sexta-feira, 3 de julho de 2015

A Casa dos Mortos

Título no Brasil: A Casa dos Mortos
Título Original: Demonic
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Dimension Films
Direção: Will Canon
Roteiro: Max La Bella, Will Canon
Elenco: Maria Bello, Frank Grillo, Cody Horn
  
Sinopse:
Uma antiga casa localizada em Baton Rouge, no estado americano da Louisiana, foi palco de um massacre no passado. Na época a polícia suspeitou de que no local funcionava uma seita satânica. No total cinco pessoas foram mortas lá, sem que o crime nunca tenha sido plenamente solucionado. Como era de se esperar a velha casa acabou sendo considerada amaldiçoada e maldita, sendo aos poucos esquecida. Décadas depois da tragédia um grupo de jovens, estudiosos de fenômenos paranormais, decide ir para a casa com equipamento de última geração para tentar gravar ou localizar sinais da presença de espíritos, pois durante anos a comunidade da região criou uma lenda de que o lugar teria ficado mal assombrado após as mortes. O que eles não esperavam era que tudo sairia do controle de uma forma tão rápida e brutal.

Comentários:
Filmes sobre velhas mansões mal assombradas costumam ser bons. Esse aqui não chega a ser um grande filme de terror, mas tampouco pode ser descrito como uma decepção completa, pois de certa forma mantém uma boa pegada, com história interessante e duração na medida, tudo apoiado em um bom roteiro. Esse foi escrito com duas linhas temporais básicas. A primeira se passa no presente quando o xerife da cidade é chamado para uma realizar uma batida na velha casa abandonada. Desde que houve a tragédia no passado ninguém mais se arriscou a morar na residência. A porta da frente havia sido arrombada e gritos vindos de dentro da velha casa despertaram a atenção dos vizinhos que logo chamaram a polícia. Ao chegar lá o veterano homem da lei acaba se deparando novamente com um grupo de corpos de jovens que teriam sido brutalmente assassinados. A partir desse ponto e seguindo os registros deixados pelas próprias vítimas - que estavam com farto equipamento tecnológico para registrar fenômenos paranormais - eles reconstituem, em flashbacks, o que de fato teria acontecido no local. As investigações acabam revelando que um dos rapazes sobreviventes teria um elo de ligação com as mortes no passado. Assim aos poucos o fio da meada começa a ser puxado, revelando tudo o que teria acontecido. A direção é boa, mas também não surpreende. Pelo menos não atrapalha em nenhum momento. O elenco é formado por atores desconhecidos que conseguem dar conta do recado. Como eu já escrevi passa longe de ser um terror brilhante, mas como diversão no fim de noite em uma semana sem mais nada o que assistir, até que funciona muito bem. Vale a pena conhecer.

Pablo Aluísio.

Sob Pressão

Título Original: Pressure
Título no Brasil:Sob Pressão
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: Bigscope Films
Direção: Ron Scalpello
Roteiro: Louis Baxter, Alan McKenna
Elenco: Danny Huston, Matthew Goode, Joe Cole, Alan McKenna
  
Sinopse:
Durante uma expedição no Oceano Índico um navio inglês acaba ficando preso com alguma coisa no fundo do mar. Para solucionar o problema um grupo de mergulhadores especializados em altas profundidades é enviado até o local. Através de um submergível eles descem até a região localizada a mais de 400 metros. Uma vez lá são surpreendidos quando uma enorme tempestade atinge seu navio de apoio na superfície. Presos ao fundo, sem ter como submergir e com pouco oxigênio de estoque, os quatro mergulhadores precisam lutar para sobreviverem ao trágico evento.

Comentários:
Ainda sem título no Brasil e data para lançamento, esse filme inglês se mostra bem interessante. Com um estilo que lembra os antigos filmes sobre aventuras subaquáticas, o roteiro mostra a complicada situação em que se encontram mergulhadores cujo navio vem a ser atingido por uma imensa tempestade. Lá no fundo, dentro de um pequeno submergível eles precisam encontrar um meio de sair daquela encruzilhada. A única possibilidade de saírem vivos é alguma outra embarcação os resgatar, contudo como isso parece pouco provável eles precisam elaborar algum plano de salvamento, até porque na profundidade em que se encontram fica praticamente impossível subir por conta própria (a diferença de pressão os mataria rapidamente). Em termos de produção o filme apresenta excelentes cenas de mergulho, principalmente na região abissal em que se encontram, com estranhos seres e pouca visibilidade. No meio de uma enorme escuridão, equipados apenas com seus aparelhos mais básicos, eles precisam encontrar um meio de subir à superfície novamente. Os quatro mergulhadores são bem trabalhados pelo roteiro. Reclusos naquelas fossas oceânicas eles começam a literalmente perder sua cabeça e sanidade. O intoxicamento causado pelos gazes que os mantém vivos também causam todo tipo de alucinação e numa delas o mais jovem dos membros da tripulação delira ao ver uma sereia vindo em sua direção. Em suma, uma aventura muito interessante e muito bem fotografada que mostra os limites dos seres humanos sendo colocados à prova.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O Exterminador do Futuro - Gênesis

Título no Brasil: O Exterminador do Futuro - Gênesis
Título Original: Terminator Genisys
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Laeta Kalogridis, Patrick Lussier
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Jason Clarke, Emilia Clark, Jai Courtney, J.K. Simmons
  
Sinopse:
No futuro o líder rebelde John Connor (Jason Clarke) decide enviar seu amigo e companheiro de armas Kyle Reese (Jai Courtney) para o passado com a missão de proteger sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke). A Skynet teria enviado um exterminador a 1984 com a missão de matá-la, evitando assim que o futuro líder da resistência humana contra as máquinas pudesse nascer. Uma vez no passado Kyle descobre que tudo o que ele esperava encontrar foi alterado mais uma vez por causa do envio de uma outra máquina ainda mais distante no tempo, o que acabou mudando completamente a linha temporal no qual está inserido.

Comentários:
Ao custo de 150 milhões de dólares esse novo filme da saga "Terminator" não tem correspondido às expectativas. Além de estar indo mal nas bilheterias americanas esse retorno de Arnold Schwarzenegger ao papel que o consagrou no passado também tem despertado muitas críticas negativas, tanto do público como das publicações especializadas em cinema. A mais recorrente delas diz respeito ao roteiro truncado e em muitos aspectos completamente sem sentido. Não faltam espectadores reclamando que pouco entenderam da trama do filme. Se você se enquadra entre eles não precisa ficar preocupado ou com sensação de não ter prestado a devida atenção em tudo o que acontecia em cena. O fato é que o roteiro é mal escrito mesmo. Tentando colocar ordem cronológica em algo tão confuso os roteiristas só conseguiram mesmo dar um nó na mente de grande parte do público. A sensação que temos foi a de que tiveram ideias demais para a curta duração do filme e ao tentarem juntar tudo em um só roteiro a coisa ficou indigesta e em muitos aspectos inexplicável. Mesmo para os que são fãs da série o novo filme parece ter ultrapassado todos os limites do bom senso narrativo. Um deles é a quantidade absurda de pontas soltas e perguntas sem resposta! Só para citar um exemplo: podemos questionar quem teria enviado o primeiro Exterminador, aqui conhecido carinhosamente por Sarah como "papi". De onde ele veio? Quem o enviou? Qual seria seu objetivo verdadeiro? Ninguém responde e nem mesmo os roteiristas parecem ter alguma explicação para essas perguntas.

Pior é o surgimento de uma multidão de personagens secundários sem a menor importância e as estranhas explicações sem sentido que são jogadas sem qualquer sutileza para o público digerir. Atores excelentes como J.K. Simmons tem poucas linhas de diálogo e na grande maioria das cenas se limita a sair correndo de um lado para o outro. Os efeitos especiais, que deveriam ser o cartão de apresentação principal do filme, também pouco impressionam. O exterminador T-1000 não é novidade nenhuma desde o segundo filme da franquia. A única boa ideia em termos de roteiro parece ter sido transformar um dos antigos mocinhos dos filmes anteriores em um dos vilões mais interessantes desse novo filme. Fora isso é um deserto de boas inovações. O que acaba salvando em termos o filme é algumas poucas boas presenças no elenco, com destaque para Emilia Clarke como Sarah Connor. Com um visual diferente do que estamos acostumados a ver na série "Game of Thrones" ela pouca lembra de sua personagem Daenerys Targaryen. Com boa presença de cena e o estilo de atuação certa, ela acaba amenizando em muito o descontentamento geral em relação ao filme como um todo. Pena que com um roteiro ruim desses pouca coisa pode ser salva. A conclusão final a que chegamos é a de que "Terminator Genisys" prova mais uma vez que muitas vezes ideias complexas demais nem sempre resultam em uma boa diversão. De todos os filmes anteriores da série esse só não consegue ser pior do que o terceiro, "O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas", que curiosamente trazia Arnold Schwarzenegger em vias de se aposentar na época para emplacar uma nova e promissora carreira política. Se formos nos basear em filmes como esse novo Exterminador para celebrar seu retorno ao cinema então seria melhor que ele continuasse aposentado mesmo.

Pablo Aluísio.

