quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras

Título no Brasil: Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras
Título Original: Sherlock Holmes - A Game of Shadows
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Michele Mulroney, Kieran Mulroney
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Jared Harris, Noomi Rapace

Sinopse:
Sherlock Holmes (Robert Downey Jr) vive um novo desafio. Um dos herdeiros do trono austríaco é encontrado morto e evidências apontam que se trata de um mero suicídio. Tudo óbvio demais para Holmes. Ao lado de seu fiel companheiro Watson (Jude Law) e da vidente Sim (Noomi Rapace) ele começa a desvendar um grande plano conspiratório certamente arquitetado pelo gênio do crime, o professor Moriarty (Jared Harris).

Comentários:
Os mesmos problemas do primeiro filme se repetem aqui. Essa nova franquia do famoso personagem Sherlock Holmes se propõe a ser um filme baseado na pura ação, o problema é que o personagem da literatura sempre foi mais voltado para o lado intelectual de suas tramas e mistérios. Assim em nome de uma suposta popularização ao público mais jovem que frequenta os cinemas nos dias de hoje se matou grande parte das características originais do personagem dos livros. O que sobra depois dessa metamorfose é pouco para justificar tamanha mudança. Robert Downey Jr continua com suas gracinhas e piadinhas infames, mostrando que como ator ele de fato parou no tempo, sempre se repetindo à exaustão. Há uma sensível melhora no roteiro mas nada que justifique muito o trabalho de ir ao cinema para conferir esse prato (mal) requentado. No máximo vale uma conferida distraída na Tv a cabo, até porque apesar da produção rica e luxuosa o filme em si, que custou mais de 120 milhões de dólares, como produto cinematográfico, nunca foi lá essas coisas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Letra e Música

Título no Brasil: Letra e Música
Título Original: Music and Lyrics
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Marc Lawrence
Roteiro: Marc Lawrence
Elenco: Hugh Grant, Drew Barrymore, Scott Porter

Sinopse:
Alex Fletcher (Hugh Grant) é um cantor decadente dos anos 80 que luta desesperadamente em busca do sucesso há muito perdido. A gravadora já não acredita nele como alguém que irá levantar a carreira e por isso sugere que ele tente outro caminho, atingindo outro tipo de público, em especial o juvenil, que poderia lhe ver como um tiozão divertido e engraçado. Para Fletcher isso significa o fundo do poço, mas como está literalmente perdido, sem rumo, aceita a proposta. Para dar certo acaba contando com a ajuda de Sophie (Drew Barrymore), uma garota cheia de boas ideias.

Comentários:
Esse filme tive a oportunidade de assistir no cinema. É uma comédia romântica sem maiores novidades, a não ser o fato do roteiro explorar um pouquinho a vida de artistas decadentes, que após os anos iniciais de glória precisam de adaptar novamente a uma vida anônima e sem nenhum charme. Mesmo assim não espere nada dramático ou com fundo sentimental, mostrando a descida ao inferno de ex-astros. Nada disso, como é bem previsível ao se ler os nomes de Hugh Grant e Drew Barrymore no cartaz, tudo não passa de uma mera desculpa para o público (feminino) se sentir bem ao ver mais uma estorinha de amor improvável com final feliz. Aqui já se nota um certo desgaste da mesmice dos personagens interpretados por Hugh Grant dentro do cinema americano. Vai filme e vem filme e ele está sempre no mesmo papel, algo que já cansou, embora pessoalmente acredite que ele como profissional tenha muito mais a oferecer do que isso. Já Drew Barrymore segue curtindo essa maré de renovação em sua imagem pública. Adolescente bagaceira que tomou todas e consumiu todos os tipos de drogas imagináveis, ela agora tenta bancar essa coisa de "heroína indefesa e pueril" de comédias românticas leves e inofensivas. Certamente convencerá poucos, mas como uma das magias do cinema é justamente a ilusão, haverá aqueles que acreditarão nessa peça de marketing. Caso seja o seu caso, boa sorte!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Nebraska

Título no Brasil: Nebraska
Título Original: Nebraska
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Vantage
Direção: Alexander Payne
Roteiro: Bob Nelson
Elenco: Bruce Dern, Will Forte, June Squibb

Sinopse:
David Grant (Will Forte) é um vendedor de eletrodomésticos numa cidadezinha de Montana que todos os dias é chamado às pressas em casa para encontrar seu idoso pai pelas ruas da cidade. O velho colocou na cabeça que receberá um prêmio de 1 milhão de dólares em Lincoln, Nebraska, caso vá para lá para receber a bolada. Após resgatar seu pai várias vezes na estrada, David finalmente percebe que a única forma de acabar com a obsessão de Woody (Bruce Dern) é levá-lo para Lincoln, numa viagem, de uma vez por todas.

