quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Reação em Cadeia

Título no Brasil: Reação em Cadeia
Título Original: Chain Reaction
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Arne Schmidt, Rick Seaman
Elenco: Keanu Reeves, Morgan Freeman, Fred Ward, Rachel Weisz

Sinopse:
Pesquisas acabam descobrindo um excelente combustível, que não polui o meio ambiente e nem desgasta a natureza. Além disso pode ser retirado sem maiores custos e nem danos ambientais. Claro que algo assim logo desperta a atenção de grandes industriais, pois tal invenção pode tornar completamente obsoletos seus negócios milionários. Nesse jogo de interesses dois jovens pesquisadores acabam virando alvo de grupos criminosos.

Comentários:
Nos anos 1990 a tecnologia digital entrou de uma vez no cinema americana. De repente os estúdios entenderam que não havia mais limites para recriar nas telas qualquer tipo de situação ou universo próprio. Antes muitos roteiros eram arquivados por não haver tecnologia suficiente para tornar as situações concretas na tela. Com medo de ficarem ridículos os grandes estúdios simplesmente desistiam desses enredos. Isso porém mudou e muitos scripts foram desenterrados, como esse, que foi escrito ainda na época da guerra fria. Claro que foi necessário uma repaginada e atualização naquela velha estória, mas isso não era problema, o grande empecilho para sua realização era mesmo tornar as cenas verossímeis ao espectador. Assim que isso foi possível o filme foi realizado. Assistindo chegamos na conclusão que era melhor ele ter permanecido na gaveta mesmo. O enredo é quase surreal, meio sem pé e nem cabeça. Curiosamente contou com um bom elenco (O que diabos Morgan Freeman estava fazendo aqui mesmo?). Pena que no fritar dos ovos nada se salva, até porque é um projeto que só existe mesmo para explorar efeitos especiais digitais e nada mais. E nem precisa falar do inexpressivo canastrão Keanu Reeves, afinal de contas ele também está lá, só que não faz a menor diferença. Completamente obtuso.

Pablo Aluísio

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Murder in the First

Título no Brasil: Murder in the First
Título Original: Murder in the First
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: TNT
Direção: Jesse Bochco, Allison Anders
Roteiro: Steven Bochco, Alison Cross
Elenco: Taye Diggs, Kathleen Robertson, Richard Schiff

Sinopse:
Uma dupla de policiais do departamento de homicídios de San Francisco começa a investigar uma morte de um ex-detento. No começo as pistas parecem levar a um crime comum, mas logo descobrem que a vítima é pai de um famoso executivo do Vale do Silício, centro da indústria de tecnologia dos Estados Unidos.

Comentários:
A priori pensei que iria encontrar algo mais interessante pela frente. As séries policiais andam surpreendendo, inclusive "The Bridge" mas essa nova série do canal TNT passa muito longe disso. Achei convencional demais, quadradinha ao limite. Esse roteiro também me pareceu muito parecido com a última temporada de "Damages". Mas como eu já escrevi, esqueça comparações com esses seriados de ponta, "Murder in the First" não é nada original, instigante ou surpreendente. É aquele tipo de programa que se rende logo a todos os clichês que você possa imaginar. Para piorar o elenco é fraquinho. Kathleen Robertson, por exemplo, é uma velha conhecida dos fãs de séries. Uma boneca que até se destacou nos seriados juvenis dos anos 90 como "Barrados no Baile". Naquela época ela ainda soava como novidade, uma garota bonita com cara de modelo. Hoje em dia no papel de tira veterana simplesmente não cola, não dá. Infelizmente é isso, "Murder in the First" é outro prato requentado da programação televisiva americana. Melhor rever alguma outra excelente série do passado do que ver essa nova, sem novidade alguma.

Pablo Aluísio. 

