quarta-feira, 19 de abril de 2017

Filmes no Cinema - Edição XII

Quinta-feira é dia de dar uma olhada nos lançamentos da semana nos cinemas brasileiros. Hoje temos um excelente novo filme de guerra chegando nas telas. Estamos falando de "Dunkirk" de Christopher Nolan. Depois de realizar a mais aclamada trilogia do Batman nos cinemas, Nolan volta suas atenções para a II Guerra Mundial. O cenário é Dunquerque, quando as forças aliadas sofreram uma de suas mais pesadas derrotas, precisando se retirar às pressas antes de todos serem mortos pela máquina de guerra da Alemanha nazista. O roteiro explora a história de três diferentes personagens. Um piloto de caças interpretado por Tom Hardy, um jovem soldado no meio do campo de batalha e um jovem inglês civil que se vê no meio do fogo cruzado, sem esperar por isso. "Dunkirk" está sendo muito elogiado pela crítica internacional. É um bem-vindo retorno aos filmes de guerra, que andavam sumidos dos cinemas nos últimos anos. Que seja o primeiro de muitos que virão.

Os demais filmes que estão sendo lançados são produções menores, sem a massificação de marketing que está sendo usado na produção de Nolan. Kevin Spacey é nome mais famoso do elenco de "Em Ritmo de Fuga". Essa é uma fita policial onde se explora um grupo de assaltantes profissionais. Doc (Spacey) é o chefão. Ele contrata um motorista para dirigir os carros durante as fugas, mas o sujeito não é dos mais comuns. Ele quer ir embora da quadrilha, algo que não será tão fácil como pensa ser.

Já "O Reencontro" é indicado para quem gosta de filmes europeus. Essa produção francesa, com toques de humor e romance, mostra a vida de Claire (Catherine Frot). Ela é uma mulher solitária que vive de realizar partos na cidade onde mora. Sua vida muda quando conhece Béatrice (Catherine Deneuve), que no passado foi amante de seu pai. O grande atrativo desse filme francês é a presença de Catherine Deneuve, considerada um mito do cinema europeu. Fazia tempo que a atriz havia atuado em um filme e seu retorno às telas é sempre um grande atrativo para ir ao cinema nesse fim de semana. Outro filme realizado na França que está sendo lançado nos cinemas brasileiros é o documentário "Foucault Contra Si Mesmo". Aqui vários acadêmicos discutem a importância da obra de Michel Foucault. Uma boa pedida para universitários da área de humanas.

Finalizando as dicas, aqui vão mais duas opções para fugir um pouco do cinema comercial americano. "Esteros" é uma produção argentina que conta a história de dois amigos que se reencontram muitos anos depois. Nesse reencontro eles relembram as velhas histórias do passado ao mesmo tempo que descobrem existir um sentimento maior os envolvendo. E para quem gosta de cinema nacional fica a dica final de "Love Film Festival". O elenco traz Leandra Leal interpretando uma roteirista que se apaixona por um ator durante um festival de cinema. Ao longo dos anos eles voltariam a se reencontrar (em outros festivais) sempre reacendendo a chama da paixão. Uma boa opção para quem deseja ver romance em uma produção brasileira nesse fim de semana.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de abril de 2017

O Regresso

O filme se passa em uma América colonial, praticamente inexplorada pelo homem branco. No velho oeste essas regiões remotas eram exploradas principalmente por caçadores, muitos deles atrás de peles. O problema é que esse era um território dominado por tribos nativas hostis, que, como era de se esperar, recebiam o homem branco da forma mais violenta possível. Leonardo DiCaprio interpreta Hugh Glass, um desses pioneiros que arriscavam a própria vida para explorar o oeste mais selvagem e bravio que você possa imaginar. O roteiro enfoca justamente aspectos da dura vida desses homens nessas lindas, mas mortais regiões. O lado mais romântico dos filmes de western é deixado de lado. A intenção do diretor Alejandro G. Iñárritu foi criar uma obra realista, tanto do ponto de vista histórico, como também humano.

