quarta-feira, 20 de junho de 2012

Meu Nome é Coogan

"Meu Nome é Coogan" é um dos filmes mais curiosos da filmografia de Clint Eastwood. Aqui ele interpreta um assistente de Xerife do Arizona que vai até Nova Iorque trazer um prisioneiro sob custódia. O roteiro se baseia justamente no choque cultural entre o sujeito durão, red neck do interior, e a grande cidade e seus costumes modernos, com resquícios ainda da geração Hippie (entenda-se muita amor livre, drogas e promiscuidade, como convém ao clima ideológico reinante dentro dos jovens rebeldes da década de 1960). O roteiro obviamente brinca com a imagem de Eastwood de seus famosos faroestes e tenta tirar humor em cima da diferença de personalidade entre o sujeito austero e conservador com o ambiente liberal da cidade grande. O enredo poderia render muito mais na minha opinião mas em seus 90 minutos vamos acompanhando muita perda de potencial do filme, justamente porque os roteiristas insistiram em criar um romance pouco convincente entre Clint e uma psicóloga (interpretada pela atriz Susan Clark). 

Isso quebrou a coluna dorsal do filme pois o aspecto policial foi bastante prejudicado pelo quebra de ritmo do romance bem no meio da trama. Embora não seja um western Clint Eastwood repete seus personagens dos filmes de faroeste, só que aqui a ação obviamente se desloca para uma Nova Iorque sufocante, dos tempos atuais. A direção de Don Siegel se perde um pouco por causa dessa indecisão do roteiro pois o filme não se decide em ser um filme de ação ou um romance mostrando a diferença de costumes do casal. Uma hora o filme se torna ágil e rápido para depois cair em cenas absurdamente chatas e arrastadas. Enfim, "Meu Nome é Coogan" é um bom policial com jeitão de western mas seguramente poderia ser bem melhor se não tivessem apelado tanto para o namorico de fotonovela do personagem principal.

Meu Nome é Coogan (Coogan´s Bluff, Estados Unidos, 1968) Direção: Don Siegel / Roteiro: Herman Miller / Elenco: Clint Eastwood, Lee J. Cobb, Susan Clark, Don Stroud / Sinopse: Coogan (Clint Eastwood) é um xerife do Arizona que tenta recapturar um fugitivo nas ruas movimentadas de Nova Iorque.

Pablo Aluísio.

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final

James Cameron levaria longos sete anos para retornar ao universo de "Terminator". Embora o estúdio desejasse que ele fizesse uma continuação logo após o sucesso do primeiro filme, Cameron recusou de forma veemente fazer uma nova produção. E afinal o que aconteceu? Na realidade James Cameron queria voltar e desenvolver outras ideias dentro da estória do cyborg que voltava no tempo mas não queria fazer isso de qualquer maneira. A questão não era financeira mas sim técnica. Na visão de Cameron não havia ainda tecnologia de efeitos especiais existentes na época para ele realizar o filme que tanto queria. De fato nem mesmo o primeiro filme lhe deixou satisfeito. Cameron tinha muitas ideias novas para a franquia mas simplesmente não havia como levá-las para às telas naquela ocasião. A resposta só surgiu anos depois com o avanço do uso de efeitos digitais para o cinema. Cameron tinha aquela ideia básica de trazer novos tipos de exterminadores, inclusive um de um material inexistente no passado que lhe permitia assumir várias formas. Fazer esse tipo de personagem fora do universo digital era impensável.

Além dos efeitos revolucionários outro problema rondava a volta do Exterminador. Nos sete anos que separaram o primeiro do segundo filme o ator Arnold Schwarzenegger havia se tornado um astro de primeira grandeza! Com um sucesso de bilheteria atrás do outro seu cachê subiu a um patamar impensável para o estúdio - que também não aceitava abrir mão de sua presença em um segundo filme. Depois de tantos problemas superados finalmente "Terminator 2" começou a tomar forma. As filmagens foram complicadas e a pós produção foi ainda mais tensa. James Cameron, perfeccionista ao extremo, não aceitava nada menos do que a perfeição técnica para o filme. O resultado se viu depois quando o filme finalmente estreou. Com efeitos computadorizados revolucionários e incríveis "Termnator 2" se tornou um mega sucesso de bilheteria - um filme que rompeu vários recordes de arrecadação! De fato a produção se tornou o auge das carreiras de Schwarzenneger e Cameron. O único que parece não ter aproveitado do sucesso do filme foi o jovem Edward Furlong, que interpretava o jovem John Connor. Transformado em ídolo da noite para o dia não soube lidar com a fama afundando sua carreira em drogas e escândalos pessoais depois. Para Cameron "Terminator 2" era o filme definitivo que queria fazer sobre aquele universo. De fato o filme que marcou o auge da franquia também foi seu último pois ele não mais dirigiria nada mais nessa série. Para ele o filme era o ápice e também o final definitivo desse cativante conto de ficção.

