segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O Dia em que a Terra Parou

Título no Brasil: O Dia em que a Terra Parou
Título Original: The Day the Earth Stood Still
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Robert Wise
Roteiro: Edmund H. North, Harry Bates
Elenco: Michael Rennie, Patricia Neal, Hugh Marlowe

Sinopse:
O que parecia ser uma manhã como outra qualquer na capital dos Estados Unidos, Washington, logo se torna palco de um evento histórico para a humanidade. Uma nave espacial desce perto da Casa Branca e de dentro dela saem dois tripulantes. Klaatu (Michael Rennie) e o robô gigante Gort (Lock Martin). Eles trazem uma mensagem de paz e amizade do planeta de onde vieram mas sua presença aterroriza os humanos que logo tomam medidas desproporcionais e irracionais em relação aos visitantes interplanetários.

Comentários:
Não é todo dia que um clássico Sci-fi desse porte é exibido na TV. Uma ótima notícia para quem ainda não teve a oportunidade de assistir a um dos maiores clássicos de ficção da história do cinema americano. "O Dia em que a Terra Parou" é um primor, uma verdadeira obra prima do gênero e deve ser compreendido como um produto de sua época. Nos anos 1950 como bem se sabe, havia a paranoia da guerra fria no ar. Estados Unidos e União Soviética estavam à beira de um colapso nuclear. Esse constante clima de terror e medo acabou gerando um subproduto dos mais interessantes - a dos filmes de Sci-fi com seus monstros atômicos e raças de outros planetas que viam até a Terra para destruir a humanidade. O grande diferencial dessa produção em relação às outras é que ela tinha uma perspectiva diferenciada, os ETs não vinham com intenções de destruir a civilização humana mas sim se tornar sua parceira universal, de criar verdadeiros laços de amizade entre as civilizações, o que não impede os militares da Terra de agirem de forma completamente errada com os bem intencionados visitantes das estrelas. Era claramente uma mensagem pacifista, de paz entre as potências. Sua mensagem positiva acabou transformando o filme em um dos melhores do gênero, se tornando de fato uma das mais aclamadas produções dos anos 50. Simplesmente imperdível.

Pablo Aluísio.

Aliens vs. Predador 2

Título no Brasil: Aliens vs. Predador 2
Título Original: AVPR Aliens vs Predator - Requiem
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Colin Strause, Greg Strause
Roteiro: Shane Salerno, Dan O'Bannon
Elenco: Reiko Aylesworth, Steven Pasquale, John Ortiz

Sinopse:
A pequena e pacata Gunnison, no Colorado, se torna palco de uma luta épica e feroz entre duas raças de extraterrestres extremamente hostis e violentas. Tudo surge quando uma nave de Predadores desce no local, libertando uma carga biológica até então desconhecida de Aliens. Apenas um Predador sobrevive e caberá a ele destruir e capturar todos os Aliens soltos na Terra.

Comentários:
Eu particularmente nunca pensei que essa franquia fosse tão longe. É a tal coisa, os filmes não conseguem ser lá muito bons mas rendem bom faturamento porque o fã de Sci-fi simplesmente não resiste a um apelo desses e acaba conferindo o resultado, mesmo sabendo de antemão que boa coisa certamente não virá pela frente. A crítica aqui malhou impiedosamente essa continuação. Muito se falou sobre o fato da Fox estar tentando ganhar mais uns trocados em cima de duas franquias que não tinham mais potencial nas bilheterias. A solução foi a realização de filmes de orçamentos bem mais modestos, sem astros no elenco (pois eles são caros demais) e foco completo em muitos efeitos digitais. Cinematograficamente falando nenhum filme dessa série "Aliens vs Predador" vale muita coisa mas em termos de pura cultura pop a ideia até que não é má, afinal de contas essa coisas de unir personagens famosos em duelos, que começou lá no mundo dos quadrinhos, até que pode render bons frutos daqui em diante no mundo do cinema, que o diga os produtores do filme que reunirá Batman e Superman ou até mesmo dos Vingadores, que nada mais é do que uma grande reunião de super-heróis. Virá alguma obra prima desse tipo de fusão? Bom, isso só o tempo dirá.

