sábado, 25 de outubro de 2025

Sandman - Segunda Temporada

Título no Brasil: The Sandman – 2ª Temporada
Título Original: The Sandman Season 2
Ano de Lançamento: 2025 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Netflix
Direção: Allan Heinberg
Roteiro: Neil Gaiman
Elenco: Tom Sturridge, Jenna Coleman, Kirby Howell Baptiste, Gwendoline Christie, Adrian Lester, Barry Sloane 

Sinopse:
Nesta segunda e última temporada, Morpheus (Tom Sturridge), o senhor dos sonhos, enfrenta as consequências de seus atos e busca restaurar seu reino, enquanto viaja por múltiplos mundos — mitológicos, históricos e de fantasia. E dentro dessa jornada encontra finalmente seu destino ao qual não pode evitar!

Comentários:
Neil Gaiman, o criador desse universo, se envolveu em problemas legais bem graves. Foi acusado por diversas mulheres de crimes sexuais. Com isso a Netflix ficou em uma encruzilhada. Ou cancelava logo a série ou tentava salvar a segunda temporada, afinal os trabalhos já estavam bem adiantados. Para não perder milhões gastos na produção, as filmagens foram aceleradas, muitos dos roteiros foram reescritos para encerrar tudo por aqui, de uma vez por todas. Pois é, há males que vem para o bem. Ao decidir terminar a série logo nessa segunda temporada não houve mais tempo para enrolação. A história assim caminhou logo para o final e isso foi muito bom, tanto que considero essa segunda temporada bem melhor do que a primeira. O arco de histórias também é melhor, com mais ritmo, embora Sandman jamais tenha perdido aquele clima e aquela cadência mais sombria e de leve tédio. Faz parte da obra principal. Enfim, ficou tudo muito satisfatório. Fechou muito bem essa adaptação de Sandman para as telas. Não poderia ficar melhor para dizer a verdade. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Megalópolis

Título no Brasil: Megalópolis
Título Original: Megalopolis 
Ano de Lançamento: 2024 
País: Estados Unidos 
Estúdio: American Zoetrope / Caesar Film
Direção: Francis Ford Coppola 
Roteiro: Francis Ford Coppola 
Elenco: Adam Driver, Giancarlo Esposito, Nathalie Emmanuel, Aubrey Plaza, Shia LaBeouf, Laurence Fishburne 

Sinopse:
Em um mundo futurista distópico se ergue uma imponente cidade chamada Nova Roma. Nela vive um arquiteto que sonha em aumentar ainda mais a grandeza daquela grande cidade, mas que encontra ferrenha oposição no prefeito, um sujeito corrupto que apenas deseja se dar bem com os lucros que seu cargo pode lhe trazer. 

Comentários: 
Eu sempre terei Francis Ford Coppola no meu altar de grandes cineastas da história. Ele tem todo o meu respeito pelo que já fez em sua maravilhosa carreira no passado. Isso porém não me faz elogiar esse filme. Lamento, mestre, mas esse novo filme é péssimo, horrível, ruim demais! É um daqueles filmes tão ruins, mas tão ruins, que você precisa dar um tempo para tentar chegar até o final. Tem que parar, deixar para ver outras partes no dia seguinte, ir nesse ritmo lento. Imagino a tortura de quem estava no cinema, não podendo fazer isso, tomar um pouco de ar fresco no meio de tanta ruindade! O pior é saber que foi o próprio Francis Ford Coppola que escreveu esse roteiro! É uma daquelas histórias sem pé, nem cabeça, que só fazem torrar nossa paciência de cinéfilos. É tudo mal costurado, mal enquadrado dentro de um contexto que é mais do que confuso. E para piorar o que já era muito ruim, o diretor resolveu abusar dos falsos cenários, construídos em computação gráfica. Aquele dourado fake me deu vontade de desistir do filme com menos de 30 minutos. Se ao menos o enredo fosse bom, ainda teria deixado isso passar, mas como já escrevi, a história é ainda pior do que a direção de arte. Enfim, em minha opinião, temos aqui o pior filme da filmografia de um mestre da sétima arte. Era melhor ele ter se aposentado, sinceramente...