O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final (Terminator 2: Judgment Day, Estados Unidos, 1991) Direção: James Cameron / Roteiro: James Cameron, William Wisher Jr / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick / Sinopse: Novos exterminadores são enviados novamente ao passado para tentar liquidar na adolescência o jovem John Connor (Edward Furlong) que no futuro se tornará o líder da resistência humana contra o domínio das máquinas.

Pablo Aluísio.

Robin Hood

Em terra de cego, caolho é rei. Esse ditado infame se aplica muito no que diz respeito a Robin Hood. Em um ano com tanto filme ruim, o filme de Ridley Scott se sobressai acima dos demais blockbusters. O roteiro é bem escrito, apesar de muitas situações absurdas do ponto de vista histórico e o filme em nenhum momento chega a ofender a inteligência do espectador, pelo contrário, é uma tentativa de revitalizar o velho jeito de fazer cinema, principalmente dos antigos filmes de aventura. Nesse aspecto os mais jovens podem até mesmo achar o filme chato em certos momentos (ele não tem tantas cenas de ação como se pensava), é relativamente parado, mas esse tipo de coisa vejo como algo positivo pois as cenas de intrigas palacianas são as melhores na minha opinião. A trama todo mundo já conhece: Robin Hood é o ladrão que rouba dos ricos para dar aos pobres. Tem um caso com sua amada Mariah (ou como aqui no filme Marion) e está em constante atrito com o xerife de Nottingham. Nada de novo. 

Para falar a verdade as bases desse personagem são as mesmas desde a Idade Média quando sua vida era cantada em prosa e verso pelos trovadores e menestréis medievais. Robin existiu realmente ou é apenas um personagem de contos de fadas? Fato ou ficção? Até hoje se debate sobre isso sem uma conclusão definitiva. De qualquer forma, mesmo não tendo existido de fato a questão é que Robin Hood faz parte de um contexto histórico. Olhando sobre esse ponto de vista histórico o filme é quase um desastre completo, temos que admitir. A tentativa de colocar Robin Hood no centro da declaração de direitos do Rei João Sem Terra é um absurdo sem tamanho. Se existiu realmente, Robin era apenas um ladrão de bosque e não um arauto das liberdades individuais. Nesse aspecto a coisa ficou forçada, assim como o romance de Robin com Marion, aqui uma nobre empobrecida. De qualquer forma o filme só não é pior em termos de história porque a caracterização de Ricardo Coração de Leão foi muito boa, melhor do que todas as outras versões sobre Robin. Definitivamente o Rei não era o herói que aparece em tantos filmes mas um sujeito bem cruel e despótico. Além disso apesar de ser um símbolo da realeza inglesa Ricardo era quase que totalmente francês do ponto de vista cultural (falava francês na verdade e seguia muito mais os hábitos e costumes franceses do que ingleses) De qualquer forma deixando isso de lado até que o saldo geral não é ruim, pois o filme diverte, não aborrece e nos prende a atenção. Isso em um ano tão escasso de bons filmes faz toda a diferença do mundo.  

Robin Hood (Robin Hood, Estados Unidos, 2010) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Brian Helgeland, Brian Helgeland / Elenco: Russell Crowe, Cate Blanchett, Matthew Macfadyen / Sinopse: Robin Hood (Russel Crowe) volta das cruzadas onde lutou ao lado do rei Ricardo Coração de Leão e encontra a Inglaterra em grande turbilhão político e social. Ao lado de sua amada Marion Loxley (Cate Blanchett) parte em busca de um país mais igualitário e justo para todos os cidadãos do reino.  

Pablo Aluísio.

Legião

"Legião" é aquele tipo de filme que você fica esperando dar certo em algum momento mas isso definitivamente não acontece. Na ânsia de agradar os jovens que frequentam cinemas hoje em dia o diretor armou os anjos até os dentes e mandou bala em cada centímetro de fotograma. Uma pena. O roteiro poderia até mesmo alcançar vôos mais altos se não fosse essa maldita mania que Hollywood tem em tentar fazer todo e qualquer filme comercial, apelando para clichês idiotas e estúpidos. A questão teológica de se colocar homem versus Deus poderia até render muito mas não aqui, já que o filme não passa de um passatempo barato, com roteiro medíocre e atuações idem.

Lamento ter encontrado Dennis Quaid atuando no filme. Decadente e canastrão como nunca o ator tenta trazer alguma dignidade ao filme mas fracassa completamente. Igualmente constrangedoras são as atuações de Paul Bettany como um anjo anabolizado e Kate Walsh em um papel sem qualquer importância (quem diria que essa estrela de tv presunçosa iria pagar um mico desses hein?). A atriz que interpreta a garçonete é outra que veio direto dos seriados de tv para participar do filme (Adrianne Palicki de Friday Night Lights) mas nada acrescenta. Enfim, filme ruim, teologicamente obtuso e com roteiro horrível. Os pobres anjinhos mereciam coisa melhor.

