sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Um Tira de Aluguel

Título no Brasil: Um Tira de Aluguel
Título Original: Rent-a-Cop
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Kings Road Entertainment
Direção: Jerry London
Roteiro: Michael Blodgett, Dennis Shryack
Elenco: Burt Reynolds, Liza Minnelli, James Remar, Richard Masur, Dionne Warwick, Bernie Casey

Sinopse:
Tony Church (Burt Reynolds) é um ex-policial durão, atualmente desempregado, que se une a uma prostituta para desbaratar uma perigosa quadrilha que explora mulheres para a prostituição e outros crimes de natureza sexual.

Comentários:
Eu me recordo, puxando pelas minhas lembranças mais antigas, de ver esse filme em cartaz em um cinema popular da minha cidade chamado Plaza. Realmente o filme passava para o mesmo público que curtia os filmes de porrada pura do Chuck Norris. E ele foi produzido em uma época já decadente da carreira do ator Burt Reynolds, embora ele naquela fase ainda não tivesse destruído seu rosto com opereções plásticas simplesmente desastrosas. E  o que dizer de Liza Minnelli? Pobre Liza, ter que participar de um filme tão fraco como esse... mas enfim, é a vida de altos e baixos de qualquer artista. Então é isso, um filme de ação dos anos 80, com um astro dos anos 70, já em plena fase de decadência artística e comercial.

Pablo Aluísio.

Elton John - Rocketman

Já não sou mais de ir tanto ao cinema como antigamente. Hoje em dia a qualidade de algumas salas do tipo cineplex deixam muito a desejar. A imagem aparece na tela apagada, sem cor, sem brilho. Também nunca fui muito fã do Elton John. Com tudo isso em jogo, com esses dados lançados, era de se esperar que eu nunca iria ao cinema assistir a esse musical. Pois é, mesmo com tantos fatores contra eu fui até um cinema da minha cidade para assistir a esse Rocketman.

A exibição continuou péssima, do ponto de vista técnico. Certamente eu teria apreciado muito mais o filme se tivesse visto em minha casa, com toda a comodidade do screaming. Porém como estava no cinema não tinha outra saída. Está no inferno? Ora, abraça o capeta então!

O filme é bem legal. Não segue o modelo do filme do Queen. Aqui é um musical mesmo, do tipo em que os personagens saem cantando e dançando no meio da rua sem motivo aparente. Por isso se esse tipo de filme não é de seu gosto pessoal fique longe dele. Em alguns momentos chega a ser até bobinho. O roteiro explora tudo do Elton John, seu começo complicado, os atritos com os familiares (nada muito sério) e seus problemas com drogas (nada muito dramático no roteiro também, para não atrapalhar o clima de festa).

No final das contas não é um filme para encher os olhos. Nada disso. É apenas um enredo comum com uma trilha sonora fabulosa. Aliás é bom deixar claro: se não fosse a música do Elton John esse filme seria bem mais ou menos, com cenas e momentos bem artificiais. Para sorte do público porém tem a música desse cantor e compositor talentoso. O que no final salva tudo do lugar comum. Com essa trilha sonora "Rocketman" se torna bem agradável aos olhos (e ouvidos, principalmente).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Shogun

Título no Brasil: Shogun
Título Original: Shogun
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: Jerry London
Roteiro: James Clavell, Eric Bercovici
Elenco: Richard Chamberlain, Toshirô Mifune, Yôko Shimada, Furankî Sakai, Alan Badel, Damien Thomas

Sinopse:
O Major John Blackthorne (Richard Chamberlain) é um navegador inglês que torna-se peão e jogador nos jogos políticos mortais do Japão feudal.

Comentários:
É curioso como a mente pode pregar peças na gente. A minha memória mais viva desse "Shogun" era como minissérie sendo exibida na Rede Globo lá no começo dos anos 80 (eu era um garotinha na época, é bom esclarecer). Entretanto em todas as referências que encontrei vi que na realidade se trata de um telefilme, de pouco mais de 2 horas de duração. Foi um dos trabalhos mais lembrados do ator Richard Chamberlain, aqui tendo a honra (honra mesmo!) de contracenar com o grande Toshirô Mifune. Olhando para o passado e percebendo como esse filme da NBC (canal de TV aberto nos Estados Unidos) está datado, fica a pergunta: Por que ainda não fizeram uma nova versão de uma história tão boa? Quem sabe em breve surja alguma novidade por aí.

