quinta-feira, 6 de abril de 2017

Mens@gem Para Você

Título no Brasil: Mens@gem Para Você
Título Original: You've Got Mail
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Tom Hanks, Meg Ryan, Greg Kinnear, Steve Zahn, Heather Burns, Dave Chappelle
  
Sinopse:
Remake moderno do clássico "A Pequena Loja da Rua Principal" (1940), estrelado por James Stewart. Na estória uma jovem garota, Kathleen Kelly (Meg Ryan), tenta manter seu pequeno negócio em pé, uma livraria, enquanto a concorrência se torna cada vez mais feroz, com a chegada das grandes lojas de departamentos. Se as coisas não vão muito bem na vida profissional, na vida amorosa ela acaba se apaixonando por um sujeito que conhece pela internet, sem saber que no mundo real ele é um dos seus principais concorrentes de mercado. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Meg Ryan).

Comentários:
Na época em que foi lançado pela primeira vez, lá nos anos 90, parecia ser bem mais interessante. O mundo ainda parecia bem surpreendido com as inovações tecnológicas, com a possibilidade, por exemplo, de mandar um Email para alguém. É preciso compreender que antes do advento da Internet você tinha que mandar uma carta escrita, de papel, para a pessoa que desejava se comunicar. Isso levava dias, até semanas, para que a carta chegasse ao seu destino. Com o Email tudo se tornava instantâneo, de fácil comunicação, dai o nome "informática" (informação automática). Pois bem, nos anos 90, todo mundo ainda estava impactado por esse tipo de tecnologia. Assim surgiu esse romance onde os dois protagonistas trocavam mensagens românticas pela internet. Nada muito profundo, nada muito marcante, mas que certamente ainda funcionava muito bem, mesclando o bom e velho romantismo com a nova forma de se comunicar. O filme é um remake de uma fita romântica antiga da década de 40 e talvez por isso mantenha uma certa dose de inocência em seu roteiro. Tom Hanks e Meg Ryan se deram muito bem nesse tipo de filme, reprisando de certa maneira as duplas românticas de Hollywood (como por exemplo Rock Hudson e Doris Day). Foi a terceira vez que trabalharam juntos. Foi uma fase transitória para Hanks que deixava de lado sua imagem de comediante em filmes de pura galhofa como "A Última Festa de Solteiro" para abraçar outros gêneros cinematográficos. Já para Meg Ryan foi seu auge no papel de "nova namoradinha da América". A década de 90 foi seguramente sua fase de maior sucesso onde ela realmente colecionou um sucesso atrás do outro. Além disso era naturalmente linda. Pena que depois entrou na paranoia do botox e praticamente destruiu sua beleza. De qualquer forma, pelo menos, ainda sobraram esses filmes, onde toda a sua graça se mantinha intacta. Enfim, fica a dica de mais esse filme romântico. Ficou um pouco datado, mas ainda funciona como produto nostálgico do surgimento da internet.

Pablo Aluísio.

Ressurreição - Retalhos de um Crime

Título no Brasil: Ressurreição - Retalhos de um Crime
Título Original: Resurrection
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Interlight Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Brad Mirman, Christopher Lambert
Elenco: Christopher Lambert, Leland Orser, Robert Joy, David Cronenberg, Peter MacNeill, Jayne Eastwood
  
Sinopse:
Dois detetives do departamento de homicídios da cidade de Chicago, John Prudhomme (Christopher Lambert) e Andrew Hollinsworth (Leland Orser), se unem para investigar e desvendar uma série de crimes violentos que aconteceram em ruelas sujas e abandonadas da periferia. No começo tudo parece de rotina, porém aos poucos as coisas vão ficando mais claras, revelando aos policiais um mundo sórdido de violência e brutalidade.

Comentários:
O ator Christopher Lambert escreveu o roteiro e produziu esse filme. Para a direção chamou o australiano Russell Mulcahy com quem já havia trabalhado nos filmes "Highlander: O Guerreiro Imortal" e "Highlander II: A Ressurreição". Se a parceria havia dado certo antes, muito provavelmente daria de novo. O problema é que o filme foi realizado com um orçamento restrito e uma péssima distribuição. No Brasil, por exemplo, sequer conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo VHS. Também é importante salientar que a carreira de Christopher Lambert estava em baixa quando o filme foi lançado, o que não ajudou em nada na sua divulgação. Aliás essa é uma produção que segue sendo bem desconhecida nos dias atuais, pois poucos a assistiram. No geral é um filme policial apenas na média, que se apoia bastante no carisma de Lambert. O roteiro é de certa forma banal e nem mesmo a curiosa presença do diretor David Cronenberg no elenco consegue despertar muita atenção. Entre os filmes que exploram serial killers (os assassinos em série), um velho filão do cinema americano, esse é seguramente um dos menos conhecidos. Hoje em dia funciona apenas como mera curiosidade e nada mais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça

