segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown

Título no Brasil: Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown
Título Original: Death Wish 4 - The Crackdown
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Brian Garfield, Gail Morgan Hickman
Elenco: Charles Bronson, Kay Lenz, John P. Ryan

Sinopse:
Depois de vingar a morte de entes queridos nos filmes anteriores tudo o que Paul Kersey (Charles Bronson) deseja é reconstruir sua vida e viver em paz. Ele conhece uma mulher interessante e começa um bom relacionamento com ela, mas infelizmente a criminalidade não dá tréguas. A filha de sua namorada se torna vítima de uma gangue de traficantes de crack. Sem outra opção Kersey resolve voltar às ruas para limpar a escória da sociedade.

Comentários:
Quarto e penúltimo filme da violenta franquia "Death Wish". Aqui Charles Bronson resolveu voltar ao papel após uma proposta irrecusável da Cannon, que havia adquirido os direitos de filmagem de várias franquias de sucesso do passado como "Superman" e é claro, "Desejo de Matar". A parceria foi muito bem sucedida fazendo inclusive Bronson a estrelar outras fitas da produtora. Aqui nada de muito original, aliás todos os filmes da série "Desejo de Matar" são variações apenas do primeiro filme. Nada de muito inovador, a não ser a idade de Bronson que começava a se tornar um problema para as cenas mais agitadas. Mesmo assim o ator conseguiu manter seu carisma à prova de falhas. O filme segue de perto a linha das produções de ação dos anos 80, assim se você curte esse estilo certamente não ficará decepcionado. Afinal de contas Bronson sempre foi um ídolo supremo dos fãs de action movies.

Pablo Aluísio.

O Atirador - Legado

Título no Brasil: O Atirador - Legado
Título Original: Sniper - Legacy
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Don Michael Paul
Roteiro: John Fasano
Elenco: Asen Asenov, Tom Berenger, Chad Michael Collins

Sinopse:
Vários oficiais de uma antiga operação militar denominada "Sentinela" (realizada no Afeganistão durante a intervenção americana naquele país) começam a ser assassinados por um misterioso atirador de elite. Os Marines então enviam um grupo especial de snipers para localizar e matar o assassino. Enquanto isso o jovem Brandon Beckett (Chad Michael Collins) resolve desobedecer ordens diretas de seus superiores para ir também atrás do atirador que matou seu pai, o lendário Thomas Beckett (Tom Berenger). A caçada vai começar.

Comentários:
Mais uma sequência tardia de uma antiga franquia de ação. O primeiro filme foi realizado em 1993 e no Brasil recebeu o título de "Sniper, O Atirador". Depois em 2002 veio sua continuação "O Atirador 2", sendo seguida em 2004 por "O Atirador 3". Dez anos depois temos esse quarto filme. Tom Berenger, já bastante envelhecido, retorna no papel do militar Thomas Beckett, considerado o melhor atirador de elite da história dos fuzileiros navais americanos. Aqui para tentar abrir uma possibilidade de novas sequências futuras, seu bastão é passado para seu próprio filho, Brandon (interpretado por Chad Michael Collins, um jovem ator de séries de TV, como por exemplo "CSI: Investigação Criminal" e "Blue Bloods"). O tema do roteiro é obviamente batido e não traz maiores surpresas, mas o filme é bem realizado (produzido pela Sony, não poderia ser diferente) e conta com boas cenas de ação, principalmente naquelas que envolvem tocaias e execuções pelos snipers, tanto no Afeganistão como na Síria, onde parte do enredo se passa. Para quem assistiu aos filmes anteriores se torna uma boa pedida, uma opção válida de diversão em uma tarde entediada de domingo. Vale a pena arriscar e assistir ao filme.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de setembro de 2014

Desejo de Matar 3

Título no Brasil: Desejo de Matar 3
Título Original: Death Wish 3
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: Michael Winner
Roteiro: Don Jakoby, Brian Garfield
Elenco: Charles Bronson, Deborah Raffin, Ed Lauter

Sinopse:
O arquiteto e justiceiro Paul Kersey (Charles Bronson) vai para Nova Iorque para vingar a morte de um amigo policial, causada por uma violenta quadrilha de bairro. Agora, armado com um poderoso equipamento bélico, ele está decidido a livrar as ruas daquela marginália infecta.

