sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Um Preço Acima dos Rubis

Eu sempre gostei dos filmes da atriz Renée Zellweger. Hoje em dia, como sabemos, ela destruiu sua imagem com uma série desastrosa de cirurgias plásticas que inclusive  mudaram suas feições, o que foi um absurdo completo. Nesse filme aqui, ainda bem, isso ainda não tinha acontecido. Renée Zellweger estava como sempre a conhecemos desde o começo de sua carreira, ou seja, era uma mocinha adorável. O interessante é que se trata de um drama até com tema meio pesado. Bem diferente da linha de seu trabalho na época, que ia de comédias românticas a filmes mais leves. Claro que ela estava mirando em prêmios maiores, como até mesmo o Oscar.

O tema do filme gira em torno de uma jovem mulher da comunidade judaica. Renée Zellweger interpreta Sonia Horowitz. Ela faz parte de uma uma família de judeus ortodoxos. Costumes fechados, rígidos, extremamente conservadores e tradicionais. No fundo ela sempre almejou por maior liberdade, mas como conseguir isso no meio daqueles parentes de costumes tão limitadores? Procurando por um pouco de independência pessoal, ela acaba indo trabalhar na joalheria do cunhado, ao mesmo tempo em que começa a se interessar por um homem latino, fora de seu meio social. Filme muito bom, embora, como já frisei, um pouco pesado, com forte carga dramática. Mesmo assim gostei bastante, principalmente pelos figurinos, pela direção de arte e reconstituição histórica. É um filme do tempo em que a Renée Zellweger ainda não tinha feito o grande erro de sua vida.

Um Preço Acima dos Rubis (A Price Above Rubies, Estados Unidos, 1998) Direção: Boaz Yakin / Roteiro: Boaz Yakin / Elenco: Renée Zellweger, Christopher Eccleston, Julianna Margulies / Sinopse: Jovem judia, nascida e criada numa comunidade fechada de judeus ortodoxos, sonha em ter mais liberdade e independência. Após ir trabalhar na joalheria de um parente acaba se apaixonando por um jovem artista latino. Filme indicado ao prêmio de melhor direção no Deauville Film Festival e melhor atriz (Renée Zellweger) no New York Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

Taken

Título no Brasil: Taken
Título Original: Taken
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Television
Direção: Tobe Hooper, Breck Eisner, Bryan Spicer
Roteiro: Leslie Bohem
Elenco: Dakota Fanning, Matt Frewer, Emily Bergl, Heather Donahue, Adam Kaufman, Adam Kaufman

Sinopse e Comentários:
Foi com grande expectativa que os fãs de Steven Spielberg esperaram por essa série de TV. Afinal o programa era produzido pelo próprio Spielberg, através de sua companhia cinematográfica, a DreamWorks. Some-se a isso o fato do diretor estar voltando ao tema dos extraterrestres que tinham dado origem a dois clássicos absolutos do cinema sob sua direção, "ET- O Extraterrestre" e "Contatos Imediatos de Terceiro Grau".

Só que as expectativas não deram em nada. De certo modo essa série foi bem decepcionante. O tema central de seus dez episódios era o estranho fenômeno dos abduzidos. Pessoas que diziam ter sido levadas por naves espaciais de origem extraterrestre, onde eram submetidas a diversas experiências, inclusive com a implantação de chips debaixo de suas peles. A mesma roteirista escreveu os roteiros de todos os episódios, muitas vezes se baseando em depoimentos de pessoas reais. Ficou chato. A verdade é que muitas dessas estórias não passam de lendas urbanas um pouco mais elaboradas, com influência da cultura Sci-fi. Nada mais do que isso. Nem o fato de Spielberg ter contratado bons diretores, como Tobe Hooper, ajudou no resultado final. Achei realmente muito fraco em todos os aspectos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O Articulador