Pablo Aluísio

domingo, 20 de setembro de 2015

Jornada nas Estrelas V - A Última Fronteira

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas V - A Última Fronteira
Título Original: Star Trek V The Final Frontier
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Shatner
Roteiro: Gene Roddenberry, William Shatner
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley, James Doohan, Walter Koenig, Nichelle Nichols, George Takei, Laurence Luckinbill

Sinopse:
Após a Enterprise passar por reparos a tripulação do Capitão Kirk (William Shatner) é convocada para uma nova missão. Vários diplomatas de planetas da confederação caíram em mãos de um líder rebelde vulcano chamado Sybok (Laurence Luckinbill). Ele tem laços de parentesco com Spock (Leonard Nimoy), o que faz a missão ganhar traços pessoais jamais imaginados por ele. Na realidade Sybok almeja ir até os confins da galáxia onde pretende encontrar a origem do universo, o ponto zero da criação onde tudo começou. 

Comentários:
Dirigido e roteirizado pelo ator William Shatner, o quinto filme da tripulação original da Enterprise marcou a despedida dos atores da série de TV do cinema. O que era para ser uma grande despedida porém se tornou um aborrecimento e tanto. O filme foi mal recebido pela crítica (de forma justa aliás) e o público não prestigiou. Na realidade Shatner, cego por seu ego descomunal, escreveu um enredo sem pegada, sem a dramaticidade necessária. Talvez com ciúmes de Leonard Nimoy que fez um ótimo trabalho no filme anterior, Shatner acabou trocando as mãos pelos pés e realizou um dos mais fracos filmes da série. Tudo soa muito enfadonho e chato. Para piorar Shatner escreveu cenas piegas e bobocas como por exemplo colocar os tripulantes em volta de uma fogueira no meio da noite para relembrar os velhos tempos. Santa bobagem, Batman! Os efeitos especiais também não enchem os olhos e mostram um certo desleixo por parte da Paramount em realizar uma produção melhor e mais bem cuidada. É aquele tipo de filme que deixa um gosto de decepção no ar, mesmo com as melhores expectativas possíveis. Assim o quinto filme só serviu mesmo para decepcionar os fãs. Era melhor que a turma da velha Enterprise se despedisse no filme anterior porque esse aqui obviamente não fez jus ao legado de todos eles.

Pablo Aluísio.

Homens de Preto II

Título no Brasil: MIIB - Homens de Preto II
Título Original: Men in Black II
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Lowell Cunningham, Robert Gordon
Elenco: Tommy Lee Jones, Will Smith, Lara Flynn Boyle, Johnny Knoxville
 
Sinopse:
Os Homens de Preto precisam combater uma nova ameaça, Serleena (Lara Flynn Boyle), uma Kylothiana que pretende abalar as estruturas do planeta Terra. Para enfrentar esse novo desafio o agente Jay (Will Smith) resolve trazer de volta à ativa o agente Kay (Tommy Lee Jones) cuja memória foi apagada no passado e que agora passa seus dias como um mero empregado dos correios americanos.

Comentários:
Bem mais bem produzido do que o primeiro filme, "Men in Black II" segue sendo a mais bem sucedida bilheteria dessa franquia. Como se sabe tudo é uma adaptação de uma revista em quadrinhos obscura da Malibu Comics. Poucos conheciam esse universo mas Spielberg viu potencial nessas estorinhas. Como o primeiro filme tratou de apresentar esse mundo ao público agora há mais espaço para desenvolver melhor a trama e os personagens. A fórmula segue sendo a mesma, agentes de um super secreto órgão de controle de ETs em nosso mundo caçam os alienígenas que se desviam das normas de boa convivência. MIB é um produto pop pipoca por excelência, sem qualquer pretensão de ser algo mais do que diversão descompromissada. Tommy Lee Jones e Will Smith continuam como sempre muito carismáticos mas quem acaba roubando o show mesmo é a atriz Lara Flynn Boyle (na época namorada de Jack Nicholson). Seu visual e estilo exóticos combinaram muito bem em seu papel de outro mundo. Em suma, compre muita pipoca e se divirta o máximo que puder.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de setembro de 2015

A Lenda do Tesouro Perdido

Título no Brasil: A Lenda do Tesouro Perdido
Título Original: National Treasure
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Jim Kouf, Cormac Wibberley
Elenco: Nicolas Cage, Diane Kruger, Justin Bartha

Sinopse:
Ben Gates (Nicolas Cage) é um persistente caçador de tesouros perdidos. Através de pesquisas históricas ele procura encontrar preciosidades que há muito foram enterradas pelas areias do tempo. Agora ele segue a pista de uma verdadeira fortuna em ouro e jóias que está escondido há séculos. Sua melhor pista pode estar na Declaração de Independência dos Estados Unidos, só que ter acesso ao documento original não será nada fácil.