Maggie - A Transformação

Título no Brasil: Maggie - A Transformação
Título Original: Maggie
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Grindstone Entertainment
Direção: Henry Hobson
Roteiro: John Scott 3
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Abigail Breslin, Joely Richardson
  
Sinopse:
O mundo passa por uma terrível ameaça. Descoberto há poucos anos um novo tipo de vírus começa a tomar conta da natureza. Plantações precisam ser destruídas para evitar novas contaminações e pessoas começam a ser infectadas por esse novo tipo de doença desconhecida pela ciência. Para os que são atingidos pelo mal não há muito o que fazer a não ser entrar em quarentena, esperando por uma nova cura que parece nunca chegar. Não há salvação à vista e os sintomas praticamente deixam o infectado com os modos e a aparência de um zumbi. Para Wade Vogel (Arnold Schwarzenegger) a situação é ainda mais desesperadora uma vez que ele descobre que sua própria filha adolescente Maggie (Abigail Breslin) está com a nova peste. Determinado a não levá-la para um abrigo do governo, Wade decide ficar ao seu lado, em sua fazenda, enquanto testemunha sua gradual degradação que aos poucos vai transformando a antes bela jovem em um ser repugnante, sedento por carne humana.

Comentários:
Filme de apocalipse Zumbi com Arnold Schwarzenegger? Praticamente isso mesmo. O enredo se desenvolve em um futuro próximo quando o personagem de Schwarzenegger precisa lidar com um terrível drama familiar ao descobrir que sua própria filha Maggie (Breslin) estaria contaminada com esse novo e devastador vírus que transforma todos os infectados em zumbis devoradores de carne humana. Obviamente que o espectador vai ligar imediatamente o roteiro desse filme ao da série de sucesso "The Walking Dead". Sim, há zumbis e um clima de destruição no ar. As cidades parecem desertas e as autoridades não sabem o que fazer com a situação calamitosa. As semelhanças porém param por aí. A trama procura explorar e desenvolver o drama pessoal do pai em desespero Wade (Schwarzenegger), não abrindo praticamente nenhum espaço para uma história cheia de ação, violência e reviravoltas mirabolantes. Isso de certa maneira pode vir a decepcionar os fãs de Arnold Schwarzenegger, já que ele construiu toda a sua carreira em cima de filmes violentos de ação. Muitos inclusive vão esperar que ele vá empunhar uma escopeta em todas as cenas para estourar os miolos dos zumbis que venha a encontrar pela frente. Desista, isso não acontecerá nesse filme.

Ao invés disso o diretor Henry Hobson optou por desenvolver e explorar as angústias de um pai vendo sua filha adolescente sendo tomada gradualmente aos poucos por esse terrível mal. Embora seja aconselhado por todos (médicos e os policiais da cidade) a mandar ela com urgência para um lugar de quarentena determinado pelo Estado ele resiste, querendo ficar ao lado dela até o fim. No fundo é uma história de amor entre pai e filha. O veterano durão Schwarzenegger até mesmo deixa cair algumas lágrimas pelo rosto em um momento crucial do enredo, imagine você! O problema é que apesar de todas as suas boas intenções a doença rapidamente começa a tomar conta da jovem, fazendo com que ela aos poucos vá perdendo o contato com a realidade, sendo tomada por infectas feridas negras por todo o corpo, além de uma indisfarçável atração e gosto por carne humana. Conforme o tempo passa a fome vai se tornando cada vez mais presente e insuportável de resistir. Isso tudo vai acontecendo aos poucos. O ritmo é lento, contemplativo e com poucas cenas de ação (na verdade há apenas uma, bem tímida e discreta que não chega a fazer qualquer diferença). Fora isso tudo o que você encontrará pela frente é realmente a história de um pai fazendeiro que fica destruído emocionalmente por causa do estado de saúde cada vez mais deteriorado de sua própria filha. Quem poderia imaginar que um dia o brucutu Arnold Schwarzenegger iria estrelar um filme tão sensível como esse?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Mar Negro

Título no Brasil: Mar Negro
Título Original: Black Sea
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Kevin Macdonald
Roteiro: Dennis Kelly
Elenco: Jude Law, Scoot McNairy, Ben Mendelsohn
  
Sinopse:
Depois de trabalhar por mais de trinta anos em uma empresa de exploração submarina, o Capitão Robinson (Jude Law) é demitido. De repente ele se vê numa situação muito complicada pois é um profissional extremamente especializado numa função em que não é fácil conseguir um novo emprego no mercado. Sem dinheiro e sem opções, ele resolve apostar alto numa jogada arriscada. Recruta um grupo de ex-marinheiros como ele e levanta financiamento com um gangster para alugar um velho submarino. O objetivo é encontrar um antigo U-Boot alemão afundado durante a II Guerra Mundial. A embarcação nazista estaria supostamente carregada com milhões em ouro puro quando foi a pique! Uma fortuna enterrada nas profundezas do oceano só esperando por um resgate. 

Comentários:
"Black Sea" me surpreendeu de forma muito positiva. Parecia ser mais um daqueles filmes derivativos sobre submarinos, do mesmo tipo que vemos há anos. Não é bem assim. O roteiro tem ótimas surpresas, algumas muito bem boladas. A história de um Capitão que resolve encarar uma missão submarina para resgatar ouro nazista já é bem interessante. Junte-se a isso o bom roteiro e você certamente terá uma diversão e tanto. Obviamente que há alguns absurdos no desenvolvimento da trama - situações que você dificilmente engolirá tão facilmente. Isso porém deve ser deixado de lado em nome do puro divertimento. O submarino que esse velho grupo de marujos veteranos e desempregados precisam encarar é uma verdadeira banheira flutuante, uma velha embarcação toda enferrujada. Isso porém não diminui o ânimo de todos, afinal de contas se forem bem sucedidos ficarão ricos pois a promessa é de dividir a fortuna em parte iguais entre todos eles. São apenas doze homens que precisam encarar o desafio de irem até as profundezas do mar negro em busca desse submarino nazista afundado cheio de ouro em seu interior. 

A carga milionária teria sido enviada pelo próprio Stálin para os cofres do Reich como uma amostra de sua boa vontade após a assinatura do pacto de não agressão entre as duas nações, nas vésperas da invasão alemã sobre o território soviético. Depois que a guerra entre a Alemanha Nazista e o Estado Soviético começou o velho U-Boot alemão foi destruído por navios de guerra russos, ficando por 70 anos enterrado em seu túmulo no fundo do mar. O problema é que a tripulação do Capitão Robinson (Law) não tem autorização para resgatar esse carregamento. Eles precisam passar incógnitos pela própria marinha russa que patrulha a região. Enquanto procuram pelo submarino alemão desaparecido no fundo do oceano, navios russos passam por cima deles, na superfície! Essa porém nem é a maior dificuldade pois o próprio submarino que estão utilizando começa a apresentar um problema técnico atrás do outro, fruto de seu mal estado de conservação, afinal de contas era uma nau praticamente aposentada há anos! Enfim, uma aventura como nos velhos tempos. Sim, sua trama é bem improvável e muitas cenas são totalmente inverossímeis, mas a despeito de tudo isso a diversão também estará garantida.

Pablo Aluísio.

Tracers

Título no Brasil: Tracers
Título Original: Tracers
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Daniel Benmayor
Roteiro: Leslie Bohem, Matt Johnson
Elenco: Taylor Lautner, Marie Avgeropoulos, Adam Rayner
  
Sinopse:
Depois da morte dos pais, o jovem Cam (Taylor Lautner) faz o que é possível para sobreviver. De dia entrega correspondência em Nova Iorque com sua bicicleta. De noite tenta recuperar o velho carro que seu pai lhe deixou. Morando numa garagem que mal consegue pagar o aluguel, a vida não é nada fácil para ele. Durante um dia no trampo ele acaba conhecendo um grupo de jovens que praticam parkour pela cidade. Imediatamente ele acaba ficando interessado no estilo de vida deles e na adrenalina que esse esporte radical proporciona aos seus praticantes. Precisando de grana urgente, que deve a um criminoso de Chinatown, Cam acaba também aceitando fazer parte de alguns trabalhos sujos arranjados pelo mentor da turma. Algo que será muito arriscado e perigoso.

Comentários:
Filme de ação estrelado pelo ídolo teen Taylor Lautner. Para quem não se lembra ele foi o ator que interpretou o personagem Jacob Black na saga "Crepúsculo". Sim, aquele jovem que se transformava em lobo e que nunca vestia uma camisa! Pois bem, desde o fim daquela franquia os estúdios estão tentando transformar em astros o trio principal da série (que contava ainda com Kristen Stewart e Robert Pattinson). Até agora nenhum deles têm conseguido grande sucesso de bilheteria. Robert Pattinson vem acumulando fracassos e Kristen Stewart, apesar de ter aparecido em alguns poucos filmes interessantes, também ainda não entrou no grupo de elite do cinema americano. Taylor Lautner, como o menos badalado da turma, tem tentado emplacar no gênero dos filmes de ação. 