Murder In The First 1.02 - The City of Sisterly Love
 Como eu já tinha comentado sobre o episódio piloto, a série Murder In The First ainda soa muito quadradinha para se destacar dentro do universo televisivo americano. Está muito próxima daquela definição pouco elogiosa que se usa no Brasil, o de "enlatado americano". Mesmo assim ainda tem espasmos de talento para que se siga em frente acompanhando toda semana um novo episódio. Em "The City of Sisterly Love" continua a investigação sobre a morte da comissária de bordo do jatinho de um daqueles jovens imbecis que fazem fortuna com a indústria da informática. 

A detetive Hildy Mulligan (Kathleen Robertson) quer provar que o garoto riquinho é o verdadeiro assassino pois está comprovado que ele tinha um caso amoroso com ela (obviamente tudo impulsionado por mero interesse pois uma loira linda daquelas jamais se apaixonaria por um idiota daquele naipe). A vontade de solucionar o assassinato é tanto que Mulligan decide até mesmo fingir um interesse no suspeito, saindo com ele para um jantar romântico, que no final se revela apenas uma manobra para conseguir seu DNA em um beijo! (pois é, acredite). Por enquanto o que ainda me mantém assistindo a essa séria é a beleza e carisma da atriz Kathleen Robertson, uma veterana da telinha desde os tempos em que interpretava a jovem Clare Arnold em "Barrados no Baile" lá nos agora distantes anos 1990. Foi sem dúvida a namoradinha platônica de muita gente boa que hoje está na casa dos seus trinta e tantos anos. Ela própria já é uma quarentona, vejam só como o tempo passa rápido. / Murder In The First - The City of Sisterly Love (EUA, 2014) Direção: Jesse Bochco / Roteiro: Steven Bochco, Eric Lodal  / Elenco: Taye Diggs, Kathleen Robertson, James Cromwell.

Pablo Aluísio,

O Melhor Pai do Mundo

Título no Brasil: O Melhor Pai do Mundo
Título Original: World's Greatest Dad
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Bobcat Goldthwait
Roteiro: Bobcat Goldthwait
Elenco: Robin Williams, Daryl Sabara, Morgan Murphy

Sinopse:
Lance (Robin Williams) é um professor de meia idade que precisa lidar com seu filho, um adolescente muito problemático, grosseiro e vulgar. Viciado em pornografia alemã, ele acaba morrendo de forma acidental em seu quarto, durante uma estranha sessão de masturbação. Envergonhado pela morte do filho, Lance decide forjar um suicídio, mudando a cena de sua morte e escrevendo um bilhete de despedida que acaba comovendo as pessoas. Em pouco tempo o filho falecido começa a se tornar um ídolo dos jovens, apesar de tudo ser uma farsa montada por seu pai.

Comentários:
Esse filme voltou a ser bastante comentado após o suicídio de Robin Williams, isso porque o tema do roteiro gira exatamente em torno do suposto suícidio de um jovem que acaba se enforcando de forma acidental.  No roteiro tudo se torna uma grande farsa orquestrado por seu pai, justamente o papel interpretado por Williams. É uma daquelas películas que nunca conseguem cumprir seu potencial. Não é um drama pesado pois o diretor optou por realizar um filme mais leve que não fosse muito profundo. Também não pode ser considerado uma comédia, nem de humor negro. O personagem de Robin Williams é um professor de poesia (curiosamente a mesma profissão de um de seus personagens mais famosos do filme "Sociedade dos Poetas Mortos"). Ao contrário daquele porém, o professor Lance desse filme é um sujeito frustrado por ser um escritor rejeitado por todas as editoras do país. Quando seu filho morre de forma acidental ele resolve mudar isso e escreve um bilhete de suicídio para o filho e impressionado com o sucesso do texto acaba escrevendo todo um diário de seu falecido garoto que acaba virando best seller de vendas. No final a única coisa marcante do filme mesmo são dois pensamentos do personagem de Robin Williams que estão sendo disseminados nas redes sociais. Num desses pensamentos (na verdade uma linha retirada dos diálogos do filme) ele diz: "Eu pensava que a pior coisa que poderia acontecer a uma pessoa era morrer sozinho mas hoje entendi que a pior coisa mesmo é morrer acompanhado de pessoas que lhe fazem sentir sozinho". A outra é uma conclusão final do professor interpretado por Williams que diz: "O suicídio é uma solução permanente para problemas provisórios". Pena que o próprio Williams não seguiu esse interessante pensamento, que aliás é plenamente verdadeiro.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Gênio Indomável