Comentários:
Outro finalista da categoria de melhor filme na Academia. Dentre os concorrentes foi o representante do cinema independente americano. Se trata de uma produção muito humana e tocante que mostra a viagem de um senhor idoso em busca de um prêmio que jamais existiu. Depois do velho fugir de casa inúmeras vezes e sair andando por ai, seu filho decide que é hora de levá-lo até lá - em Lincoln no Nebraska - para ele finalmente se convencer que tudo não passa de uma mera propaganda de revistas. No meio do caminho acaba encontrando novamente a relação pai e filho que tanto buscava. A linda fotografia em preto e branco mostra toda a imensidão do interior americano com suas fazendas e campos a perder de vista. Também traça um retrato pouco lisonjeiro dos habitantes dessas cidades, pessoas muitas vezes movidas por interesses mesquinhos. O ator Bruce Dern passou anos amargando papéis sem importância e tem aqui a grande chance de mostrar todo o seu talento. O curioso é que seu filho é interpretado pelo ator Will Forte do elenco do SNL, ou seja, um comediante que se sai excepcionalmente bem nesse drama que pode ser classificado como melancólico, embora também poético.

Todo o elenco está acima da média, o que era de se esperar, pois "Nebraska" é um filme fundado em cima de relações humanas e para que algo assim funcione é necessário um grupo de atores inspirados. Bruce Dern como o velho está perfeito. Cabelos despenteados, olhar perdido no horizonte, sem saber o que de fato está acontecendo, é uma daquelas atuações que marcam para sempre a carreira de qualquer ator. June Squibb interpreta sua esposa, uma velhinha com cara simpática, mas língua ferina, que não perdoa ninguém com seus comentários ácidos - nem mesmo os que já morreram (sua cena no cemitério é muito divertida). Assim como Dern ela também foi indicada ao Oscar por sua atuação. Além dessas o filme também foi indicado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Seu maior destaque vem dos ótimos diálogos de um roteiro extremamente bem escrito que traz um retrato da América que envelheceu e não consegue mais enxergar um propósito de vida para si e seus habitantes. No final fica um gostinho de melancolia no ar, como se ficássemos preparados para os desafios da velhice, afinal envelhecer é um grande desafio, seja em que país for e seja em que sociedade se estiver inserido. Uma aula sobre o crepúsculo da vida que todos nós, um dia, viveremos.

Pablo Aluísio.

Empire State

Título no Brasil: Empire State
Título Original: Empire State
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Dito Montiel
Roteiro: Adam Mazer
Elenco: Liam Hemsworth, Michael Angarano, Dwayne Johnson

Sinopse:
O sonho de Chris (Liam Hemsworth) sempre foi ser policial, mas quando está prestes a fazer o exame para entrar no departamento é barrado por causa de uma pequena contravenção cometida por ele anos atrás. Agora ele precisa arranjar um novo emprego. Seu pai é um humilde trabalhador e ele deseja lhe dar uma vida melhor na velhice. Após conseguir trabalho numa empresa de transporte de valores, a Empire, ele se vê tentado a roubar um grande carregamento de dinheiro com a ajuda de seu amigo Eddie (Michael Angarano). Os planos porém não saem exatamente como planejado.