Legião (Legion, Estados Unidos, 2009) Direção: Scott Charles Stewart / Roteiro: Peter Schink, Scott Charles Stewart / Elenco: Paul Bettany, Dennis Quaid, Charles S. Dutton / Sinopse: Um grupo de anjos entram em conflito na terra numa terra distante e desértica.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Safe - O Intocável

Luke Wright (Jason Statham) é um policial que cai em desgraça após entregar tiras corruptos de Nova Iorque. Sem meios de sobrevivência entra para o mundo da luta livre onde acaba descontentando uma máfia de apostas. Perseguido se esconde nas ruas da cidade, em abrigos para sem tetos. Desiludido decide colocar um fim em sua vida no metrô mas no último momento percebe uma pequena garotinha chinesa (Catherine Chan) fugindo de capangas da máfia chinesa. Decide ajudá-la e acaba se envolvendo numa terrível conspiração criminosa envolvendo as máfias russas e chinesas e a banda podre da polícia nova iorquina."Safe" é o novo filme do astro dos filmes de ação, Jason Statham. Ele já tem seu público formado de admiradores e realiza produtos destinados para esse tipo de público de filmes de muita ação e pancadaria, por isso nem adianta reclamar que suas produções não possuem roteiro e nem boas atuações. Jason não está em cena para atuar mas sim para bater, dar tiros, sopapos e distribuir porradas a atacado! 

Esse "Safe" certamente vai satisfazer seu público. O filme me lembrou muito os filmes de ação e artes marciais de Hong Kong. A edição é nervosa, rápida e não perde muito tempo em situações dramáticas. Nos primeiros 20 minutos de filme a trama é apresentada rapidamente, tanto a estória do tira vivido por Jason quanto da garotinha órfã que superdotada é usada pela máfia chinesa para decorar dados sigilosos como senhas, números e receitas de sua organização criminosa. As cenas de pancadaria são em grande número e pelo menos há uma boa sequência com Jason em cima de um vagão de metrô em Nova Iorque. De resto o filme traz no elenco de apoio o sumido Chris Sarandon (o vampiro do primeiro "A Hora do Espanto"). Ele tem apenas duas cenas mas que valem para mostrar que o ator está ainda atuante no cinema. Enfim, "Safe" é indicado para o público que gosta dos filmes de Jason Statham. Para quem o detesta é melhor ficar longe pois o filme é justamente aquilo que parece, sem maiores surpresas.  

Safe - O Intocável (Safe, Estados Unidos, 2012) Direção: Boaz Yakin / Roteiro: Boaz Yakin / Elenco: Jason Statham, Catherine Cham, Chris Sarandon / Sinopse: Ex policial conhecido como "o lixeiro" (apelido dado pois gostava de limpar as ruas da escória) acaba ajudando ao acaso uma garotinha chinesa perseguida pelas máfias chinesas e russas. Com seu estilo "quebra ossos" tenta manter a menina a salvo. 

Pablo Aluísio.

Planeta dos Macacos: A Origem

Esqueça a franquia clássica original. Esqueça o filme de Tim Burton também. Esse "Planeta dos Macacos - a Origem" tenta inovar e ser diferente da longa linhagem de filmes já feitos sobre a estória desses personagens. A boa notícia é que no final somos presenteados com um bom filme realmente, que logo se torna uma grata surpresa. Todos sabem que de maneira em geral detesto blockbusters, principalmente quando são vazios e sem conteúdo. Pior são aqueles que se fundamentam única e exclusivamente em efeitos digitais. Esse novo Planeta dos Macacos tinha tudo para ser um produto assim. Felizmente não é o que acontece. Não restam dúvidas que esse também é um blockbuster de Hollywood, feito e pensado para gerar grandes bilheterias, o diferencial é que é um produto de qualidade, com bom roteiro e boas atuações. Definitivamente esse "Planeta dos Macacos: A Origem" é um blockbuster com alma! Posso dizer sem ter medo de errar que os 70 primeiros minutos são brilhantes. Não devo contar nada para não estragar a surpresa dos que irão assistir mas o desenvolvimento de Cesar e seu envolvimento com o personagem de James Franco (e seu pai) é extremamente bem escrito, envolvente e tocante. Nada parecido com o que estamos acostumados a ver nesse tipo de produção Made in Hollywood. 