Título no Brasil: Gênio Indomável
Título Original: Good Will Hunting
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Matt Damon, Ben Affleck
Elenco: Robin Williams, Matt Damon, Ben Affleck, Minnie Driver 

Sinopse:
Will Hunting (Matt Damon) é um jovem cuja vida não lhe deu muitas oportunidades. Dotado de um Q.I. fora do normal ele leva sua vida entre um emprego medíocre e problemas com a lei. Apenas sua inteligência fora do normal poderá lhe tirar desse círculo vicioso sem maiores perspectivas. Sua visão de mundo porém mudará completamente ao conhecer Sean Maguire (Robin Williams), um sujeito com um raro talento para ajudar pessoas como ele. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Ator Coadjuvante (Robin Williams) e Melhor Roteiro Original. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Roteiro Original. Também premiado na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Robin Williams) no Screen Actors Guild Awards.

Comentários:
Ontem o mundo se surpreendeu com a notícia da morte do ator Robin Williams. O mais chocante de tudo foi a forma como isso se deu. Seu aparente suicídio parece confirmar o mito do "palhaço triste", uma imagem que persiste, a de que todos aqueles que fazem do riso uma profissão no fundo escondem uma alma entristecida. O jeito extrovertido de ser seria apenas uma forma de esconder isso. Teorias à parte, o fato é que Williams não era apenas um comediante de mão cheia, mas também um ator dramático de muitos recursos, fruto de sua formação na prestigiada escola de arte Juilliard em Nova Iorque, onde estudou ao lado de Christopher Reeve, outro excelente ator. Um dos filmes em que ele teve mais espaço para demonstrar esse seu lado mais dramático foi justamente aqui nesse "Good Will Hunting". Nessa época ele já era um ator com muitos sucessos de bilheteria, mas mesmo assim resolveu apostar nesse projeto de dois garotos na indústria (Matt Damon e Ben Affleck) que ninguém conhecia e que queriam vender seu roteiro a algum produtor que estivesse disposto a bancar a ideia. Foi justamente a presença de Williams que tornou viável a produção dessa película, com orçamento bem modesto (meros 10 milhões de dólares). No fundo foi uma excelente aposta da Miramax que procurava focar em um público mais selecionado, cult. O resultado pelos prêmios e pela ótima bilheteria conquistada comprovam que de fato é um ótimo drama, apoiado em excelentes atuações. Assim deixamos nossa homenagem a Robin Williams, pois nada é mais reconfortante do que falar sobre aquilo que é justamente seu legado mais importante, sua obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Uma Luz na Escuridão

Título no Brasil: Uma Luz na Escuridão
Título Original: Shining Through
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Seltzer
Roteiro: Susan Isaacs, David Seltzer
Elenco: Michael Douglas, Melanie Griffith, Liam Neeson

Sinopse:
O ano é o de 1940, em plena segunda guerra mundial. Enquanto a Europa ferve no calor das bombas e dos tiros, Linda Voss (Melanie Griffith) se envolve em uma complexa rede de espionagens em Nova York, nas vésperas da entrada dos Estados Unidos na guerra. Filme indicado ao Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Atriz (Melanie Griffith), Pior Ator (Michael Douglas), Pior Roteiro, Direção e Filme.