Os nativos são vistos da forma como eram, sem qualquer tipo de revisionismo. Tanto o homem branco que ia para esses lugares, como os indígenas, estavam em uma luta de civilizações. Essa visão politicamente correta que impera nos dias atuais é uma mera visão acadêmica, sem muita ligação com a brutalidade que imperava naqueles tempos. E é esse realismo brutal que marca a maior qualidade desse filme. Além de mostrar a luta entre os homens há também um conflito ainda mais evidente e violento: a luta entre o homem versus a natureza. Essa foi brilhantemente retratada no ataque do urso cinzento contra o personagem de DiCaprio. Poucas vezes uma ataque de uma fera foi tão bem reproduzido nas telas como aqui. Uma cena para não esquecer. Por fim há todos os méritos puramente cinematográficos desse filme. A fotografia é extremamente bem realizada, conseguindo captar toda a beleza da região onde a produção foi realizada. O elenco é dos melhores, não apenas por DiCaprio, em uma atuação extremamente física (que lhe rendeu o tão cobiçado Oscar) como também pelo vilão, em momento inspirado de Tom Hardy (sim, o próprio Mad Max em uma de suas maiores interpretações). O sujeito não tem quaisquer valores morais ou éticos. No ocaso de um mundo que estava prestes a mudar para sempre, o diretor Alejandro G. Iñárritu conseguiu criar mais uma obra prima de sua filmografia.

O Regresso (The Revenant, Estados Unidos, 2015) Direção: Alejandro G. Iñárritu / Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro G. Iñárritu / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Will Poulter / Sinopse: Caçador de peles tenta sobreviver em uma região distante e inóspita do velho oeste americano. Para isso ele precisará enfrentar tribos nativas violentas e ataques de feras selvagens.

Pablo Aluísio.

O Ataque

Título no Brasil: O Ataque
Título Original: White House Down
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: James Vanderbilt
Elenco: Channing Tatum, Jamie Foxx, Maggie Gyllenhaal

Sinopse:
Um grupo terrorista se faz passar por equipe de manutenção e entra no forte sistema de segurança da Casa Branca. Uma vez lá seu objetivo é fazer de refém o próprio presidente dos Estados Unidos. Para isso porém terão que passar por cima de Cale (Channing Tatum), um ex-militar de elite que está na Casa Branca ao lado da filha fazendo um tour turístico. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Herói (Channing Tatum). Filme também indicado aos prêmios People's Choice Awards (Melhor Thriller de ação) e Teen Choice Awards (Melhor Filme do verão).

Comentários:
É mais um daqueles filmes de ação genéricos que são produzidos para os cinemas comerciais do grande circuito. Nada de muito original no roteiro. A produção só se destaca mesmo por ter um elenco muito acima da média e por ser tecnicamente muito bem realizada, com vários efeitos visuais de excelente nível técnico. Não espere por muita sutileza já que a direção foi assinada por Roland Emmerich, um cineasta que segue os passos de seu mestre Michael Bay, o rei das explosões gratuitas. O argumento é obviamente bem absurdo o que irá exigir do espectador uma certa cumplicidade - afinal de contas encarar uma invasão na Casa Branca com o sistema de segurança que deve existir por lá não é uma coisa simples de aceitar. Jamie Foxx e Maggie Gyllenhaal deixam por um momento o cinema mais sério e abraçam essa diversão sem maiores compromissos. Já Channing Tatum segue sua sina de tentar virar um astro do primeiro time - algo que acredito jamais acontecerá pois o sujeito é desprovido de carisma e talento. Melhor teria sido escalar outro elenco. A cantora Madonna que recentemente disse que queria explodir a Casa Branca bem que poderia ter participado do elenco, como uma terrorista maluca! Iria cair muito bem!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Feminino Cangaço

Título no Brasil: Feminino Cangaço
Título Original: Feminino Cangaço
Ano de Produção: 2016
País: Brasil 
Estúdio: Centro de Estudos Euclydes da Cunha
Direção: Lucas Viana e Manoel Neto
Roteiro: Lucas Viana e Manoel Neto
Elenco: Vários
  
Sinopse:
Documentário que procura mostrar como foi a presença feminina durante o auge do Cangaço no nordeste brasileiro na primeira metade do século XX. Através de várias entrevistas o período histórico é reconstruído, mostrando como as mulheres participaram de um movimento que até aquele momento era dominado apenas pelos homens, os chamados cangaceiros.

