como esse "Uma Ponte Longe Demais".

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de novembro de 2015

Lista Negra - The Blacklist - Primeira Temporada

The Blacklist 1.06 - Gina Zanetakos
Ainda se firmando "The Blacklist" vai aos poucos se tornando cada vez mais interessante. Ok, a fórmula é pouco inovadora e os episódios - que podem ser seguidos com certa independência entre eles - mostra sempre o personagem Raymond 'Red' Reddington (James Spader) ajudando a agente do FBI Elizabeth Keen (Megan Boone) a colocar as mãos em criminosos internacionais de alta periculosidade. Chamo a atenção para esse episódio em particular porque o noivo de Beth acaba virando alvo de investigações, afinal ele fora visto em lugares onde aconteciam diversos crimes. Para Reddington não resta dúvidas que ele é na verdade um espião infiltrado, embora Elizabeth Keen se recuse a acreditar inteiramente nisso. Seria uma armação de Red ou o moço é realmente envolvido em tretas internacionais? Apesar dessa trama ser até curiosa e manter a atenção o forte do episódio mesmo vai para uma nova personagem, Gina Zanetakos (interpretada pela bonita atriz russa Margarita Levieva), uma criminosa internacional que usa disfarces para trafegar bem no meio da chamada espionagem corporativa - onde empresas espionam outras empresas com o objetivo de destruir a concorrência. Bonita e perigosa, a jovem se disfarça de garota de programa para roubar informações vitais de seus clientes. Nesse episódio o objetivo dela é nada mais, nada menos, do que explodir uma "bomba suja" em plena capital dos Estados Unidos. Pena que em termos de conclusão o episódio derrape um pouco, pois os agentes do FBI resolvem contornar o problema de uma maneira nada convincente - Quem disse que uma bomba suja dentro da água não causa danos colaterais? Então é isso, "The Blacklist" ainda precisa de ajustes, mas já se torna um bom passatempo, sem dúvida. / The Blacklist - Gina Zanetakos (EUA, 2013) Direção: Adam Arkin / Roteiro: Jon Bokenkamp, Wendy West / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff, Margarita Levieva.

The Blacklist 1.07 - Frederick Barnes
Ok, vamos direto aos fatos. Nesse episódio temos um criminoso diferente. Frederick Barnes (Robert Sean Leonard) é um ex-especialista em armas biológicas que um dia resolve pedir demissão da empresa onde trabalha. Seu filho desenvolveu uma doença rara e ele tenta levantar financiamentos dentro da indústria farmacêutica para procurar por uma cura. Como se trata de uma doença com pouquíssimos casos ao redor do mundo nenhum dinheiro é dado a ele. Desolado, decide radicalizar, indo trabalhar no mercado negro onde militam todos os tipos de mercenários e terroristas. Após desaparecer por longos cinco anos, ele volta à ativa promovendo um ataque no metrô de Washington. 37 pessoas morrem. Não foi um ato gratuito pois na realidade Frederick Barnes deseja mesmo é supostamente achar a cura para seu filho, mesmo com métodos absurdos. Novamente o que segura o episódio é o estilo ultra cool de Raymond 'Red' Reddington (James Spader). Ele pouco aparece aqui, mas duas de suas participações são vitais. Numa delas ele vai até Cuba para negociar um produto radioativo raro. Os fãs de Dexter terão uma surpresa e tanto já que o vendedor é interpretado pelo ator David Zayas, sim, o sargento Angel Batista! Sua participação é pequena, mas divertida. No final vem a cereja do bolo. Reddington visita uma casa bem suburbana, ao velho estilo americano. Lá ele tem lembranças de sua família e confessa ter memórias de sua filha. Gente, como eu vinha desconfiando ele provavelmente é o pai da agente Elizabeth Keen (Megan Boone) , embora até aqui o seriado não tenha aberto o jogo completamente. Em minha opinião não há outra explicação logica para seu estranho relacionamento com a agente. Só pode ser isso (embora eu possa também estar errado, veremos). The Blacklist - Frederick Barnes (EUA, 2013) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, J.R. Orci / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.09 - Anslo Garrick