Título no Brasil: A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
Título Original: Sleepy Hollow
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tim Burton
Roteiro: Washington Irving, Kevin Yagher
Elenco: Johnny Depp, Christina Ricci, Miranda Richardson, Christopher Walken, Christopher Lee
  
Sinopse:
Em fins do século XVIII, uma série de mortes misteriosas começam a assustar os moradores do pequeno e distante vilarejo de Sleepy Hollow. Quem seria o autor de mortes tão horrendas? Para solucionar o mistério chega um investigador de Nova Iorque chamado Ichabod Crane (Johnny Depp). Ele tem seu próprio estilo de investigação e acaba descobrindo a figura de um sinistro cavaleiro sem cabeça, que cavalga pelas noites escuras da região aterrorizando os pacatos moradores que lá vivem. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte (Rick Heinrichs e Peter Young). Também indicado nas categorias de Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki) e Melhor Figurino (Colleen Atwood).

Comentários:
O conto original "The Legend of Sleepy Hollow" faz parte do folclore americano, das tradições que deram origem ao feriado nacional daquele país conhecido como Halloween, o dia das bruxas. É aquele tipo de obra cultural que já deu origem a livros, filmes, desenhos e todos os tipos de produtos que você possa imaginar. Adaptar algo assim sempre envolve controvérsias pelo fato de ser algo muito conhecido pelo público em geral. Nas mãos de Tim Burton, o mais gótico de todos os cineastas americanos, era de se esperar que tivéssemos pelo menos um grande filme para assistir. Na realidade essa produção só é realmente fantástica em termos de direção de arte. Figurinos, cenários, efeitos digitais, tudo é de primeira linha. Fora isso algumas coisas realmente parecem bem fora do lugar. O próprio elenco não foi bem escalado. Johnny Depp, em eterna parceria com Burton, tem certamente o seu valor, mas não se mostra adequado para viver o personagem Ichabod Crane. Depp não tinha idade e nem o visual certo para interpretar Crane, que basicamente era um sujeito na meia idade, nada heroico, que tinha que enfrentar um grande perigo vindo diretamente das trevas. Em termos de roteiro Burton não quis arriscar muito, preferindo rodar uma história que lembra bastante o texto original. Provavelmente teria sido melhor dar pitadas de inovação em certos aspectos. Do jeito que está, não existe grande justificativa para a produção de algo tão elaborado assim. O orçamento do filme foi milionário, algo em torno de cem milhões de dólares, o que aumentou a decepção quando o filme finalmente chegou nas telas de cinema. Foi muito dinheiro investido para pouco resultado artístico. Nas bilheterias o estúdio teve pouco resultado em termos de retorno financeiro. O filme praticamente apenas arrecadou seu custo de produção, sem muito lucro, o que serviu para queimar um pouco Tim Burton dentro da indústria. A única coisa realmente memorável vem das participações de veteranos consagrados como o mito Christopher Lee, recentemente falecido. Sua presença vale por quase todo o filme.

Pablo Aluísio.

Alma de Poeta, Olhos de Sinatra

Título no Brasil: Alma de Poeta, Olhos de Sinatra
Título Original: Dream for an Insomniac
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Pictures
Direção: Tiffanie DeBartolo
Roteiro: Tiffanie DeBartolo
Elenco: Jennifer Aniston, Ione Skye, Mackenzie Astin, Michael Landes, Seymour Cassel, Sean Blackman
  
Sinopse:
A vida da garçonete Frankie (Ione Skye) não é fácil. Ela é apaixonada pelo colega de trabalho David Shrader (Mackenzie Astin), mas esse já tem uma namorada. Mesmo assim Frankie não desiste dele e bola um plano para que ela finalmente o conquiste: mudar-se para Los Angeles, para que David a siga, deixando a antiga namorada de lado. Para dar certo Frankie conta com a ajuda da amiga Allison (Jennifer Aniston).