Comentários:
Um bom elenco que não consegue salvar um filme fora de época. Essa definição aliás é bem adequada já que "Shining Through" nada mais é do que uma tentativa de se fazer um filme com o sabor dos antigos clássicos de espionagem e guerra do passado, como os filmes realizados na década de 1940, apoiados fortemente em uma linguagem noir, com tramas complexas (e até confusas) em um mundo habitado por detetives de personalidade dúbia e mulheres fatais, que apenas aparentam fragilidade mas que na verdade são o começo da perdição de cada um que se envolva com elas. A tentativa de fazer algo ao velho estilo porém não funciona. Michael Douglas passa longe de ser seu pai Kirk Douglas, esse sim um símbolo daqueles anos. O pior acontece com Melanie Griffith que passa o filme inteiro em uma vã tentativa de imitar divas como Ava Gardner mas que no final só consegue ser matuta e sem classe, com aquela voz irritante e talento quase zero. Uma caricatura grotesca. Aliás "Uma Luz na Escuridão" é bem isso, uma película fake sem o charme dos antigos clássicos da era de ouro de Hollywood. Dispense com luvas de pelica.

Pablo Aluísio.

Os 12 Macacos

Título no Brasil: Os 12 Macacos
Título Original: Twelve Monkeys
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Terry Gilliam 
Roteiro: Chris Marker, David Webb Peoples
Elenco: Bruce Willis, Madeleine Stowe, Brad Pitt

Sinopse:
O ano é 2035. A Terra está devastada por um vírus que matou grande parte da humanidade. Para tentar entender o que se passou um explorador, James Cole (Bruce Willis), é enviado ao passado para tentar conter a proliferação da epidemia que se transformaria na danação da raça humana. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt) e Melhor Figurino. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt). Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de  Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt), Melhor Figurino e Melhor Filme de Ficção.

Comentários:
Quem acompanha cinema há bastante tempo já sabe que, em se tratando do diretor Terry Gilliam, não há espaços para banalidades ou lugares comuns em sua obra. Terry Gilliam é aquele tipo de cineasta empenhado em dar cor e sabor muito peculiares em tudo que dirige. Seus filmes fogem do comum, a direção de arte é praticamente barroca e os roteiros não se rendem a clichês baratos. Nesse aspecto "Twelve Monkeys" é uma de suas películas mais curiosas e interessantes. Tudo bem que se trata de um remake americano para o filme "La Jetée", e isso poderia comprometer sua originalidade. Gilliam porém passa por cima desse rótulo e consegue criar com suas ferramentas cinematográficas algo próprio, quase autoral. O roteiro é inteligente e intrigante e por isso muitos não vão conseguir captar todas as nuances de uma trama surreal e complexa. O elenco, cheio de estrelas, acaba surpreendendo também, principalmente Brad Pitt que joga fora sua imagem de galã e se transforma, inclusive fisicamente, para dar corpo ao seu personagem esquisito, bizarro e transtornado. "Os 12 Macacos" é de fato uma das últimas ficções realmente inteligentes do cinema americano.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de agosto de 2014

Leviathan

Título no Brasil: Leviathan
Título Original: Leviathan
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George P. Cosmatos
Roteiro: David Webb Peoples
Elenco: Peter Weller, Richard Crenna, Amanda Pays, Daniel Stern, Meg Foster

Sinopse:
Um grupo de mineradores das profundezas acaba encontrando por mero acaso uma antiga embarcação soviética naufragada. Ao resgatar parte de sua carga descobrem que algo muito sinistro se esconde no meio daquelas caixas, um tipo de ser orgânico desconhecido, que mais se parece uma manifestação de outro planeta. Filme vencedor do Festival de Avoriaz na categoria Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Filme de ficção que chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros na época, mas que depois foi quase que praticamente esquecido. O enredo lembra muito outro filme com temática praticamente igual, "O Abismo do Terror", de Sean S. Cunningham. Ambos lidavam com seres desconhecidos que eram descobertos por acaso e que voltavam à vida, exterminando quem passasse pela frente. Os efeitos especiais obviamente envelheceram pela passagem do tempo mas "Leviathan" ainda consegue se tornar interessante por causa da linguagem bem anos 80 de se contar essa história. E por falar naquela década o filme foi dirigido pelo cineasta George P. Cosmatos, o mesmo de "Rambo II - A Missão", um dos filmes símbolos daqueles anos. E como isso não bastasse no elenco temos Peter Weller (o ator que interpretou "Robocop" na franquia original) e Richard Crenna (sim, o Coronel de Rambo). Com tantas reverências não é de admirar que "Leviathan" tenha se tornado após todos esse anos um verdadeiro exercício de nostalgia.