Sem dúvida um dos melhores episódios (se não for o melhor) da série "The Blacklist". No anterior, só para situar o leitor, Raymond 'Red' Reddington (James Spader) acelerou, vamos colocar nesses termos, a morte do pai da agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Isso porque ele ameçou revelar um grande segredo envolvendo Red e ela, sua suposta filha. Pois bem, depois daquele momento crucial no seriado, Red é levado sob coação para o esconderijo do FBI. Uma vez lá descobre que ele e os agentes da agência cairam em uma grande armadilha. Um terrorista internacional, Anslo Garrick (Ritchie Coster), antigo desafeto de Red, invade o lugar com forte armamento e homens com treinamento de elite. O que se segue é praticamente um massacre. Tentando sobreviver Red usa de uma de suas poucas cartas, ao se isolar na mesma cela inexpugnável para onde foi levado no episódio piloto. O problema é que junto ele leva também o agente Ressler (Diego Klattenhoff), sangrando e ferido gravemente. Do lado de fora o famigerado Garrick começa um jogo de vida e morte para que Red saia de lá. A partir daí surge um dos melhores momentos de toda a série, com muita tensão e suspense à flor da pele. Impossível não se eletrizar com tudo. Esse é na verdade apenas a primeira parte pois continua no próximo programa, desde já imperdível. / The Blacklist 1.09 - Anslo Garrick (EUA, 2013) Direção: Joe Carnahan / Roteiro: Jon Bokenkamp, Joe Carnahan / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.10 - Anslo Garrick (No. 16) - Conclusion
Conclusão da trama que começou no episódio anterior quando Anslo Garrick (Ritchie Coster) invadiu as instalações do FBI para colocar as mãos em Raymond 'Red' Reddington (James Spader). Imediatamente Red se isolou em sua antiga "cela" à prova de fugas e balas de alto calibre, o que deu início a um jogo psicológico feroz entre ele e Anslo. Pois bem, no final do episódio passado o terrorista começou a chantagear Red usando os próprios agentes do FBI como alvos - ou Reddington abria a cela ou então ele começaria a executar um por um os policiais. A pressão aumenta, porém quando chega a vez de usar Elizabeth Keen (Megan Boone) como alvo, Red se desespera e finalmente consegue a senha que abre as portas do aparato onde se encontra. Isso demonstra para Anslo que Red finalmente tem um ponto fraco que pode explorar sempre que bem entender. Uma vez nas mãos de seus algozes ele é finalmente levado para um local inóspito e ideal para uma sessão de torturas. Após ser pendurado e sofrer todos os tipos de danos físicos e psicológicos finalmente entra em cena Alan Fitch (Alan Alda) que deixa claro para Red que ele pode ser encontrado e capturado em qualquer lugar do planeta, mesmo dentro das próprias instalações do FBI. Uma prova de força para que ele não tente mais enganar esse poderoso grupo de criminosos internacionais. O desfecho desse episódio, como não poderia deixar de ser, é bem violento e sangrento. Um dos melhores momentos acontece quando Red, sob intensa tortura física e psicológica, manda um irônico "beijinho" para Anslo, mostrando que se tem um cara durão naquela sala é ele mesmo. O ator Alan Alda, de tantos filmes marcantes no cinema, faz sua primeira participação na série, mostrando que há algo muito maior embaixo das operações de Red. Na verdade tudo parece ser apenas a ponta do iceberg. Outra cena que merece menção aqui nesse episódio acontece quando Red tem um diálogo vital com Elizabeth por telefone. Ela lhe pergunta se ele é o seu pai verdadeiro (algo que já vinha mais ou menos claro nos roteiros dos episódios anteriores). Após uma breve pausa Red nega que é o seu pai biológico (será mesmo que falou a verdade? Não me convenceu para falar a verdade). No geral é isso, mais um bom episódio de "The Blacklist" que parece demonstrar que vai procurar por novos caminhos em seus roteiros daqui para frente, fugindo um pouco da fórmula que vinha sendo empregada até agora. / The Blacklist 1.10 - Anslo Garrick (No. 16) - Conclusion (EUA, 2013) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, Lukas Reiter / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff, Alan Alda.