Comentários:
Velhas fórmulas parecem ainda dar certo comercialmente quando se coloca toda uma nova roupagem para se passar por algo novo. Esse "National Treasure" tem elementos de vários outros filmes, especialmente os da série "Indiana Jones" e das tramas de livros ao estilo "Código da Vinci", mas jogados em um caldeirão até podem surgir como algo novo para os marinheiros de primeira viagem. Infelizmente como se pode notar logo nas primeiras cenas o fator originalidade não é o forte por aqui. Além disso essa coisa de teorias da conspiração envolvendo aspectos do passado já deu o que tinha que dar. Se já era forçado demais nos livros de Dan Brown imagine aqui, que é uma cópia da cópia. Cage, desesperado por algum sucesso de bilheteria, pelo menos no aspecto comercial acertou uma. Sim, apesar de não trazer nada de novo o filme fez sucesso comercial, impulsionado por uma agressiva campanha de marketing! Mas após o filme acabar não há propaganda que consiga convencer o espectador mais consciente de que ele não acabou de ver um pastel de vento, pois cinematograficamente é justamente isso que esse filme é. Os anos passam mas o produtor Jerry Bruckheimer não toma jeito mesmo.

Pablo Aluísio.

Perigo Mortal

Título no Brasil: Perigo Mortal
Título Original: Hellbound
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group, Warner Bros
Direção: Aaron Norris
Roteiro: Ian Rabin, Anthony Ridio
Elenco: Chuck Norris, Calvin Levels, Christopher Neame

Sinopse:
Dois policiais de Chicago estão investigando o assassinato brutal de um rabino e acabam descobrindo que sua morte não se trata de um crime comum mas sim movido por obscuras razões religiosas. Para surpresa de ambos as investigações também acabam mostrando que eles não estão atrás de um assassino como outro qualquer, mas sim uma entidade sobrenatural de complicada definição!

Comentários:
Em determinado momento da carreira de Chuck Norris seus personagens foram ficando tão indestrutíveis que meros vilões humanos se tornaram banais. A solução então foi apelar para o paranormal. Dessa maneira, baseado nesse tipo de premissa, foi produzido esse curioso "Hellbound" onde Norris enfrentava nada mais, nada menos, do que o próprio diabo! Talvez por isso o filme ainda seja tão interessante. Veja, não espere uma produção classe A em uma fita como essa - tudo é muito precário, até mesmo a pequena introdução baseada na Idade Média soa falsa e mal realizada - mas sim muita diversão escapista com Norris mais uma vez encarnando um personagem que não leva desaforos para casa, nem mesmo de um encarnado do inferno! Curiosamente o filme, que não fez sucesso nenhum nos cinemas, foi bancado em Home Vídeo pela poderosa Warner que passou a ver o invocado Norris como uma boa opção de lucros no mercado de VHS. Afinal, ver Chuck Norris dando uns sopapos no próprio demo se tornava algo quase irresistível dentro de uma videolocadora! (lembra delas?).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Força Aérea Um

Título no Brasil: Força Aérea Um
Título Original: Air Force One
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Andrew W. Marlowe
Elenco: Harrison Ford, Gary Oldman, Glenn Close

Sinopse:
O presidente dos Estados Unidos James Marshall (Ford) vai até Moscou e lá realiza um discurso contra o terrorismo internacional, expondo a política de tolerância zero que seu país tomará dali em diante sobre o tema. Na volta para casa porém o Air Force One ("Força Aérea Um" - codinome do avião presidencial) é tomado de refém por um grupo extremamente perigoso e armado de terroristas radicais. Todos os passageiros e membros da tripulação se tornam reféns. O presidente porém  resolve enfrentar os criminosos que se apoderaram de seu avião...