Comentários:
Muito bom esse filme sobre assalto. Baseado em fatos reais o roteiro recria o famoso roubo ocorrido no Bronx durante os anos 1980. Na ocasião sumiram mais de 10 milhões de dólares de uma empresa de transporte de valores, a maior quantia já roubada na história de Nova Iorque. Inicialmente a polícia ficou sem maiores pistas, pensando tratar-se de um grande plano da máfia italiana. Mal sabiam os investigadores comandados pelo detetive Ransome (Dwayne Johnson) que os verdadeiros autores do crime eram na realidade dois amadores que resolveram roubar milhões sem planejamento, tudo feito ao acaso, sem qualquer sofisticação, como é comum ocorrer em crimes envolvendo esse tipo de fortuna. O resultado aqui é muito bom, com apenas 90 minutos de duração, o filme nunca deixa a bola cair! O espectador fica realmente grudado na tela acompanhando todos os acontecimentos. O complicado mesmo é acreditar que dois bandidos pé de chinelos como esses conseguiram realizar o maior roubo de Nova Iorque! Por fim uma observação válida: a filmografia de Dwayne "The Rock" Johnson tem surpreendido pelos bons filmes em que ele tem trabalhado ultimamente. The Rock tem deixado, de forma bastante inteligente, a vaidade de lado, interpretando papéis secundários em bons filmes. Aqui vale o ditado: é melhor ser coadjuvante em um filme acima da média do que ser astro de abacaxis. Ponto para ele!

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de maio de 2014

Clube de Compras Dallas

Título no Brasil: Clube de Compras Dallas
Título Original: Dallas Buyers Club
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Voltage Pictures, Truth Entertainment
Direção: Jean-Marc Vallée
Roteiro: Craig Borten, Melisa Wallack
Elenco: Matthew McConaughey, Jennifer Garner, Jared Leto, Steve Zahn, Denis O'Hare 

Sinopse:
Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é um cowboy de rodeios machão que não perde a chance de sair com qualquer garota bonita que cruze seu caminho. Após um pequeno acidente no trabalho ele é levado a um hospital em Dallas. Isso leva seu médico a realizar uma série de procedimentos padrão sobre sua saúde e um dos testes revela que ele na realidade tem AIDS, naquela época - o enredo do filme se passa em 1985 - uma doença considerada exclusivamente de gays e viciados em drogas injetáveis. A descoberta vira o mundo de Ron de ponta cabeça. Desesperado, ele tentará de todas as formas se manter vivo!

Comentários:
Excelente drama mostrando o terrível diagnóstico de AIDS para um típico machão texano, cowboy e homofóbico, que de repente descobre estar infectado com uma doença que era atribuída apenas aos membros da comunidade gay da região. Logo no começo do filme o personagem de Matthew McConaughey mostra todo o seu preconceito ao comentar a morte do ator Rock Hudson, galã de cinema que morreria da doença após assumir publicamente que era homossexual e que tinha o vírus mortal. O filme é extremamente bem realizado, com um roteiro que explora excepcionalmente bem a luta do cowboy Ron após ele descobrir que está com o vírus HIV. Um dos aspectos mais importantes desse argumento é que ele explora o preconceito do personagem principal e depois como ele próprio enfrenta esse mesmo preconceito contra si. Assim que a notícia se espalha seus antigos "amigos" logo o julgam e acreditam que ele sempre fora um gay dentro do armário (algo que não era verdade). Ron perde os amigos, o emprego e seu médico lhe informa que ele tem menos de 30 dias de vida! Imaginem o desespero...

O filme concorreu a categorias importantes da Academia, entre elas Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Acabou vencendo muito merecidamente os dois Oscars da categoria atuação masculina, sendo que Matthew McConaughey levou o Oscar de Melhor Ator e Jared Leto o de Melhor Ator Coadjuvante. Ambos os prêmios foram mais do que merecidos. Esqueça aquela imagem de galã musculoso de McConaughey, pois aqui ele está literalmente transformado em um outra pessoa. Muitos quilos abaixo de seu peso normal o ator mostra em cada momento o grau de entrega em sua atuação. Realmente impressionante seu trabalho. Conforme a doença avança ele vai ficando cada vez mais abatido e magro, uma sombra do homem que um dia foi. Já Jared Leto também está excepcional, calando a boca de todos os que o criticaram por anos e anos. Ele simplesmente desaparece na pele de seu personagem, o travesti Eve. Aliás deve-se também a ele o mérito do terceiro Oscar ganho pelo filme - o de maquiagem - pois sua transformação é completa, ficando até mesmo complicado reconhecer o ator debaixo de toda aquela mudança de personalidade e visual. No final a lição que fica é a de que muitas vezes interesses comerciais de grandes corporações se sobressaem em relação ao ato de salvar vidas de pessoas infectadas e doentes. Também se mostra muito claramente o momento em que a doença começou a atingir também pessoas heterossexuais, acabando de vez com o preconceito duplo que sempre acompanhou os doentes de AIDS (pelo menos deveria assim ser). Um filme realmente essencial para qualquer cinéfilo que se preze. Fabuloso.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de maio de 2014