Esse aqui aposta numa moda popular entre os jovens americanos e europeus, o parkour. Nunca ouviu falar? Basicamente são acrobacias e movimentos que usam a arquitetura das grandes cidades como um grande playground. Esses jovens, que não sabem o perigo que correm, pulam em vãos de prédios, sobem andares sem equipamento de proteção e fazem todo tipo de pirueta em cima de carros, pontes e viadutos. Não é algo que você vá recomendar para seus filhos - a não ser que queira que eles sofram algum tipo de acidente mais sério. Enfim, mais uma modinha do mundo dos esportes radicais. O enredo é simples e direto, sem muita firulas. Dentro do nicho adolescente e com uma visão de não se esperar por muita coisa, até que a fita consegue divertir em suas pretensões modestas. Há uma trama envolvendo o submundo do crime, mas no fundo tudo é mera desculpa para os dublês darem shows de parkour por aí - realmente os caras são feras naquilo que se propõe a fazer. No final de tudo o que fica de mais interessante é a oportunidade de conhecer um pouco mais dessa nova modalidade radical. Não vai mudar em nada sua vida e nem lhe trará maior bagagem cultural, mas pensando bem, para um jovem de 16 anos isso também pouco importa. Está de bom tamanho.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Echoes of War

Título Original: Echoes of War
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: American Film Productions
Direção: Kane Senes
Roteiro: John Chriss, Kane Senes
Elenco: James Badge Dale, Ethan Embry, William Forsythe
  
Sinopse:
Com o fim da guerra civil americana o ex-soldado confederado Jimmy Wade (James Badge Dale) resolve voltar para a antiga casa de sua mãe. Há muito ela está morta, mas sua irmã ainda vive no lugar ao lado do marido e de seu filho, um garoto. A propriedade rural deles é vizinha com a de Randolph McCluskey (William Forsythe), um ex-criador de gado arruinado pela guerra. Quando um de seus filhos rouba uma caça do cunhado de Wade começa uma verdadeira guerra entre os dois clãs, ambos assolados pela miséria e desolação.

Comentários:
Gostei bastante desse filme. O enredo se passa nas primeiras semanas após o fim da guerra civil. O sul, derrotado nos campos de batalha, está praticamente destruído. As antigas fazendas ricas e prósperas estão abandonadas. Os que ficaram para trás passam por sérias dificuldades, inclusive fome, pois as plantações estão queimadas e o rebanho há muito foi levado pelas tropas da União. Nesse cenário de desespero e miséria extremas todo alimento é valioso. Para sobreviver o cunhado de Wade, o jovem confederado que retorna ao lar depois de ter vivido a desgraça da guerra, caça pequenos animais da região como porcos selvagens, coelhos e esquilos. É o que os salva da falta de alimentos naquelas terras arrasadas pela guerra. É uma verdadeira luta pela sobrevivência. Com poucos dias de seu retorno ao antigo lar Wade descobre que o filho do fazendeiro vizinho está roubando as caças presas nas armadilhas de sua família. O que começa com um simples desentendimento logo desanda para um verdadeiro banho de sangue. Justiça, ódio e vingança se misturam. O roteiro desse filme é muito bem desenvolvido. Ele não está preocupado em contar sua história com pressa, pelo contrário, tudo vai sendo desenrolado aos poucos. Isso abre espaço para termos uma visão de como era dura a vida no sul após sua derrota para os exércitos do norte. Uma verdadeira calamidade. É um bom faroeste, valorizado e muito por sua temática interessante. A vida no velho oeste definitivamente não era nada fácil.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Showtime

Título no Brasil: Showtime
Título Original: Showtime
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tom Dey
Roteiro: Jorge Saralegui, Keith Sharon
Elenco: Robert De Niro, Eddie Murphy, Rene Russo, Alex Borstein, Marshall Manesh, Nestor Serrano

Sinopse:
Um policial de verdade e um ator de programas de TV precisam conviver juntos enquanto um novo projeto é filmado. Claro que acabam não se dando bem, porque um é um tira durão e o outro é um canastrão em busca da fama e sucesso.

Comentários:
Não deu muito certo essa parceria entre Robert De Niro e o comediante Eddie Murphy. Claro que o filme os uniu para tentar ser comercial, porém nem os fãs de De Niro e nem os de Murphy no final compraram a ideia. O filme está mais para comédia do que ação e o roteiro insiste em utitlizar a mesma piada, cena após cena. Com isso logo se torna cansativo ao extremo. Robert De Niro na época estava desesperado por um sucesso nos cinemas, já que sua carreira ia de mal a pior, com sucessivos fracassos de bilheteria. Ao invés de apostar em dramas (de preferência com mafiosos, onde se sai muito bem) ele apostou nessa comédia policial descartável. Já Murphy, outro astro que também sofreu com muitos fracassos no cinema, tentou levantar sua bola ao atuar com o prestigiado (pelo menos em relação aos seus filmes antigos) De Niro. No final nem um e nem outro ganhou nada com isso e esse filminho acabou sendo esquecido com o passar dos anos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O Diabo Veste Azul

Quando esse filme foi lançado Denzel Washington ainda não era Denzel Washington, se é que você me entende. Ele não era ainda um astro de Hollywood e nem um campeão de bilheterias no verão americano. Isso porém é secundário. O que realmente importa aqui é a qualidade cinematográfica do filme em si. E nesse aspecto não há o que reclamar. Temos aqui um filme de detetives ao velho estilo, lembrando muito o clima do cinema noir, com claras referências a filmes como "Chinatown". E não é à toa que toda a história se passa na era dos grandes romances policiais.

Nessa trama Denzel Washington interpreta um personagem chamado Easy Rawlins. Ele é contratado para encontrar o paradeiro de uma mulher, só que isso acaba sendo apenas a ponta do iceberg porque em seu desaparecimento há crimes envolvendo figurões da política, inclusive um asqueroso candidato à prefeitura da cidade. O roteiro também explora a tênua linha que separava brancos e negros na época em que a história se passa. E essa linha não poderia ser cruzada, algo que o detetive Easy Rawlins não pensa duas vezes antes de ultrapassar. Bom filme, com ótimo clima vintage e aquele jeitão de produção antiga, inclusive contando com uma ótima trilha sonora.

O Diabo Veste Azul (Devil in a Blue Dress, Estados Unidos, 1995) Direção: Carl Franklin / Roteiro: Carl Franklin, baseado no livro escrito por Walter Mosley / Elenco: Denzel Washington, Tom Sizemore, Jennifer Beals, Don Cheadle / Sinopse: Uma mulher desaparece. Easy Rawlins (Denzel Washington) é contratado para encontrá-la. No caminho descobre um jogo sujo e violento envolvendo inclusive políticos influentes e corruptos. Filme indicado ao Screen Actors Guild Awards.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Centurião

Título no Brasil: Centurião
Título Original: Centurion
Ano de Produção: 2010
País: Inglaterra, França, Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Neil Marshall
Roteiro: Neil Marshall
Elenco:  Michael Fassbender, Dominic West, Olga Kurylenko

Sinopse:
Durante a ocupação do Império Romano em 117 na distante e fria ilha da Bretanha (futura Inglaterra) um grupo de sobreviventes da Nona Legião Romana tenta sobreviver nas florestas misteriosas da região. Cercados por todos os lados pelos povos bárbaros que habitam o local os romanos lutam para conseguir voltar para a segurança de seu exército.

Comentários:
Tinha boas expectativas em relação a esse "Centurião". Afinal de contas é raro encontrar algum épico histórico ruim mostrando toda a glória de Roma e suas legiões no mundo antigo. O próprio tema ajuda, principalmente para amantes da história (como esse que vos escreve). Pois bem, após assistir a "Centurião" cheguei na conclusão de que minhas expectativas estavam altas demais. O filme não é ruim, não me entendam mal, porém poderia certamente ser muito melhor. Há uma queda de ritmo e qualidade no decorrer do enredo. O que começa muito interessante vai decaindo cada vez mais. Atribuo isso ao roteiro, pouco focado, diria até desleixado. Também é imperdoável o fato do filme não explorar mais as tensas relações políticas envolvidas na presença romana na distante província da Bretanha! E onde foram parar as batalhas grandiosas que não podem faltar nesse tipo de produção? No final das contas o pano de fundo de tudo o que acontece é mais interessante do que a trama principal, que logo cai no clichê. Uma pena.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de junho de 2015

A Prometida

Esse filme é uma nova releitura do mito Frankenstein. Isso tudo tentando soar moderninho nos anos 80. Sai o estilo dos antigos filmes da Universal, entram os acordes dos sintetizadores tão tipicos daquela década. Eu pessoalmente sempre achei um filme mediano. Tem bonita direção de arte, figurinos e efeitos especiais (para aquela época, claro). Porém há também certos exageros e coisas que não caberiam nessa história.

O elenco traz algumas surpresas interessantes, entre elas a presença do roqueiro Sting, ainda naqueles tempos fazendo parte do grupo de rock inglês The Police. Ele interpreta, para surpresa de muitos, o personagem do Dr. Frankenstein que tenta trazer de volta à vida uma jovem chamada Eva. Essa é interpretada pela estrela de Flashdance, a atriz Jennifer Beals. Eu sempre a achei muito fraca em termos de interpretação. Então é isso, o filme teve seus admiradores nos anos 80. Hoje em dia pouca gente se lembra dele.

A Prometida (The Bride, Estados Unidos, 1986) Direção: Franc Roddam / Roteiro: Lloyd Fonvielle, baseado na obra clássica escrita por Mary Shelley / Elenco: Sting, Jennifer Beals, Anthony Higgins, Clancy Brown / Sinopse: Cientista maluco tenta trazer de volta à vida uma jovem que morreu precocemente. E ele usará a energia elétrica de um raio para que seu experimento obtenha êxito.

Pablo Aluísio.