Na minha opinião o filme só perde mesmo um pouco de qualidade quando sua vocação de blockbuster fala mais alto (mais ou menos nos 25 minutos finais) mas mesmo aí nada acontece que o desmereça e em nenhum momento a inteligência do espectador é ofendida. Outro ponto crucial: praticamente todos os macacos do filme são digitais mas tudo é feito com tamanha sensibilidade e perfeição técnica que isso se torna um mero detalhe. Também vamos convir que seria simplesmente impossível rodar esse roteiro com animais de verdade (ou o pior, com humanos vestidos de macaco). Em suma, é realmente um novo recomeço, original, que traz conceitos e pontos de vistas inovadores que em essência o transformaram em um belo filme, belo mesmo. O melhor blockbuster de 2011 com folgas! Não deixem de assistir. 

Planeta dos Macacos: A Origem (Rise of The Planet Of The Apes, Estados Unidos, 2011) Direção: Robert Wyatt / Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver baseado no livro de Pierre Boulle / Elenco: James Franco, Andy Serkis, Brian Cox / Sinopse: Jovem cientista (James Franco) realiza experimentos com macacos visando procurar uma cura para uma doença que atinge seu pai. Isso acaba desenvolvendo uma inteligência fora do comum nos animais o que trará consequências sérias para o futuro da humanidade.  

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Não Me Abandone Jamais

Um grupo de crianças órfãs nasce e cresce sob o controle do Estado. Eles são afastados do mundo exterior e pouco sabem sobre seu passado. Mais velhos uma dessas garotas começa a se questionar sobre sua situação pessoal e sai em busca por respostas. O que a levará a descobrir uma realidade terrível sobre sua origem. Devo confessar uma coisa: esse foi um dos filmes mais perturbadores que assisti nos últimos anos. Não vou aqui revelar o grande segredo dele mas antecipo dizer que conforme ele foi passando fui ficando cada vez mais absorvido e impressionado. Tudo é passado e mostrado numa terrível normalidade, dentro de uma situação completamente cruel para não dizer o mínimo. Esse sim é o tipo de roteiro e argumento que quanto menos se falar melhor para os que irão assistir ele. Eu adoraria revelar e debater mais sobre essa situação terrível pelo qual os personagens passam e vivem mas não quero estragar a surpresa de ninguém. Só digo que é muito original (e muito deprimente). 

O elenco todo está muito bem. Desde a gracinha Carey Mulligan, passando por Keira Knightley (muito magra em decorrência do papel) mas o filme pertence mesmo a Charlotte Rampling. É incrível como grandes mestres da arte de interpretar precisam de tão pouco para dominar completamente a cena. A Charlotte (que sou fã desde Angel Heart) aqui aparece em 3 ou 4 cenas mas na última que aparece arrasa. Em uma frase e em um olhar ela resume todo o filme de forma avassaladora. Grande momento. Enfim, aconselho que leia o menos possível sobre o filme (sempre tem um critico que estraga tudo antes do tempo) e vá assistir ao filme como eu fui, sem saber quase nada. Só assim vocês terão a possibilidade de apreciar tanto quanto eu apreciei. Recomendo muito o filme. Por fim fica a bela frase que resume um dos aspectos mais interessantes de seu argumento: "Não fazíamos isso para enxergar suas almas. Fazíamos para saber se vocês tinham almas".  

Não Me Abandone Jamais (Never Let Me Go, Inglaterra / EUA, 2010) Direção: Mark Romanek / Roteiro: Kazuo Ishiguro / Elenco: Carey Mulligan, Keira Knightley, Andrew Garfield, Sally Hawkins / Sinopse: Um grupo de crianças órfãs nasce e cresce sob o controle do Estado. Eles são afastados do mundo exterior e pouco sabem sobre seu passado. Mais velhos uma dessas garotas começa a se questionar sobre sua situação pessoal e sai em busca por respostas. O que a levará a descobrir uma realidade terrível sobre sua origem.  

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de junho de 2012

Os Agentes do Destino

David Norris (Matt Damon) é um candidato ao senado dos Estados Unidos que descobre estar sendo seguido de perto por estranhos e misteriosos homens que tentam manipular os acontecimentos e eventos de sua vida, numa verdadeira manobra de controle do destino. Algumas coisas me incomodaram no roteiro. Não li a obra de Phillip K Dick e por isso não sei ao certo se os problemas são apenas do filme ou também do conto que lhe deu origem. O fato porém é que a premissa de tudo é um tanto absurda no meu ponto de vista. O filme parte do pressuposto de que todas as pessoas no mundo já possuem seu destino traçado, determinado em livros previamente escritos. Qualquer tentativa de sair dessa linha teria que ser corrigida por agentes (os tais agentes do destino, sujeitos com roupa ao estilo agente do FBI dos anos 50). No centro de tudo teríamos o personagem chamado no filme de presidente (que pelas insinuações do argumento tudo leva a crer tratar-se de quem você está pensando mesmo ou uma entidade equivalente ao Deus judaico cristão). 