Pablo Aluísio.

The Pacific

Foi bastante aguardada essa minissérie do canal HBO, "The Pacific". A intenção era não apenas repetir o êxito de crítica e público de "Band of Brothers" mas também focar nas terríveis batalhas no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Para muitos a guerra no Pacífico foi bem mais violenta, insana e extrema do que a que se desenvolveu na Europa. O diferencial vinha das características do próprio inimigo, os japoneses, que lutavam com uma determinação feroz e fanática. A honra era prezada a um patamar que até então era desconhecido para os ocidentais. Para um guerreiro japonês morrer por seu imperador e por seu país era uma grande honra pessoal e familiar, quase beirando á devoção divina. Assim os americanos encontraram muitas vezes uma resistência muito mais combativa e focada do que a que encontrou na Europa quando enfrentou as tropas alemãs. Assim que "The Pacific" foi anunciado pela HBO as expectativas foram às alturas. Infelizmente depois de conferir os dez episódios pude perceber que o material não era excepcional. A produção certamente era  maravilhosa mas no geral alguns episódios sofreram de sérios problemas de ritmo. As diversas histórias também foram editadas de modo confuso, deixando o espectador meio sem se situar corretamente dentro do que estava acontecendo em cena.

Excesso de personagens e ausência de foco no roteiro prejudicaram ainda mais o resultado final. Minha maior decepção com "The Pacific" foi que muitas vezes ao invés de mostrar algumas das batalhas mais sangrentas da II Guerra Mundial o roteiro ficou se preocupando em focar nos relacionamentos dos recrutas! Nada contra humanizar os combatentes mas a partir do momento em que se ficou mais preocupado em mostrar a dor de cotovelo de certos soldados do que em retratar as lutas sangrentas entre japoneses e americanos a coisa desandou. Há também uma grande irregularidade entre os episódios. Alguns são bem interessantes enquanto que outros caem no marasmo completo, se tornando chatos. Um exemplo é um episódio todo passado na Austrália. Nada de relevante acontece e o tédio impera, quebrando a espinha dorsal do que vinha acontecendo. De bom apenas um maior realismo no que efetivamente acontecia nas forças armadas, inclusive em termos de violência e insanidade dos soldados. Mesmo assim o saldo final não foi muito bom. O fato é que apesar de todo o dinheiro e luxuosa produção, "The Pacific" foi apenas mediano, abaixo do que era esperado.

The Pacific (The Pacific, Estados Unidos, 2008) Direção: Sanford Booksta / Elenco: Dennis Hopper, Clare Carey, Luis Chávez, Ross McCall, Brian Tee, Heather Mazur / Sinopse: Minissérie em dez episódios que conta parte da luta das forças armadas americanas na chamada guerra do Pacífico durante a II Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Leão Branco, o Lutador sem Lei

Título no Brasil: Leão Branco, o Lutador sem Lei
Título Original: Lionheart
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Imperial Entertainment Corporation
Direção: Sheldon Lettich
Roteiro: S.N. Warren, Jean-Claude Van Damme
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Harrison Page, Deborah Rennard, Lisa Pelikan, Ashley Johnson  

Sinopse:
Um ex-soldado francês começa a participar de lutas de rua clandestinas para ganhar dinheiro para a família de seu irmão. E nas ruas o que vale mesmo é a lei do mais forte, do lutador mais poderoso, do último que ficará de pé.

Comentários:
Esse é um filme bem do comecinho da carreira do ator e lutador Jean-Claude Van Damme. Nessa fase inicial ele foi chegando aos poucos, participando de filmes com orçamento modesto, mas cultivando um público que se sentia órfã desse estilo de filme desde os tempos do Bruce Lee. Deu certo. Nesse filme em questão o próprio Jean-Claude Van Damme escreveu a história original. Apesar da produção com menos dinheiro, é seguramente uma fita de ação que acabou agradando aos fãs de fitas de luta. E em plena era do VHS ele acabou fazendo com que esse filme se tornasse um campeão de locação nas locadoras de vídeo. Nada mal para quem era praticamente desconhecido e que acabou virando a estrela de sua própria linha de filmes.