Título no Brasil: O Articulador
Título Original: People I Know
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Myriad Pictures
Direção: Daniel Algrant
Roteiro: Jon Robin Baitz
Elenco: Al Pacino, Kim Basinger, Téa Leoni, Ryan O'Neal, Richard Schiff, Robert Klein, Mark Webber

Sinopse e Comentários:
Al Pacino interpreta Eli Wurman, um relações públicas de Nova Iorque cuja principal função é jogar para debaixo do tapete os escândalos envolvendo seus clientes. O problema é que ele próprio tem seus fantasmas, inclusive envolvendo as drogas, em especial a cocaína. Provavelmente ele se inspirou em vários profissionais como esses que trabalharam ao seu lado durante anos, afinal Pacino foi uma celebridade por décadas.

Interessante filme, embora menor, da carreira de Al Pacino. O elenco coadjuvante é muito bom, contando com Kim Basinger, ainda antes do peso da idade chegar com mais força e Ryan O'Neal, ídolo dos anos 70, cuja carreira afundou justamente por causa dos abusos de drogas a que se submeteu por longos anos. Essas pessoas de Hollywood precisam mesmo desses "apagadores de incêndios" pois vira e mexe eles se envolvem em alguma confusão séria. A maiora das celebridades não passam de adultos que ainda não saíram da adolescência, com seus narizes sempre brancos, do pó de cocaína. E quem se envolve com drogas também acaba se envolvendo com o mundo do crime. Possuem tudo na vida e ao mesmo tempo nada possuem... Vai entender essa gente...

Pablo Aluísio.

A Garçonete

Título no Brasil: A Garçonete
Título Original: Waitress
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Adrienne Shelly
Roteiro: Adrienne Shelly
Elenco: Keri Russell, Nathan Fillion, Jeremy Sisto, Andy Griffith, Adrienne Shelly, Eddie Jemison

Sinopse e Comentários:
Bom filme estrelado pela atriz Keri Russell. Em meu caso me lembro mais dela da série "Felicity" que teve várias temporadas entre os anos de 1998 a 2002. Desde então tenho ouvido falar pouco nela. Provavelmente se casou e deixou a carreira um pouco de lado. De qualquer forma esse filme, um dos primeiros que fez no mundo do cinema, é bem interessante.

De maneira em geral sempre gostei desse tipo de roteiro que foca sua atenção na vida de pessoas comuns, como a garota que lhe atende como garçonete na lanchonete local, próximo de sua casa. No filme a Russell interpreta Jenna Hunterson. Ela é uma mocinha do sul, casada e grávida, que trabalha como garçonete. A vida é bem infeliz, até que ela conhece um novo cara, um sujeito de fora que chega para conquistar seu coração. Talvez a felicidade esteja ao seu lado... ou não! Um bom filme, bem humano, mostrando a história de uma garota comum, tentando vencer um dia de cada vez. Muito bom, gostei realmente.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

A Freira

O filme até começa bem. Uma freira pula do alto da torre da abadia onde vive. Ela se joga para a morte com uma corda no pescoço. Obviamente um suicídio. Quem a encontra, muitos dias depois, já em estado de decomposição, é um morador de um vilarejo local que todos os meses vai até a abadia com mantimentos. O caso trágico chama a atenção da igreja que manda até o local o Padre Burke (Demián Bichir), acompanhando da jovem noviça Irmã Irene (Taissa Farmiga). Eles precisam descobrir o que estaria por trás da morte da religiosa. Uma vez chegando na abadia descobrem que o lugar é mais do que sinistro. A madre superiora é uma figura sombria, que nunca mostra o rosto. Também aparece pouco amigável. Já o contato com as demais freiras do local se torna praticamente impossível, pois elas vivem em clausura completa. Aos poucos o padre vai descobrindo cada vez mais sobre o passado do lugar, o que talvez explique tudo o que estaria acontecendo.