The Blacklist 1.11 - The Good Samaritan
Depois dos acontecimentos dos dois últimos episódios era de se esperar que Raymond 'Red' Reddington (James Spader) voltasse a caminhar pelo lado mais cruel do mundo do crime. E é justamente isso que ele faz. Inicialmente começa uma busca pelas pessoas envolvidas em seu sequestro e tortura. Sutilmente ele os encontra e após breves interrogatórios (com intensa pressão psicológica) as elimina sem maiores culpas. Uma enfermeira e um médico logo caem na mira de Red. Outro preocupação é rastrear o dinheiro dessa gente, o que ele faz com o auxílio de um hacker. Enquanto Red vai acertando contas com seus algozes a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) vai atrás do psicopata conhecido como "O Bom Samaritano". Esse é um caso antigo em sua carreira, mas da última vez ele conseguiu escapar. Agora ela sente que pode ser a chance de finalmente o levar para atrás das grades. O criminoso recebeu esse apelido pelo fato de não matar suas vítimas, ligando para o serviço de emergência no último minuto, após promover intensas lesões e ferimentos naqueles que caem em suas mãos. O mais interessante nesse personagem é que ele foi vítima de abuso infantil quando era apenas uma criança e agora adulto, trabalhando como enfermeiro, atende casos parecidos com o seu. Vestindo uma roupagem de justiceiro procura vingar sua ira e raiva em cima de adultos abusivos, inclusive em relação aos seus próprios filhos. Pela boa composição desse criminoso em particular esse episódio acaba se tornando uma grata surpresa pelas boas ideias do roteiro. / The Blacklist 1.11 - The Good Samaritan (EUA, 2014) Direção: Dan Lerner / Roteiro: Jon Bokenkamp, Brandon Margolis/ Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.12 - The Alchemist (No. 101)
O foco desse episódio gira em torno desse criminoso chamado "O Alquimista". Ele tem esse nome porque se especializou em forjar mortes de pessoas procuradas pelo FBI. Usando de manipulação genética ele muda o DNA de suas vítimas, fazendo o bureau a pensar que aqueles corpos pertenceriam de fato aos procurados pela agência. Seu rastro é dado por Red (James Spader) para a agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Como Red está convencido que há uma informante dentro do FBI entregando os pontos ele resolve se distanciar o máximo possível da agência, o que não significa que deixará de ajudar Keen em futuras investigações. No fundo ele está mais do que certo pois suas suspeitas são verdadeiras. Os encontros entre eles agora se passam numa igreja (local mais improvável não haveria de ser). Confesso que desse episódio não consegui gostar muito. O roteiro foi previsível e sem maiores surpresas. Keen continua com problemas em relação ao seu noivo e se perde muito tempo com suas briguinhas pessoais. Falando sinceramente esses problemas dela quebram o ritmo da série. É tudo muito chato. Para piorar Red ficou meio de lado (uma falha imperdoável por parte dos roteiristas já que ele é o personagem que segura tudo nas costas, literalmente). Vamos esperar por melhoras daqui para frente. Mais Red e menos Keen e seu relacionamento xarope! / The Blacklist 1.12 - The Alchemist (EUA, 2014) Direção: Vincent Misiano / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.13 - The Cyprus Agency
Surreal. Eu classificaria assim o enredo desse episódio de The Blacklist. Duvida? Então vamos lá. Mulheres jovens, universitárias, bonitas e inteligentes, começam a desaparecer inexplicavelmente. O que poderia ter acontecido com elas? Após Raymond 'Red' Reddington (James Spader) se encontrar com a agente do FBI Elizabeth Keen (Megan Boone) ele lhe pede que investigue uma agência de adoção chamada Cyprus.  