Pablo Aluísio.

Fantasia

Walt Disney era um gênio. Além de grande artista, homem culto, era um empresário de mão cheia. Não é à toa que ele construiu todo um império de entretenimento apenas com sua velha prancheta de desenho, onde criou personagens eternos como o ratinho Mickey e o ranzinza Pato Donald. Quando já estava rico, milionário, e muito poderoso em Hollywood (ele praticamente inventou o longa-metragem de animação), Disney resolveu que queria realizar um velho sonho: unir desenho animado com música clássica. Ele era apaixonado por grandes compositores clássicos do passado e achou que a fusão poderia dar muito certo, afinal de contas Disney geralmente desenhava enquanto ouvia música clássica em seu atelie. Quando estava ouvindo um disco da orquestra da Philadelphia, pensou logo em Mickey como um aprendiz de feiticeiro muito desastrado sincronizado com as notas musicais que ouvia. Após criar um rápido rascunho com suas ideias em sua casa levou o projeto para seus animadores que ficaram bastante entusiasmados com seu conceito. O que não sabiam era que a sincronização entre os movimentos dos desenhos com as notas musicais seria extremamente complicada e demorada - levaria meses para que eles finalmente terminassem uma única sequência. A espera porém valeu muito a pena.

"Fantasia" é considerada não apenas uma das animações mais maravilhosas da história do cinema mas também um marco revolucionário nas técnicas de produção de desenhos animados. Assistir a esse filme hoje em dia e pensar que ele foi realizado em 1940, sem qualquer uso de computação gráfica ou algo parecido, mas apenas lápis e papel é realmente de deixar qualquer um de queixo caído. Foi praticamente um trabalho artesanal, feito mão a mão, traço a traço, pela equipe do estúdio. Foram no total nove diretores de animação (alguns não creditados, inclusive o próprio Disney). Cada um ficou responsável por uma sequência específica. O resultado se mostrou maravilhoso, mostrando vários estilos e técnicas de animação diversas. Disney conseguiu realizar o que para muitos seria sua obra prima definitiva. Infelizmente como geralmente acontece com obras dessa envergadura, "Fantasia" também não foi completamente compreendida em seu lançamento. O roteiro foi acusado de ser sem foco, com vários sequências jogadas ao vento, sem uma estrutura narrativa básica. Disney se defendeu afirmando que o verdadeiro conceito por trás de tudo era levar cultura (no caso os grandes clássicos da música) para as crianças, de uma forma leve e divertida. Certo estava ele. O tempo mostrou quem realmente tinha razão e hoje em dia "Fantasia" é considerado um dos maiores momentos da história do cinema americano. Coisa de gênio.

Fantasia (Idem, Estados Unidos, 1940) Direção: Walt Disney, James Algar, Samuel Armstrong, Ford Beebe Jr, Norman Ferguson, Jim Handley, Wilfred Jackson, Hamilton Luske, Bill Roberts, Paul Satterfield, Ben Sharpsteen  / Roteiro: Walt Disney, Joe Grant, Dick Huemer, entre outros / Elenco: Leopold Stokowski, Deems Taylor, Corey Burton / Sinopse: "Fantasia" é composto de várias sequências independentes entre si onde o espectador é levado a ver a perfeita união entre animação e música clássica.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Grease 2

Título no Brasil: Grease 2
Título Original: Grease 2
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Patricia Birch
Roteiro: Ken Finkleman, Jim Jacobs
Elenco: Michelle Pfeiffer, Maxwell Caulfield, Lorna Luft, Maureen Teefy, Alison Price, Pamela Adlon

Sinopse:
"Grease 2 - Os Tempos da Brilhantina Voltaram" conta a história de uma estudante britânica em uma escola secundária americana durante anos 1960, E nesse nova escola ela terá que mostrar todo o seu valor.