Os Últimos Foras-da-Lei

Quem acompanha meus textos sobre cinema já deve ter percebido que gosto bastante do trabalho do ator Mickey Rourke. É curioso que Rourke tenha se dedicado durante uma certa época de sua carreira a realizar filmes de faroeste, como esse "Os últimos Foras-da-Lei". Rourke nunca foi um sujeito muito fácil de conviver, quando algo saía algo errado em seus filmes ele tomava satisfações sem medir as consequências. Até produtores poderosos viraram alvo de Rourke em seus anos mais complicados. Isso obviamente vai fechando as portas para o profissional por mais bem intencionado que seja. Assim na década de 1990 o ator sofreu uma época de maré baixa, onde pouca coisa lhe era oferecida no mundo do cinema. Como não havia muitas propostas vindas de Hollywood Rourke se voltou para a TV. E foi no canal HBO que ele começou a dar a volta por cima. A HBO como todos sabem não é um canal comum, pelo contrário, é um ótimo espaço para produção de séries e telefilmes realmente excepcionais. Basta lembrar do número de prêmios Globo de Ouro e Emmy que o canal já ganhou.

Assim Mickey Rourke foi para o velho oeste. Quem diria, um ator como ele que se destacou ao interpretar personagens tipicamente urbanos como o desiludido rebelde de "O Selvagem da Motocicleta" ou o executivo yuppie de Nova Iorque em "Nove Semanas e Meia de Amor" agora tendo que lidar com cavalos e a dureza na vida do campo. Rourke, um nova-iorquino nato, acabou tendo que se acostumar com a aridez e os vastos campos desérticos do Novo México (onde o filme foi rodado). Curiosamente anos depois ele diria em entrevistas que no final das contas adorou a experiência, afinal dar um tempo nos problemas, no ritmo frenético das grandes cidades e encarar um clima de interior, de simplicidade, acabou lhe fazendo muito bem. E o resultado do filme? Bom, "Os últimos Foras-da-Lei" certamente não é nenhum clássico do western mas também não é desprezível. Na verdade é um faroeste que tenta ser o mais realista e duro possível ao contar a trama envolvendo um grupo de criminosos sanguinários. Mickey Rourke, herdando de certa forma uma tradição do Actors Studio, adotou um figurino e uma aparência estranha, com bigodinho Fu-Manchu! Isso acaba trazendo ainda mais interesse ao filme. Infelizmente a HBO não tem mais reprisado o filme tanto quanto antes mas o fã de Rourke pode tentar achar uma cópia por aí já que ele foi lançado no mercado de vídeo e depois em DVD em nosso país. Assim fica a dica, Mickey Rourke no velho oeste! Vai encarar?

Os últimos Foras-da-Lei (The Last Outlaw, Estados Unidos, 1993) Direção: Geoff Murphy / Roteiro: Eric Red / Elenco: Mickey Rourke, Dermot Mulroney, Ted Levine / Sinopse: Um grupo de criminosos no velho oeste semeia violência e mortes por onde passa!

Pablo Aluísio.

Tootsie

Título no Brasil: Tootsie
Título Original: Tootsie
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Larry Gelbart, Murray Schisgal
Elenco: Dustin Hoffman, Jessica Lange, Teri Garr

Sinopse: 
Michael Dorsey (Dustin Hoffman) é um ator desempregado que decide fazer algo radical para finalmente encontrar um trabalho. Ele inventa uma personagem feminina, Dorothy Michaels, conhecida carinhosamente como Tootsie e cai nas graças da mídia que a transforma em uma sensação de popularidade. E agora, como Dorsey revelará seu grande segredo?

Comentários:
"Ele é Tootsie. Ela é Dustin Hoffman!". Foi essa a frase usada no marketing desse divertido, delicioso e muito bem humorado filme. Dustin Hoffman em excelente atuação causou impacto na época por ter desenvolvido uma brilhante caracterização de uma mulher. Sob forte maquiagem (muito bem feita aliás), Hoffman surpreendeu pelos detalhes que certamente fizeram toda a diferença. Longe da caricatura o ator surpreendeu a todos. O interessante em "Tootsie" porém é que o roteiro não fica apenas apoiado na transformação de Hoffman mas também investe de forma muito talentosa na parte dramática do enredo. É acima de tudo um argumento muito bem escrito, desenvolvido e executado. Outro destaque do elenco vem com Jessica Lange, fazendo muito bem a transição de starlet para atriz séria, reconhecida por seu talento em cena. Seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante foi muito merecido. Por fim vale destacar o fato de que "Tootsie" é o filme mais singular da carreira do cineasta Sydney Pollack. Diretor de filmes sérios, de temáticas complexas como, por exemplo, "Três Dias do Condor", ele aqui abriu espaço para o bom humor, a simpatia e o romance. Um marco certamente em sua carreira.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A Última Festa de Solteiro

Título no Brasil: A Última Festa de Solteiro
Título Original: Bachelor Party
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Neal Israel
Roteiro: Bob Israel, Neal Israel
Elenco: Tom Hanks, Tawny Kitaen, Adrian Zmed

Sinopse:
Rick Gassko (Tom Hanks) está prestes a casar com Debbie Thompson (Tawny Kitaen). Seus pais odeiam a ideia. Os amigos de Rick porém estão pouco se importando com a opinião dos pais de Debbie. Eles querem dar uma despedida de solteiro para o amigo que entrará para a história de Los Angeles. Inicialmente resolvem fazer a festa no hotel mais caro da cidade com tudo do bom e do melhor, sem se importar com as despesas. Depois cada um dos amigos começa a ter novas ideias, algumas bem fora do normal, até que de repente aquilo que iria se transformar numa despedida de amigos acaba se transformando em um caos incontrolável!

Comentários:
Já que estamos falando do carismático Tom Hanks hoje, que tal recordar uma de suas comédias mais queridas pelo público? O filme foi rodado logo após a grande estréia de Tom Hanks no cinema, a comédia Disney "Splash, uma sereia em minha vida". Nos anos 80 estava muito em voga esse tipo de comédia mais picante, como por exemplo "Porky´s", "O Último Americano Virgem", "Negócio Arriscado" e coisas nesse estilo. "A Última Festa de Solteiro" foi o "Porky´s" da carreira de Tom Hanks, vamos colocar nesses termos. É importante entender que Hanks no comecinho de sua carreira não era esse ator oscarizado que a nova geração passou a conhecer. Pelo contrário, ele fazia mesmo a linha comediante gaiato, em fitas comerciais, muitas delas realizadas sem qualquer pretensão a não ser divertir o máximo possível o público jovem. E diversão certamente não faltará nesse "Bachelor Party". É o tipo de comédia maluca que fazia muito sucesso nas locadoras durante a era do VHS, afinal de contas reunir os amigos em casa para dar boas gargalhadas com esse tipo de roteiro era mais do que divertido. Há muitas cenas sem noção e momentos que fariam a geração atual do politicamente correto ficar de cabelos em pé - mas pensando bem, a graça vem justamente desse tipo de situação. Assista, relembre (se você for daquela época) e dê boas risadas pois a verve cômica da fita ainda continua de pé, mesmo após tantos anos. 

Pablo Aluísio.

Xanadu

Título no Brasil: Xanadu
Título Original: Xanadu
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Greenwald
Roteiro: Richard Christian Danus, Marc Reid Rubel
Elenco: Olivia Newton-John, Gene Kelly, Michael Beck

Sinopse: 
Musas gregas do Olimpo descem até a Terra em busca de diversão. Durante sua estadia entre os mortais uma delas chamada Kira (Olivia Newton-John) acaba se envolvendo com um artista, algo que não será de agrado dos grandes deuses como Zeus e cia! Musical símbolo dos anos 80.

Comentários:
Hoje em dia o filme vai soar tão estranho como um Deus Grego caminhando pelas ruas! De fato quando "Xanadu" foi lançado o mundo pop era bem diferente. A discoteca dava seus últimos suspiros e a última moda era andar de patins! Tudo isso hoje soa bem datado (e é mesmo!) mas talvez esteja aí o grande charme de rever o musical nos dias atuais. Afinal tudo é tão exageradamente inocente que vai parecer mesmo uma relíquia histórica. Em termos de elenco o grande atrativo é a presença da atriz sensação (na época, claro) Olivia Newton-John. Além de atriz era uma cantora talentosa e por isso virou símbolo para as garotas daqueles anos que a imitavam no penteado, nas roupas e no estilo. Gene Kelly, ator símbolo dos antigos musicais da MGM também está presente mas sua participação não é muito relevante. Vale mais como uma homenagem do que qualquer outra coisa. Os efeitos de Xanadu hoje em dia vão soar completamente sem noção, mais parecendo um videogame da Atari mas releve tudo isso e caia na dança cantando o refrão eterno (e ultra, mega pegajoso) da canção tema do filme! Os saudosistas agradecem!

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de junho de 2015

Repo Man - A Onda Punk

Título no Brasil: Repo Man - A Onda Punk
Título Original: Repo Man
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Edge City Productions
Direção: Alex Cox
Roteiro: Alex Cox
Elenco: Harry Dean Stanton, Emilio Estevez, Tracey Walter, Olivia Barash, Sy Richardson, Susan Barnes

Sinopse:
Um jovem punk recrutado por uma agência de reintegração de posse de automóveis encontra-se em busca de um Chevrolet Malibu que é procurado por uma recompensa de $ 20.000 - e tem algo sobrenatural escondido em seu porta-malas.