Comentários:
Terceiro e considerado o mais violento exemplar da franquia "Death Wish 3". A premissa é praticamente a mesma de todos os demais filmes da série. Alguma pessoa próxima a Kersey é assassinada e ele não encontra respostas do sistema legal em punir os criminosos. Assim resolve agir com as próprias mãos, aplicando aquilo que entende ser o mais justo possível. Nesse exemplar realizado nos anos 80, onde todos os filmes pareciam competir entre si para ser o mais violento, Bronson chega a utilizar um lançador de mísseis para detonar os bandidos!!! Como se trata mais uma produção da Cannon a sutileza certamente foi deixada de lado completamente. Já Charles Bronson continua em seu tipo habitual, personagem de poucas palavras e muita ação! Nesse exemplar da série ele mata mais gente do que em praticamente todos os dois filmes anteriores - virando literalmente um exterminador de bandidos urbanos. Ecos de uma época em que os filmes de ação dominavam as bilheterias em Hollywood.

Pablo Aluísio.

Desejo de Matar 2

Título no Brasil: Desejo de Matar 2
Título Original: Death Wish II
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Films
Direção: Michael Winner
Roteiro: David Engelbach, Brian Garfield
Elenco: Charles Bronson, Jill Ireland, Vincent Gardenia

Sinopse:
Cidadão comum, pacato arquiteto, não consegue superar o trauma da morte de sua família (eventos mostrados no primeiro filme da franquia). Assim acaba descobrindo que um grupo de punks esteve envolvido na morte de sua filha. Sem pensar duas vezes ele resolve se armar com pistolas de grande calibre para passar fogo em todos aqueles marginais, verdadeiras escórias da sociedade.

Comentários:
Segundo filme da saga do justiceiro Paul Kersey, que acabou se tornando o personagem mais famoso e popular da carreira do ator Charles Bronson. Como se sabe o primeiro filme causou um certo debate sobre a validade da justiça feita pelas próprias mãos. Essa sequência já não tem mais nenhuma preocupação em levantar qualquer tipo de bandeira sobre isso, se contentando em disponibilizar ao público um filme de ação bem realizado, com bem movimentadas cenas de confronto entre o arquiteto interpretado por Brando (representando a indignação do homem comum, honesto) contra os jovens punks (que estão ali para materializar tudo o que está errado dentro da sociedade corrompida por valores destrutivos). Quem acaba ganhando no final são os próprios fãs de Charles Bronson, que certamente não terão do que reclamar. 

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de setembro de 2014

Rhinestone - Um Brilho na Noite

Título no Brasil: Rhinestone - Um Brilho na Noite
Título Original: Rhinestone
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bob Clark
Roteiro: Phil Alden Robinson
Elenco: Sylvester Stallone, Dolly Parton, Richard Farnsworth

Sinopse:
Jake Farris (Parton) é uma cantora nascida no Tennessee que vai até Nova Iorque para tentar se tornar uma estrela. Contratada por um night club as coisas não se mostram tão simples como ela imaginava. Assim ela decide voltar para sua terra natal, mas é impedida por seu contrato. Para tentar se livrar ela decide fazer uma aposta com o dono do club. Ela treinará um taxista brutamontes chamado Nick (Stallone) para tomar seu lugar. Se o sujeito realmente aprender a cantar ela estará finalmente liberada!