Pablo Aluísio.

Uma Longa Queda

Título no Brasil: Uma Longa Queda
Título Original: A Long Way Down
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: BBC Films
Direção: Pascal Chaumeil
Roteiro: Nick Hornby, Jack Thorne
Elenco: Pierce Brosnan, Toni Collette, Aaron Paul, Sam Neill, Imogen Poots

Sinopse:
Martin (Pierce Brosnan) é um ex-apresentador de TV que viu tudo desmoronar após se envolver com uma garota menor de idade. Com a vida pessoal e profissional despedaçada resolve acabar com sua vida, subindo em um dos maiores prédios da cidade para se suicidar. Para sua surpresa porém acaba encontrando com três outros potenciais suicidas no mesmo lugar. O encontro incomum acabará mudando os rumos de sua própria vida.

Comentários:
Convenhamos que um filme sobre um quarteto suicida não vai animar muita gente. Mesmo assim, com um pé atrás, vale até a pena encarar esse drama inglês sobre pessoas que perderam as esperanças na vida e decidiram tomar a mais radical de todas as decisões. Cada um deles tem um motivo para pular do prédio, Martin (Brosnan) não consegue mais encarar o vexame público após se envolver em um escândalo sexual. Maureen (Toni Collette) é uma mãe solteira que cuida de um filho com problemas mentais sérios. J.J. (Aaron Paul, o Jesse Pinkman de "Breaking Bad") é um músico fracassado que alega estar sofrendo de um câncer cerebral e por fim temos Jess (Imogen Poots), uma jovem garota com muitos problemas emocionais, filha de um político influente que se sente completamente vazia e perdida em sua vida. De antemão é importante salientar que não se trata de um drama pesadão, apesar do tema. O roteiro tenta amenizar um pouco a situação, criando situações ora divertidas, ora mais animadoras, até porque o texto teria que optar mesmo por apostar na esperança recuperadora de todos aqueles personagens. Não é um grande filme, talvez por se render a clichês desse tipo, mas que até satisfaz o espectador, caso ele não esteja em busca de alguma obra prima. No final das contas vela principalmente pelo bom elenco e pelas boas intenções.

Pablo Aluísio.

Vingança por Jolly!

Título no Brasil: Vingança por Jolly!
Título Original: Revenge for Jolly!
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Atlas Independent
Direção: Chadd Harbold
Roteiro: Brian Petsos
Elenco: Brian Petsos, Adam Brody, Kristen Wiig, Elijah Wood, Ryan Phillippe

Sinopse:
Harry (Brian Petsos), como ele próprio reconhece, é um sujeito estranho. Não gosta de gente, é antissocial e vive isolado. Para sobreviver faz pequenos serviços para a baixa criminalidade de sua cidade. O que ele gosta mesmo de fazer é ficar ao lado de sua cachorrinha de estimação Jolly, montando quebra-cabeças. Quando essa aparece morta de forma violenta, Harry perde a cabeça! Tomado por um sentimento de raiva insana ele resolve ir atrás dos responsáveis, dando origem a um verdadeiro banho de sangue por onde passa.

Comentários:
Um filme de complicada definição. Não é bem uma comédia, embora o humor negro esteja presente o tempo todo. Não é uma fita de ação, apesar dos personagens principais estarem fortemente armados. Um lugar ideal para catalogar esse "Revenge for Jolly!" seria mesmo o gênero terror, embora seja na verdade um horror sui generis, diferente de quase tudo que você já assistiu. Os dois personagens principais são visivelmente perturbados, fora de realidade. Harry, por exemplo, é um psicopata que mata a esmo, tentando se vingar da morte de sua cadelinha. Seu primo não é muito melhor do que isso. Um sujeito tosco e fora da realidade que passa fogo nos demais sem pensar duas vezes. Esse é o tipo de filme que só seria possível mesmo dentro do cinema independente americano pois é violento e maluco ao extremo! Onde mais você iria presenciar um verdadeiro banho de sangue em uma festa de casamento? Por fim um alerta para os que irão atrás dessa produção esperando pela presença dos atores Elijah Wood e Ryan Phillippe (os nomes mais conhecidos do elenco). Eles estão lá, mas em apenas uma cena. Wood é um barman que logo sai de cena de forma ultra violenta. Ryan está na cena final, em um clímax aberto que fará muita gente coçar a cabeça para desvendar o que de fato aconteceu. Enfim, um filme para deixar os protetores dos direitos dos animais de cabelos em pé!