Comentários:
O que diabos é um Repo Man? Ora, geralmente jovens truculentos usados para recuperar bens que não foram pagos pelos devedores. E nesse tipo de situação geralmente saia pancadaria. Esse filme aqui chegou a ser lançado no Brasil em VHS, mas era mais conhecido por suas reprises na TV, em canas abertos secundários, tipo o SBT. É um filme legal, mas funcionava melhor nos anos 80, obviamente. O  Emilio Estevez teve uma carreira bacana naquela década, mas curiosamente depois que deixou de ser jovem sua carreira meio que foi pelo ralo. Irmão do Charlie Sheen, filho do Marin Sheen, ele era talentoso, mas sua profissão de ator não foi muito longe, ao contrário de seus parentes mais famosos.

Pablo Aluísio.

Octagon - Escola de Assassinos

Título no Brasil: Octagon - Escola de Assassinos
Título Original: The Octagon
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: ACG Motion Picture
Direção: Eric Karson
Roteiro: Paul Aaron, Leigh Chapman
Elenco: Chuck Norris, Karen Carlson, Lee Van Cleef

Sinopse: 
Scott James (Chuck Norris) é um mestre em artes marciais que é enviado para um campo de recrutamento e treinamento de combatentes ninjas conhecido por todos como "Octagon". Seus planos mudam porém quando é contratado por uma mulher rica para se vingar de seu irmão, que está envolvido com terrorismo internacional. A luta não será fácil e em pouco tempo ele acaba compreendendo que está aos poucos trilhando um caminho de volta para o temido "Octagon".

Comentários: 
Rodado com apenas 18 mil dólares o filme "The Octagon" foi o primeiro a apostar no estrelismo de Chuck Norris, o baixinho bom de briga que havia ganho notoriedade ao lutar com o mito Bruce Lee no clássico das artes marciais "O Vôo do Dragão" em 1972. Os produtores americanos nunca tinham levado muito à sério esse tipo de filme até que com a morte de Bruce Lee formou-se uma verdadeira legião de fãs nos EUA. Para faturar em cima desse público aos poucos o cinema americano foi investindo nesse tipo de produção. O roteiro era bem simples e apostava em muita pancadaria para agradar aos fãs dos filmes de artes marciais japoneses e chineses. Para espanto de muitos deu certo. "Octagon" encontrou espaço no circuito mais alternativo, formado por cinemas poeiras por todos os EUA. Na época Norris não era conhecido no Brasil e por isso a fita não foi lançada aqui nos cinemas mas ganhou uma edição em VHS pelo selo Hipervídeo anos depois quando ele já fazia sucesso na Cannon. Então se você estiver em busca de entender de onde veio tanta porrada no cinema dos anos 80 uma boa dica é ver esse filme que antecipava muito do que viria nos anos seguintes.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de junho de 2015

Street Fighter - A Última Batalha

Título no Brasil: Street Fighter - A Última Batalha
Título Original: Street Fighter
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Capcom Entertainment
Direção: Steven E. de Souza
Roteiro: Steven E. de Souza
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Raul Julia, Ming-Na Wen

Sinopse:
O Coronel William Guile (Jean-Claude Van Damme) lidera um exército de soldados no país de Shadaloo para encontrar vestígios que possam levá-lo até o General M. Bison (Raul Julia), responsável por vários crimes de guerra, entre eles o desaparecimento de três soldados de seu grupo. E entre os desaparecidos se encontra Carlos "Charlie" Blanka, que Bison decide transformar em um mutante hediondo. Por outro lado, Chun Li é um repórter que busca vingança contra Bison pela morte de seu pai anos atrás. O conflito logo se torna inevitável entre todos.

Comentários:
Não é de hoje que adaptações de games viram verdadeiros desastres nas telas de cinema. Duvida? Que tal dar uma olhada nesse "Street Fighter - A Última Batalha"? Esse jogo sempre foi dos mais populares no mundo dos games e por isso seus direitos foram adquiridos por uma pequena fortuna. O roteirista Steven E. de Souza (de "Duro de Matar", "O Sobrevivente" e "Comando Para Matar") foi contratado para a direção e nomes famosos também entraram no elenco. Infelizmente mesmo com essa ficha técnica promissora nada parece dar certo. Tudo bem que ninguém esperava densidade dramática de personagens de vídeo game mas precisava mesmo ser tudo tão caricatural? Pior é que até mesmo os combates e lutas corporais são sem graça e isso em um filme com Jean-Claude Van Damme no elenco é imperdoável. Talvez o único interesse que a fita ainda vai despertar em cinéfilos em geral venha do fato de que esse foi o último trabalho no cinema do ator Raul Julia (1940–1994). Ator talentoso, de ótimos recursos, é uma pena que tenha se despedido da sétima arte com algo assim tão obtuso.

Pablo Aluísio.

Nico - Acima da Lei

Título no Brasil: Nico - Acima da Lei
Título Original: Above the Law
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Andrew Davis, Steven Seagal
Elenco: Steven Seagal, Pam Grier, Henry Silva

Sinopse: 
Nico Toscani (Steven Seagal) é um mestre em artes marciais que é recrutado pela CIA para ser enviado em missões especiais. Quinze anos depois se torna policial em Chicago no departamento de narcóticos. Com métodos nada sutis ele enfrenta o crime organizado da cidade com seu jeito bem particular de lidar com criminosos.

Comentários:
Primeiro filme da carreira de Steven Seagal. Curiosamente já em seu primeiro filme ele já surge como a estrela da fita. Na realidade Seagal já era bem conhecido no meio das artes marciais do circuito americano então foi apenas uma questão de oportunidade para que a Warner criasse um novo herói de ação nos cinemas. Afinal aqueles eram os anos 80 onde os filmes de ação batiam recordes e mais recordes de bilheteria. O mercado pedia por novos astros no gênero e a Warner foi buscar o seu nos tatames de Los Angeles. Seagal não tinha qualquer experiência como ator e isso fica bem claro logo nas primeiras cenas mas o público da época não estava muito preocupado com esse detalhe. "Nico" que custou relativamente pouco acabou caindo nas graças do público, fazendo sucesso tanto de bilheteria como de locações de vídeo, abrindo assim as portas da indústria para os 40 filmes seguintes de Seagal no cinema.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Corina, uma Babá Perfeita

Título no Brasil: Corina, uma Babá Perfeita
Título Original: Corrina, Corrina
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jessie Nelson
Roteiro: Jessie Nelson
Elenco: Ray Liotta, Whoopi Goldberg, Tina Majorino

Sinopse:
Após a morte da esposa de Manny Singer (Ray Liotta) sua pequena filha começa a apresentar sinais de problemas comportamentais. Se torna inibida, introvertida e triste. A vida segue em frente para Manny, afinal ele tem uma jovem família para sustentar e precisa de uma babá para a jovem menina enquanto ele está trabalhando. Após várias entrevistas desastrosas ele acaba contratando a simpática e alegre Corrina Washington (Whoopi Goldberg) que acaba trazendo finalmente a velha luz para aquela casa antes deprimida e melancólica.

Comentários:
" Corrina, Corrina" é aquele tipo de produção bem despretensiosa, mas cheia de boas intenções. Ao mostrar uma babá negra nos anos 60 cuidando de uma jovem garotinha branca que perdeu sua mãe, ele mostra muito bem que não existe diferença de raças quando existe amor e amizade sincera entre as pessoas. Mas não se preocupe, mesmo tocando na questão do racismo na sociedade americana de cinquenta anos atrás o filme não se torna panfletário e cheio de discursos. Ao invés disso investe mesmo em um enredo bem leve, com ótima trilha sonora, tudo para deixar o espectador com aquela sensação boa de quem acabou de ver algo para cima, com mensagem positiva e feliz. Whoopi Goldberg continua com todo aquele carisma e talento que sempre a caracterizou em toda a sua carreira. Sua personagem inclusive parece ter sido escrito especialmente para ela, tal o nível de simbiose que ela desenvolve na película. Agora curioso mesmo é ver o durão Ray Liotta, que sempre se notabilizou por personagens fortes, como mafiosos e criminosos em geral, bancando o paizão amoroso. E não é que ele está muito bem! Pois é, até os durões precisam de vez em quando mostrar toda sua sensibilidade.

Pablo Aluísio.

O Incrível Homem Que Encolheu

Título no Brasil: O Incrível Homem Que Encolheu
Título Original: The Shrinking Man
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jack Arnold
Roteiro: Richard Matheson
Elenco: Grant Williams, Randy Stuart, April Kent

Sinopse: 
O filme mostra a incrível estória de Scott Carey que em férias acaba sendo contaminado por uma nuvem radioativa. Inicialmente nada parece mudar em sua vida e em sua saúde até que passado algum tempo ele começa a sofrer com uma incrível diminuição em seu tamanho, o tornando finalmente numa criatura menor do que um alfinete! Agora terá que sobreviver em sua própria casa, enfrentando insetos e animais domésticos que devido à sua pequenez se tornam monstros terríveis!

Comentários:
Filmaço de ficção científica que vai muito além de seus criativos e bastante eficientes efeitos visuais. A estória é simples, mas seu conteúdo difere do tradicional ao realizar uma viagem "literal" de um homem em constante luta em sua determinação de provar sua existência, por mais que tudo esteja contra ele. Desde o inicial constrangimento (a perda do amor de sua esposa) passando pela ferrenha luta pela vida (sua morte pode vir de uma simples aranha de casa), até quando sua vontade de viver irá prevalecer? Amarrado com ótimas cenas de tensão, o filme termina de forma ousada, em momento de existencialismo filosófico, coisa pouco comum, principalmente para a época. E para os interessados no enredo o livro saiu há pouco no Brasil, numa coletânea de histórias do Richard Matheson, Indicadíssimo! (Ricardo Martins).