O problema maior desse filme "A Freira" é que o roteiro não valoriza o suspense, o mistério. O filme vai bem até mais ou menos a metade da duração. Depois as coisas vão acelerando até perder totalmente o seu maior trunfo, que seria justamente a sugestão, as sombras, o mistério. O fato é que o roteiro explica demais o que está acontecendo no filme, com isso o suspense vai para o ralo. Filmes assim, que subestimam a inteligência do espectador, escancarando tudo de uma vez, perdem demais no quesito terror. São filmes que não conseguem confiar no público. Tem que explicar tudo direitinho, dando até o nome do demônio que age na abadia. Não é assim que se produz um bom filme de terror!

No mais fica pelo menos a curiosidade de ver a irmã mais jovem da atriz Vera Farmiga atuando  E ela é até bem carismática. Por falar nisso a Vera é uma das produtoras executivos do filme que é mais um a trazer a marca da série de filmes de terror de sucesso "The Conjuring". Para quem não se lembra tudo começou lá atrás, em 2013, com "Invocação do Mal". Todos os filmes estão de uma forma ou outra interligados. Essa figura sombria da Freira inclusive já havia aparecido antes. Era no começo apenas uma assombração apavorante, mas que o roteiristas resolveram desenvolver mais, contando sua história. Uma pena que apenas isso não consiga salvar o filme de seus próprios erros.

A Freira (The Nun, Estados Unidos, 2018) Direção: Corin Hardy / Roteiro: Gary Dauberman, James Wan / Elenco: Demián Bichir, Taissa Farmiga, Jonas Bloquet / Sinopse: Após a morte misteriosa de uma freira, um padre e uma noviça são enviados pelo Vaticano para descobrir tudo o que estaria por trás daquela morte trágica.

Pablo Aluísio.

Hellboy Animated: O Espírito de Fantasma

Aos domingos gosto de comentar animações aqui no Blog. A dica de hoje é "Hellboy Animated: O Espírito de Fantasma". Um fato curioso é que esse roteiro foi cogitado para ser do terceiro filme do personagem no cinema. Quase foi usado em "Hellboy 3". Como sabemos o estúdio cancelou essa produção. Foi então que Guillermo del Toro teve a ideia de produzir esse longa de animação. Segundo ele mesmo explicou na época de lançamento: "Era uma estória boa demais para deixar na gaveta". E que enredo é esse? Basicamente temos aqui Hellboy enfrentando uma vampira milenar, claramente baseado na história (essa real) da condessa Elizabeth Bathory, uma nobre que se banhava em sangue de jovens camponesas que ela mandava matar. Tudo para manter juventude e beleza eternas!

Logo no começo da animação percebemos que o roteiro realmente é muito mais bem elaborado do que àqueles usados rotineiramente em desenhos animados. Há duas linhas temporais, uma no passado e outra no presente quando Hellboy e seu grupo vão investigar uma velha mansão, com fama de mal assombrada. Na verdade as almas penadas que vagam por seus corredores são justamente das mocinhas assassinadas pela condessa de sangue. Há também espaço para o surgimento de um culto a uma antiga divindade que obviamente ganha a vida e vem acertar contas com o próprio Hellboy. Enfim, a criação do desenhista e roteirista Mike Mignola mostra mais uma vez que tem carisma de sobra. E no mundo das animações funciona perfeitamente bem. Diversão garantida.

Hellboy Animated: O Espírito de Fantasma (Hellboy Animated: Blood and Iron, Estados Unidos, 2007) Direção: Victor Cook, Tad Stones / Roteiro: Kevin Hopps, Mike Mignola / Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, John Hurt / Sinopse: Animação com o famoso personagem da editora Dark Horse, criado por Mike Mignola. Aqui ele enfrenta uma antiga condessa vampira que deseja retomar ao nosso mundo para novamente espalhar terror e morte por onde passar.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Christopher Robin