Pablo Aluísio. 

Conflitos no Inverno

Título no Brasil: Conflitos no Inverno
Título Original: Winter People
Ano de Lançamento: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ted Kotcheff
Roteiro: (não encontrado nos dados disponíveis)
Elenco: Kurt Russell, Kelly McGillis, Lloyd Bridges, Mitch Ryan, Jeffrey Meek, Don Michael Paul

Sinopse:
Nos anos 1930, durante a Grande Depressão, um relojoeiro chega à região montanhosa da Carolina do Norte e se apaixona por uma mãe solteira. No entanto, o romance deles é dificultado pelo pai da criança e por uma antiga contenda entre famílias.

Comentários:
Na década de 1930, nos Apalaches, um relojoeiro viúvo se apaixona por uma mãe solteira e se vê no meio de uma longa disputa entre dois clãs. Intitulado originalmente de "Winter People" esse filme procurava unir aspectos bem característicos de filmes românticos, mas também com algumas pitadas de aventura e ação, afinal a história se passava em uma região selvagem, onde a sobrevivência era uma questão de saber lidar com aquele meio ambiente. Apesar dos nomes envolvidos no elenco, todos bem conhecidos na década de 1980, o filme foi pouco conhecido, não fazendo sucesso nas bilheterias dos Estados Unidos. E no Brasil as coisas foram ainda piores pois não tenho nenhuma lembrança se um dia chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros. Kelly McGillis já vinha de um blockbuster de sucesso ao lado de Tom Cruise no filme "Top Gun - Ases Indomáveis" e Kurt Russell, bem, os anos 80 foram os anos de seu grande sucesso popular em uma série de filmes de ótimas bilheterias ao redor do mundo. De qualquer forma é um bom filme que vale a recomendação, apesar de hoje em dia ser bem complicado de achar para assistir. 
 
Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Missão Titã

Título no Brasil: Missão Titã
Título Original: Slingshot 
Ano de Lançamento: 2024 
País: Estados Unidos, Hungria, Indonésia
Estúdio: Bluestone Entertainment 
Direção: Mikael Håfström 
Roteiro: R. Scott Adams, Nathan Parker 
Elenco: Casey Affleck, Laurence Fishburne, Emily Beecham, Tomer Capone, David Morrissey, Charlotta Lövgren 

Sinopse:
Uma nave espacial chamada Odyssey 1 é enviada para uma distante Lua de Saturno. Em Titã essa missão deve extrair metais e gases raros e preciosos para trazer de volta ao Planeta Terra. O problema é que se trata de uma viagem espacial de longa duração e o astronauta John (Casey Affleck) começa a perder contato com a realidade. Em determinado momento ele não consegue mais separar os delírios de sua mente com o que realmente se passa ao seu redor. E essa situação pode ser fatal. 

Comentários: 
Esse filme é mais um que segue aquela linha mais psicológica que ultimamente temos visto bastante em novos filmes de ficção na linha de "Ad Astra" e "Gravidade". Eu particularmente gosto bastante dessa linha cinematográfica porque esses roteiros exploram muito bem o impacto que pode causar grandes e longas viagens espaciais na mente humana. O protagonista é mais um impactado por esse tipo de missão rumo a um mundo distante. Não podemos nos esquecer que existe mesmo, no mundo real, essa barreira que muito provavelmente jamais será superada pela humanidade. A própria fragilidade do ser humano como entidade biológica tornam essas viagens praticamente impossíveis de serem realizadas. No quadro geral, temos um bom filme, mas particularmente destaco seu final. Achei muito interessante, corajoso e coerente. Em determinado momento o personagem é colocado numa encruzilhada onde deve decidir em qual caminho deve seguir. Os rumos que o roteiro toma a partir desse momento foram justamente o que eu estava esperando. Nota 10 pela coerência com tudo o que se assiste nessa história. A coragem dos roteiristas sem dúvida é um grande ponto diferencial. Enfim, merecem todos os nossos elogios. 