Red tem certeza que há uma ligação entre uma jovem mulher que foi assassinada recentemente bem no meio da rua e os sujeitos que ganham rios de dinheiro com as adoções dessa empresa, onde bebês lindos, brancos, de olhos azuis e espertos - praticamente o sonho de muito casal por aí - são adotados por casais ricos que não conseguem ter seus próprios filhos. O problema é que as tais crianças que estão sendo adotadas não possuem uma origem certa. Oficialmente é informado aos casais que adotam que elas viriam do leste europeu ou de nações que fizeram parte da ex-União Soviética, como Lituânia, Estônia, etc. O que ninguém, mas ninguém mesmo, desconfia é que há por trás de tudo uma esquema muito bem montado (e mórbido) que transformou as jovens desaparecidas em verdadeiras incubadoras de crianças perfeitas para adoção. Tudo muito bem arquitetado, com uma fachada que leva a crer que a coisa é séria mesmo. Bom episódio, um pouco como já descrevi antes, surreal, mas mesmo assim bom, valorizado ainda mais pela cena final quando Red finalmente acerta contas com a pessoa que estava infiltrada no bureau conspirando contra ele, quase o levando a inclusive perder sua própria vida. Para ele certas traições não merecem perdão. / The Blacklist 1.13 - The Cyprus Agency (No. 64) (EUA, 2014) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro:  Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.14 - Madeline Pratt (No. 73)
A bola da vez agora pertence a Madeline Pratt (Jennifer Ehle). De dia uma mulher respeitada na comunidade, com vários contatos importantes nos meios políticos e sociais. De noite uma ladra refinada, especializada em roubo de obras de arte. Agora ela está de olho em uma pequena peça, uma esfinge que contém em seu interior uma preciosa lista, que supostamente traz o nome dos principais agentes russos infiltrados dentro da sociedade americana durante a guerra fria. Claro que tal objeto também logo desperta a cobiça de Raymond 'Red' Reddington (James Spader) que pode fazer bons negócios com ela, caso chegue em suas mãos. Para isso Red acaba manipulando também o FBI, através da agente Elizabeth Keen (Megan Boone), colocando todos em busca da tal preciosidade arqueológica. Esse episódio chegou a me lembrar do grande clássico "Um Golpe de Mestre" com Paul Newman. Explico. Em determinado momento Red arma uma bem orquestrada farsa para enganar Madeline. Um truque que me recordou imediatamente do famoso filme, vindo em minha cabeça até mesmo a marcante musiquinha tema daquela produção. De resto o episódio ainda traz em seus momentos finais uma pequena reviravolta na trama de "The Blacklist", onde o FBI começa a mudar os rumos daquele departamento. Pelo visto depois do assassinato de uma de suas principais agentes do Bureau, Washington decidiu finalmente que era hora de mudar o comando das operações. / The Blacklist 1.14 - Madeline Pratt (No. 73) (EUA, 2014) / Direção: Michael Zinberg / Roteiro: Jon Bokenkamp, Jim Campolongo / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.15 - The Judge (No. 57)
'Red' Reddington (James Spader) decide revelar para a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) que existe um sistema de punição extra oficial dentro da sociedade americana. A coisa funcionaria mais ou menos assim: pessoas inocentes que teriam sido condenadas pelo sistema judiciário seriam vingadas por um grupo que sequestraria os responsáveis por essas condenações injustas. Juízes, promotores, testemunhas, qualquer pessoa que tivesse colaborado com essa injustiça pagaria com suas próprias vidas por seus erros. O mais curioso desse roteiro é que ele coloca como mentores desse sistema de "justiça pelas próprias mãos" os membros de uma entidade de proteção dos direitos humanos e de direitos civis dos cidadãos. Outra revelação relevante desse episódio é sobre o marido da agente Keen. Por vários episódios Red sustentou que ele na verdade não seria quem dizia ser. Muito provavelmente seria algum agente infiltrado na vida dela. Pois bem, nesse episódio tudo finalmente fica claro. Red tinha mesmo razão com suas suspeitas. A vida definitivamente não é justa. / The Blacklist 1.15 - The Judge (No. 57) (EUA, 2014) Direção: Peter Werner / Roteiro: Jon Bokenkamp, Jonathan Shapiro / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.16 - Mako Tanida (No. 83)