Comentários:
Esse filme é uma comédia romântica bem inofensiva, tipicamente uma produção TriStar Columbia dos anos 90. Por essa época o estúdio estava apostando em filmes com jeitão de cinema independente, com roteiros leves e divertidos, próprios para serem lançados no mercado de vídeo VHS. Também é mais uma tentativa da atriz Jennifer Aniston em colocar um pezinho em Hollywood. Quando o filme foi lançado a série "Friends" estava em sua segunda temporada, batendo recordes de audiência na TV americana. Aniston era considerada uma estrelinha promissora, mas curiosamente, embora seu nome esteja em destaque nesse filme, ela não quis se comprometer muito, preferindo atuar em segundo plano, interpretando uma personagem coadjuvante. Em suma é isso. O filme tem um pouquinho de drama pois a protagonista sofre de insônia e é infeliz em sua vida pessoal, mas nada que comprometa muito. A intenção foi realmente fazer um filme bem leve, soft, romântico e sem pretensões de ser algo maior do que realmente é. Hoje em dia, provavelmente, só vai interessar ao fã clube da atriz Jennifer Aniston mesmo e nada mais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de abril de 2017

A Vigilante do Amanhã

Título no Brasil: A Vigilante do Amanhã
Título Original: Ghost in the Shell
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Pictures
Direção: Rupert Sanders
Roteiro: Jamie Moss
Elenco: Scarlett Johansson, Juliette Binoche, Michael Pitt, Pilou Asbæk, Takeshi Kitano, Chin Han
  
Sinopse:
O roteiro é baseado nos quadrinhos de Shirow Masamune. A Major Motoko Kusanagi (Scarlett Johansson) é uma andróide utilizada por uma corporação para defender seus interesses. Quando um grupo de cientistas é morto em sequência, tendo todos eles participado do mesmo projeto de construção de seres robóticos, ela precisa descobrir quem estaria por trás dos crimes.

Comentários:
Esse filme é uma adaptação para o cinema de um conhecido mangá dos anos 90. Como não sou consumidor desse tipo de publicação (que tem um público bem específico e especializado nesse tipo de quadrinhos), tudo me foi apresentado pela primeira vez nesse filme. O visual é ao estilo ficção cyberpunk, um tipo de subgênero que foi bem popular entre a segunda metade dos anos 80 e a primeira metade dos anos 90. Sempre considerei filmes, livros e quadrinhos desse tipo como herdeiros tardios de "Blade Runner" e até mesmo "Mad Max". Nesse tipo de universo as ruas das grandes cidades são caóticas, sombrias, infestadas de poluição visual (algo que é bem destacado no design de produção desse filme). A tecnologia, que fora criada para salvar a humanidade, acaba se tornando sua principal inimiga. A protagonista é uma das vítimas. Ela procura por respostas, de onde veio, quais são suas origens, pois tudo o que sabe é que sua composição física é uma simbiose entre a máquina e o ser humano. Até que gostei do filme. Ele não será considerado uma obra prima no futuro, mas tem elementos suficientes para manter o interesse do espectador, principalmente no drama existencial da Major interpretada por Scarlett Johansson. A atriz está bem em cena, porém é impossível ignorar o fato dela ser uma americana interpretando uma personagem japonesa, o que por si só já é um erro. É claro que ela só foi escalada por motivos puramente comerciais. No geral é um bom passatempo, com bons efeitos especiais. Não sei se o público que conhece e consome o mangá original gostará do resultado. Porém para o cinéfilo que estiver em busca apenas de uma boa diversão não haverá o que reclamar.

Pablo Aluísio.

Um Plano Simples

Título no Brasil: Um Plano Simples
Título Original: A Simple Plan
Ano de Produção: 1998
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio:  British Broadcasting Corporation (BBC)
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Scott B. Smith
Elenco: Bill Paxton, Billy Bob Thornton, Bridget Fonda, Becky Ann Baker, Gary Cole, Brent Briscoe
  
Sinopse:
Hank Mitchell (Bill Paxton), Jacob Mitchell (Billy Bob Thornton) e Lou (Brent Briscoe) são três caras comuns que por mero acaso descobrem uma mala cheia de dinheiro dentro de um avião acidentado. Sabendo os riscos, afinal são quatro milhões de dólares, eles decidem pegar a grana, mas fazem um pacto de não gastá-la nos próximos meses, justamente para não levantar suspeitas. Inicialmente tudo corre bem, até que um deles começa a gastar sem limites, atraindo atenção para o trio.

Comentários:
No final dos anos 90 o diretor Sam Raimi decidiu aceitar o convite para rodar um filme na Inglaterra. O resultado foi esse "Um Plano Simples" que acabou surpreendendo a todos pelo sucesso de público e crítica. O filme chegou a ser indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Billy Bob Thornton) e Melhor Roteiro Adaptado (Scott B. Smith). Um filme pequeno como esse, com orçamento modesto, conseguir arrancar duas indicações ao Oscar, realmente pegou muita gente de surpresa. A sua força obviamente vem do bom roteiro, da trama inteligente, que mantém a atenção do espectador. Provavelmente seja o filme mais diferente de Sam Raimi. Acostumado a dirigir filmes de terror (como "Uma Noite Alucinante" e "A Morte do Demônio") ou de super-heróis (como em "Homem-Aranha" e "Darkman - Vingança Sem Rosto"), o diretor optou mesmo por algo sui generis, nada parecido com qualquer outro filme de sua filmografia. Assim deixamos a dica desse bom filme. Roteiro esperto e sagaz, realmente faz valer o tempo da exibição.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Amaldiçoada