Pablo Aluísio. 

Kursk

Kursk
Eu me recordo muito bem da história desse filme. Acompanhei pela imprensa. Em agosto de 2000 o submarino nuclear russo K-141 Kursk perdeu contato com sua frota no Mar de Barents. Era uma das máquinas de guerra mais importantes da frota do norte. Após algumas buscas descobriu-se que o submarino havia sofrido um acidente grave. Um dos torpedos explodiu dentro do Kursk. Nele havia uma tripulação de 118 homens. A maioria morreu na explosão. Apenas 20 sobreviventes tentaram pedir por socorro, batendo com martelos nas grossas camadas de aço do submarino.

O filme se concentra justamente nessa operação de salvamento. Inicialmente os russos tentaram salvar os tripulantes sobreviventes, porém como bem mostrado no filme, a frota do norte estava sucateada (um aspecto bem presente nas forças armadas russas atualmente). Feridos em seu orgulho patriótico, os comandantes da marinha russa hesitaram muito em pedir ajuda internacional. Até porque eles entendiam que isso seria uma espécie de humilhação pública perante o mundo. Enquanto decidiam o que fazer os marinheiros ficaram no fundo do oceano, esperando por um socorro que parecia nunca chegar.

Esse bom filme foi produzido pelo cineasta Luc Besson. Ele contratou pessoalmente dois excelentes atores para o elenco. O primeiro deles foi o grande Max von Sydow. Ele interpreta esse velho homem do mar, um almirante russo cheio de orgulho que não quer a ajuda dos ingleses no resgate. Já Colin Firth é o oficial inglês, que oferece os meios mais modernos para resgatar os marinheiros russos. O filme captou muito bem toda a atmosfera da tragédia do Kursk, não esquecendo de também desenvolver a vida dos marujos, de suas famílias e as perdas que sofreram. Sob o ponto de vista cinematográfico é uma bela obra. Na ótica histórica também não deixa nada a desejar.

Kursk (Bélgica, França, Luxemburgo, 2018) Direção: Thomas Vinterberg / Roteiro: Robert Rodat, baseado no livro "A Time to Die" de Robert Moore / Elenco: Max von Sydow, Colin Firth, Matthias Schoenaerts, Léa Seydoux, Peter Simonischek / Sinopse: O filme resgata a história da tragédia que envolveu o submarino nuclear Kursk em agosto de 2000.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

As Loucas Aventuras de Elvira

Título no Brasil: As Loucas Aventuras de Elvira
Título Original: Elvira's Haunted Hills
Ano de Lançamento: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Sam Irvin
Roteiro: Cassandra Peterson
Elenco: Cassandra Peterson, Sam Irvin, Mary Scheer, Scott Atkinson, Heather Hooper, Mary Jo Smith

Sinopse:
Após mais uma turnê pela Europa Oriental, Elvira (Cassandra Peterson) segue viagem em direção a Paris onde pretende inaugurar um novo show de variedades. Só que as coisas vão de mal a pior e ela fica perdida no meio da estrada ao lado de seu fiel assistente. Por um lance de sorte acaba arranjando uma carona numa antiga carruagem, só que vai parar em um sinistro castelo que pertence a um nobre decadente, pra lá de esquisito! 

Comentários:
Os americanos adoram essa personagem da Elvira! Bom, tem gosto pra tudo nesse mundo. Na verdade a atriz Cassandra Peterson foi bem espertinha! Ela pegou o visual da Vampira, uma antiga atriz de filmes B dos anos 40 e 50 e a modernizou para esses filmes tolinhos que fez nos anos 80. Sem dúvida a moça se deu bem, pois foram vários filmes, cada um fazendo mais sucesso do que o outro, embora esse sucesso, devemos frisar, acontecia mais dentro de um certo nicho de mercado bem restrito, a dos fãs de filmes trash de terror. Os jovens dos anos 80 também gostavam porque afinal de contas a Cassandra Peterson tinha bem o biótipo das pornstars, com seios grandes e maquiagem exagerada. E ela não se poupava em nada para aproveitar esses, digamos, dotes pessoais. No final de tudo, temos esses filmes, com roteiros bem bobinhos, humor pastelão e a senhorita Elvira desfilando toda a sua exuberância sexy e kitsch em cada cena! Só recomendado mesmo para quem gosta!