O vilão da vez é Mako Tanida. Um assassino profissional oriental que estaria dando cabo de todos os agentes do FBI que teriam contribuído para uma operação que o teria tirado de circulação no passado. Para Red porém não é sensato acreditar apenas nas aparências. Para ele, apesar das investigações afirmarem o contrário, o verdadeiro assassino profissional Tanida já estaria morto há tempos. Tudo assim seria apenas uma cortina de fumaça, uma manobra para encobrir a identidade dos verdadeiros assassinos. Enquanto o FBI não coloca as mãos no responsável, Red contrata seu próprio profissional. Ele terá que investigar a fundo o marido da agente Keen. Red quer provas da verdadeira identidade do sujeito. O que se descobre mostra que ele realmente trabalha para alguma organização secreta do leste europeu, com ordens vindas de Berlim. Só não se sabe direito quem ele seria e qual seria seu objetivo na América. Há uma mulher estranha que o ronda, mas que precisa sumir sem deixar pistas. O que parecia apenas mais uma teoria da conspiração sem fundamento parece estar se confirmando cada vez mais. / The Blacklist 1.16 - Mako Tanida (No. 83) (EUA, 2014) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, John Eisendrath / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.17 - Ivan (No. 88)

Ah, o amor platônico... Esse episódio tem tudo a ver com o tema que praticamente todo adolescente conhece muito bem. Após um agente da segurança nacional ser morto misteriosamente o FBI passa a acreditar que existe uma complexa rede de hackers liderados por um russo chamado Ivan com o objetivo de invadir o sistema de segurança dos Estados Unidos. Será mesmo? Para Red há mais coisas envolvidas do que levanta a investigação. Na verdade o responsável não seria Ivan, mas sim um adolescente apaixonado por uma garota do colégio que nem sabe que ele existe. Acontece que o pai da garota trabalha na segurança nacional e estaria para ser transferido para outra cidade. O jovem adolescente apaixonado então resolve invadir todos os sistemas para evitar que isso aconteça. Ele definitivamente não aceita ficar longe de seu amor! Tudo teria sido motivado mesmo por esse sentimento de um garoto tímido, imagine você! Enquanto isso Elizabeth Keen (Megan Boone) finalmente liga todas as pontas. Ao invadir um esconderijo usado por um suposto terrorista ela acaba reconhecendo um brinquedinho que havia dado ao próprio marido. Pois é, ela descobre que Red, que a tinha avisado por tanto tempo, estava mais do que certo. A charada havia sido finalmente revelada! / The Blacklist 1.17 - Ivan (No. 88) (EUA, 2014) Direção: Randall Zisk / Roteiro: Jon Bokenkamp, J.R. Orci / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.18 - Milton Bobbit (No. 135)
O vilão da vez responde pelo codinome de "Agente funerário". O apelido tem sua razão de ser. Ele se aproveita do drama de doentes terminais e lhes propõe algo tentador. Eles fazem seu serviço sujo e em compensação ele promete cuidar de suas famílias. O que ninguém desconfia é que o próprio criminoso também é um homem extremamente doente e com os dias contados. No passado ele se submeteu ao teste de uma droga experimental que prometia amenizar os efeitos da diabetes. O tiro acabou saindo pela culatra e ele acabou pagando alto pelo fato de ter sido uma verdadeira cobaia. Sua saúde foi praticamente destruída e agora ele entende ter chegado a hora de se vingar dos médicos e da equipe médica que o usou naquela ocasião. Para Raymond 'Red' Reddington (James Spader) também chegou a hora da verdade. Durante muito tempo ele alertou a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) que seu marido não era quem alegava ser. Na verdade o passado nebuloso e misterioso demonstrava que havia algo errado naquele sujeito que sempre pareceu ser um bom homem, o marido ideal. Depois de tomar contato com filmagens feitas em sua própria casa, durante sua ausência, ela finalmente vê o castelo de cartas que foi seu casamento ruir completamente. Mesmo mantendo uma aparente normalidade ela então começa a investigar, usando a pessoa que supostamente seria seu cunhado. Aos poucos tudo vai caindo por terra, revelando uma misteriosa e estranha ligação com Berlim, o que acaba intrigando Red, muito embora ele ainda não saiba o que haveria por trás de tudo. / The Blacklist 1.18 - Milton Bobbit (No. 135) (EUA, 2014) Direção: Steven A. Adelson / Elenco: Jon Bokenkamp, Daniel Voll / Roteiro: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.19 - The Pavlovich Brothers (No. 119-122)