Comentários:
Eu fico imaginando um filme desses realizado no Brasil. Nos Estados Unidos eles possuem essa visão bem glamorizada (e romântica) de seus presidentes. São venerados e adorados quase como se fossem lendas da Idade Média. Basta lembrar o carinho que aquela nação tem por alguns líderes da sua história como Lincoln ou Kennedy. No Brasil não existe nada parecido. Nossos presidentes geralmente viram ou alvo de piadas ou de ódio mortal. Na história do Brasil não conheço nenhum presidente que tenha ganho qualquer sentimento minimamente parecido com o que vemos tão frequentemente na América. Se o filme fosse feito no Brasil certamente viraria motivo de chacota e piada. Mas deixemos isso de lado. "Air Force One" foi muito badalado em seu lançamento. Trazia algo novo que seria imitado alguns anos depois em outras produções - a figura do presidente herói, íntegro até o último grau que não hesitava em colocar sua própria vida em perigo para salvar as demais pessoas inocentes. O roteiro é do tipo que não dá trégua ao espectador. Provavelmente tenha sido escrito dessa forma porque se pararmos para pensar sobre o que vemos na tela certamente descobriremos centenas de furos na trama. O ritmo é do estilo "não perca a respiração"! Harrison Ford está menos antipático do que o habitual e o diretor Wolfgang Petersen consegue no mínimo entregar um action movie eficiente. Esse é do tempo em que Harrison Ford era sinônimo de blockbusters e sucessos de bilheteria. Já faz um tempão...

Pablo Aluísio.

Con Air - A Rota da Fuga

Título no Brasil: Con Air - A Rota da Fuga
Título Original: Con Air
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Simon West
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Nicolas Cage, John Cusack, John Malkovich, Ving Rhames, Steve Buscemi 

Sinopse:
Grupo de prisioneiros da mais alta periculosidade são transferidos para um novo presídio de segurança máxima em um vôo especial. Entre os criminosos está o serial killer Cyrus Grissom (John Malkovich). Dotado de um QI fora do normal ele pretende liderar uma rebelião em pleno vôo, para sequestrar o avião em direção a outro país, onde pretende finalmente recuperar sua liberdade. Cameron Poe (Nicolas Cage), outro prisioneiro condenado por um crime menor, deseja apenas cumprir sua sentença para ir embora dali sem maiores problemas e por isso se torna um empencilho para os planos de Cyrus, assim como o obstinado agente do FBI interpretado por John Cusack.

Comentários:
Em seu lançamento foi um grande sucesso de bilheteria esse "Con Air - A Rota da Fuga". É o típico filme da linha de produção de Jerry Bruckheimer. Trocando em miúdos, muita pirotecnia, cenas espetaculares de ação e ritmo alucinado. Eu me recordo bem que uma das sensações do filme foi o pouso espetacular da aeronave em plena rua principal de Las Vegas - onde o avião saia arrastando tudo por onde passava. Já era uma mudança nos efeitos especiais que agora eram feitos (com muita competência técnica) por computadores, nascendo os tais efeitos digitais que iriam dominar o cinema pipoca dali em diante. Outro ponto forte dessa produção é seu elenco, acima da média. Além de Nicolas Cage, com longos cabelos, ainda tínhamos John Cusack, como um agente federal que andava de sandálias havaianas e no grupo dos vilões dois ótimos atores, o psicótico John Malkovich e o estranho Steve Buscemi (sempre muito bom mas também sempre subestimado). Nos anos 90 "Con Air" foi um dos mais populares filmes de ação lançados. Hoje é uma boa oportunidade para rever a produção e matar as saudades.   

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Adrenalina 2

Título no Brasil: Adrenalina 2
Título Original: Crank - High Voltage
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Lakeshore Entertainment
Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor
Roteiro: Mark Neveldine, Brian Taylor
Elenco: Jason Statham, Amy Smart, Clifton Collins Jr.

Sinopse:
Chev Chelios (Jason Statham) é um assassino profissional que acaba mexendo com as pessoas erradas. Após entrar em confronto com os interesses da violenta máfia chinesa ele acaba caindo numa armadilha. Um chefe criminoso resolve roubar seu coração, colocando no lugar uma máquina movida a adrenalina. Isso coloca Chev numa busca alucinada por situações perigosas para não morrer do coração. Agora, no meio de uma fuga alucinada ele vai atrás de quem o colocou nessa delicada situação de vida ou morte.