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Anaconda - Rastro de Sangue

Título no Brasil: Anaconda - Rastro de Sangue
Título Original: Anacondas 4: Trail of Blood
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Romênia
Estúdio: Stage 6 Films, Hollywood Media Bridge
Direção: Don E. FauntLeRoy
Roteiro: David C. Olson
Elenco: Crystal Allen, Linden Ashby, Danny Midwinter

Sinopse:
Em busca da cura de uma doença genética, pesquisadores resolvem implantar modificações em cobras gigantes da Amazônia brasileira. Com o uso de orquídeas selvagens as cobras criam uma nova capacidade de se auto regenerar. Assim quando são cortadas ao meio dão origem a dois animais independentes, sedentos de sangue de suas presas.

Comentários:
Algumas coisas nesse universo Sci-fi me deixam admirado. Uma delas é a proliferação de sequências de franquias que parecem nunca morrer. Uma das mais surpreendentes é o caso dessa "Anaconda". O primeiro filme, que até tinha uma produção bem realizada, com elenco conhecido, foi pessimamente recebido pela crítica. A ideia de uma cobra brasileira gigante realmente não era das melhores e mais originais. A despeito de tudo isso a franquia foi em frente a ponto de estarmos aqui falando de "Anaconda 4" - sim isso mesmo, "Anaconda - Rastro de Sangue" é o quarto filme sobre a famigerada cobra da Amazônia. O curioso é que em certos momentos esse trash sobre monstros se torna até divertido por causa dos absurdos de certas situações. Nada que vá abalar o cineasta Don E. FauntLeRoy, que inclusive dirigiu "Anaconda 3". Esse aqui não conseguiu espaço nos cinemas sendo lançado diretamente no mercado de DVD europeu e em canais a cabo nos Estados Unidos. Também pudera, lançar "Anaconda 4" nas salas de exibição seria mais tenebroso do que nadar ao lado da famigerada cobra de 20 metros!

Pablo Aluísio.

O Império Romano

Título no Brasil: O Império Romano
Título Original: Empire
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC
Direção: Greg Yaitanes, John Gray e Kim Manners
Roteiro: Touchstone Television
Elenco: Vincent Regan, Santiago Cabrera, Emily Blunt, James Frain, Jonathan Cake

Sinopse: 
O ano é 44 A.C. (antes de Cristo). Júlio César, general e político romano, retorna de uma campanha militar vitoriosa na província romana da Hispânia (atual Espanha) após destruir forças rebeldes contra Roma na região. O êxito lhe dá grande prestígio e poder dentro do senado. Ele almeja o poder máximo, passando inclusive por cima dos ideais republicanos, o que lhe traz imediatamente a oposição de setores importantes, liderados por Brutus e Cassius. Ao seu lado porém ele conta com o apoio de outro general vitorioso, Marco Antônio. O jogo de xadrez dentro das instituições de poder de Roma acaba criando uma situação potencialmente explosiva. 

Comentários:
Minissérie de quatro capítulos (com quatro horas de duração) que foi compilado na forma de longa-metragem com três horas de duração. Chegou a ser exibido no SBT. Esse tipo de situação de uma forma em geral me deixa meio desanimado pois geralmente quando isso acontece o filme fica totalmente truncado. Aqui pelo menos os editores foram bem sucedidos pois não há essa sensação de que tudo foi unido sem maiores critérios. O resultado final é interessante, bem produzido (embora seja um produto televisivo teve um orçamento generoso de 50 milhões de dólares) e competente. O enredo é dos mais conhecidos, envolvendo parte da história de Júlio César e a guerra política que se forma ao seu redor quando retorna de uma campanha militar bem sucedida. Em termos de história essa narração parece mesmo ser imortal, sendo sempre enfocada em diversas produções na TV e no cinema. Para quem gosta de produtos épicos, mostrando um dos momentos mais significativos da história antiga e de Roma em particular, é um prato cheio.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Um Século em 43 Minutos

Título no Brasil: Um Século em 43 Minutos
Título Original: Time After Time
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures, Warner Bros
Direção: Nicholas Meyer
Roteiro: Karl Alexander, Steve Hayes
Elenco: Malcolm McDowell, Mary Steenburgen, David Warner

Sinopse:
HG Wells (Malcolm McDowell) é um grande escritor e inventor que descobre que seu grande achado cientifico, a máquina do tempo, foi usada por ninguém menos do que o mais famoso psicopata e serial killer da história, Jack, o Estripador. O assassino em série vai parar no século 20 e cabe a Wells o trazer de volta ao seu tempo.

Comentários:
Depois de trabalhar em Calígula o ator Malcolm McDowell estrelou essa outra pequena jóia do cinema dos anos 70. "Time After Time" é uma bela homenagem ao grande escritor e visionário H.G. Wells (1866 - 1946). É a tal coisa, Wells foi tão imaginativo em seus escritos, tão maravilhosamente criativo, que como não era de se espantar surgiram inúmeras teorias sobre como ele teria descoberto tantos eventos e inventos que só surgiriam décadas depois de sua morte. Uma das teses mais bizarras era a de que ele conseguiu viajar no tempo. Obviamente se trata de uma deliciosa bobagem mas porque não transformar isso em um filme? Assim o próprio Malcolm McDowell deu vida a H.G. Wells. O roteiro é muito simpático e a direção de arte me deixou bastante satisfeito com o bom gosto. Claro que não recomendaria uma produção dessas para os jovens que vão aos cinemas hoje em dia pelo simples fato de que o que se vê aqui é a mais pura imaginação escapista, muitas vezes beirando a inocência. Não tem efeitos especiais digitais, como é óbvio, e nem pancadaria. É uma ficção bem mais sutil, que brinca o tempo todo com a imaginação do espectador. Pena que tem sido cada vez mais raro encontrar o filme hoje em dia pois faz parte da massa falida da Orion Pictures. Vamos torcer para que seja lançado um dia em DVD no Brasil.

Pablo Aluísio.

Terror nas Trevas

Título no Brasil: Terror nas Trevas
Título Original: ...E tu vivrai nel terrore! L'aldilà
Ano de Produção: 1981
País: Itália
Estúdio: Fulvia Film
Direção: Lucio Fulci
Roteiro: Dardano Sacchetti
Elenco: Catriona MacColl, David Warbeck, Cinzia Monreale

Sinopse:
Uma pequena hospedaria na Lousianna na verdade esconde um terrível segredo. O lugar é um dos sete portões do inferno, por onde passarão todos os condenados às profundezas das trevas que retornarão à terra para lutar em um último combate definitivo no dia do juízo final. Ao abrir esse portão a herdeira do local mal sabe o que está na verdade acontecendo.

Comentários:
Essa produção é também conhecida como "A Casa do Além". Se trata de mais um bom momento do cinema de terror da Itália que curiosamente situa suas tramas nos Estados Unidos - tal como acontecia no western spaghetti quando os filmes traziam tramas passadas no oeste americano. O filme mais parece um delírio ou loucura, em clima de pesadelo. O diretor não se preocupa em desenvolver nenhum personagem mais a fundo e ao invés disso transforma tudo em um grande banho de sangue sem maiores nexos na trama. Quem está mais acostumado com filmes de terror Made in USA irá certamente estranhar um pouco a diferença de estilo e desenvolvimento. O resultado é violento mas também bem feito já que em termos de maquiagem e efeitos sonoros a coisa funciona muito bem. Na época de seu lançamento em VHS nos Estados Unidos o filme sofreu fortes cortes o que acabou lhe deixando com uma duração ridícula de apenas 65 minutos, por essa razão quando procurar uma versão do filme para assistir vá atrás da original italiana e não da americana que foi mutilada.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Sombras do Terror

Título no Brasil: Sombras do Terror
Título Original: The Terror
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Alfa Cinematografica
Direção: Francis Ford Coppola, Roger Corman
Roteiro: Jack Hill, Leo Gordon, Roger Corman
Elenco: Boris Karloff, Jack Nicholson, Dick Miller, Dorothy Neumann

Sinopse:
O tenente Andre Duvalier (Jack Nicholson) é socorrido em uma praia por uma mulher, que some logo depois. Ele acaba descobrindo que seu paradeiro é um grande castelo, junto do sinistro Barão Victor Frederick Von Leppe (Boris Karloff). Porém, quando lá chega, ele a reconhece no quadro de uma garota falecida.