Vida De Adulto

Título no Brasil: Vida De Adulto
Título Original: Adult World
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Treehouse Pictures
Direção: Scott Coffey
Roteiro: Andy Cochran
Elenco: Emma Roberts, Armando Riesco, John Cusack, Evan Peters

Sinopse:
O sonho de Amy (Emma Roberts) é ser poetisa, mas cursando uma faculdade que não gosta resolve trancar o curso. Depois disso ela então resolve se inscrever em vários concursos de poesia mas não consegue obter êxito em nenhum. Seus pais não estão convencidos que um dia ela poderá viver de sua arte e começam a pressioná-la para retomar os estudos ou então arranjar logo um emprego. Sua saída seria arranjar logo um trabalho mas sem experiência e curso superior suas opções são ruins e tudo o que sobra são empregos de salário mínimo. Desesperada ela acaba encontrando um lugar para trabalhar, só que num pequenino sex shop chamado Adult World! Lá acaba conhecendo todos os tipos de figuras exóticas e bizarras de uma cidade que ela não conhecia até então.

Comentários:
"Adult World" é um filme independente muito simpático e curioso. Sua trama é interessante e mostra uma jovem americana procurando seu caminho no mundo, algo que em tempos de crise não será nada fácil. Emma Roberts está plenamente convincente em seu papel mas quem acaba roubando o filme são dois outros atores que estão excepcionalmente bem em cena. O primeiro é o nosso velho conhecido John Cusack. Ele aqui interpreta um poeta decadente que fez sucesso nos anos 1980 mas que agora só coleciona críticas negativas de suas últimas obras. Amy (Roberts) tem verdadeira fascinação por ele e começa a lhe perseguir pela cidade. Com essa atuação Cusack prova que ainda pode ser um ator talentoso, basta se envolver nos projetos certos. Outro destaque vem do desconhecido Armando Riesco. Ele interpreta um travesti que eventualmente trabalha no sex shop onde Amy está ganhando uns trocados. Como sempre acontece com esse tipo de personagem sua  "Rubia" é muito humana e cheia de bons sentimentos. Excelente ator, incorpora sem pudores esse complicado papel. Em suma, filme pequeno mas muito bem sucedido em suas pretensões de levar entretenimento inteligente e diferente para um público mais alternativo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Revenge - A Vingança

Título no Brasil: Revenge - A Vingança
Título Original: Revenge
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Jim Harrison
Elenco: Kevin Costner, Anthony Quinn, Madeleine Stowe

Sinopse:
Michael "Jay" Cochran (Kevin Costner) acaba de deixar a Marinha depois de 12 anos de serviço. Ele não está completamente certo sobre o que vai fazer dali em diante. Assim decide ir ver Tiburon Mendez (Anthony Quinn), um poderoso mas sombrio empresário mexicano que talvez lhe tenha algum serviço a oferecer. Chegando lá acaba se surpreendendo pela beleza da mulher de Mendez, o que certamente lhe trará inúmeros problemas futuros já que que Mendez é um homem poderoso, vingativo e muito possessivo, que não tolera traição. 