Não é complicado ver como seria o caos se algo assim realmente comandasse nossas vidas. Se para impedir um namorico como é mostrado no filme são necessários centenas de agentes do destino imagine monitorar tudo o que acontece em nossas vidas? Além do mais essa visão (Calvinista, diga-se de passagem) cai no paradoxo de que se tudo já é predeterminado então para que a existência dos seres humanos? Aonde foi parar o livre arbítrio de todos nós? Qual é o propósito de nossas vidas? Nenhum obviamente. Tirando as questões filosóficas que emergem do argumento do filme temos um produto que cai na falta de foco várias vezes apesar dos esforços de seus realizadores. É a tal coisa, ou o filme de ficção segue uma linha mais intelectual, intuitiva, ou então que siga pelo caminho da ação desenfreada. Tentar unir essas duas coisas ao mesmo tempo não costuma dar muito certo e é justamente o que acontece aqui. O roteiro não sabe se desenvolve melhor o tema dos agentes do destino ou se abraça as sequências de ação de uma vez por todas. No meio da indecisão o filme ora ganha ritmo frenético, ora cai no marasmo. Damon não está convincente em seu papel que diga-se de passagem exigiria um ator mais velho com cara de durão (ele é jovem demais para ser candidato ao senado dos EUA, cargo que é disputado por veteranos da política americana). Já Blunt não tem muito o que fazer em cena. Em conclusão é isso, "Os Agentes do Destino" tenta agradar ao mesmo tempo os interessados na obra de Dick (um autor intelectual por excelência) e os fãs de filmes de ação e termina por não satisfazer nenhum dos dois grupos.  

Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau, Estados Unidos, 2011) Direção: George Nolfi / Roteiro: George Nolfi baseado no conto de Philip K Dick / Elenco: Matt Damon, Emily Blunt, Michael Kelly / Sinopse: David Norris (Matt Damon) é um candidato ao senado dos Estados Unidos que descobre estar sendo seguido de perto por estranhos e misteriosos homens que tentam manipular os acontecimentos e eventos de sua vida, numa verdadeira manobra de controle do destino.  

Pablo Aluísio.

Alexandre, O Grande (1956)

Roteiro e Argumento: A história de Alexandre é bem conhecida. O filme segue didaticamente sua biografia e mostra todos os grandes momentos de suas incríveis conquistas. Os primeiros 60 minutos focam completamente na complicada relação entre Alexandre e seu pai, o Rei Filipe. Existem cenas que são idênticas às que são mostradas no filme de Oliver Stone. De forma geral gostei da forma como o roteiro tratou essa história, tudo bem dividido e mostrado. Produção: Não é tão rica como a de outras produções do mesmo período porém é luxuosa e bonita. O filme foi filmado em locações na Espanha, aproveitando inclusive antigas ruínas romanas. Isso deu um visual muito mais real às tomadas de cena, bem diferente dos épicos que eram filmados dentro dos estúdios em Hollywood e que muitas vezes soavam bem falsos. As cenas de batalha são boas e bem coreografadas, principalmente as finais, quando Alexandre enfrenta Dario no campo de batalha. 

 Direção: Robert Rossen era muito mais roteirista do que diretor. De fato ele só dirigiu dez filmes em sua carreira. A falta de experiência muitas vezes aparece no filme com quebras de ritmo e cenas avulsas que tão rápidas como surgem somem. Um diretor mais experiente faria um produto mais coeso e com maior agilidade. Elenco: Só há uma estrela no filme, Richard Burton. De cabelos pintados de loiro sua caracterização quase caiu na caricatura mas felizmente Burton deu a volta por cima. Ele está empenhado e interpreta Alexandre com convicção. De certa forma seu papel antecipou o que faria depois em Cleópatra.  

Alexandre, O Grande (Alexander, The Great, Estados Unidos, 1956) Direção e roteiro de Robert Rossen / Elenco: Richard Burton, Fredric March, Claire Bloom, Danielle Darrieux, Harry Andrews, Peter Cushing / Sinopse: Alexandre, filho do Rei Filipe da Macedônia, começa uma campanha de conquistas em direção ao oriente passando pela Pérsia e chegando até a Índia onde enfrenta uma rebelião de seus próprios homens cansados de tantas batalhas.  