Comentários:
Com esse filme "Crank: High Voltage" o cinema de ação atinge outro nível, mais intenso, mais exagerado e muito mais alucinado. Ao longo dos anos os filmes de ação entraram em uma competição para ver quem realizava a cena mais espetacular, as mais ousadas tomadas de violência e velocidade. Pois bem "Adrenalina" se propõe a romper todos esses limites. Em vista disso coisas como roteiro, atuação e direção ficam para trás. O que importa é imprimir um ritmo tão louco ao filme que o espectador por pouco não fica tonto. Vale a pena chamar a atenção também para o fato de que quando se exagera demais na dose a tendência é tudo acabar virando uma paródia. E é justamente isso que ocorre aqui. "Adrenalina 2" é tão over, tão exagerado, que acabou virando uma espécie de chanchada dos actions movies. As cenas parecem que foram escritas por alguém chapado de ácido, tamanho o absurdo das situações. O ator Jason Statham parece ter entendido bem isso e ultimamente tem optado por filmes de ação bem mais sóbrios. Bom para ele. De nossa parte fica a dica mas também o aviso: "Crank - High Voltage" é uma verdadeira loucura!

Pablo Aluísio.

Hitman - Disfarce Perigoso

Título no Brasil: Hitman - Disfarce Perigoso
Título Original: The Hitman
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Pictures
Direção: Aaron Norris
Roteiro: Robert Geoffrion, Don Carmody
Elenco: Chuck Norris, Michael Parks, Al Waxman

Sinopse:
Depois de sobreviver a um atentado contra sua vida por seu ex-parceiro, o oficial Cliff Garrett (Norris) exige a vingança sobre aqueles que o enganaram. Assumindo o disfarce de um homem de sucesso nos negócios ele começa a se infiltrar no submundo de Seattle para chegar até os criminosos que quase o assassinaram tempos atrás.

Comentários:
A Cannon Pictures já tinha sérios problemas financeiros mas ainda conseguiu produzir esse filme policial de ação com um de seus maiores astros, Chuck Norris. Dirigido por seu irmão, Aaron Norris, o filme, apesar de ter sido lançado nos anos 90, mais parece uma fita de Norris da década anterior. Praticamente todas as cenas são passadas durante á noite, em becos escuros e cheios de neblina e vapor. No cardápio, como não poderia deixar de ser, muitos tiros, pancadarias e lutas bem ao estilo dos filmes de ação dos anos 80. Curiosamente Chuck Norris surge com um dos penteados mais esquisitos de toda a sua carreira. No auge do sucesso do corte de cabelo chamado mullet, Chuck resolveu não só adotar o style como também manter sua velha e conhecida barba falcon. A mistura é pra lá de esquisita e acaba roubando todas as atenções hoje em dia! Bobagens à parte a fita, que mais parece uma produção para faturar nas locadoras de vídeo da época, traz obviamente muitos clichês e temas batidos (vingança? De novo?!) mas consegue divertir, principalmente para quem era garoto naquela época e esteja a fim de uma sessão nostalgia com o Chuck e cia.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Amanhecer Violento

Título no Brasil: Amanhecer Violento
Título Original: Red Dawn
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Dan Bradley
Roteiro: Carl Ellsworth, Jeremy Passmore
Elenco: Chris Hemsworth, Isabel Lucas, Josh Hutcherson

Sinopse:
Um grupo de jovens decide enfrentar ele mesmo uma invasão estrangeira em sua cidade natal nos Estados Unidos. Com a galera armada até os dentes eles esperam pelas tropas inimigas para um confronto final e sanguinário. Remake do famoso filme da década de 1980. Vencedor do People's Choice Awards na categoria "Melhor Filme de Ação do Ano". Indicado ao Framboesa de Ouro na categoria "Pior Remake". Indicado ao Teen Choice Awards na categoria Melhor Ator (Chris Hemsworth).

Comentários:
Quem viveu os anos 80 certamente se lembra de "Amanhecer Violento", filme bem meia boca que procurava tirar partido de um elenco jovem e popular entre os adolescentes para faturar uma grana fácil. Pois bem, era aquele típico filme que passava anos pegando poeira nas locadoras da vida. Tudo bem, era fruto de uma época certamente, então quando você pensa que a crise de criatividade em Hollywood chegou ao fundo do poço eles te surpreendem retirando do esquecimento até mesmo as mais banais fitas do passado. A ideia de reunir atores jovens e bonitões enfrentando estrangeiros malvados parece que ainda atrai a atenção dos produtores. Eis então esse remake, feito em cima do mesmo argumento de antes. Tudo bem, na Guerra Fria isso ainda tinha algum sentido (não muita, mas vá lá) mas se deparar com algo assim nos dias de hoje?! Ficou sem noção nenhuma. Ok, tem algumas boas cenas de ação - até bem realizadas - mas no geral segue a sina do filme original, bem meia boca e completamente descartável. Só agradará mesmo as adolescentes na faixa de 13 a 15 anos que ainda acreditam em príncipes encantados.