Pablo Aluísio.

Acerto de Contas

Título no Brasil: Acerto de Contas
Título Original: Blood of Redemption
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: VMI Worldwide, High Five Films
Direção: Giorgio Serafini, Shawn Sourgose
Roteiro: Rey Reyes, Giorgio Serafini
Elenco: Dolph Lundgren, Billy Zane, Vinnie Jones, Gianni Capaldi

Sinopse:
Axel (Dolph Lundgren) é o chefe de segurança de uma poderosa familia mafiosa, os Grimaldis. Quando o líder do grupo é assassinado, Axel precisa descobrir quem teria mandado cometer o crime. A sua lista de suspeitas porém não é pequena e envolve desde um mafioso rival, um senador da república, um falsificador de dinheiro e até mesmo um dos filhos do magnata do mundo do crime. Quem afinal de contas teria matado seu chefe?

Comentários:
Mais um filme de ação com Dolph Lundgren. A trama agora se passa no mundo da máfia italiana nos Estados Unidos. O personagem de Lundgren é um capanga que vai atrás dos assassinos de seu chefe. Nada muito além do que já estamos acostumados a ver nesse tipo de filme. Como novidade temos apenas um verdadeiro jogo de xadrez onde existem muitos suspeitos, mas poucas provas concretas. Billy Zane interpreta o filho do mafioso morto que pode estar envolvido no crime. Ele é só mais um lista de um grupo enorme de prováveis mandantes do crime. No meio de tantos inimigos o personagem de Dolph Lundgren precisa dar uma de Sherlock Holmes para descobrir a quem deve ser dirigida sua vingança. Para que tudo não fique muito complicado o roteiro colocou Lundgren o tempo todo narrando em off, para situar melhor o espectador. Se fosse um pouquinho mais bem produzido seria bem interessante, pena que com orçamento restrito algumas partes deixem a desejar. Para finalizar vale a citação de uma cena no mínimo inusitada! O grandalhão Dolph Lundgren leva uma verdadeira surra de uma stripper! Quem diria que algo assim seria visto algum dia nas telas? Depois dessa ele já pode se aposentar...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O Homem da Casa

Título no Brasil: O Homem da Casa
Título Original: Man of the House
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Stephen Herek
Roteiro: John J. McLaughlin, Scott Lobdell
Elenco: Tommy Lee Jones, Christina Milian, Kelli Garner

Sinopse:
O Ranger Roland Sharp (Tommy Lee Jones) é designado para algo inédito em sua carreira de homem da lei: cuidar e proteger um grupo de animadoras de torcida (chearleaders) no Texas pois todas elas se tornaram testemunhas de um crime envolvendo um poderoso traficante de drogas internacional. Como agora o durão Sharp irá lidar com aquelas jovens adolescentes?