Pablo Aluísio. 

Nos Domínios do Terror

Título no Brasil: Nos Domínios do Terror
Título Original: Twice-Told Tales
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Sidney Salkow
Roteiro: Robert E. Kent, Nathaniel Hawthorne
Elenco: Vincent Price, Joyce Taylor, Sebastian Cabot, Brett Halsey, Beverly Garland, Richard Denning

Sinopse: 
Trilogia de episódios baseada em contos de Nathaniel Hawthone. "Dr. Heidegger's Experiment" (cientista desenvolve uma fórmula para o rejuvenescimento, mas com consequências assustadoras); "Rappaccini's Daughter" (versão bizarra de "Romeo e Julieta"); "The House of the Seven Gables" (adaptação de um filme que o próprio Vincent Price fez nos anos 40).

Comentários:              
Vincent Price em trilogia de terror baseado na obra de Nathaniel Hawthorne. Esse formato foi muito popular no cinema de terror dos anos 60 e 70. Sempre havia um fio narrador central e contos que iam se desenvolvendo ao longo da projeção do filme. Tão marcante foi essa estrutura que Spielberg tentou repetir o sucesso desse tipo de produção na TV nos anos 80 com a série "Contos Assombrosos". Particularmente acho muito charmoso e nostálgico.  O fio condutor de todos os contos de terror é a presença carismática de Vincent Price. O que acho curioso nele é que apesar de sempre estar presente em filmes de horror por toda a sua longa carreira havia um claro tom de cinismo e até mesmo humor em todas as suas atuações. Na vida real ele era um homem bem culto, colecionador de obras de arte e penso que ele via todos esses filmes com uma certa ironia, um certo humor e isso era passado para o espectador, mesmo que de forma bem implícita, algo sugerido sutilmente. Aqui os produtores seguiram a forma de trazer três contos de terror em um mesmo filme. A questão era simples de explicar. Mesmo que o espectador não viesse a gostar de um dos contos era bastante provável que ele fosse gostar de outro. Assim sairia satisfeito do cinema, de uma maneira ou outra. Um tiro certo!  Bem pragmático não é mesmo? Nos Estados Unidos esse filme foi lançado em DVD duplo junto com outro pequeno clássico de Price, "Tales of Terror". Para quem aprecia os filmes do ator não poderia haver algo melhor. Quem sabe um dia as produtoras nacionais sigam o exemplo. Vamos torcer.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Obrigado a Matar

Calem Ware (Randolph Scott) é um xerife numa pequena cidade do velho oeste. Habitualmente ele tem que lidar com forasteiros, arruaceiros e bêbados em geral. Mas não é só a isso que se resume a vida de um homem da lei naquele ambiente hostil. Por ter um passado de muitos duelos ele também tem que enfrentar a presença de vários pistoleiros que de um jeito ou outro querem acabar com sua fama de rápido no gatilho. “Obrigado a Matar” mostra o cotidiano de um xerife naqueles tempos onde o colt era a única autoridade que realmente era respeitada. O roteiro é excelente e mostra alguns dias na vida desse homem da lei. Sem família, morando numa pensão, muitas vezes sem remuneração adequada, ele tem que diariamente se impor aos valentões que chegam na cidade. Uma das regras que determina é a proibição de usar armas dentro da comunidade. Isso obviamente lhe traz todo tipo de problema com os facínoras que não aceitam ser desarmados. Outro aspecto muito bem retratado no filme é a vida pessoal do xerife. Ele tem um longo relacionamento com uma atriz de teatro, Tally Dickenson (Angela Lansbury), mas sua vida amorosa é prejudicada pela vida que leva. Afinal qual mulher não ficaria apreensiva em se relacionar com um homem que a qualquer momento pode ser alvejado por algum bandido? Não é definitivamente um romance de sonhos. 