Comentários:
Esse é um documentário muito interessante porque resgate a figura, muitas vezes desconhecida, da cangaceira nordestina. Quando se fala em cangaço se lembra imediatamente de Virgulino Ferreira, o Lampião. Pois é justamente no estudo em seu bando que conhecemos a presença de várias mulheres que entraram para o mundo do cangaço. Não apenas Maria Bonita, a esposa do capitão, mas também de Dadá, a mulher de Corisco, e várias outras. O curioso é que o espectador acaba descobrindo que as mulheres cangaceiras eram muito mais independentes e donas de si, do que as demais mulheres da época. Elas não faziam serviços domésticos dentro do grupo e tampouco cozinhavam para o bando. Tinham suas próprias armas e se defendiam sempre que era necessário. Em algumas situações se tornavam as líderes, como no caso de Dadá, que assumiu o bando de seu marido Corisco após ele se ferir gravemente durante um confronto com as chamadas volantes, as forças policiais que caçavam os cangaceiros pelo sertão nordestino. O filme também mostra o lado negativo dessa vida. Muitas mulheres foram mortas em combate e as que sobreviveram deixam claro que esse não era o melhor modo de uma mulher viver na época. Elas não podiam criar seus filhos, que eram dados para outras pessoas, fazendeiros e vaqueiros por onde passavam. Havia também o chamado rapto, quando cangaceiros raptavam mulheres à força para segui-los pelos sertões. Enfim, um documentário bem realista daquele período histórico, mostrando não apenas o lado bom dessa presença feminina (como o desenvolvimento de uma verdadeira "moda" nas roupas dos cangaceiros) como também seu lado cruel e violento. O documentário está disponível para se assistir no Youtube no canal do CEEC. Basta acessar para conferir. De nossa parte deixamos a recomendação.

Pablo Aluísio.

Em Busca da Verdadeira Cruz

Título no Brasil: Em Busca da Verdadeira Cruz
Título Original: The Quest for the True Cross
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Discovery Channel
Direção: Justin Cartright
Roteiro: Justin Cartright
Elenco: Dr. Carsten Peter Thiede, Matthew D’Ancona, Jim Hertwight

Sinopse:
Documentário do canal Discovery que procura discutir a veracidade histórica do "Titulus Crucis", a inscrição feita em madeira que o governador Pôncio Pilatos mandou colocar em cima da cruz de Jesus Cristo. Um artefato que se diz o original se encontra em uma igreja católica localizada na Itália. Seria esse o verdadeiro objeto histórico? Para se chegar na resposta a essa pergunta o documentário ouve especialista, historiadores e arqueólogos dos tempos bíblicos. A conclusão a que chegam não deixa de ser surpreendente.

Comentários:
Muito bom esse documentário que revela a veracidade histórica de uma relíquia muito famosa entre os cristãos. Em uma igreja romana se encontra aquele que teria sido parte da inscrição "Jesus, Rei dos Judeus" que Pilatos havia mandado colocar na cruz de Jesus. Esse objeto histórico teria sido trazido a Roma imperial por Helena, mãe do imperador Constantino. Ela teria ido até Jerusalém e entre outras coisas teria descoberto a verdadeira cruz de Cristo. O lugar onde hoje se situa essa igreja foi no passado a casa de Helena, nos arredores de Roma. Teria esse objeto alguma validade histórica real? Historiadores renomados e especialistas em escrita dos tempos da dominação romana na Judeia afirmam que sim! Esse aliás é o grande atrativo desse documentário, pois ao contrário de muitos outros, esses especialistas defendem que o artefato seria real e não fruto de uma falsificação da Idade Média. A pesquisa só não se tornou completa por causa das restrições da própria igreja, não não autorizaria a retirada de material do titulus para pesquisa em laboratório. Mesmo assim tudo se caminha para a autenticidade dessa verdadeira relíquia sagrada dos tempos da paixão de Jesus Cristo.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de abril de 2017

Tarzan

Título no Brasil: Tarzan
Título Original: Tarzan
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Chris Buck, Kevin Lima
Roteiro: Tab Murphy, Bob Tzudiker
Elenco: Tony Goldwyn, Minnie Driver, Glenn Close, Nigel Hawthorne, Lance Henriksen, Rosie O'Donnell
  
Sinopse:
Após um acidente de avião, o único sobrevivente da queda, um garotinho de uma aristocrata família inglesa, passa a ser criado na selva por macacos. Os anos passam e ele vira uma lenda da floresta, conhecido como Tarzan, o Rei dos macacos. Além de lidar com os perigos do meio onde vive, Tarzan precisará ainda superar um grupo de vilões, enquanto protege Jane, sua amada. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("You'll Be In My Heart" de Phil Collins).