Não faz muito tempo assisti ao filme  "Adeus Christopher Robin". Era a história real do garotinho que se tornou célebre após seu pai o colocar como personagem de um livro infantil que se tornou um best-seller mundial. Acabou se tornando um das publicações infantis mais vendidas de todos os tempos, contando justamente a fábula do pequeno Robin ao lado de seus brinquedos em um bosque perto de sua casa. Isso deu origem a personagens muito famosos como o ursinho Pooh, o Tigrão e o Leitão. Esse filme foi muito interessante para conhecer a verdadeira história do Christopher Robin, mostrando também o quanto ele sofreu com esse estigma depois que se tornou adulto. Pois bem, a Disney então decidiu produzir agora esse "Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível". Ao contrário do filme anterior que era um drama histórico esse aqui é mesmo uma fábula cinematográfica feita para crianças ali em torno de 5 a 7 anos de idade. Não é de se surpreender já que a Disney há muito tempo comprou os direitos autorais do livro original e agora os tem em sua vasta galeria de personagens infantis. Uma adaptação para o cinema já era esperada há bastante tempo.

Nesse segundo filme o Christopher Robin já é um adulto. Interpretado por Ewan McGregor, ele é um homem triste e preocupado. Pai de família, contador numa empresa que vende malas, ele precisa cortar custos de produção ou então a empresa será fechada e ele perderá o emprego. Segundo sua mulher, Robin se tornou um sujeito estressado que nunca sorri. Os amigos de infância - os antigos brinquedos - estão esquecidos em um canto da floresta ao redor de sua antiga casa. Até que um dia Robin recebe a visita do ursinho Pooh (no Brasil esse personagem é conhecido como ursinho Puff) e então sua vida muda novamente. Ele volta à sua velha casa e acaba revivendo o prazer de brincar e ser novamente uma criança.

Como se pode perceber é mesmo uma fábula, um conto de fadas. É um bom filme, bem produzido, com todos os elementos em cena. Porém devo dizer que ainda gostei muito mais de "Adeus Christopher Robin", até porque contou muito da história do verdadeiro Robin. Nesse segundo filme tudo é baseado em fantasia. Como as origens do ursinho Puff e seus amigos não são tão populares no Brasil possa ser que esse filme fique um pouco incompreensível para a maioria do público. Por isso deixo a dica para ver primeiro o outro filme para conhecer toda a história do livro que deu origem a tudo. Só depois veja esse da Disney. Com isso você terá maiores informações para curtir melhor essa produção

Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, Estados Unidos, 2018) Direção: Marc Forster / Roteiro: Alex Ross Perry, Tom McCarthy, baseados na obra original escrita por A.A. Milne / Elenco: Ewan McGregor, Hayley Atwell, Bronte Carmichael / Sinopse: Christopher Robin (Ewan McGregor) é um adulto casado, pai de família, contador em uma empresa que fabrica malas e que tem uma vida estressante e infeliz. Em um determinado dia ele é surpreendido pela visita de um velho amigo da infância, o ursinho Puff, que vem para lhe lembrar de como ele era feliz quando criança, quando brincava e se divertia no bosque perto da casa de seus pais.

Pablo Aluísio.

A Obsessão de Napoleão: Egito

Título no Brasil: A Obsessão de Napoleão: Egito
Título Original: Napoleon's Obsession: The Quest for Egypt
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: National Geographic Channel, Discovery Channel
Direção: Peter Spry-Leverton
Roteiro: Peter Spry-Leverton
Elenco: Bob Brier (narrador)

Sinopse e comentários:
Excelente episódio da National Geographic desvendando a campanha militar de Napoleão Bonaparte no Egito. Nos livros didáticos de história você vê esse evento muito superficialmente, quase como um degrau coberto de glórias do imperador rumo à conquista da Europa. Só que os historiadores que serviram de base para esse documentário demonstram, sem meias verdades, que a campanha na verdade foi um desastre, com alto custo militar.