Comentários:
Esse filme foi rodado antes de "Dança Com Lobos" mas os produtores de forma muito esperta arquivaram a produção e esperaram o lançamento do famoso western de Kevin Costner para só depois jogarem no mercado esse muito mediano "Revenge - A Vingança". Sinceramente não me recordo se esse filme chegou a ser lançado nas salas de cinema brasileiras, o que me lembro com certeza foi de seu lançamento completamente sem repercussão no mercado de vídeo (na época ainda as locadoras trabalhavam com a velha fita VHS). Minha impressão inicial não foi muito boa. O filme é muito árido e não estou me referindo ao fato dele ter sido filmado na fronteira do México com os Estados Unidos, mas sim por ser muito destituído de maiores qualidades cinematográficas. O roteiro é apenas ok e o elenco não me pareceu lá muito empolgado - com exceção do sempre esforçado Anthony Quinn que parecia sempre dar a alma em qualquer personagem que interpretasse. Há uma tentativa de explorar um pouco de ação e cenas mais empolgantes mas são bem poucas e nada memoráveis. O lado romântico do filme também não empolga. Na verdade o filme, sendo bem sincero, cai muitas vezes na monotonia. Um momento morno, bem morno, da filmografia do astro Kevin Costner. 

Pablo Aluísio

Halloween H20

Título no Brasil: Halloween H20
Título Original: Halloween H20
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Steve Miner
Roteiro: Debra Hill, John Carpenter
Elenco: Jamie Lee Curtis, Josh Hartnett, Adam Arki

Sinopse:
Vinte anos depois que Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) escapou das garras de um violento psicopata ela ainda tenta reconstruir sua vida. Após mudar de nome e de cidade as coisas parecem que finalmente estão caminhando bem. Ela trabalha numa escola de uma pequena cidade e tem um filho, um jovem rapaz chamado John (Josh Hartnett). O próximo Halloween está chegando e Laurie mal sabe o que lhe aguarda quando essa terrível noite finalmente chegar.

Comentários:
Nada contra "Halloween", uma das mais importantes e influentes franquias do cinema de terror dos Estados Unidos de todos os tempos. Tampouco falaria mal do grande John Carpenter. Até a "rainha do grito" Jamie Lee Curtis merece todos os nossos respeitos. A questão é que tudo tem seu tempo. O problema surge quando um filme é realizado de forma oportunista, sem originalidade nenhuma e o pior, sem qualquer traço de novidade. "Halloween H20" supostamente foi produzido para se celebrar os vinte anos do lançamento do filme original, tanto que por aqui essa fita recebeu o subtítulo de "20 Anos Depois". Bom, como sabemos de boas intenções o inferno está cheio, por isso não vá se entusiasmar muito com o resultado pois o filme é bem ruim mesmo. Convenhamos, comparar isso com o clássico "Halloween - A Noite do Terror" que James Carpenter realizou em 1978 é um pouco demais. Aquele sim era um terror marcante, que fez história e foi tão copiado ao longo dos anos que hoje em dia pode até soar um pouco saturado (injustamente aliás). "Halloween H20" é apenas uma cópia muito mal feita que tenta pegar carona na força do nome comercial "Halloween" e nada mais. Uma farsa em última análise. Michael Myers merecia uma homenagem melhor. Esqueça essa coisa e vá rever o primeiro filme, sua cultura cinéfila agradece.

Pablo Aluísio.

Spartacus

Título no Brasil: Spartacus
Título Original: Spartacus - Blood and Sand
Ano de Produção: 2010 - 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Starz Media, Starz Productions
Direção: Vários
Roteiro: Steven S. DeKnight (criador da série)
Elenco: Andy Whitfield, Lucy Lawless, Manu Bennett

Sinopse:
Na antiga Roma um escravo chamado Spartacus é vendido para uma tradicional casa onde se treinam os melhores gladiadores romanos. Lá ele sofre duro treinamento e começa a planejar uma rebelião para fugir das garras de seu mestre. Uma vez livre, Spartacus começa uma verdadeira revolução dentro das fronteiras de Roma, levando milhares de escravos a segui-lo em busca de liberdade e justiça!