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de junho de 2012

A Águia da Legião Perdida

Roteiro e argumento: De modo geral o roteiro e o argumento são bons. Gostei da premissa de se recuperar a águia da nona legião romana que foi aniquilada na Bretanha. Apesar disso tenho algumas ressalvas em certas situações mostradas no filme. A situação de um escravo ajudar tanto a um romano para voltar em última análise à sua própria escravidão soa nada razoável, mesmo sob o pretexto de se seguir um código de honra entre o escravo e seu amo. Além disso o roteiro poderia ter aproveitado melhor a parte inicial do filme no forte romano. Elenco: Tirando a participação especial de Donald Sutherland todo o restante do elenco é jovem e desconhecido. A boa notícia é que nenhum deles compromete o resultado final. Channing Tatum que faz o personagem principal já esteve em bombas como a franquia GI Joe (está filmando o segundo atualmente) mas pelo menos aqui ele consegue ser ao menos mediano em seu trabalho. Está discreto e correto.  

Produção: Não é de encher os olhos mas também não é medíocre. Uma produção mediana que não compromete. Só achei equivocado mesmo o visual dos nativos bretões. Mais parecendo índios moicanos americanos o estilo soa fora da época e dos povos retratados. É um deslize histórico certamente. Direção: Kevin Macdonald só tem dois filmes mais conhecidos do grande público: “Intriga de Estado” e “O Último Rei da Escócia” (esse seu melhor filme). Nesse "Eagle" ele não imprime nenhuma digital autoral mas realiza um produto bom no final das contas.  

A Águia da Legião Perdida (The Eagle, Estados Unidos, Reino Unido, 2011) Direção: Kevin Macdonald / Roteiro:Jeremy Brock baseado na novela de Rosemary Sutcliff / Elenco: Channing Tatum, Jamie Bell, Donald Sutherland, István Göz / Sinopse: Na ocupação da Bretanha por tropas romanas um jovem soldado tenta honrar a memória de seu pai ao buscar um antigo emblema imperial, a Águia romana, que foi roubada quando sua legião foi derrotada por bárbaros locais.  

Pablo Aluísio.

Shaft

Apesar do filme ter 12 anos nunca tinha assistido Shaft. Obviamente conhecia o personagem e principalmente a famosa música mas nunca havia conferido essa tentativa de revitalização do famoso detetive negro dos anos 70. Pois bem, achei essa releitura muito comportada para falar a verdade. Claro que Samuel L Jackson fala um "Motherfucker" a cada frase dita mas não me refiro a isso. O Shaft original era cheio de mulheres, cafajeste e rei da escrotice das ruas mas aqui ele reaparece muito politicamente correto (embora saía da linha várias vezes - principalmente quando espanca meliantes que a justiça não consegue ou quer punir).

O elenco é bem interessante. Jackson não compromete como Shaft. O destaque na minha opinião fica com o vilão da estória, um playboy filhinho de papai acusado de homicídio interpretado por... Christian Bale!!! Esbanjando boçalidade e arrogância (como o próprio ator na vida real), Bale acrescenta bastante no resultado final do filme. E pensar que em poucos anos ele estaria justamente no outro lado, prendendo criminosos como Batman. Outro destaque é Busta Rhymes interpretando um traficante latino. Gostei de sua interpretação que quase, apenas quase, cai na caricatura. Enfim, Shaft vale a espiada - não é um grande filme policial mas pelo menos funciona como passatempo descompromissado.

Shaft (Shaft, Estados Unidos, 2000) Diretor: John Singleton / Roteiro: John Singleton, Richard Price, Shane Salerno / Elenco: Samuel L. Jackson, Vanessa L. Williams, Jeffrey Wright, Christian Bale / Sinopse: Shaft (Samuel L. Jackson) é um policial negro durão que tem que ldiar com a criminalidade de uma forma bem peculiar. Baseado no antigo filme cult da cultura vintage negra Shaft.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Sol é Para Todos (1962)

Título no Brasil: O Sol é Para Todos
Título Original: To Kill a Mockingbird
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Mulligan
Roteiro: Horton Foote, baseado em livro de Harper Lee
Elenco: Gregory Peck, John Megna, Frank Overton, Rosemary Murphy, Mary Badham
  
Sinopse:
Tom Robinson (Brock Peters) é um rapaz negro acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. Numa sociedade extremamente racista o advogado Atticus Finch (Gregory Peck) resolve então defender o réu, mas começa a sofrer todo tipo de hostilidade por parte da população local por ter tomado essa decisão. Para aquelas pessoas o acusado sequer deveria ser defendido no tribunal das acusações que lhe estavam sendo feitas. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Gregory Peck), Melhor Roteiro Adaptado (Horton Foote) e Melhor Direção de Arte. Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz Coadjuvante (Mary Badham), Melhor Fotografia (Russell Harlan) e Melhor Música (Elmer Bernstein). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Gregory Peck) e Melhor Música (Elmer Bernstein).