Isso sem contar a morte de milhares de soldados. Um ponto menor para Napoleão que não tinha mesmo muita consideração pela vida humana. Na verdade o imperador queria apenas inflar seu ego descomunal. O Egito e sua história milenar iria trazer uma espécie de "validação" de seu poder. Só que o povo daquela nação nunca conseguiu aceitar a presença de Napoleão e os franceses, ainda mais depois que o imperador começou a inventar mentiras, como a que dizia que ele tinha se convertido ao islamismo! Pura propaganda política sem ligação com a realidade.

Muitos morreram e a presença da França no Egito foi fugaz, sem retorno consistente. Um mero capricho que custou muito caro para os cofres da nação francesa. Muitos dos homens de Napoleão morreram de uma peste desconhecida. Outros foram abandonados no meio do deserto, para morrerem de fome e sede.  Até quando Napoleão tentou ir para o Oriente Médio o fiasco não foi menor. Ele perdeu sua armada (sua marinha) e não conseguiu conquistar a Terra Santa. Um desastre completo atrás do outro. Só restou ao imperador francês voltar para Paris, para obviamente contar um monte de mentiras sobre suas falsas conquistas. A conclusão final que chegamos ao final desse documentário é que Napoleão Bonaparte não era apenas um maníaco egocêntrico, mas também um dos maiores mentirosos da história!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A Torre Negra

Seguramente um dos piores filmes baseados na obra de Stephen King que já tive o desprazer de assistir. Uma daquelas tramas que não tem salvação, ruim demais para se levar em frente, esse é aquele tipo de filme condenado desde o começo. Não importa que a produção seja milionária e nem que o elenco seja composto por bons atores (o que estaria Matthew McConaughey fazendo aqui?). Quando a ideia inicial é ruim, nada mais se salva. E aqui a culpa vai quase toda para King. Estaria o escritor sem novas ideias? Apelando cada vez mais para enredos fracos, sem um pingo de criatividade? Sim, porque essa coisa de uma torre que protege toda a humanidade me soou meio derivada de "O Senhor dos Anéis". Um plágio disfarçado? Poder ser...

Como eu já escrevi a estória é de amargar. Um garotinho de Nova Iorque descobre que em um universo paralelo existe uma torre que mantém a salvo toda a humanidade. Claro que seres das sombras surgem para acabar com essa proteção. De um lado temos uma espécie de bruxo ou mago, um feiticeiro das forças do mal e do outro um pistoleiro que parece ter saído diretamente de algum filme B de faroeste. E no meio disso tudo fica o espectador com cara de tédio... Enfim, o único conselho que tenho a dar sobre esse filme é bem simples: não assista, não vá perder seu precioso tempo com coisas inúteis.

A Torre Negra (The Dark Tower, Estados Unidos, 2017) Direção: Nikolaj Arcel / Roteiro: Akiva Goldsman, Jeff Pinkner / Elenco: Idris Elba, Matthew McConaughey, Tom Taylor / Sinopse: Em um universo paralelo uma grande torre protege o mundo tal como conhecemos. Forças do mal vão tentar colocar tudo abaixo para que o mal prevaleça sobre todos os homens.

Pablo Aluísio.

Demons - Filhos das Trevas

Eu era bem jovem ainda quando assisti "Demons" pela primeira vez. Ainda era no tempo das locadoras de vídeos VHS e alugar um filme de terror italiano não me deixava muito animado. Quando levei a cópia para casa fiquei com aquela sensação de que iria perder meu dinheiro. Só que fui em frente, por indicação de alguns amigos que diziam que sim, o filme era bom, podia confiar. O filme era mais violento do que eu pensava, claro, porém quando se tem por volta de 14, 15 anos, isso acabava fazendo parte também da diversão.