Comentários:
Considero essa série "Spartacus" realmente genial. Foram três temporadas ao todo e nenhuma delas deixou a desejar. Ótimos roteiros aliados a um elenco simplesmente perfeito para dar vida novamente à famosa história (que para quem não sabe de fato aconteceu, sendo um dos eventos históricos mais marcantes da história da República Romana). Na primeira temporada tivemos a apresentação de Spartacus e todos os demais personagens, escravos feitos em guerras e transformados em gladiadores para a pura diversão da classe patrícia. Crixus, Doctore, Gannicus e vários outros, todos muito bem desenvolvidos. Depois Spartacus finalmente consegue escapar das garras da escravidão e lidera uma enorme rebelião dentro das fronteiras romanas. O episódio final quando ele finalmente enfrenta face a face seu algoz, o tribuno Crasso, é realmente memorável. A série, é bom salientar, tem uma violência estética muito singular - o que levou alguns episódios a sofrerem censura quando foram liberados na TV a cabo no Brasil, por isso recomendo que se assista aos episódios tais como foram exibidos na tv americana, sem cortes ou amenizações. A força de "Spartacus" também vem de sua violência explícita, afinal de contas na antiguidade essa era a ordem do dia. Não perca, é uma das melhores coisas produzidas pela telinha nos últimos anos. Simplesmente imperdível. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

007 - Nunca Mais Outra Vez

Título no Brasil: 007 - Nunca Mais Outra Vez
Título Original: Never Say Never Again
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Irvin Kershner
Roteiro: Kevin McClory, Jack Whittingham
Elenco: Sean Connery, Kim Basinger, Klaus Maria Brandauer, Max von Sydow

Sinopse:
James Bond (Sean Connery) decide se aposentar do serviço secreto de sua majestade mas na última hora é surpreendido por uma chantagem internacional envolvendo a SPECTRE. Dois de seus membros, Largo (Klaus Maria Brandauer) e Blofeld (Max von Sydow) roubam ogivas nucleares e ameaçam explodir as bombas em algumas das maiores cidades da Inglaterra e Estados Unidos. O resgate? Cem milhões de dólares.

Comentários:
Um filme não oficial de James Bond que não faz parte da franquia original e que foi muito mal recebido pela crítica na época. Também pudera, Sean Connery havia dito e prometido que jamais voltaria ao personagem, isso porque queria alcançar outros voos em sua carreira. Só que em 1983 todo mundo ficou surpreendido quando o próprio Connery voltou atrás e resolver encarnar novamente (e pela última vez) o tão famoso agente 007. Só que o tempo havia passado, Sean estava ficando careca (usou uma peruca nada convincente em cena) e com vários quilinhos a mais. A trama também não é muito boa e nem inteligente transformando todo o filme em um grande desapontamento. Um prato requentado com praticamente a mesma estória de "007 Contra a Chantagem Atômica" de 1965. Curiosamente o elenco é acima da média (pelo menos no papel), inclusive com a presença do talentoso Max von Sydow e com Kim Basinger como uma das mais bonitas Bond Girls que se tem notícia. Infelizmente mesmo com tudo isso a favor nada funciona mesmo. Ruim, arrastado e sem charme "Never Say Never Again" é de fato decepcionante. Sean Connery deveria ter deixado Bond mesmo em 1971 com "007 - Os Diamantes São Eternos", afinal seu retorno só serviu mesmo para demonstrar que ele não tinha mais nada a ver com o famoso agente secreto.

Pablo Aluísio.

Fuga de Nova York

Título no Brasil: Fuga de Nova York
Título Original: Escape from New York
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: John Carpenter
Roteiro: John Carpenter, Nick Castle
Elenco: Kurt Russell, Lee Van Cleef, Ernest Borgnine

Sinopse:
No futuro, o crime está fora de controle e Nova York é uma prisão de segurança máxima. Não há mais lei e nem ordem. E é justamente nesse local sem limites onde apenas o forte sobrevive que cai o avião do presidente dos Estados Unidos. Para resgatar o líder máximo da nação é enviado o condenado e veterano de guerra Snake Plissken (Kurt Russell). Indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Ficção, Melhor Diretor, Figurino e Maquiagem.