Xiaoping Li (Natalie Kim) é uma cientista chinesa especializada em guerra biológica que é levada até os Estados Unidos pela CIA. Ela quer denunciar a pesquisa por parte de autoridades de Pequim no desenvolvimento de uma nova arma devastadora que em caso de guerra deveria ser usada em grandes dimensões, em larga escala, causando um desastre de proporções imprevisíveis para as populações civis do inimigo. Uma vez na América ela acaba sendo raptada pelos irmãos Pavlovich, velhos conhecidos de 'Red' Reddington (James Spader) que acaba criando um verdadeiro triângulo envolvendo os terroristas, a própria CIA e a agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Se esse fosse o único problema para Lizzy... mas na verdade ela precisa ainda lidar com o marido, Tom (Ryan Eggold). Após dois anos de casamento ela acabou descobrindo com a ajuda de Red que ele nunca foi quem alegou ser. Na verdade é um sujeito que trabalha para alguma organização criminosa desconhecida do leste europeu. As coisas porém tomam outros rumos, já que a relativa tentativa de parecer tudo normal entre eles cai por terra finalmente. Ele descobre que Lizzy já sabe que ele tem uma outra identidade e por isso resolve ir embora, sem olhar para trás. Na cena final ambos finalmente resolvem colocar tudo em panos limpos e... não se trata de uma simples briguinha de casal, mas um quebra-pau digno dos melhores filmes de ação. Pelo visto o casamento perfeito deles não era definitivamente tão perfeito quanto parecia. / The Blacklist 1.19 - The Pavlovich Brothers (No. 119-122) (EUA, 2014) Direção: Paul A. Edwards / Roteiro: Jon Bokenkamp, Elizabeth Benjamin / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.20 - The Kingmaker (No. 42)
O vilão da vez atende pelo codinome de "Kingmaker". O sujeito é especializado em destruir ou erguer carreiras políticas. Para aniquilar adversários ele coloca seus alvos em situações embaraçosas, escandalosas, como na República Tcheca onde dopa e depois leva para um quarto de motel barato um influente ministro de Estado. Encontrado ao lado de um garoto de programa morto ele vê suas pretensões políticas serem tragadas pelo escândalo, praticamente da noite para o dia. Tudo obviamente armado pelo Kingmaker. Já nos Estados Unidos ele é contratado para transformar um jovem deputado no mais novo senador da República. Para isso dar certo vale tudo, desde forjar um acidente automobilístico para o transformar em um herói da mídia, seja matando um atual membro do senado para abrir uma vaga para seu cliente. Raymond 'Red' Reddington (James Spader) também está na mira do criminoso internacional, mas se vê impossibilitado de reagir à ameaça por não saber sua verdadeira identidade. Para piorar a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) tem suspeitas sérias de que ele teria algo a ver com a morte do próprio pai. Conforme o tempo passa ela começa a juntar pistas da participação de Red no trágico evento, entre elas o fato de Red ter ido ao hospital onde seu pai estava internado no mesmo dia em que ele faleceu. Coincidência ou indícios de sua efetiva participação? Com sua credibilidade abalada dentro do FBI, onde não pode sequer contar com a ajuda de Liz, Red não vê outra saída que procurar por outros aliados, mesmo que eles venham a se juntar a ele por pura chantagem. Nesse mundo não existem mesmo mãos limpas. / The Blacklist 1.20 - The Kingmaker (No. 42) (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Jon Bokenkamp, J.R. Orci / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.21 - Berlin (No. 8)