Pablo Aluísio.

Mulher Nota Mil

Título no Brasil: Mulher Nota Mil
Título Original: Weird Science
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Hughes
Roteiro: John Hughes
Elenco: Anthony Michael Hall, Ilan Mitchell-Smith, Kelly LeBrock, Bill Paxton

Sinopse:
Gary Wallace (Anthony Michael Hall) e Wyatt Donnelly (Ilan Mitchell-Smith) são dois nerds, gênios da computação, que resolvem criar a mulher perfeita, a mulher de seus sonhos. Usando de uma programação avançada eles conseguem materializar a mulher nota 1000 (Kelly LeBrock). O irmão mais velho de Wyatt, o fortão e jogador de futebol americano Chet Donnelly (Bill Paxton), porém tem outros planos para a dupla!

Comentários:
Que John Hughes foi um gênio das comédias adolescentes dos anos 80 todo mundo sabe. Agora, nem sempre ele acertou em cheio, houve pequenos deslizes em sua carreira. Esse "Weird Science" nunca foi dos meus preferidos da filmografia do diretor, sempre achei de sua vasta obra cinematográfica um dos mais fraquinhos, mas mesmo assim se formos comparar com os filmes de adolescentes de hoje em dia certamente parecerá uma verdadeira obra prima. Além da óbvia homenagem à beleza da atriz Kelly LeBrock (que obviamente interpreta a tal garota nota 1000) há cenas hilariantes, típicas da genialidade nonsense do cineasta. Em uma delas o irmão mais velho do personagem nerd principal, o insuportável Chet, acaba se tornando literalmente um pedaço enorme de fezes humanas! Mau gosto? Certamente sim, mas nos anos 80 tudo era possível pois a praga do politicamente correto ainda não havia se espalhado em todos os setores da sociedade. Curiosamente os nerds não se aproveitam de Kelly LeBrock no sentido sexual o que é uma ironia do roteiro. Coisas do imaginativo mas também conservador Hughes.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido

Título no Brasil: Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido
Título Original: Allan Quatermain and the Lost City of Gold
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: Gary Nelson
Roteiro: H. Rider Haggard, Gene Quintano
Elenco: Richard Chamberlain, Sharon Stone, James Earl Jones

Sinopse:
Robeson Quatermain (Martin Rabbett) desaparece misteriosamente durante uma expedição na África, onde se encontrava para encontrar uma tribo selvagem e desconhecida do homem branco e da civilização moderna. Para encontrar seu irmão desaparecido o aventureiro Allan Quatermain (Richard Chamberlain) e sua amiga Jesse Huston (Sharon Stone) partem em busca de pistas de seu paradeiro, uma atitude que deixará o tirano sanguinário Agon (Henry Silva) furioso!

Comentários:
Esse é para matar as saudades dos nostálgicos dos anos 80. Se trata da continuação de "As Minas do Rei Salomão" com o mesmo Richard Chamberlain interpretando o aventureiro Allan Quatermain. O filme é, em essência, uma imitação mais barata dos filmes de Indiana Jones, o que não deixa de ser muito curioso pois o personagem Allan Quatermain nasceu na literatura muitos anos antes de Jones! Assim vejam a ironia do destino, os produtores colocaram o famoso Quatermain imitando o herói do cinema Indiana Jones que, em última análise, já imitava muitos conceitos do aventureiro original em seus livros! Bem confuso não é mesmo? O grande destaque no elenco vai para a bela Sharon Stone! Nessa época, é bom salientar, ela ainda não era a estrela que todos viriam a conhecer mas sim "uma loira bonita que precisava pagar seu aluguel" como a própria se auto definiu quando relembrou esse filme numa entrevista recente. Tadinha, acabou recebendo uma indicação ao Framboesa de Ouro na categoria de Pior Atriz por seu trabalho aqui! Piadas à parte deixe isso de lado. Se você já conhece o estilo da produtora Cannon sabe bem o que irá encontrar. Diversão pipoca bem ao estilo anos 80.