Comentários:
Já que falamos de Sylvester Stallone que tal recordar um de seus filmes menos lembrados? Hoje em dia "Rhinestone - Um Brilho na Noite" é pouco citado, mesmo entre cinéfilos veteranos. A fita já mostra a vontade que Sly tinha em fazer algo diferente na carreira. Assim quando esse roteiro caiu em suas mãos ele deixou a vergonha de lado e abraçou o projeto - agora imagine ver uma comédia em que Stallone tenta soltar o vozeirão ao lado de ninguém menos do que a estrela country Dolly Parton! O humor nasce justamente desse choque de pessoas tão diferentes. Dolly cheia de vida, esbanjando exageros, tanto nos figurinos como no modo de agir contrasta completamente com o jeito rude e fora de ambiente do personagem de Sly. Afinal Stallone interpreta um bronco de Nova Iorque, um taxista que não leva o melhor jeito para a música. O resultado não é grande coisa, mas se salva por alguns poucos momentos realmente divertidos. O curioso é que a recepção fria do filme não mudaria a opinião de Stallone que tentaria voltar para a comédia muitos anos depois com películas como "Oscar" e "Pare, Senão Mamãe Atira!", duas outras bombas da carreira do eterno Rocky Balboa.

Pablo Aluísio.

CBGB

Título no Brasil: CBGB
Título Original: CBGB
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Unclaimed Freight Productions
Direção: Randall Miller
Roteiro: Jody Savin, Randall Miller
Elenco: Alan Rickman, Rupert Grint, Malin Akerman, Richard de Klerk

Sinopse:
A vida não anda nada fácil para Hilly Kristal (Alan Rickman). Beirando os cinquenta anos, ele carrega duas falências nas costas e um divórcio complicado. Após ter problemas com a lei, resolve comprar um bar caindo aos pedaços em Nova Iorque. Com o dinheiro da mãe resolve investir na espelunca, remodelando tudo, dando o nome de CBGB (sigla de Country, Bluegrass and Blues). O local que deveria ser um club de country e blues porém logo vira o point de bandas jovens, iniciantes, que acabariam se tornando os maiores ícones do movimento Punk!

Comentários:
Muito bom esse filme que se propõe a contar a história do club CBGB, aquele que foi provavelmente o lugar mais sagrado para o Punk americano. Basta dar uma pequena olhada na lista nos grandes nomes que passaram por lá para ter uma ideia de sua importância para o Punk Music: Ramones, Blondie, Talking Heads, Iggy Pop, Dead Boys, Elvis Costello, The Police, Nirvana e Pearl Jam, entre tantos outros. A lista é realmente praticamente infinita. O interessante é que o diretor Randall Miller resolveu contar os primórdios do lugar de um jeito muito bacana, leve e divertido, com uma narrativa que lembra uma história em quadrinhos ou a linguagem da revista Punk, outro marco daqueles anos pioneiros. O elenco é excepcionalmente bom, mas destaco mesmo Alan Rickman. Sempre o considerei um ator muito subestimado, pois até quando é um mero coadjuvante costuma roubar o show para si. Aqui não é diferente. Sua caracterização do dono do CBGB está mais do que inspirada, afinal dar vida a um sujeito como esse (que não tinha absolutamente nada a perder como os grupos que passaram pelo palco de seu estabelecimento) não deve ter sido nada fácil. Enfim, para quem curte Punk e a história da música jovem americana, o filme "CBGB" é de fato obrigatório. Ótima diversão embalada por uma grande trilha sonora. Para reviver os bons tempos não há nada melhor do que isso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Havana

Título no Brasil: Havana
Título Original: Havana
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Judith Rascoe
Elenco: Robert Redford, Lena Olin, Alan Arkin

Sinopse:
Jack Weil (Robert Redford) é um jogador profissional americano que chega a Cuba em dezembro de 1958 para organizar uma milionária partida de poker entre figurões locais e turistas endinheirados. O que parece ser um promissor evento porém se torna uma arapuca por causa do instável quadro político do país. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música Original (Dave Grusin). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.