Comentários:
Esse é um pequeno clássico de ação e ficção muitas vezes reprisado na televisão aberta brasileira. Também é considerado um dos mais representativos filmes da carreira do diretor John Carpenter. Sempre considerei esse cineasta muito subestimado em todos os sentidos. Carpenter conseguia realizar bons filmes com praticamente nada. Os orçamentos eram restritos e os estúdios nem sempre acreditavam em suas ideias pouco convencionais. Aqui ele escreveu um roteiro sem limites à imaginação. O mundo é no futuro um lugar sujo e sem regras e até os supostos heróis de suas tramas são sujeitos casca grossa e no limite entre o certo e o errado. Que o diga o personagem Snake Plissken (Kurt Russell) ou, como ficou conhecido no Brasil, Cobra Plissken! Assim o que temos aqui é uma fita muito bem realizada, com muita adrenalina e ideias criativas e bem originais. Russell com tapa olho entrou definitivamente na cultura pop e até hoje é lembrado. O elenco de apoio também é dos melhores, com vários veteranos das telas. Alguns anos depois teve uma continuação chamada "Fuga de Los Angeles" que apesar dos bons efeitos digitais era muito inferior a esse. Em suma, pancadaria com estilo e sabor de nostalgia. Vale a pena rever.

Pablo Aluísio.

New Worlds

Título no Brasil: New Worlds
Título Original: New Worlds
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: Channel 4, Company Pictures
Direção: Charles Martin
Roteiro: Martine Brant, Peter Flannery 
Elenco: Pip Carter, Phil Cheadle, Holli Dempsey

Sinopse:
Durante o reinado de Charles II, a Inglaterra passa por momentos turbulentos. O Parlamento está fechado e uma rebelião no reino se aproxima. Para piorar há um conflito não resolvido entre protestantes e católicos que pode resvalar para um verdadeiro banho de sangue religioso. Enquanto isso na colônia americana da Nova Inglaterra os colonos tentam sobreviver aos ataques de nativos selvagens.

Comentários:
A TV inglesa é um primor de qualidade e excelência técnica. Ultimamente várias séries tem focado nos reinados de reis ora tiranos, ora amados pelo povo. Aqui a atenção se volta para um período particularmente complicado da história britânica onde conflitos religiosos e políticos traziam enorme instabilidade ao Reino Unido. "New Worlds" tem uma produção muito caprichada - principalmente nas cenas rodadas na colônia do novo mundo que foi batizada de "Nova Inglaterra" - e um argumento bem escrito, bem roteirizado, que mostra os aspectos da sociedade da época, entre eles o grande desnível existente entre a classe rica e dona de extensas propriedades rurais e a classe trabalhadora, explorada e submetida a jornadas de trabalho desumanas, inclusive com farta exploração de mão de obra infantil. Outro ponto interessante é a tensão que nasce entre dois herdeiros ao trono inglês, um católico e outro protestante, que levou a nação a um insustentável período histórico de conflitos e rebeliões por todos os rincões daquele país (algo que se faz sentir até os dias de hoje haja visto as constantes desavenças envolvendo irlandeses católicos e ingleses protestantes). Em suma, bela minissérie em quatro capítulos que vale a pena acompanhar, principalmente se você gosta de história de uma maneira em geral.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de maio de 2014

A Última Profecia

Título no Brasil: A Última Profecia
Título Original: The Mothman Prophecies
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Mark Pellington
Roteiro: Richard Hatem, baseado no livro de John A. Keel
Elenco: Richard Gere, Laura Linney, David Eigenberg

Sinopse:
Estranhos acontecimentos começam a surgir numa cidadezinha da Virginia. Ninguém sabe ao certo o que realmente se passa. Para uns seriam discos voadores vindos de outros planetas, já para outros seria a manifestação de criaturas do além, entre elas a de um ser alado denominado Mothman. Intrigado com tudo o jornalista John Klein (Richard Gere) resolve ir a fundo no mistério ao lado da policial Connie Mills (Laura Linney). Mas afinal qual é a verdade dos fatos?

Comentários:
Anda meio esquecido esse bom filme de suspense e realismo fantástico estrelado por Richard Gere. O livro que deu origem a essa produção foi baseado numa série de acontecimentos paranormais ou ufológicos ocorridos na cidade de Point Pleasant, West Virginia. Na época a coisa toda chamou muito a atenção da imprensa americana pois vários moradores alegaram ter vistos OVNIs e seres mágicos na região. Também houve um surto de "profecias" entre pessoas comuns. Algumas dessas "revelações" realmente aconteceram anos depois e outras não. É complicado entender o que se passou por lá - teria sido um raro evento de delírio coletivo? "A Última Profecia" procura responder a esse tipo de questão. O filme pretende ser um thriller sobrenatural, um estudo de suspense, mas sofreu severas críticas por mudar aspectos essenciais da suposta história real, como a questão de ser ambientado nos dias atuais, sendo que tudo aconteceu em 1967 (provavelmente os produtores não quiseram investir em um filme de época por causa dos custos elevados que envolvem esse tipo de produção). Essas são questões menores porém. Certamente "The Mothman Prophecies" vale a pena ser revisto ou conhecido por quem ainda não viu já que apresenta no mínimo um enredo interessante. 