Pablo Aluísio.

O Amor é Cego

Título no Brasil: O Amor é Cego
Título Original: Shallow Hal
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bobby Farrelly, Peter Farrelly
Roteiro: Sean Moynihan, Peter Farrelly
Elenco: Jack Black, Gwyneth Paltrow, Jason Alexander

Sinopse:
Para Hal (Jack Black) tudo o que importa é a beleza de uma mulher. Aconselhada por seu pai no leito de morte a só se envolver com beldades, ele sai colecionando ao longo da vida garotas bonitas ao seu redor. Seu superficialismo acaba quando um guru o hipnotiza. Assim Hal perde o senso de realidade. Ao conhecer Rosemary (Paltrow), uma mulher muito obesa, com mais de 150 quilos, ele só consegue enxergar uma garota esbelta e bonita em sua mente!

Comentários:
Eu tenho percebido uma certa mudança no mundo do humor nos últimos anos. Há uma certa ofensividade no ar. A graça muitas vezes nasce de piadas verdadeiramente ofensivas e grosseiras com as pessoas, afetando até mesmo suas dignidades pessoais. Não é à toa que tantos processos judiciais têm sido abertos ultimamente. Um dos percursores desse tipo de humor mais incisivo são os irmãos Bobby Farrelly e Peter Farrelly. Eles não parecem ter quaisquer limites. Esse aqui inclusive pode até mesmo ser considerado um dos menos ofensivos filmes da dupla - embora pegue pesado com a obesidade de certas pessoas. Em vista disso é um filme que certamente não vai agradar a todo mundo. Para rir das piadas infames o espectador terá que adotar uma certa postura adolescente, daqueles garotos que riem das situações mais diversas e absurdas. O mal gosto certamente impera mas faz parte do jogo. É o tipo de fita ao estilo "ame ou odeie". Se quiser arriscar, boa sorte!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

The Beatles - Help!

Título no Brasil: Help!
Título Original: Help!
Ano de Produção: 1965
País: Inglaterra
Estúdio: Walter Shenson Films, Subafilms
Direção: Richard Lester
Roteiro: Marc Behm, Charles Wood
Elenco: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr, John Bluthal 

Sinopse: 
Uma seita religiosa precisa recuperar um anel cerimonial que está nos dedos de Ringo Starr dos Beatles. Para colocar as mãos na valiosa jóia os membros sacerdotais não medirão esforços, indo atrás de Ringo e dos demais Beatles.

Comentários:
O segundo filme dos Beatles não tem o mesmo brilho de "A Hard Day´s Night" que era tão imaginativo quanto divertido. Para falar a verdade esse "Help!" como filme em si deixa muito a desejar. Não há propriamente um enredo a se contar, existe esse roteiro que muitas vezes parece ter sido escrito para algum desenho animado dos anos 60 e nada mais. O que salva esse musical é certamente as canções dos Beatles apresentadas ao longo da estorinha boba e muitas vezes sem graça nenhuma. A cada 15 ou 20 minutos os Beatles surgem fazendo o que sabiam melhor, cantando e tocando para acordar o público, cansado de tantas bobagens. O enredo em si investe no besteirol, com um humor tão tipicamente britânico. Em muitos momentos me recordei dos filmes do Monty Python mas a comparação não é muito justa pois "Help!" fica muito distante do talento da trupe de comediantes ingleses. O próprio Paul McCartney reconheceu anos depois que o filme realmente não era lá essas coisas, tanto que disse que os próprios Beatles, vendo que tudo não passaria de um abacaxi, começaram a dar sugestões descabidas no roteiro (como irem até as Bahamas, por exemplo). Por fim cabe a observação de que como atores os Beatles realmente eram ótimos músicos, pois em momento algum conseguem passar o mínimo de talento para a atuação. Nem Ringo (que queria se tornar ator profissional) consegue convencer. O trabalho dos quatro pode ser definido como completamente amadorístico. Em suma, melhor ver mesmo um resumo dos momentos em que os Beatles tocam nesse filme, já que vê-los atuar aqui é realmente de amargar. Noventa minutos que passam muito devagar de tão fraco que o filme é.

Pablo Aluísio.