Comentários:
Continuação muito fraca do sucesso "Grease", aquele musical passado nos anos 50 com o John Travolta. Como um raio geralmente não cai no mesmo lugar duas vezes, esse segundo filme não conseguiu agradar nem ao público (que deixou as salas de cinema na época completamente vazias) e nem à crítica (que malhou impiedosamente o filme nos jornais em 1982). E o fracasso comercial foi merecido porque é um caça-níqueis vergonhoso por parte da Paramount. A única coisa que presta para falar a verdade é a presença e uma esforçada atriz novata. O nome dela? Michelle Pfeiffer! Pois é, ela conseguiu dar a volta por cima e fez uma bela carreira em Hollywood. Lembrou da Mulher-Gato? Esse foi apenas um de seus futuros sucessos.

Pablo Aluísio.

Spice World - O Mundo das Spice Girls

O universo pop é o mundo da música feito de algodão doce, das harmonias chicletes e dos discos descartáveis. Poucos são os artistas que escapam do "use e jogue fora" nesse estilo. Os anos passam mas a fórmula continua a mesma. Um empresário esperto junta um grupo de garotos e forma uma boy band. Depois que eles atingem os 20 anos são descartados pois já estão velhos demais. Foi assim com Menudo, Backstreet Boys e mais uma centena de bandas farofas do mesmo naipe. O curioso é que na Inglaterra resolveram formar não uma banda de garotos com cara de meninas mas sim uma banda de garotas mesmo! Nasceu assim esse "fenômeno" pop chamado "Spice Girls"! Hoje em dia elas já são senhoras, algumas inclusive ficaram fora do padrão com a idade (Tentaram inclusive vários retornos mas sem sucesso). Atualmente o sonho acabou para elas mas no passado elas foram muito bem sucedidas comercialmente. Elas venderam tantos CDs em seu auge que os produtores de cinema resolveram até mesmo produzir um filme com as moças. Imagine você que coisa mais sem noção! Claro que as Spice Girls não sabiam atuar mas fechavam os olhinhos e davam beijinhos para a tela! Afinal quem disse que algum artista da música pop precisou mesmo atuar em algum filme que fez ao longo de todos esses anos?

O clima do filme tenta copiar o estilo dos antigos filmes dos Beatles, ou seja, muito nonsense inglês misturado com músicas bacanas na linha fast food. Não há propriamente um roteiro mas sim uma sucessão de sequências musicais onde elas cantam, dançam, "atuam" (perdão Sir Lawrence Olivier pelo uso da palavra!) e fazem caretas fofinhas o tempo todo. O conteúdo é o mesmo de uma bolha de sabão colorida! Claro que se você tiver mais de dezesseis anos de idade vai achar tudo uma tolice sem cabimento. E é isso mesmo, o filme é um chicletão colorido, vazio, mas que os adolescentes da época adoraram a ponto da produção fazer bonito nas bilheterias. No fundo é um grande videoclip das meninas. Elas próprias são simples caricaturas de garotas. Tem a fofinha (Baby Space), a esportista (Mel C), a afro (Mel B), a bonitona (Geri Halliwell) e a fashionista (Victoria).  Para não dizer que nada se salva temos que dar o braço a torcer e dizer que algumas baladas das Spice Girls eram até bonitas, com harmonias pegajosas (grudou no ouvido, não sai mais). Curiosamente depois de dois anos do sucesso desse filme elas já não eram mais nada. Foram descartadas, jogadas na lata de lixo da cultura dos anos 90 como convém a esse linha de artista. Assim se você estiver curioso em saber qual vai ser o futuro de cantores pop como Justin Bieber (que também tem cara de menina) então basta dar uma olhada nesse filme para sentir como nesse mundo pop tudo é passageiro e fugaz, feito bolha de sabão.

Spice World - O Mundo das Spice Girls (Spice World, Inglaterra, 1998 ) Direção: Bob Spiers / Roteiro : Kim Fuller e Jamie Curtis / Elenco: Melanie Chisholm, Victoria Beckham, Melanie Brown, Emma Bunton, Geri Halliwell / Sinopse:  As Spice Girls precisam salvar o mundo de um vilão muito malvado. Para isso cantam e dançam. Como é lindo o mundo pop da música!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Banana Joe

Título no Brasil: Banana Joe
Título Original: Banana Joe
Ano de Produção: 1982
País: Itália
Estúdio: Derby Cinematografica
Direção: Steno
Roteiro: Mario Amendola
Elenco: Bud Spencer, Marina Langner, Mario Scarpetta

Sinopse:
Um homem vive feliz em uma ilha com sua família, cultivando bananas. Quando um mafioso local, de olho na propriedade do homem, tenta tirá-la dele, ele deve ir à cidade pela primeira vez para obter ajuda.