Comentários:
Certamente o filme mais sui generis da carreira do ator Tommy Lee Jones! Na primeira vez que assisti fiquei bem surpreso pela simples razão de ser uma tremenda bobeirinha adolescente - e então pensei: o que diabos afinal levou o mal humorado Tommy Lee Jones a encarar algo assim tão sem importância? Tudo bem que de repente virou uma modinha entre os "durões" de Hollywood embarcarem em comédias bobinhas, muito provavelmente por conselho de seus agentes e relações públicas para tentar ganhar uma outra fatia de público, mas precisava mesmo estrelar algo assim tão irrelevante? Complicado entender. Esse é aquele típico caso em que temos um ator muito maior do que o filme em que está. Tommy Lee Jones vinha em um momento muito bom na carreira, colecionando sucessos comerciais e então de repente surge no mercado com essa meleca adolescente. Nem aquela velha desculpa ao estilo "Ele estava precisando pagar seu aluguel" se aplica aqui, pois em boa fase comercial na carreira o rabugento Jones não precisava passar por algo assim. Dessa forma no final das contas o grande mistério permanece sem respostas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A Sogra

Título no Brasil: A Sogra
Título Original: Monster-in-Law
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Robert Luketic
Roteiro: Anya Kochoff
Elenco: Jennifer Lopez, Michael Vartan, Jane Fonda

Sinopse:
Tudo o que Charlotte 'Charlie' Cantilini (Jennifer Lopez) deseja é encontrar o amor de sua vida, se casar e ser feliz. E ela parece ter encontrado o cara ideal, o Dr. Kevin Fields (Michael Vartan), o sonho de toda mulher como ela. O problema é que nem tudo é perfeito na vida, e sua futura sogra, Viola Fields (Jane Fonda) será um osso duro de roer! Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de Pior Atriz (Jennifer Lopez).

Comentários:
Até os grandes mitos do cinema precisam fazer alguma bobagem durante sua carreira, principalmente depois que a idade chega e os convites vão ficando cada vez mais raros. Esse poderia ser o caso de Jane Fonda mas milionária como ela é (fruto de seus casamentos e uma série bem sucedida de fitas de ginástica), fica complicado entender porque aceitou participar de uma comédia romântica tão banal como essa! Talvez o ego fale mais alto e ela queira mostrar para Hollywood que ainda consegue atrair bilheteria ou talvez seja apenas uma fuga ao tédio de se viver sem fazer nada, quem sabe! O que podemos saber porém é que esse filme é dos mais banais, sem maiores atrativos, uma bobagem moderna que não encanta, não empolga e se rende aos piores clichês e preconceitos pois acaba transformando a figura da sogra em uma verdadeira megera, uma bruxa sem vassouras (ok, existem sogras intoleráveis, mas nem todas são assim e generalizações são sempre condenáveis). Assim tudo o que sobra para o cinéfilo, amante da sétima arte, é ver uma figura tão marcante como Fonda afundar ao lado de gente medíocre como Jennifer Lopez em um filme que todo mundo já esqueceu!

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de agosto de 2014

Eduardo II

Título no Brasil: Eduardo II
Título Original: Edward II
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Derek Jarman
Roteiro: Christopher Marlowe, Derek Jarman
Elenco: Steven Waddington, Kevin Collins, Andrew Tiernan

Sinopse:
Após a morte de seu pai, Eduardo II sobe ao trono inglês. A sucessão acontece sob polêmica pois é bem sabido dentro da corte que Eduardo é um homossexual pervertido que coleciona amantes por onde passa. A situação se torna ainda mais delicada após Eduardo se apaixonar perdidamente por um plebeu! E agora, como ficará a monarquia inglesa com um monarca conhecido por sua devassidão sexual e falta de padrões morais e religiosos? Filme vencedor do Berlin International Film Festival na categoria de Melhor Direção.

Comentários:
Eduardo II (1284 - 1327) foi um dos monarcas mais controversos da história inglesa pois era homossexual numa época em que isso era considerado crime, penalizado inclusive com a morte. As lendas sobre o rei gay se tornaram bem populares ao longo da história e isso acabou virando uma peça muito bem escrita, um clássico do teatro inglês. Essa versão para o cinema é muito bem realizada e inteligente. Usando figurinos modernos e linguagem meramente teatral, mostra aspectos da história do escandaloso reinado de Eduardo II. A força aqui vem do texto e das atuações bem inspiradas do elenco, por essa razão não vá procurar por figurinos de época, grandes cenários ou coisas do tipo. Feito pela BBC é aquele tipo de produção dirigida a um público culturalmente mais refinado, passando longe de ser indicado a todos os tipos de plateia. O tema envolvendo homosexualismo na nobreza também se mostra bem desenvolvida, valorizado pelos ótimos diálogos e textos extremamente bem escritos. Certamente vale a indicação.