Basicamente esse filme de terror quase não tem roteiro. É uma orgia de sangue que acontece dentro de um cinema, quando convidados desavisados pensam que vão curtir uma sessão de cinema grátis, mas que acaba se revelando uma armadilha mortal. Nunca mais revi o filme, por pura falta de interesse, mas penso que todos os efeitos especiais, a maquiagem sangrenta e todos os aspectos da produção devem ter ficado mais do que datados. "Demons" assim acabou sendo apenas uma picardia estudantil, de uma época em que alugar filmes como esse era uma grande "subversão"! Cinematograficamente falando porém o filme só vale por ter o nome do mestre Dario Argento nos créditos e nada muito além disso.

Demons - Filhos das Trevas (Dèmoni, Itália, 1985) Direção: Lamberto Bava / Roteiro:  Dardano Sacchetti, Dario Argento / Elenco: Urbano Barberini, Natasha Hovey, Karl Zinny / Sinopse: Um grupo de convidados chegam para assistir a uma sessão de cinema gratuita, mas logo percebem que estão dentro de uma armadilha mortal e brutal de puro terror.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de novembro de 2018

Papillon

Claro que esse remake jamais seria tão bom quanto o filme original. Aquele é um clássico absoluto, com Steve McQueen e Dustin Hoffman no auge de suas carreiras. Inclusive revi não faz muito tempo e o filme continua com a mesma força do passado. Maravilhoso. Essa nova refilmagem parte do mesmo ponto de partida, o livro de memórias escrito por Henri Charrière, vulgo 'Papillon'; Quem foi ele? Foi um ladrão de joias francês que acabou sendo preso em Paris acusado de um assassinato. Um crime que ele sempre jurou jamais ter cometido. Condenado à prisão perpétua, foi enviado para cumprir sua sentença na terrível colônia penal localizada na Guiana Francesa. Lugar inóspito, violento, com o pior que o sistema carcerário francês poderia oferecer. Na viagem de navio até lá, ele se oferece como guarda-costas do frágil Louis Dega (Rami Malek), um inteligente contador que se deu mal ao falsificar títulos no mercado financeiro. Ele é do tipo intelectual, pequeno e franzino, cuja única forma de sobreviver seria contar com a ajuda de um cara mais jogo duro como o próprio Papillon (nesse filme interpretado pelo bom ator Charlie Hunnam). No começo ele o defende em troca de dinheiro e ajuda para seus planos de fuga, mas depois nasce uma verdadeira amizade entre eles.

Uma vez na prisão começam todas as torturas e barbaridades típicas de um lugar como aquele. Para um prisioneiro condenado, sem esperanças, o único jeito era sobreviver um dia de cada vez. E os perigos vinham de todos os lados, não apenas dos guardas sádicos, mas também dos outros prisioneiros. O filme resgata aqueles momentos que já conhecíamos do filme original, como a cela solitária, escura e infecta que Papillon precisou enfrentar, ficando dois anos naquele buraco, até suas inúmeras tentativas de fugir e o envio para a famigerada Ilha do Diabo.

Tudo muito bem refeito nessa produção, que se não é tão boa como o clássico, mantém pelo menos uma boa qualidade cinematográfica. Penso que o remake terá sua finalidade, uma vez que apresentará essa história para as novas gerações. A mensagem é de perseverança e luta pela liberdade, além, é claro, de funcionar como denúncia dos excessos de um sistema prisional desumano e cruel. Sob esse ponto de vista "Papillon" continua sendo tão atual como qualquer livro lançado na semana passada. Um verdadeiro clássico da literatura e do cinema.

Papillon (Estados Unidos, França, 2017) Direção: Michael Noer / Roteiro: Aaron Guzikowski, baseado nos livros "Papillon" e "Banco", escritos pelo autor  Henri Charrière / Elenco: Charlie Hunnam, Rami Malek, Eve Hewson, Joel Basman / Sinopse: Após ser acusado de um crime que não cometeu, o ladrão de joias Henri Charrière ('Papillon') é enviado para uma distante e cruel prisão francesa localizada na Guiana, na América do Sul. Lá tentará sobreviver a todas as torturas e violências imagináveis. O verdadeiro inferno na Terra. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