Comentários:
Eu me recordo desse filme sendo exibido pelo SBT - e não foram poucas vezes. Acontece que o Bud Spencer sempre foi muito querido no Brasil. Aqui ele surge em um filme solo, já que todos estavam acostumados a vê-lo em dupla com o Terence Hill. E o filme, como não poderia deixar de ser, é uma daquelas comédias italianas sem medo de serem bregas e cafonas. O humor é bem pastelão, ao estilo dos Trapalhões e justamente por essa razão acabou caindo no gosto do público brasileiro, ou melhor dizendo, entre o povão mesmo. E não há nada de errado nisso. Cada filme acaba encontrando seu próprio público, de um jeito ou de outro.

Pablo Aluísio.

Os Guerreiros do Bronx

Título no Brasil: Os Guerreiros do Bronx
Título Original: 1990 - I guerrieri del Bronx
Ano de Produção: 1982
País: Itália
Estúdio: Deaf Internacional Films
Direção: Enzo G. Castellari
Roteiro: Dardano Sacchetti, Dardano Sacchetti
Elenco: Mark Gregory, Fred Williamson, Vic Morrow

Sinopse:
Em uma cidade pós-apocalíptica de Nova York, um policial se infiltra no Bronx, que se tornou um campo de batalha para várias gangues de rua assassinas.

Comentários:
Voltando no  tempo, em minhas memórias afetivas de cinéfilo, eu me lembro bem dessa fita pegando poeira na locadora Betamax onde eu costumava alugar filmes todas as semanas. Pois é, acredite, era uma época de tanta fartura nas videolocadoras no Brasil que até mesmo filmes ao estilo trash como esse ganhavam lançamentos em nosso país. E se eu não estou enganado esse filme foi lançado por aqui pelo selo Look Vídeo. E deixando esse lado da nostalgia de lado é bom salientar que esse filme italiano nada mais é do que outro filho bastardo de "Mad Max", provavelmente um dos filmes mais influentes da história do cinema. Acabou dando origem a uma série sem fim de filmes passados em mundos pós-apocalípticos.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de agosto de 2015

Cry-Baby

Título no Brasil: Cry-Baby
Título Original: Cry-Baby
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Johnny Depp, Tracy Lords, Iggy Pop, Willie Dafoe e Amy Locane

Sinopse: 
A cidade é Baltimore, o ano é 1954. Wade "Cry-Baby" Walker (Johnny Depp) é um "Teddy Boy" que lidera um grupo de outsiders. No bairro e na escola tem o sugestivo apelido de "Cry-Baby" justamente por causa de algo bem singular em si mesmo: ele chora apenas por um olho! Embora se faça de durão ele na verdade está apaixonado pela bela Allison Vernon-Williams (Amy Locane), uma garota rica que parece estar fora de seu alcance uma vez que seus parentes o odeiam. Afinal todos pensam que "Cry-Baby" é apenas um delinqüente juvenil sem qualquer futuro pela frente.

Comentários:
Acredito que pouquíssimas pessoas vão lembrar desse filme. A razão é simples: poucas pessoas viram "Cry-Baby" na época de seu lançamento. No comecinho da carreira o jovem Johnny Depp já colocava as asinhas de fora estrelando um filme do cineasta (e maluco de plantão) John Waters. Quem assistiu já sabe, o filme é todo fora do convencional. Tem até a ex estrela pornô Traci Lords, que foi colocada no elenco como provocação mesmo: na época várias pessoas da indústria pornô estavam sendo presas por causa dela (mas isso é uma outra história). Sinceramente não me lembro de ter visto Cry-Baby na TV. Acho inclusive que deve ser inédito até em dvd no Brasil (me corrijam se estiver enganado). É um filme raro e dificil de achar mas recomendo aos fãs do trabalho de Depp pois ele está impagável na pele de um personagem que mistura de uma vez só James Dean, Marlon Brando e Elvis Presley. Ele também canta no filme (e não é que o cara já cantava bem há mais de 20 anos!). Não é de se espantar já que ele mesmo se considera um músico frustrado que virou ator por necessidade. Enfim, para quem gosta do cinema subversivo de Waters, "Cry-Baby" é um prato cheio - de brilhantina é claro!