Pablo Aluísio.

Hulk

Título no Brasil: Hulk
Título Original: Hulk
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Marvel Enterprises
Direção: Ang Lee
Roteiro: John Turman, baseado na obra de Stan Lee
Elenco: Eric Bana, Jennifer Connelly, Sam Elliott, Nick Nolte

Sinopse:
O cientista Bruce Banner (Eric Bana) é exposto a uma forte carga de radiação gama que acaba modificando molecularmente seu organismo, fazendo com que se transforme em um monstro verde, com força bruta descomunal, que passa a ser conhecido como Hulk. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ficção, Atriz (Jennifer Connelly), Música e Efeitos Especiais.

Comentários:
Filme que foi muito aguardado desde o anúncio do projeto mas que acabou decepcionando os fãs de adaptações de heróis da Marvel. Muitos criticaram o roteiro, que deixou de lado o aspecto mais movimentado do personagem para desenvolver uma trama arrastada, chata e metida a intelectual. Na realidade o que aconteceu com "Hulk" foi um erro na escolha do diretor. Ang Lee nunca foi o tipo ideal de cineasta para dirigir um filme como esse. Suas pretensões existenciais estão fora do lugar e o filme, que deveria abraçar a pura porrada sem culpas, acabou errando o alvo, deixando os leitores de quadrinhos a ver navios. Tecnicamente "Hulk" é extremamente bem realizado, mas seu roteiro realmente não combina em nada com o tipo de produção que todos estavam esperando. De bom mesmo apenas o elenco vale a pena pois todos estão bem - até mesmo o Nick Nolte que mais parece ter saído de algum manicômio! No final das contas o filme não foi bem nem de crítica e nem de público e a Marvel decidiu que era hora de recomeçar tudo do zero no que dizia respeito ao personagem no cinema. Esse aqui ficou com fama apenas de ter sido uma tentativa mal sucedida de trazer o monstro verde para as telas de cinema.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Homem Sem Sombra

Título no Brasil: O Homem Sem Sombra
Título Original: Hollow Man
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Gary Scott Thompson, Andrew W. Marlowe
Elenco: Kevin Bacon, Elisabeth Shue, Josh Brolin

Sinopse:
Sebastian Caine (Kevin Bacon) é o arrogante líder de um grupo de pesquisadores que consegue chegar na fórmula de um soro capaz de deixar qualquer um invisível. Empolgado pela descoberta Caine não se contém e resolve tomar a substância, ignorando os efeitos danosos que podem lhe causar no futuro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
A tecnologia em efeitos digitais chegou em um ponto na indústria americana de cinema que não há mais como avançar em frente. Provavelmente o ápice já foi atingido. Digo isso me embasando em filmes como esse, que foi realizado há 14 anos e ainda se mantém em evidência por causa dos excelentes efeitos produzidos em softwares de última geração já naquela época. Aliás os efeitos formam juntos a principal razão da existência dessa película. O enredo é antigo - basta lembrar do clássico "O Homem Invisível" de 1933 para entender isso - e o que justifica o remake é realmente as possibilidades de se contar a mesma estória embalada com a tecnologia de ponta com que conta os estúdios na modernidade. Com um elenco carismático - em especial Bacon e a ex-aluna de Harvard Shue - o filme ainda mantém o interesse. Pena que o talentoso diretor Paul Verhoeven tenha entrado numa maré de azar após esse filme, pois sempre o considerei um dos mais interessantes cineastas do mundo Sci-fi, bastando lembrar de "RoboCop - O Policial do Futuro", "O Vingador do Futuro", "Instinto Selvagem" e até mesmo "Tropas Estelares" para entender bem isso. Espero que um dia dê a volta por cima.

Pablo Aluísio.