A primeira temporada de "The Blacklist" vai chegando ao fim nesse penúltimo episódio. As coisas também vão ficando mais claras. Nesse episódio ficamos sabendo, por exemplo, as reais intenções camufladas de Raymond 'Red' Reddington (James Spader) em colaborar tão diretamente próximo com o FBI. Também vamos entendendo mais claramente sua conturbada relação com a agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Nos Estados Unidos se falou muito desse final de temporada. A atriz Megan Boone ficou na berlinda no elenco por alguns episódios complicados de sua vida pessoal. Fotos íntimas dela vazaram para a internet o que causou constrangimento por parte dos produtores. Além disso sua complicada relação com James Spader no set de filmagens deixou sua posição meio complicada para seguir em frente na série. As más línguas afirmam que Spader perdeu várias vezes a paciência com a falta de talento de sua colega em cena. Provavelmente prevendo sua saída os roteiristas colocaram na história uma firme convicção da agente Keen em abandonar o FBI depois do desfecho do caso. Antes disso porém ela tentará de todas as maneiras descobrir a verdadeira identidade de Berlin (assim como Red) para descobrir para quem diabos afinal seu marido estaria trabalhando. O mote desse episódio também gira em torno de um vírus mortal que se torna uma maneira de chantagear os infectados em busca de um antídoto. Bem movimentado e divertido, o programa pavimenta assim o caminho até o último e definitivo episódio final. Ficaremos no aguardo. / The Blacklist 1.21 - Berlin (No. 8) (EUA, 2014) Direção: Michael Zinberg / Roteiro: Jon Bokenkamp, John Eisendrath / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.22 - Berlin (No. 8): Conclusion
Esse é o último episódio da primeira temporada. Começa com vários depoimentos dos sobreviventes da queda do avião em um dos rios que circundam Nova Iorque (fato que fechou o episódio anterior). São todos russos. E qual seria a ligação dessa gente com o tal Berlin, que todos desejam descobrir a verdadeira identidade, mas principalmente Red (Spader)? Ele está intrigado pois desde sempre sabe que é necessário em seu "ramo de negócios" conhecer todos os inimigos que o cercam, sejam eles reais ou imaginários. O problema crucial é que Red definitivamente não sabe quem o está caçando, simplesmente não tem ideia. Nesse episódio temos várias respostas a perguntas que vinham de muito tempo na série. Ao que tudo indica Berlin seria na verdade um ex-agente da KGB que estaria usando a fragilidade emocional de Red para com a agente Keen (Megan Boone) em seu favor. Nesse episódio em particular há duas excelentes cenas. Numa delas Red e Keen colocam as cartas na mesa sobre a verdadeira identidade do pai biológico dela. Na outra Red tem uma conversinha nada amigável com aquele que supostamente seria o verdadeiro Berlin (mas seria ele mesmo?). Um dos grandes destaques do que se passa nesse episódio - alerta de spoiler - é a morte violenta de Tom Keen (Ryan Eggold) baleado pela própria agente Keen. Óbvio que ela fica arrasada emocionalmente por ter atirado no ex-marido, causando sua morte, pois no fundo gostava dele e até tinha esperanças de construir uma bela vida ao seu lado. Isso fica bem claro na última cena quando ela finalmente deixa a casa vazia onde pretendia morar com ele. Sonhos destruídos de um futuro feliz. Pois é, pelo visto a felicidade ainda não bateu a porta da bela agente do FBI. Por fim, se você for bem atento, perceberá que na cena em que Red tira a camisa surgem várias cicatrizes de queimaduras em suas costas. Uma pista? Ora em um diálogo anterior bem revelador com Liz  ele havia dito a ela que o seu pai verdadeiro havia morrido em um incêndio quando ela era apenas uma criança. Ora meu amigo, alguma dúvida mesmo de que Red é na verdade o pai desconhecido de Liz? Eu particularmente tenho menos dúvidas a cada episódio que vejo. Espero que não seja pegadinha de roteirista esperto, mas enfim... Agora é conferir se é isso mesmo na segunda temporada de "The Blacklist". Até lá! / The Blacklist 1.22 - Berlin (No. 8): Conclusion (EUA, 2014) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, John Eisendrath / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

Pablo Aluísio.