Pablo Aluísio.

Mandando Bala

Título no Brasil: Mandando Bala
Título Original: Shoot 'Em Up
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Michael Davis
Roteiro: Michael Davis
Elenco: Clive Owen, Monica Bellucci, Paul Giamatti

Sinopse:
Em meio a ação desenfreada uma mulher grávida entra em trabalho em parto e só conta com o auxílio de Smith (Clive Owen). Ele tem a missão de proteger a criança de um grupo de criminosos liderados por Hertz (Paul Giamatti). Para isso tentará manter a salvo o recém-nascido ao mesmo tempo em que tenta também sobreviver à caçada feroz que é iniciada.

Comentários:
Um filme que me chamou a atenção logo na primeira vez que assisti. Isso porque não é definitivamente um filme de ação convencional, longe disso, na realidade é uma espécie de paródia que nunca se assume como tal e que se vale de uma sucessão de cenas pra lá de absurdas para causar impacto ou risos nervosos nos espectadores. Alguns não compram a ideia e deixam o filme pela metade, outros resistem mas não gostam da proposta do filme e por fim há aqueles que acham tudo o máximo. De nossa parte podemos até achar algum mérito cinematográfico aqui, por causa da estética exagerada e sem noção. Talvez seja uma forma do cinema de ação sobreviver aos novos tempos em relação a uma geração criada em frente aos videogames. De qualquer maneira há defensores desse tipo de estética fora dos padrões. Prova disso é que a produção concorreu a dois prêmios no Satellite Awards nas categorias Melhor Filme e Melhor ator (Clive Owen). Arrisque para conhecer.

Pablo Aluísio.

Crimes Cruzados

Título no Brasil: Crimes Cruzados
Título Original: Pawn
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Imprint Entertainment, Most Films
Direção: David A. Armstrong
Roteiro: Jay Anthony White
Elenco: Forest Whitaker, Ray Liotta, Michael Chiklis, Common, Jessica Szohr, Sean Faris

Sinopse:
O policial Will (Forest Whitaker) resolve fazer uma pequena pausa em sua ronda noturna para fumar um cigarro e depois ir em sua lanchonete 24 horas preferida para tomar um gole de café. Ao entrar no local e sentar para ser servido ele começa a perceber que há algo errado no modo de agir daquelas pessoas, todas parecem tensas e aparentam estar nervosas. Logo Will descobre que há um bando de criminosos no local mas entre aqueles clientes quem seriam os assaltantes?

Comentários:
Se você estiver em busca de um policial dos bons eu recomendo esse pouco falado mas muito bom "Pawn". A situação básica é passada toda em uma lanchonete onde um grupo de bandidos mantém todos os clientes e funcionários como reféns. Os criminosos estão interessados em um cofre no fundo do estabelecimento que contém dinheiro e um HD muito importante para o grupo, mas o cofre é daqueles que só abrem em determinado horário, assim os assaltantes precisam esperar pelo horário certo. Tudo corre relativamente bem até um policial entrar lá para tomar um cafezinho, a partir daí tudo se transforma em um verdadeiro inferno. O curioso desse roteiro (muito bem escrito e estruturado) é que nada, mas nada mesmo, é o que aparenta ser. Os clientes não são tão indefesos assim, os policiais não são tão íntegros como se pode pensar e para completar os criminosos definitivamente não estão lá para apenas para um assalto comum. Eficiente, com uso inteligente de flashbacks (estilo mosaico) e muito bem interpretado esse é um daqueles filmes que não são muito comentados e nem badalados mas valem muito a pena pela tensão e inteligência dentro de sua trama. Ótimo entretenimento.

Pablo Aluísio.