Amityville: O Despertar

Quando todos pensavam que não havia mais o que tirar dessa marca de filmes de terror eis que surge nos cinemas um novo filme da saga Amityville. É o oitavo filme de uma longa linha que vem desde os anos 70  Pois bem, a novidade agora é que o estúdio decidiu fazer um filme com história independente, não relacionada com todas as produções anteriores. A única ligação acaba sendo mesmo a casa e nada mais. "Amityville: O Despertar" mostra uma nova família se mudando para a velha mansão. Aparentemente são boas pessoas, normais, sem problemas de relacionamento entre eles.

Apenas um dos jovens está passando por uma situação complicada de saúde. Ele está em coma, em fase de recuperação. E quando todos já estão devidamente acomodados na casa, em seus quartos, tudo instalado e que começam os problemas. Velhos problemas sobrenaturais que os fãs de Amityville já conhecem muito bem. É um filme simples, com roteiro que vai direto ao ponto. Não quiseram inventar nada de novo. Com isso o roteiro se mostra eficiente. Também acertaram na duração. Não é um daqueles filmes longos demais que vão torrar nossa paciência. Pelo contrário, não há cenas gratuitas e desnecessárias. No final de tudo, diria que esse é um filme de terror bem OK, nada demais. Não chega também a ser ruim. Será que depois desse haverá um nono filme? Bom, só o tempo dirá. Vamos aguardar.

Amityville: O Despertar (Amityville: The Awakening, Estados Unidos, 2017) Direção: Franck Khalfoun / Roteiro: Franck Khalfoun / Elenco: Jennifer Jason Leigh, Bella Thorne, Mckenna Grace / Sinopse: Família se muda para uma velha casa onde no passado aconteceu um crime horrível, onde toda uma família foi assassinada. Em pouco tempo começam a ocorrer diversos fenômenos sobrenaturais entre seus corredores escuros e sombrios.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de novembro de 2018

22 Milhas

Mais um filme de ação que foi lançado recentemente nos cinemas. É um thriller movimentado, com edição nervosa, daquele tipo em que cada quadro dura apenas alguns segundos. Chega a ser alucinante em certos momentos. A trama é das mais simples: algumas cápsulas contendo Césio 139 (um material altamente radioativo) desapareceram. O serviço de inteligência do governo americano acredita que elas serão usadas por terroristas nas chamadas bombas sujas. Poucas gramas desse elemento químico poderiam matar centenas de milhares de pessoas numa grande cidade. O agente especial James Silva (Mark Wahlberg) está no grupo que precisa encontrar o Césio. Um policial diz saber onde estão as cápsulas. Só que ele exige duas condições para entregar sua localização: primeiro embarcar em um avião militar americano rumo aos Estados Unidos. Segundo ganhar asilo político. O problema é levar o tal delator para a pista de pouso. São 22 milhas até lá. Claro que muitos vão querer matá-lo antes que chegue em seu destino. O desafio é ficar vivo até chegar na pista de pouso. Basicamente é isso.

Não há maior desenvolvimento dos personagens principais. Até mesmo o agente Silva tem um passado explicado em poucos segundos. Ele era um jovem com alto QI que foi recrutado para participar de operações especiais, ultra secretas. O que importa no filme é desenvolver inúmeras sequências de ação. Uma mais mirabolante do que a outra. Tiros, explosões, carros voando para todos os lados. Destruição em massa.  Como o filme é curtinho, com edição alucinada, o espectador nem tem tempo de ficar entediado. Como mero filme de ação funciona muito bem, temos que admitir. Um tipo de diversão ligeira e eficiente. Até que vale o ingresso.

22 Milhas (Mile 22, Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Berg / Roteiro:  Lea Carpenter, Graham Roland / Elenco: Mark Wahlberg, Lauren Cohan, Iko Uwais / Sinopse: O agente James Silva (Mark Wahlberg) é designado para participar de uma operação que deve levar um delator até um avião rumo aos Estados Unidos. No caminho será necessário sobreviver pois muitos querem sua morte.