Comentários:
A Disney só entra no jogo para ganhar. Duvida disso? Então não deixe de conferir essa animação "Tarzan" do final dos anos 90. O estúdio investiu incríveis 130 milhões de dólares no desenho, um orçamento digno de qualquer superprodução de Hollywood. Isso porém não bastou. O estúdio deslocou um grupo de animadores para a África, para que eles capturassem os movimentos e modo de agir dos primatas. Isso seria utilizado não apenas nos personagens animais do filme, mas também no próprio Tarzan, uma vez que se ele havia sido criado por macacos, nada melhor do que agir como um! Como sempre gosto de escrever, elogiar o absurdo padrão de qualidade dos estúdios Disney é meio como chover no molhado. Tudo é tão perfeito, tão bem realizado, que não sobram espaços para a crítica. Nem em relação ao próprio roteiro há o que criticar. Os escritores optaram pela fidelidade ao texto original do escritor Edgar Rice Burroughs que criou Tarzan em seu livro "Tarzan of the Apes". Assim estão lá a recriação histórica, os figurinos de época, tudo, mas tudo mesmo, perfeito. O diretor Chris Buck é o mesmo de outra animação muito querida da Disney, "Frozen: Uma Aventura Congelante". Nesse campo de animações para o cinema ele é seguramente um dos melhores diretores do mundo. Simplesmente genial.

Pablo Aluísio.

8mm - Oito Milímetros

Título no Brasil: 8mm - Oito Milímetros
Título Original: 8MM
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Andrew Kevin Walker
Elenco: Nicolas Cage, Joaquin Phoenix, James Gandolfini
  
Sinopse:
O detetive particular Tom Welles (Nicolas Cage) é contratado por uma rica senhora, agora viúva, que descobriu um material perturbador no cofre do marido falecido. É um filme e ao que tudo indica ele traz cenas reais de um assassinato. Ela quer descobrir a origem e a veracidade das filmagens. Cabe a Welles agora investigar, indo para o submundo da pornografia e criminalidade da cidade. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.

Comentários:
O cineasta Joel Schumacher sempre foi conhecido pela irregularidade em sua filmografia. Ele tanto conseguiu dirigir bons filmes, como verdadeiras bombas ao longo de sua carreira. Esse aqui fica no meio termo. Na verdade pode-se considerar até um bom filme, principalmente por explorar um tema bem complicado, o submundo dos chamados "snuff films", filmes trazendo imagens reais de crimes como assassinatos, estupros, etc. Algo direcionado mais para um público bem doentio. Ao ser contratado por uma viúva rica ele cai fundo no pior submundo de Los Angeles e lá descobre todos os tipos de perversões e taras sexuais. Além do bom roteiro outro aspecto que chama a atenção nessa produção é o elenco de apoio. Não é para menos, temos aqui um ótimo Joaquin Phoenix, em um papel bem estranho e fora dos padrões e James Gandolfini, da série de sucesso "Família Soprano" como um sujeito bem desprezível. Em suma, " 8mm - Oito Milímetros" é um bizarro passeio pelo submundo da alma humana, algo que acaba destruindo até mesmo a vida familiar e profissional do detetive, protagonista da fita. Entre os vários filmes de Joel Schumacher esse é certamente um dos que valem a pena ser conhecidos, embora não seja indicado para pessoas de estômagos fracos.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de abril de 2017

Vivendo no Limite

Título no Brasil: Vivendo no Limite
Título Original: Bringing Out the Dead
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Nicolas Cage, Patricia Arquette, John Goodman, Ving Rhames, Tom Sizemore, Marc Anthony
  
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Joe Connelly, o filme conta a história de Frank Pierce (Nicolas Cage), um paramédico que começa a perder sua sanidade durante intensos e prolongados plantões noturnos trabalhando em uma ambulância pelas ruas mais pobres de Nova Iorque. Em pouco tempo começa a ter alucinações com pacientes que tentou salvar, mas que morreram sob seus cuidados. Filme indicado ao Florida Film Critics Circle Awards.

Comentários:
Esse é um dos filmes mais diferentes de Martin Scorsese. Durante anos o diretor teve problemas com cocaína, assim ele resolveu imprimir um ritmo alucinado ao seu filme, com um roteiro completamente insano, mostrando a rotina de um paramédico literalmente vivendo no limite (em caso raro de título nacional bem adequado). Hoje em dia o filme é pouco lembrado, mesmo para os admiradores do cinema de Scorsese. O filme fez pouco sucesso, para o estúdio foi um fracasso de bilheteria, mas mesmo assim teve boa recepção por parte da crítica. Certamente não é dos mais brilhantes trabalhos do cineasta, que aqui procurou por um roteiro mais convencional, embora inove na forma como ele mostra a estória do protagonista de uma maneira em geral. Nicolas Cage está bem no papel, principalmente por explorar um personagem na tênue linha entre a loucura e a sanidade. Com os olhos esbugalhadas, cara de quem não está entendendo muito o que está acontecendo ao redor, ele conseguiu atuar muito bem. No geral é um filme na média, o que se tratando de Martin Scorsese acaba sendo muito pouco.

Pablo Aluísio.