Pablo Aluísio.

Duro de Matar - A Vingança

Título no Brasil: Duro de Matar - A Vingança 
Título Original: Die Hard: With a Vengeance
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John McTiernan
Roteiro: Jonathan Hensleigh, Roderick Thorp
Elenco: Bruce Willis, Jeremy Irons, Samuel L. Jackson

Sinopse: 
Surge um novo terrorista, Simon Gruber (Jeremy Irons) que ameaça explodir dezenas de escolas de Nova Iorque caso não coloque as mãos no policial John McClane (Bruce Willis). Acontece que Simon é irmão de um criminoso que foi morto justamente por McClane (na trama do primeiro "Duro de Matar") e agora quer vingança. O que os policiais de Nova Iorque não sabem é que ele na realidade arma um grande golpe para desviar as atenções da autoridades. Enquanto elas correm para salvar as crianças ele rouba bilhões de dólares do banco central da cidade. 

Comentários:
Terceiro filme da franquia "Die Hard". A franquia não era mais do interesse de Willis e por isso a Fox teve que pagar um cachê recorde para o ator voltar para mais um filme de ação na pele do indestrutível John McClane. Aqui há dois bons aspectos a se considerar. O primeiro é a grandiosidade da produção. Há cenas realmente bem realizadas como a explosão de uma bomba no metrô de Nova Iorque. Outro ponto muito positivo é o elenco de apoio. Tanto Jeremy Irons (que interpreta um terrorista psicopata e frio) como Samuel L. Jackson (que faz um tira obcecado com racismo) estão muito bem em seus respectivos personagens. No saldo final é um filme de ação escapista, muito bem realizado, que consegue divertir bastante o espectador e os fãs da série.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de agosto de 2015

Alguém Lá em Cima Gosta de Mim

Título no Brasil: Alguém Lá em Cima Gosta de Mim
Título Original: Oh, God!
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Carl Reiner
Roteiro: Larry Gelbart, Avery Corman
Elenco: George Burns, John Denver, Teri Garr, Donald Pleasence, Ralph Bellamy, William Daniels

Sinopse:
Quando Deus aparece a um gerente assistente de mercearia como um velho de boa índole, o Todo-Poderoso o seleciona como seu mensageiro para o mundo moderno. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado (Larry Gelbart).

Comentários:
Filme mais do que simpático, na realidade é uma graça. Com muito bom humor (humor leve e divertido) acompanhamos um velhinho boa praça que na realidade é o própro Deus, descend na Terra para ver o que estaria acontecendo com a humanidade. Até hoje me lembro da cena final quando Deus (na interpretação maravilhosa do ator George Burns) se despede de seu pupilo e diz que vai andar por aí, pela natureza, para ver o que teria acontecido, o que fizeram com sua criação. Claro, uma mensagem ecológica, já naqueles tempos, década de 1970, quando isso nem era tão comum assim no cinema. Eu adorei esse filme e sempre recomendo. Nunca Deus surgiu tão carismático como vemos aqui. Uma maravilha mesmo!

Pablo Aluísio.

Frankenstein, o Monstro das Trevas

Título no Brasil: Frankenstein, o Monstro das Trevas
Título Original: Roger Corman's Frankenstein Unbound
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: The Mount Company
Direção: Roger Corman
Roteiro: Brian Aldiss, Roger Corman
Elenco: John Hurt, Raul Julia, Bridget Fonda, Jason Patric, Nick Brimble, Michael Hutchence

Sinopse:
A arma definitiva, que deveria ser segura para a humanidade, produz efeitos colaterais globais, incluindo deslizamentos no tempo e desaparecimentos. E nesse meio surge a lenda do Frankenstein.  E depois disso salve-se quem puder!