Comentários:
Realizando um pequeno revival sobre os anos 1990 chegamos nesse esquecido "Havana". Muito provavelmente tenha sido o último filme em que Robert Redford explorou exclusivamente o seu lado de galã de cinema. Como todos sabemos o tempo passa, a idade chega e de repente os atores que construíram suas carreiras sendo galãs perdem o prazo de validade e são trocados por outros, bem mais jovens. Não é o caso de Robert Redford que em sua longa filmografia soube muito bem construir excelentes atuações, dirigindo e produzido bons filmes, muito embora também tenha usufruído de sua boa aparência, surgindo muitas vezes como mero galã em determinadas películas. Esse "Havana" foi sua despedida nesse tipo de trabalho. O filme é muito bonito, tem ótimas cenas de pôr de sol,  com excelente fotografia, mas derrapa ao adotar um mundo que nunca existiu. A Havana onde o personagem de Robert Redford transita é mera peça de ficção. O cenário assim funciona apenas para um enredo ao estilo "Sabrina" e romances do tipo, não muito condizentes com os fatos reais. Além disso fica uma sensação ruim de que os realizadores possuem uma quedinha pela causa de Fidel Castro, o ditador eterno da ilha caribenha. No saldo geral é isso, uma produção com cara de cartão postal e enredo de literatura romântica de bolso. O bom e velho Redford poderia passar sem essa.

Pablo Aluísio.

Mina Abandonada

Título no Brasil: Mina Abandonada
Título Original: Dead Mine
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, Indonésia
Estúdio: HBO, Infinite Studios
Direção: Steven Sheil
Roteiro: Ziad Semaan, Steven Sheil
Elenco: Miki Mizuno, Sam Hazeldine, Ario Bayu

Sinopse:
Grupo de pesquisadores resolve seguir a pista de uma antiga lenda sobre a Segunda Guerra Mundial que afirma haver uma fortuna escondida em uma mina na Indonésia que serviu de bunker para o Exército Imperial Japonês durante aquele conflito. Após encontrar o local todos ficam presos dentro da mina e para completo desespero descobrem que não estão sozinhos naquele labirinto subterrâneo.

Comentários:
Terrorzinho oriental B que contou com co-produção do canal americano HBO. O enredo é manjado, trazendo de volta a tentativa de se criar suspense em uma velha mina abandonada que foi usada pelos japoneses durante a guerra. O problema é que o lugar não era apenas usado pelas tropas mas também como centro de terríveis experiências com cobaias humanas, geralmente prisioneiros aliados. Como se trata de uma produção até modesta não vá esperando por grande coisa em termos de orçamento. A mina onde tudo acontece não é das mais bem feitas e as criaturas que surgem das profundezas também não são das mais assustadoras - na verdade já tínhamos visto algo parecido em outros filmes com temática parecida. O único diferencial vem mesmo do fato do enredo explorar essa questão da presença japonesa em ilhas perdidas e selvagens da Indonésia. Por falar nisso esse é outro aspecto que pode vir a agradar já que pelo menos em seu começo o filme traz belas tomadas das florestas tropicais daquele país. Pena que fora isso nada mais de interessante venha para recomendar o filme que é mesmo rotineiro e até banal.

Pablo Aluísio.

Soldado Anônimo 2 - Campo em Chamas

Título no Brasil: Soldado Anônimo 2 - Campo em Chamas
Título Original: Jarhead 2 - Field of Fire
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Don Michael Paul
Roteiro: Berkeley Anderson, Ellis Black
Elenco: Josh Kelly, Danielle Savre, Cole Hauser

Sinopse:
O cabo Merrimette (Josh Kelly) acaba recebendo a liderança de seu esquadrão após a morte violenta de seu sargento. Agora ele terá que liderar seus homens em um perigoso campo aberto dominado pelos Talibãs no Afeganistão. No caminho acabam encontrando um membro das forças especiais SEALs, o tenente Fox (Hauser), que tem a missão de levar uma jovem afegã sã e salva até os Estados Unidos, um objetivo que não será nada fácil de alcançar naquela terra devastada pela guerra.