Esse novo western não é um filme fácil. Embora tenha uma trama até dentro dos padrões mais convencionais do gênero, a forma como o roteiro a desenvolve é completamente fora do comum. Nada é mostrado em ordem cronológica. O roteiro dividiu a história em capítulos, só que esses capítulos não seguem uma ordem natural. Assim sobra para o espectador montar o quebra-cabeças do que estaria acontecendo, um exercício que nem todo mundo vai ter paciência de fazer. E por falar em paciência achei a duração também excessiva. São duas horas e meia de um enredo que poderia muito bem caber em um hora e meia ou uma hora e quarenta minutos. Em determinados momentos você percebe que está se perdendo tempo com coisas sem muita importância. Assim a atenção do espectador vai ficando cada vez mais dispersa. Penso até que muitos vão abandonar o filme pelo meio do caminho. Um corte mais bem feito cairia muito bem.

Bom, se tem tantos problemas de roteiro, pelo menos o elenco está muito bem. Dakota Fanning passa quase todo o filme muda, porque sua personagem resolve cortar fora a própria língua (em outro momento mal explicado pelo confuso roteiro). O fato dela não ter diálogos a declamar acaba valorizando ainda mais sua atuação. Na maioria das vezes ela passa suas emoções apenas com seus olhares, o que não deixa de ser algo bem impressionante. Já Guy Pearce está bem assustador (algo que era exigido dentro da história). Ele interpreta esse pastor evangélico completamente fanático e violento, em uma de suas melhores interpretações na carreira. No quadro geral "Brimstone" não é ruim, apenas confuso. Muitas vezes um diretor e sua equipe de roteiristas procuram por algum tipo de inovação na arte de se contar uma história. Não há problemas nisso. O problema é quando tudo fica tão truncado que acaba atrapalhando a experiência do espectador. "Brimstone" peca justamente nisso. Tentando ser diferente ele só acabou mesmo torrando a paciência do público. Uma escolha equivocada.

Amaldiçoada (Brimstone, Estados Unidos, 2016) Direção: Martin Koolhoven / Roteiro: Martin Koolhoven / Elenco: Dakota Fanning, Carice van Houten, Guy Pearce / Sinopse: O filme narra a luta de Liz (Dakota Fanning), uma jovem que precisa passar por um verdadeiro calvário pessoal no velho oeste americano ao se tornar alvo de um pastor protestante violento e insano, interpretado pelo ator Guy Pearce.

Pablo Aluísio.

Missão: Marte

Título no Brasil: Missão: Marte
Título Original: Mission to Mars
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Lowell Cannon, Jim Thomas
Elenco: Tim Robbins, Gary Sinise, Don Cheadle, Connie Nielsen, Jerry O'Connell, Peter Outerbridge
  
Sinopse:
Quando a primeira missão tripulada à Marte encontra algo inesperado, resultando em uma tragédia, um grupo de resgate é enviado para o Planeta Vermelho com a missão de investigar o que de fato teria acontecido. A missão é não apenas desvendar o mistério do que se abateu sobre os tripulantes dessa missão pioneira, mas também resgatar possíveis sobreviventes, para trazê-los de volta à Terra.

Comentários:
O filme custou 100 milhões de dólares, mas acabou fracassando nas bilheterias. É até complicado entender porque um filme como esse fracassou. Na realidade o diretor Brian De Palma já vinha em baixa há muitos anos. Depois dos anos 80 o cineasta entrou em uma decadência incrível, não acertando mais em nada do que dirigiu. A crítica então criou uma aversão natural, instantânea e muitas vezes injusta em relação aos seus filmes. Esse "Missão: Marte" foi severamente massacrado pela crítica americana antes mesmo de chegar nas telas. Quando o filme finalmente foi lançado já havia um clima ruim completo em relação a ele. É certo que "Mission to Mars" não é um filmão, porém ele não é tão ruim como foi escrito nas críticas da época. É uma ficção até bem interessante, com alguns problemas é claro, mas passa longe, bem longe de ser a bomba que pintaram dele. Provavelmente o erro maior tenha sido na escolha do elenco, já que Tim Robbins não convence nunca em seu personagem. Esse estilo definitivamente não é o dele. Melhor se sai Gary Sinise, que não importa o tipo de papel, parece sempre disposto a dar o melhor de si em uma boa interpretação. Então é isso, considerado um lixo por muitos, o pior filme de Brian De Palma, essa ficção não é tão péssima como pintaram em seu lançamento. Vale a pena assistir.

Pablo Aluísio.