Comentários:
Antes de se tornar um dos cineastas mais celebrados da história com filmes como "O Poderoso Chefão", o diretor Francis Ford Coppola foi um pupilo de Roger Corman. Como se diz no ditado todos precisam começar de algum modo e foi isso que Coppola fez. Esse "Sombras do Terror" foi uma das primeiras experiências do cineasta atrás das câmeras. O interessante é que ele não faz feio, mesmo com a precariedade da produção. Isso se deveu ao fato de que Corman resolveu aproveitar os figurinos e cenários do filme "O Corvo" para rodar esse filme aqui em tempo recorde. A intenção era economizar ao máximo. O resultado passou longe de ser um desastre. Outro destaque óbvio vem da presença no elenco de Jack Nicholson. Na época ele era apenas um empregado do departamento de animação do estúdio que sonhava se tornar um astro. Infelizmente ele havia encontrado inúmeras portas fechadas. Alguns diretores chegavam a dizer que ele era careca e feio e jamais seria um astro! Assim Nicholson correu atrás de quem o aceitasse. Acabou encontrando apoio com Roger Corman e o resto é história. Esse filme assim demonstra bem que Corman, além de ser um dos mais produtivos diretores de Hollywood também foi extremamente importante ao dar uma primeira chance para profissionais que anos depois iriam se consagrar no cinema americano. Todos precisam de uma pequena ajuda no começo da carreira e Roger Corman, muito solícito e solidário, acabou exercendo essa função.

Pablo Aluísio.

Sexta-Feira 13 - O Capítulo Final

Título no Brasil: Sexta-Feira 13 - O Capítulo Final
Título Original: Friday the 13th: The Final Chapter
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Joseph Zito
Roteiro: Victor Miller, Ron Kurz
Elenco: Erich Anderson, Judie Aronson, Kimberly Beck

Sinopse:
Depois de ter sido mortalmente ferido e levado para o necrotério, o assassino Jason Voorhees revive de forma espontânea e embarca em uma nova matança no seu velho estilo, ao retornar para seu amado lar, Crystal Lake.

Comentários:
Esqueça o subtítulo "O Capítulo Final" já que isso foi puro marketing da Paramount. Na realidade é o quarto capítulo da franquia explorando as matanças de Jason Voorhees. Na realidade tentou-se criar um desfecho para tudo mas como os filmes continuavam muito lucrativos os executivos do estúdio resolveram jogar tudo para o alto, inclusive a lógica das tramas. O mais curioso de tudo é que entregaram a direção para o cineasta  Joseph Zito que não tinha até aquele momento nada de relevante no currículo. Depois dessa fita era de se esperar que ele começasse a rodar mais filmes de terror mas Zito se especializou mesmo em filmes de pura ação como "Braddock - O Super Comando" e "Invasão USA" (ambos com Chuck Norris na Cannon) e "Red Scorpion" com o brutamontes Dolph Lundgren (confira resenha no blog "Cine Action"). No final das contas esse "Friday the 13th: The Final Chapter" não trouxe nada de muito relevante a não ser a volta do velho Jason. Os fãs de sua saga sangrenta nem se importaram com as críticas ruins e celebraram a volta do assassino. E não há nada de errado nisso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O Destemido Senhor da Guerra

Título no Brasil: O Destemido Senhor da Guerra
Título Original: Heartbreak Ridge
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Malpaso Company
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: James Carabatsos
Elenco: Clint Eastwood, Marsha Mason, Everett McGill

Sinopse:
Tom Highway (Clint Eastwood) é um sargento veterano, que esteve nas guerras da Coreia e do Vietnã e que em breve se aposentará. Apesar disto, ele mantém seu pavio curto e sua língua ferina. Por ter se metido em mais uma confusão, Tom é transferido para sua antiga base. Lá ele reencontra antigos amigos e faz novos inimigos e precisa treinar um grupo de recrutas que não tem a menor vocação para a vida militar, mas que se não estiverem bem preparados podem morrer no primeiro combate.

Comentários:
Um bom filme com o astro Clint Eastwood. Novamente o tema do militar linha dura que transforma um grupo de jovens em homens, preparados para a guerra. O personagem de Clint Eastwood é a de um homem de outro tempo, de outra era, com seus próprios princípios, forjados em um tempo que não existe mais. Obviamente que sua visão acaba se chocando com o mundo moderno. Conservador, linha dura, nada adequado para os tempos atuais, no liberalismo, no afrouxamento da sociedade. De forma em geral o filme se situa muito bem dentro da filmografia de Clint Eastwood. Claro que não pode ser comparado aos seus grandes momentos no cinema, pois é de certa forma rotineiro, mesmo assim vale bastante a pena, por trazer Eastwood em um tipo de personagem que seus admiradores adoram.  

Pablo Aluísio.

Desafio no Bronx

Título no Brasil: Desafio no Bronx
Título Original: A Bronx Tale
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Tribeca Productions
Direção: Robert De Niro
Roteiro: Chazz Palminteri
Elenco: Robert De Niro, Chazz Palminteri, Lillo Brancato

Sinopse: 
Na década de 60 um pai, homem bom, ético, honesto e trabalhador, começa a ver seu jovem filho ser seduzido pelo mundo da criminalidade em uma Nova Iorque infestada de gângsters. O rapaz começa a se encantar pelo estilo de vida dos criminosos, suas histórias e suas riquezas. Ao mesmo tempo começa a ter vergonha de seu pai, um simples motorista de ônibus. Suas escolhas porém o levarão para um caminho sem volta.

Comentários:
Embora sempre tenha sido reconhecido como um dos grandes atores do século, Robert De Niro nunca levou muito à sério sua carreira como cineasta. Na verdade ele dirigiu apenas dois filmes em sua vida, sendo esse o primeiro. Como se sabe o ator mantém uma produtora em Nova Iorque (a Tribeca) e quando esse roteiro caiu em suas mãos ele decidiu que faria o filme. O interessante é que o roteiro foi assinado por outro ator, Chazz Palminteri, que se inspirou na chamada baixa criminalidade de Nova Iorque, pequenos ladrões, golpistas, que formam o chão da hierarquia da máfia italiana na cidade. De Niro que sempre se deu muito bem nesse estilo de filme viu uma bela oportunidade de estrear na direção com o pé direito. De fato não há como negar, "A Bronx Tale" é um ótimo filme. Uma película que procura mostrar as trilhas que levam jovens para o mundo do crime numa das maiores cidades do mundo. Bob De Niro lança seu olhar sobre o bairro do Bronx durante a década de 60 e consegue um belo resultado final. Roteiro bem escrito, estória muito humana, trilha sonora maravilhosa e ótima reconstituição de época completam o quadro. Indicado para que ainda não conhece o lado diretor desse grande talento da arte dramática.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de junho de 2015

Para Eles, com Muito Amor

Durante a II Guerra Mundial muitos artistas americanos entraram para o esforço de guerra se apresentando para as tropas que estavam lutando na Europa e na frente do Pacífico. Inclusive muitos astros de Hollywood como James Stewart e Clark Gable atenderam o chamado da pátria e foram para a Europa lutar contra o nazismo. Esse filme conta a história da cantora Dixie Leonhard (Bette Midler). Durante a guerra ela viajou para muitas nações em conflito justamente para levantar a moral dos homens que lutavam no exterior. Nesse processo ela também procurava de algum modo levar sua vida em frente, com paixões, decepções e relacionamentos. Não era algo fácil já que os próprios artistas também corriam riscos. Agora imagine fazer arte em um ambiente assim.

O filme em si tem uma proposta muito boa e é bem realizado. Grande parte se sustenta por causa do talento da cantora e atriz Bette Midler, que se sai bem tanto nas cenas de números musicais como nos momentos mais dramáticos do roteiro. Esse esforço acabou lhe valendo uma preciosa indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Pelo esforço e pelo trabalho que ela desenvolveu, vemos que foi mais do que merecido. Enfim, um bom resgate do trabalho de centenas de artistas que foram para o front de guerra lutar não com armas, mas com sua própria arte!

Para Eles com Muito Amor (For the Boys, Estados Unidos, 1991) Direção: Mark Rydell / Roteiro: Neal Jimenez, Lindy Laub / Elenco: Bette Midler, James Caan, George Segal / Sinopse: O filme conta a história de uma cantora que se junta ao esforço de guerra durante a II Guerra Mundial. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Bette Midler). Também indicado ao Chicago Film Critics Association Awards na mesma categoria.

Pablo Aluísio.

High School Musical

Título no Brasil: High School Musical
Título Original: High School Musical
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney Channel
Direção: Kenny Ortega
Roteiro: Peter Barsocchini
Elenco: Zac Efron, Vanessa Hudgens, Ashley Tisdale

Sinopse:
Troy (Zac Efron) e Gabriella (Vanessa Hudgens) - dois adolescentes que vivem em mundos separados - se conhecem em um concurso de karaoke e descobrem seu amor mútuo pela música.

Comentários:
Era para ser um mero telefilme do Disney Channel. Produção até modesta, simples, mas que assim que começou a ser exibida pela canal virou uma febre e tanto entre os adolescentes americanos. Zac Efron e Vanessa Hudgens viraram ídolos da noite para o dia, surgindo em centenas e centenas de capas de revistas direcionadas ao público teen. E aí como convém aos dias atuais veio aquela enxurrada de críticas negativas a esse musical, dizendo que era ruim, artificial, bobo e tudo o mais. Que bobagem, "High School Musical" foi realizado para um público bem específico, os adolescentes, e não para caras amargurados de trinta e tantos anos. Certamente é bobo, juvenil e todas as coisas que lhe foram imputadas, mas também é verdade que o filme foi feito justamente dessa forma e por isso fez tanto sucesso, gerando várias continuações. É TV, do canal Disney, o que queriam mais? Se você é jovem, adolescente, ignore as críticas e vá se divertir. Sem mais.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de junho de 2015

Nu em Nova York

A história gira em torno de um casal de namorados que vivem em Nova Iorque na década de 1990. Jake Briggs (Eric Stoltz) tem o sonho de se tornar um grande escritor de peças de teatro na Broadway. Já Joanne White (Mary-Louise Parker) deseja se estabelecer no concorrido mercado de fotografias de arte da cidade. Ambos são jovens e com muitos sonhos, mas a realidade aos poucos vai colocando um freio em suas pretensões. Joanne trabalha em uma galeria de arte e logo começa a sofrer com as cantadas inoportunas de seu próprio patrão. Jake começa a sentir na pele como a falta de um nome maior pode soterrar suas escalada rumo ao sucesso. No final das contas é um filme apenas mediano, bem intencionado e com alguns cacoetes cinematográficos que eram típicos dos anos 90 - como a maçante tentativa de imprimir um visual publicitário em cada cena.