Comentários:
O primeiro filme "Jarhead" de 2005 era uma excelente crônica sobre o cotidiano de um soldado americano nas vésperas da invasão do Iraque. Com Jake Gyllenhaal como protagonista e um ótimo roteiro, extremamente bem escrito, a fita já é considerada uma pequena obra prima nos dias atuais. Essa sequência deixa muito a desejar. Esqueça as qualidades do filme original, "Jarhead 2 - Field of Fire" não apresenta qualquer pretensão de ser algo mais do que uma fita de ação ligeira, dessas que são lançadas todos os meses no mercado americano, em sistema de venda direta ao consumidor. O roteiro é primário, mostrando um pequeno esquadrão em uma missão de rotina que acaba virando um jogo de vida e morte para os militares americanos e para uma mulher afegã que é caçada pelos Talibãs por ter cometido o crime de procurar se educar! Pois é, fundamentalismo pouco é bobagem! Infelizmente esse pano de fundo, que até poderia ser interessante, se perde numa sucessão de cenas clichês envolvendo tiroteios entre americanos e fundamentalistas. No final das contas não marca, mas se você não estiver em busca de nenhuma obra prima mas apenas um filme de ação para o final da tarde quem sabe pode até funcionar. Passa longe de ser tão bom quanto o primeiro filme, porém com as expectativas em baixa pode até ser uma diversão ligeira, sem qualquer compromisso.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Trovão Azul

Título no Brasil: Trovão Azul
Título Original: Blue Thunder
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Dan O'Bannon, Don Jakoby
Elenco: Roy Scheider, Warren Oates, Candy Clark

Sinopse:
As ruas de Los Angeles estão dominados pela violência e caos. Para combater a falta de segurança para seus cidadãos o departamento de polícia coloca em ação um helicóptero especialmente modificado de codinome "Trovão Azul". Fortemente armado e projetado especialmente para controlar insurgências de rua ele é comandado pelo experiente piloto Frank Murphy (Roy Scheider), um veterano da Guerra do Vietnã. O que o oficial não desconfia é que na verdade o helicóptero é muito mais do que apenas uma aeronave da polícia de Los Angeles, sendo na realidade um projeto secreto de inteligência artificial colocado em teste pelas forças armadas americanas.

Comentários:
A imensa maioria do público brasileiro lembra de "Trovão Azul" não por causa desse excelente filme de ação dirigido pelo mestre John Badham, mas sim pela popular série de TV que fez grande sucesso por aqui, inclusive sendo exibido nas noites de terça pela Rede Globo em meados dos anos 1980. O filme em si infelizmente já não é muito lembrado hoje em dia, talvez apenas pelos que foram garotos naqueles anos - até porque o Helicóptero de combate acabou virando um dos brinquedos mais populares daquela década. Revisto hoje em dia "Blue Thunder" continua sendo no mínimo um eficiente filme de ação e aventura, que apostava bastante nas inovações tecnológicas do mercado de armas para cair nas graças do público em geral. Interessante é que a maioria das novidades daquela máquina de guerra que eram vistas como mera ficção já viraram realidade nos dias atuais. Isso não é novidade pois geralmente a vida de fato imita a arte. Outro atrativo para os cinéfilos é a presença do veterano Roy Scheider, que demonstra muito bem ainda ter fôlego para encarar uma fita tão movimentada como essa. Some-se a isso a ótima direção de John Badham e você terá uma divertida fita de ação com todas as características que fizeram dos anos 80 o tempo de ouro para esse estilo cinematográfico.

Pablo Aluísio.

X-Men - Dias de um Futuro Esquecido

Título no Brasil: X-Men - Dias de um Futuro Esquecido
Título Original: X-Men - Days of Future Past
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg, Jane Goldman
Elenco: Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Halle Berry, Ellen Page, Peter Dinklage

Sinopse:
Em um futuro próximo e caótico os mutantes estão chegando ao fim de sua existência graças a uma arma de última geração desenvolvida pelo governo americano que tem como missão definitiva destruir todos os mutantes da face da Terra. Para mudar esse destino sombrio, o professor Charles Xavier (Stewart) decide que Logan (Jackman) deve retornar ao passado, mais precisamente em 1973 para desviar o curso da história, evitando que Raven (Jennifer Lawrence) cometa um erro que irá custar caro para o futuro de todos os mutantes do planeta.