Comentários:
Esse é um dos grandes clássicos da história do cinema americano. Que filme maravilhoso! Fiquei impressionado como em um só roteiro tantos valores morais e éticos são repassados ao espectador! Não é necessário aqui expor todos os significados importantes dentro do rico argumento, mas um dos que mais me chamaram atenção foi o desfecho do julgamento mostrado no filme. Fugindo de clichês baratos, a obra mostra a verdadeira face da extrema debilidade do sistema judiciário americano. O argumento também explicita alguns fundamentos jurídicos importantes para uma sociedade dita civilizada, como o direito ao contraditório e a ampla defesa. Como demonstrado na história nem sempre a sociedade é a mais adequada para julgar e punir seus pares, uma vez que o senso comum é extremamente falho e para dizer a verdade, inúmeras vezes infantil e até tolo. Assim apenas a lei e o direito a um julgamento justo se mostram viáveis para saciar o sentimento de justiça dentro da comunidade. O fato é que Gregory Peck, de uma dignidade fora do comum, mostra claramente que o sistema é falho, injusto e nocivo, principalmente quando a emoção e o preconceito superam a razão. Seu posicionamento como advogado no filme é uma lição de postura, ética e comprometimento com a causa de seu cliente. Nenhuma outra profissão no mundo lida tão de perto com esses valores como a de advogado, que quando bem cumprida e desempenhada pode trazer enorme satisfação pessoal. Tirando esse aspecto importante, outro também me chamou muito a atenção: O lirismo e nostalgia envolvidos na forma como a história é contada. Ao mesmo tempo em que mostra o drama de tribunal, "O Sol é Para Todos" também expõe a bucólica vida dos filhos do advogado. Subindo em árvores, brincando pelas redondezas e curiosos em relação a Boo, um vizinho deficiente mental que será vital para o desfecho do filme. Essa visão inocente contrasta exatamente com a mentalidade dos moradores locais: ignorantes, racistas e preconceituosos. Recentemente o presidente Obama promoveu uma exibição do filme na Casa Branca, algo muito significativo sobre a importância dessa obra cinematográfica. Nada mais justo uma vez que "O Sol é Para Todos" é um filme grandioso, realmente maravilhoso. Um dos melhores da era de ouro de Hollywood. Está mais do que recomendado.

Pablo Aluísio.

Catch 44

Três jovens garotas acabam se envolvendo com Mel (Bruce Willis), um influente chefão do crime organizado. Ao longo do caminho acabam conhecendo tipos bizarros como Ronny (Forest Whitaker), um assassino psicótico. "Catch .44" pode ser uma boa surpresa. O jeitão de produção B sem maiores pretensões acaba atuando favoravelmente pois o espectador vai assistir ao filme com expectativas bem baixas que ajudam na hora de avaliar a produção. Para minha surpresa digo que o filme não é desprezível como eu pensava ser. Não é obviamente nenhuma obra prima mas tem aspectos interessantes. O roteiro é bem escrito, usa e abusa de flashbacks para no final desvendar apenas uma única situação: O que estaria fazendo diversas pessoas diferentes em um bar de beira de estrada altas horas da noite? A linha narrativa segue a chegada de três garotas nesse local onde elas pensam que vão cumprir um serviço para o traficante Mel (Bruce Willis, que só atua em praticamente duas cenas o filme inteiro). O elenco é formado por três beldades (com cara de modelos) e Forest Whitaker em poucas mas boas cenas em que parece estar bem inspirado para atuar.

Esse é apenas o segundo filme dirigido por Aaron Harvey. Ele nunca fez nada de muito relevante mas demonstra ter bom controle sobre a narrativa do filme, que não é fácil e pode até mesmo confundir os espectadores menos atentos. Confesso que achei seu estilo muito comprometido com o jeito Tarantinesco de ser, ou seja, muitos diálogos (a maioria papo furado) interligados com cenas de violência irracional. A cena final do filme mostra bem isso pois é literalmente um banho de sangue. De qualquer forma ele tenta criar um bom clima (o que de certa forma consegue) com cenas que jogam o tempo todo com sombra e luz (principalmente nas internas dentro do bar onde praticamente acontece toda a trama do filme). O saldo final é interessante, nada medíocre. Vale a pena dar uma espiada.

Catch .44 (Catch .44, Estados Unidos, 2011) Direção: Aaron Harvey / Roteiro: Aaron Harvey / Elenco: Bruce Willis, Forest Whitaker, Malin Akerman, Brad Dourif / Sinopse: Três jovens garotas acabam se envolvendo com Mel (Bruce Willis), um influente chefão do crime organizado. Ao longo do caminho acabam conhecendo tipos bizarros como Ronny (Forest Whitaker), um assassino psicótico.

Pablo Aluísio.