Comentários:
Eu me recordo que aluguei esse filme em uma locadora na época, ainda nos tempos das velhas fitas VHS e odiei, odiei o filme. Achei tudo muito ruim, com cenas absurdas como aquela em que o personagem de John Hurt passeia por uma aldeia medieval dentro de um carro moderno. Que porcaria era aquela? E o pior é que as pessoas daqueles tempos viam um carro moderno e achavam tudo muito natural. Completamente nonsense. O Roger Corman sempre foi o rei dos filmes B em Hollywood, filmes que fugiam dos padrões, mas no caso desse filme bem ruim ele certamente exagerou (e muito) na dose! E tem alguma coisa que preste? Tem o poster com os olhos costurados. Foi o que me fez alugar o filme... e quebrar a cara!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros

O diretor Colin Trevorrow, que nunca tinha dirigido nada de importante antes na carreira, acabou realizando um filme bem genérico que não se importa em copiar descaradamente o formato e a fórmula do primeiro filme, dirigido por Steven Spielberg em 1993 (e lá se vão mais de vinte anos do lançamento original, estamos ficando mesmo velhos!). E qual seria essa fórmula antiga? Simples. Um parque de diversões temático, com dinossauros trazidos de volta à existência com a ajuda da tecnologia genética. Uma espécie de Disneyworld do mundo jurássico. Os bichanos expostos para o público formado basicamente por crianças e adolescentes. Entre eles estão dois irmãos, um pouquinho mais velho do que outro. Eles são sobrinhos de uma das executivas do Jurassic World. Aqui vemos a mão marota de Spielberg. Os dois garotos estão enfrentando o divórcio dos pais e a tiazona que mal tem tempo de dar atenção a eles mais parece uma mulher balzaquiana mal resolvida na vida que procura se afundar no trabalho para compensar a inexistência de um relacionamento sério e duradouro, com seus próprios filhos (Spielberg pelo visto ainda acredita na velha visão da mulher na cozinha, dona de casa, cuidando dos filhos, morando no subúrbio e sendo feliz! - Me poupe Sr. Midas do cinema).

Isso é o de menos, melhor esquecer os personagens "humanos". Jurassic World é um filme de efeitos digitais, efeitos especiais e tecnologia. A criançada não quer saber de garotos fedelhos e nem tiazonas com problemas de relacionamento e vida profissional, a meninada quer ver os dinossauros! Nesse aspecto o filme é até bem interessante, mas apenas no que se refere aos dinos que realmente existiram em uma época remota da existência do nosso planeta. Isso porque os roteiristas não se contentaram com a riqueza natural do mundo pré-histórico e resolveram criar um híbrido genético, uma criatura mais mortal e feroz que um T-Rex, mais esperto que um Velociraptor e mais sagaz que um animal comum, nascido e gerado pela mãe natureza. Assim seguindo a velha máxima em filmes de ficção em que seres humanos se dão muito mal ao mexerem com o mundo natural, as coisas logo viram pelo avesso. A super máquina de matar engana seus tratadores e foge de sua jaula. Em pouco tempo começa a comer todo humano que encontra pela frente e o mais incrível de tudo é que o faz apenas pelo sabor de matar (ou matar de forma esportiva como bem salienta um futuro bife do bichão). Quando começa a matança é melhor você esquecer qualquer tentativa de achar um fiapo de roteiro pela frente. Vira tudo a mesma coisa, a turma corre de um lado para o outro e os dinossauros correm atrás de comida rápida e fácil. O banquete de carne humana está servido! "Jurassic World" não consegue ser um grande filme, mas rendeu horrores nas bilheterias, provando mais uma vez que não adianta procurar muito por inteligência nas filas de cinemas comerciais. Ela está definitivamente extinta na cabeça desse povo todo!

Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World, Estados Unidos, 2015) Direção: Colin Trevorrow / Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver, baseados na obra de Michael Crichton / Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Ty Simpkins / Sinopse: Mais um filme da franquia cinematográfica de grande sucesso Jurassic Park. Os dinossauros estão de volta e estão vorazes.

Pablo Aluísio.