Comentários:
Essa franquia realmente mantém um excelente nível em termos de qualidade. Embora tenha se subdividido em outras franquias - como a do Wolverine - o fato é que X-Men continua rendendo bons frutos no mundo do cinema. Esse novo filme intitulado "X-Men - Dias de um Futuro Esquecido" sem dúvida traz o melhor e mais bem trabalhado roteiro da série. Muito bem escrito, com ótimas reviravoltas e um argumento bem desenvolvido, surpreendentemente inteligente. Geralmente filmes que exploram voltas ao passado ou se tornam pequenas obras primas (como "De Volta Para o Futuro", a mais precisa e lembrada referência) ou então se enrolam completamente, deixando um gostinho de decepção no ar. Aqui felizmente o espectador pode ficar tranquilo, pois embora o filme apresente duas linhas narrativas (uma no futuro e outra no passado), as duas pontas que unem as estórias se completam maravilhosamente bem. O diretor Bryan Singer demonstra que é plenamente possível realizar um blockbuster milionário sem em momento algum ofender ou subestimar a inteligência do espectador, pelo contrário, ele aqui dá uma aula de cinema em cineastas infantilóides como Michael Bay, que acreditam em explosões e mais explosões, sem conteúdo algum. Assim a conclusão a que chegamos é que esse novo X-Men é, não apenas um grande filme de heróis em quadrinhos, mas também um belo exemplar de filme Sci-Fi como há tempos não se via.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Drácula - O Vampiro da Noite

Título no Brasil: Drácula - O Vampiro da Noite
Título Original: Dracula
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster, baseado na obra de Bram Stoker
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Michael Gough

Sinopse:
Drácula (Christopher Lee) é um misterioso conde que resolve se vingar de Jonathan Harker, um jovem que consegue sobreviver a um ataque do vampiro em seu castelo. De volta à grande cidade, Drácula pretende destruir toda a família de Harker mas antes terá que enfrentar o professor e pesquisador Van Helsing (Peter Cushing), um estudioso da existência de seres da noite como o famigerado nobre Drácula.

Comentários:
Esse filme é um verdadeiro marco do cinema de terror inglês. Foi o primeiro de Christopher Lee no papel do conde Drácula e um dos maiores sucessos de bilheteria da produtora Hammer Film Productions que iria se especializar em fitas de horror nos anos seguintes (com ótimos resultados, é bom frisar). Para quem está acostumado com os vampiros do cinema da atualidade o filme certamente trará algumas belas surpresas. O Drácula de Lee não é um ser romântico, charmoso, em busca de belas donzelas para conquistar seu amor adolescente. Pelo contrário, ele é um monstro apenas, quase sem diálogos, que ataca nas noites escuras sem qualquer sutileza. Ele está em busca de sangue e vingança e nada mais do que isso. Tudo realizado no meio de uma Londres nebulosa e sombria. Por falar nisso a direção de arte do filme é um primor, com cenários góticos e um clima sórdido muito eficiente. Peter Cushing como Van Helsing também é outro ponto positivo da produção. Em suma, um clássico absoluto que até hoje diverte e empolga. Um filme essencial na coleção de todo fã de filmes de terror.

Pablo Aluísio.

A Possessão do Mal

Título no Brasil: A Possessão do Mal
Título Original: The Possession of Michael King
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Anchor Bay Films
Direção: David Jung
Roteiro: David Jung
Elenco: Shane Johnson, Ella Anderson, Cara Pifko

Sinopse:
Após a morte de sua esposa, Michael King (Shane Johnson) que nunca foi um homem religioso decide desmascarar todas as religiões, crenças e doutrinas espirituais que pregam a existência de um outro mundo, de natureza sobrenatural. Assim ele começa a gravar um documentário onde entrevista bruxas, membros de seitas satânicas e coisas do tipo. O problema é que após um dos rituais de que participa ele começa a sentir que algo muito estranho está acontecendo com sua mente e o seu mundo ao redor.