Pablo Aluísio.

Círculo de Fogo: A Revolta

Segundo filme dessa franquia "Círculo de Fogo". É até fácil entender porque esse tipo de filme é produzido pelos estúdios. Basta apenas pegar o mesmo programa de computação gráfica que foi usado nos filmes da série "Transformers" e adaptar para esses robôs gigantes que enfrentam monstros vindos de outra dimensão, usando fendas submarinas para chegarem em nosso mundo. O material original é japonês, usado em mangás, então você já sabe de antemão tudo o que vai acontecer na tela. Basicamente um grande quebra pau entre robôs enormes e monstros espaciais. No meio da pancadaria eles vão destruindo Tóquio mais uma vez - e você ai pensando que apenas o Godzilla destruía a metrópole japonesa...

É uma aventura feita para um público bem jovem, ali na faixa dos 14 anos de idade. A garotada gosta mesmo de coisas desse tipo e não há nada de errado nisso. Faz parte da fase de amadurecimento, indo para a adolescência. Agora espantoso mesmo é saber que essa produção entre Estados Unidos, Japão e China conseguiu torrar 150 milhões de dólares em sua transposição para as telas de cinema. É muito dinheiro envolvido. Acredito que por essa razão esse seja o último filme a ser produzido, já que embora o filme tenha dado lucro nas bilheterias, não foi nada de muito excepcional (290 milhões arrecadados no mundo inteiro). Penso que da próxima vez eles vão pensar duas vezes antes de gastar uma fortuna dessas em um filme como esse.

Círculo de Fogo: A Revolta (Pacific Rim: Uprising, Estados Unidos, Japão, China, 2018) Direção: Steven S. DeKnight / Roteiro: Steven S. DeKnight, Emily Carmichael / Elenco: John Boyega, Scott Eastwood, Cailee Spaeny / Sinopse: Após a destruição do primeiro filme e da expulsão da invasão alienígena uma nova ameaça surge no horizonte. Uma criatura que consegue unir a força dos robôs gigantes usados pela humanidade a a mente dos monstros comandados por aliens invasores.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Saturno 3

Fazer filmes de ficção é bem complicado, ainda mais quando você não tem a produção certa, a direção de arte adequada, figurinos, efeitos especiais, etc. É aquele tipo de filme que precisa começar a dar certo muito antes do começo das filmagens, ainda na chamada pré-produção. Esse não foi o caso desse "Saturno 3", um filme que poucos se lembram nos dias de hoje. Cópias são raras e o filme nunca é exibido em canais a cabo (não que eu me lembre ou que tenha topado com ele sendo exibido por aí).

Nem é preciso dizer que o filme está mais do que datado. O desenho das naves, as roupas dos astronautas, os cenários e os pobres efeitos especiais envelheceram absurdamente. Tudo parece muito mal feito nos dias de hoje. Até um robô que era sensação na época hoje em dia parece torto e mal ajambrado. Parecia uma geringonça mal feita saída de algum ferro velho ou de uma lata de lixo! A única razão para ver esse filme hoje em dia vem do elenco, começando pela beleza (e belos cabelos) da pantera Farrah Fawcett, passando pela presença do mito envelhecido Kirk Douglas. No meio do espaço fake eles ainda mantém o mínimo interesse no que se passa naquela nave de papelão.

Saturno 3 (Saturn 3, Estados Unidos, 1980) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Martin Amis, John Barry / Elenco: Farrah Fawcett, Kirk Douglas, Harvey Keitel / Sinopse: Dois astronautas em missão numa base espacial localizada nos arredores do planeta Saturno precisam lidar com novos tripulantes, sendo um deles um burocrata da empresa espacial e o outro um enorme robô cuja presença na nave nunca chega a ser explicada de forma satisfatória.

Pablo Aluísio.