Megan Boone

Eu considero a Megan Boone uma mulher lindíssima. Para ser sincero ela é certamente uma das mais bonitas atrizes das séries atuais, provavelmente só perdendo nesse quesito para a loirinha Sarah Jones. Ela começou bem cedo na carreira. Em 2008 atuou em séries como "The Cleaner" e "Cold Case". Depois tentou o cinema estando no elenco da nova versão de "Dia dos Namorados Macabro". Pena que nesse tipo de produção não havia maior oportunidade de atuar bem uma vez que seu papel era apenas a de desfilar sua beleza em cena e nada mais - além é claro de pagar mico no meio do sangue falso feito de catchup. O mesmo aconteceria em "Sex and the City 2" (onde havia mulheres lindas e deslumbrantes em excesso no elenco para chamar a atenção) e "Doce Tentação". Finalmente em "Law & Order: Los Angeles" onde interpretou a personagem Lauren Stanton ele finalmente teve alguma chance real de se destacar. Foram sete episódios no total. Infelizmente a grande chance na carreira ainda iria demorar e Megan ia pegando o que aparecia pela frente, filmes como "Ela Dança, Eu Danço 4" e "Bem Vindo À Selva" que certamente não iriam mudar sua sorte na carreira.

As coisas começaram a mudar com o especial "The Blacklist: Are You on the Blacklist?", première da série que iria mudar sua carreira para sempre. "The Blacklist", a série, então surgiu nas telas e conseguiu se firmar no competitivo mercado de séries nos Estados Unidos. No ar desde 2013 como a personagem da agente Elizabeth Keen, Megan tem desfrutado dos melhores momentos de sua profissão de atriz. Uma mulher realmente deslumbrante que tem encantado o público americano em geral. Claro que em um ritmo tão intenso de gravações houve quem a criticasse por ter apresentado algumas atuações abaixo do esperado em certos episódios. Isso porém é até normal nesse tipo de produção. A agenda de gravações é intensa e o ritmo frenético, não sobrando muito bem para atuar com maestria. É claro que em algum momento o profissional fique sobrecarregado.

Na vida pessoal aconteceu um evento desagradável para Megan. Fotos privadas vazaram na net. Nessas imagens de nudez não há nada que a desmereça, pelo contrário, são fotos até bem bonitas onde ela tirou selfies de si mesma diante de um espelho na intimidade de seu quarto. Apesar das fotos serem amadoras há até um toque clássico, vintage, nelas. Já o suposto vídeo dela transando com um namorado não é verídico. Na verdade aquele é um filme pornô da série Raw estrelado e dirigido por Manuel Ferrara, um famoso astro do mercado adulto. A única coincidência é que a cama vista na cena do filme é idêntica ao modelo da cama onde Megan aparece nua em suas fotos. Nada além disso. Enfim, são coisas da vida de uma celebridade televisiva. Resta saber agora o que virá depois do fim da série que estrela.

Pablo Aluísio.