Comentários:
Assim que o filme começou e percebi que era mais um terror com a estética mockumentary (falso documentário) fiquei bem desanimado. Para minha sorte porém o roteiro e sua trama foi me envolvendo cada vez mais a ponto de no final das contas gostar do resultado. De certo modo não foge muito do esquema padrão que anda acompanhando muitos filmes de terror recentes, mas consegue dar a volta por cima por causa do tema curioso mostrando um ateu querendo desmascarar as crenças dos outros e se dando muito mal no processo. Palmas para o ator Shane Johnson que consegue com grande desenvoltura interpretar um personagem que começa a ser possuído aos poucos por uma entidade demoníaca. O único deslize da fita como um todo é a velha mania de tentar dar sustos no espectador ao invés de criar um verdadeiro clima de suspense. Assim prepare o coração - e os ouvidos - para os efeitos sonoros que de repente vão explodir nas caixas de som. Fora isso todo o resto convence e diverte, dos efeitos especiais aos momentos de possessão. Um terrorzão dos bons para lembrar dos bons tempos de "O Exorcista", embora é claro não se possa sequer comparar ambos os filmes. Uma boa cartilha para os neo ateus que infestam as redes sociais na internet.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tudo Por Um Segredo

Título no Brasil: Tudo Por Um Segredo
Título Original: Welcome to Collinwood
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Pandora Cinema
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Anthony Russo, Joe Russo
Elenco: George Clooney, Sam Rockwell, William H. Macy, Michael Jeter, Luis Guzmán, Patricia Clarkson

Sinopse:
Uma grande confusão envolvendo várias pessoas, um roubo, 5 mil dólares, roubos, fraudes e todo tipo de encrencas. Um filme divertido e cheio de cenas de ação.

Comentários:
George Clooney conseguiu fazer a complicada transição entre a TV e o cinema, só que uma vez chegando lá, se tornando um astro da sétima arte, o que ele fez? Pois é, atuou em vários filmes bobocas como esse. O filme é um daqueles que você assiste, quem sabe de relance na TV a cabo e depois esquece para sempre. Nada fica na sua mente, nada. O que isso significa? Ora, óbvio, se trata de um filme altamente esquecível, que não marca a vida de ninguém, não muda na história do cinema. Enfim, esse filme é isso, um grande e redondo... Nada!

Pablo Aluísio.

Beijos Que Matam

Título no Brasil: Beijos Que Matam
Título Original: Kiss the Girls
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Gary Fleder
Roteiro: James Patterson, David Klass
Elenco: Morgan Freeman, Ashley Judd, Cary Elwes

Sinopse:
O Dr. Alex Cross (Morgan Freeman), um especialista em criminologia forense envolvendo psicopatas, acaba descobrindo que sua própria sobrinha pode ter se tornado alvo de um serial killer obcecado por mulheres jovens e solteiras. Agora, participando de uma intensa busca envolvendo inclusive o FBI, Cross e os demais membros de sua equipe tentarão colocar as mãos no violento assassino.

Comentários:
Já que estamos falando de Morgan Freeman, psicopatas e franquias de cinema, vale a pena relembrar desse muito bom "Kiss the Girls", um policial de suspense e tensão que fez bastante sucesso na época, mas que hoje em dia segue sendo pouco lembrado. Morgan Freeman interpreta o papel do Dr. Alex Cross, um policial e psiquiatra forense, especialista em serial killers, que acaba sendo contratado pelo FBI para resolver os casos mais sombrios da agência. Esse personagem foi criado pelo autor James Patterson e depois ganhou as telas de cinemas em dois outros filmes, "Na Teia de Aranha" de 2001 com o mesmo Morgan Freeman retornando à pele de Cross e "A Sombra do Inimigo" de 2012 onde o papel foi interpretado pelo ator Tyler Perry. Os enredos envolvendo o Dr. Alex Cross são por demais interessantes pois mesclam muito bem investigações forenses bem embasadas com tensas cenas de violência e terror. Esse aqui não decepciona a quem está em busca de bons filmes policiais envolvendo assassinos em série. Uma boa pedida para os estudiosos do tema, não resta a menor dúvida.

Pablo Aluísio .