Crepúsculo: Amanhecer Parte 1

Roteiro e Argumento: A roteirista Melissa Rosenberg teve a complicada missão de usar uma meia estória para um filme inteiro. Claro que a sensação de enchimento de linguiça surge aqui e acolá mas devo dizer que seu trabalho foi muito interessante. O filme é curto, justamente para não se tornar aborrecido, e termina de forma satisfatória justamente em cima de um gancho para o próximo filme. A Rosenberg veio da tv, é roteirista de “Dexter” e outros seriados famosos - esticar sem estragar um texto é com ela mesma!  

Produção: Todos os filmes da saga Crepúsculo possuem o mesmo tipo de produção: simples que nunca enche os olhos. Aqui acontece a mesma coisa. A direção de arte é discreta, até mesmo no casamento de Bella pois tudo é bem simplório. Não consigo entender onde enfiaram 120 milhões de dólares nessa produção uma vez que é muito dinheiro para um resultado tão comum!  

Direção: Bill Condon tinha um certo prestigio por causa de filmes como “Dreamgirls”, “Kinsey” e “Deuses e Monstros” mas ultimamente andava bem em baixa, dirigindo alguns telefilmes. Nesse "Amanhecer" ele fez um trabalho de diretor contratado mesmo, sem nenhum traço autoral visível. Seu grande mérito na minha opinião foi contar a estória de forma quadradinha mas correta. Como os próprios livros não são também Shakespeare acho que seu trabalho ficou de bom tamanho. Não inventou mas também não estragou o material que os fãs querem ver na tela. 

 Elenco: Continuam todos fracos. Outro dia li um texto que tentava justificar isso afirmando que eles tentavam fazer o melhor mas eram todos limitados. É verdade. Pattinson continua incapaz de transmitir qualquer emoção com maior profundidade e Kristen continua na mesma, apática. O personagem que mais foi exigido em termos de interpretação em "Amanhecer" foi o lobo Jacob mas Lautner sempre confunde boa interpretação com caretas em série. Como são todos jovens possa ser que com o tempo venham a melhorar como atores. De qualquer forma não foi dessa vez que eles conseguiram transmitir algum tipo de talento em cena.  

Crepúsculo: Amanhecer Parte 1 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1, Estados Unidos, 2011) Direção: Bill Condon / Roteiro: Melissa Rosenberg baseada no livro de Stephenie Meyer / Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner / Sinopse: A humana Bella Swan (Kristen Stewart) após contrair matrimònio com o vampiro Edward (Robert Pattinson) resolve passar sua lua de mel no exótico Rio de Janeiro, Brasil. Lá descobre estar grávida do ser da noite o que poderá trazer terríveis consequências para sua vida. 

Pablo Aluísio.

Vida de Inseto

Só agora assisti pela primeira vez. A PIxar é fenomenal, um grande celeiro de talentos da animação e assim fica quase obrigatório assistir qualquer uma de suas produções. Esse "Vida de Inseto" não tinha assistido antes porque achei muito parecido com "Formiguinhaz", que não havia gostado muito. De fato os filmes são bem semelhantes mas a técnica de "Vida de Inseto" é superior. Os personagens são mais bem produzidos, coloridos e vibrantes. Além disso há sempre uma preocupação com roteiro e argumento. Esse aqui tem ecos de vários filmes clássicos, principalmente "Os Sete Samurais" e obviamente "Sete Homens e um Destino". O diferencial é que o grupo de insetos que tenta salvar a pequena vila das formigas é na realidade uma trupe circense sem qualquer pretensão de lutar contra os gafanhotos malvadões. Por falar neles o principal motivo de eu ter assistido "Vida de Inseto" foi ouvir a participação de Kevin Spacey no papel de Hopper, o chefão do grupo. Esse sempre foi um dos meus atores preferidos e seu talento é tão marcante que até aqui se destaca! 

Essa animação tem dois diretores. Sendo que um deles, John Lasseter, é o mesmo de "Toy Story 1 e 2". Sinceramente não há como comparar ambas as animações. Toy Story é muito superior em qualquer tipo de análse. "Vida de Inseto" na realidade é muito mais infantil e bastante indicado para crianças bem pequenas - de 5 a 10 anos - enquanto "Toy Story" consegue se comunicar até mesmo com pessoas mais velhas por causa de seu clima de nostalgia. Enfim, é isso. Não se classifica entre os melhores momentos da Pxar mas de forma em geral cumpre seu papel e é eficiente na sua proposta de produção para os mais pequeninos. Para quem é fã do estúdio vale a pena conferir.  

Vida de Inseto (A Bug´s Life, Estados Unidos, 1998) Direção: John Lasseter, Andrew Stanton / Roteiro: John Lasseter, Andrew Stanton / Elenco (vozes): Kevin Spacey, Dave Foley, Julia Louis-Dreyfus / Sinopse: Insetos de circo são confundidos com seus personagens e levados a um formigueiro para defendê-los de terríveis gafanhotos.

Pablo Aluísio.