O elenco coadjuvante acaba ofuscando o casal protagonista com a participação especial de muita gente famosa, inclusive Tony Curtis (astro das décadas de 50 e 60), Whoopi Goldberg (a talentosa comediante que vivia um excelente momento em sua carreira com o sucesso de "Ghost"), Kathleen Turner (uma musa loira dos anos 80, muito popular naqueles tempos), Timothy Dalton (ele mesmo, o próprio James Bond) e Ralph Macchio (sim, o eterno Daniel LaRusso da franquia " Karatê Kid"). Não é uma fita para ter em sua coleção pessoal, mas também não é de todo ruim. Vale para revelar um pouquinho daquela geração.

Nu em Nova York (Naked in New York, Estados Unidos, 1993) Direção: Daniel Algrant / Roteiro: Daniel Algrant, John Warren / Elenco: Eric Stoltz, Mary-Louise Parker, Ralph Macchio, Tony Curtis, Whoopi Goldberg, Timothy Dalton, Kathleen Turner / Sinopse: A vida efervescente de um grupo de jovens adultos na Nova Iorque dos anos 90. Filme indicado ao Deauville Film Festival.

Pablo Aluísio.

O Inocente

Não há nada de excepcional nesse "The Innocent" a não ser a tentativa de se realizar um filme com o sabor dos antigos clássicos de espionagem da época da guerra fria. Como não poderia deixar de ser nesse tipo de produção o enredo se passa em Berlim, no pós-guerra, quando se intensificaram as atividades de espionagem de ambos os lados da cortina de ferro. Uma cidade dividida entre americanos, ingleses e russos. Realmente não poderia se imaginar melhor cenário para esse tipo de trama. No enredo o jovem americano Leonard (Campbell Scott), especialista em transmissões de rádio, é enviado para a cidade alemã com a missão de tentar desvendar o mistério que rondava as comunicações soviéticas. No meio do caminho porém ele acabava se apaixonando pela misteriosa Maria (interpretada por Isabella Rossellini, muito bonita e com uma maquiagem que realçava ainda mais seus olhos que sempre foram bem marcantes).

O ator Campbell era fraco, mas o elenco contava com o grande Anthony Hopkins para compensar sua falta de expressividade, o que ajudava e muito em seu resultado final. Hoje em dia é uma fita bem esquecida, talvez até merecidamente. O roteiro já soava meio fora de moda na época de lançamento do filme porque afinal de contas o Muro de Berlim havia caído quatro anos antes de sua estréia. Os europeus assim queriam mesmo era apagar esse triste evento histórico de seu passado recente. A decepção também se tornava um pouco maior porque o cineasta inglês John Schlesinger já havia realizado pelo menos dois grandes clássicos em sua carreira: "O Dia do Gafanhoto" e principalmente "Maratona da Morte". Aqui ele foi seguramente infinitamente menos bem sucedido. Mesmo assim, com um pouquinho de força de vontade ainda dá para encarar o filme em uma revisão tardia.

O Inocente (The Innocent, Alemanha, Inglaterra, 1993) Direção: John Schlesinger / Roteiro: Ian McEwan / Elenco: Isabella Rossellini, Anthony Hopkins, Campbell Scott  / Sinopse: Um agente, especializado em comunicações, viaja para Berlim durante a década de 1950 e se apaixona por uma misteriosa mulher.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Beijo da Morte

Veterano ladrão de carros decide que vai deixar o mundo do crime para se dedicar à esposa e filhos. Seus planos porém são adiados após seu primo pedir que ele lhe ajude em um último e lucrativo golpe, envolvendo roubo de caminhões. A partir daí sua vida acaba dando uma grande guinada para pior. Esse é um remake de um antigo clássico da década de 1940 que tentou catapultar a carreira do ator David Caruso (de populares séries de TV como "NYPD Blue") para o cinema. Não deu muito certo. Na verdade Caruso nunca foi um ator muito carismático. Em séries seu jeito sisudo acabou dando certo, por causa da familiaridade que proporciona ao público, mas em um filme, onde a aproximação tem que ser muito mais rápida com o espectador a coisa definitivamente não funcionou.

Quem acabou roubando assim as atenções foi novamente Nicolas Cage no papel do vilão Little Junior Brown! De barbicha e com cara de mau, Cage acabou sendo uma das coisas boas dessa fita policial que aliás conta com um elenco de apoio acima da média. Entre os coadjuvantes vale a pena destacar também a gracinha Helen Hunt, que também tentava uma transição do mundo das séries de TV para o cinema. Ela, pelo menos, foi muito mais bem sucedida nesse aspecto que seu colega David Caruso. Enfim, temos aqui um filme bem diferente da carreira do diretor Barbet Schroeder que por um momento deixou os filmes mais cults de lado para rodar esse bom policial de rotina. Vale conferir e conhecer.

O Beijo da Morte (Kiss of Death, Estados Unidos, 1995) Direção: Barbet Schroeder / Roteiro: Eleazar Lipsky, Ben Hecht / Elenco: David Caruso, Samuel L. Jackson, Nicolas Cage, Helen Hunt, Stanley Tucci, Ving Rhames / Sinopse: Criminoso decide deixar o mundo do crime, mas antes de deixar tudo no passado aceita fazer um último roubo, uma decisão que vai lamentar até o fim de seus dias.

Pablo Aluísio.

O Grande Assalto

Após cumprir sua pena tudo o que Karen McCoy (Kim Basinger) desejar é voltar para sua família para recomeçar sua vida. Sua fama de ser uma das melhores assaltantes de bancos dos Estados Unidos porém não a deixará em paz. Um grupo de criminosos sequestra sua filha e em troca de sua vida exige que ela participe de um ousado roubo envolvendo milhões de uma agência bancária. O roteiro foi baseado no romance policial escrito por Desmond Lowden, o que acabou resultando em uma outra boa fita de ação e suspense dos anos 1990, dessa vez estrelada pela atriz Kim Basinger. Os produtores acharam que seria uma boa dobradinha colocar ela ao lado de outro símbolo sexual da época, o astro Val Kilmer. Em termos de sensualidade porém o filme naufragou. Não há qualquer química entre eles.

O que acabou salvando tudo do lugar comum foi mesmo a habilidade do cineasta Russell Mulcahy em rodar excelentes sequências de ação e suspense. O assalto do título assim acabou se tornando o grande chamariz do filme - o que convenhamos era o que se esperava mesmo de um filme como esse. Basinger porém mostrou com as mornas bilheterias que ainda não conseguia segurar um filme sozinha. Ela não tinha ainda o status de grande estrela de cinema e no final não conseguiu entrar no exclusivo rol da 10 atrizes mais lucrativas de Hollywood. Depois disso acabou mesmo se tornando apenas uma coadjuvante de luxo ou então se contentou em estrelar filmes mais modestos, produções B sem muito destaque ou importância comercial.

O Grande Assalto (The Real McCoy, Estados Unidos, 1993) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Desmond Lowden, William Davies / Elenco: Kim Basinger, Val Kilmer, Terence Stamp / Sinopse: Quadrilha de assaltantes de bancos decide fazer um roubo para entrar na história do mundo do crime.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Júnior

Se "A Teoria do Amor" é ruim, esse aqui é abaixo de qualquer crítica. Simplesmente pavoroso! Eu até hoje não sei o que deu na cabeça de Arnold Schwarzenegger ao aceitar interpretar um homem que repentinamente fica... grávido!!! Que roteiro horrível. É aquele tipo de comédia de uma piada só. Basicamente o argumento quer levar as mulheres ao riso ao verem um homem sofrendo as dores e os dramas que somente as próprias mulheres sentem quando estão esperando por seus filhos. Poderia até funcionar em termos se tivéssemos um comediante talentoso e inspirado em cena.

O problema é que... convenhamos... Schwarzenegger não se enquadra nessa situação. Um ator que subiu na carreira interpretando brucutus violentos não poderia mesmo dar certo em comédias desse tipo. Ele, assim como Stallone, até que tentou, mas definitivamente não deu certo! Ele está completamente perdido, sem graça, fazendo caretas que dão vergonha alheia. O roteiro é chato, não vai para lugar nenhum e aborrece até dizer chega! Os fãs do astro certamente ficaram completamente decepcionados com essa coisa... Melhor esquecer completamente essa bola fora! Que papelão...

Júnior (Junior, Estados Unidos, 1994) Direção: Ivan Reitman / Roteiro: Kevin Wade, Chris Conrad / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Danny DeVito, Emma Thompson / Sinopse: Comédia estrelada pelo ator e fisculturista Arnold Schwarzenegger onde ele interpreta um homem que rica grávido!

Pablo Aluísio.