Randolph Scott está muito bem em seu papel. Após matar um pistoleiro que o desafia, ele volta para sua delegacia e podemos sentir toda a tensão e stress que passa naquele momento. É um dos personagens mais humanos interpretados pelo ator. Ao contrário de xerifes durões de outros filmes que nada sentem, esse aqui tem crises de consciência após matar mais um criminoso. Em essência é um bom homem, cheio de grandes valores e virtudes que tem que lidar com a escória da sociedade. Outro momento marcante de “Obrigado a Matar” acontece em um saloon, onde Scott é atingido na cabeça por um tiro certeiro. Em determinado momento quase acreditei que assistiria ao primeiro filme de Scott onde o eterno mocinho morreria na cena seguinte! Felizmente em pouco tempo as coisas voltam ao normal. Em suma, “Obrigado a Matar” tenta trazer o lado mais humano desses profissionais que tentaram durante todo o período do velho oeste americano trazer alguma lei e ordem nas cidades onde atuavam. Verdadeiros heróis da colonização do oeste bravio e selvagem que recebem nessa produção uma merecida homenagem.

Obrigado a Matar (A Lawless Street, Estados Unidos, 1955) Direção: Joseph H. Lewis / Roteiro: Kenneth Gamet, Brad Ward / Elenco: Randolph Scott, Angela Lansbury, Warner Anderson / Sinopse: Xerife do velho oeste tenta lidar com uma cidade violenta ao mesmo tempo que decide reviver um grande amor do passado.

Pablo Aluísio.

Chuva de Balas

Depois de chegar de trem à cidade de Soldier Springs, Mike Ryan (Joel McCrea), um agente federal que resolveu mudar de cidade, arranjar um emprego e viver no anonimato, decide pegar a primeira carruagem para a cidade de Bancroft - pequena cidade no Arizona. Mike viaja na companhia da bela Molly Jones (Joan Weldon). No meio da viagem porém, a carruagem é parada e assaltada por dois bandidos. Todos os passageiros são assaltados e Mike, obrigado a entregar seu coldre junto com seu revólver. Todo este panorama de violência seria normal dentro do universo de um filme de faroeste, se o principal assaltante, Velvet Clark - o "mão de veludo" - (Mark Stevens), não fosse um dos cidadãos mais respeitados da pequena Bancroft. Dono de uma ótima reputação e boa condição financeira, Velvet, além de um homem educado, é um bom pianista e jogador de cartas famoso. Ou seja: um sujeito que praticamente ninguém desconfia. Porém, a (boa) vida dupla do "mão de veludo" pode estar com os seus dias contados com a chegada à cidade do experiente agente federal, Mike Ryan.

Chuva de Balas (Gunsight Ridge -1957) que conta com uma direção regular do mediano diretor Frank Lyon, está longe de ser um clássido do gênero western, mas cumpre bem o seu papel, com um bom roteiro e uma ótima fotografia em preto e branco. Além disso tem a velha classe do ótimo Joel McCrea na pele de Mike Ryan. Como curiosidade o longa traz ainda o jovem Jody McCrea, então com 23 anos - filho de Joel - que faz uma pequena participação. Na verdade o filho de McCrea só iria ganhar uma certa fama em meados da década de 60 quando, depois de ganhar um corpanzil com exercícios de musculação, passou a atuar em filmes do tipo "praia dos músculos" que virou febre na época, inclusive com a participação quase onipresente do cantor Frank Avalon em vários desses filmes.

Chuva de Balas (Gunsight Ridge, EUA, 1957) Direção: Francis D. Lyon / Roteiro: Talbot Jennings, Elisabeth Jennings / Elenco: Joel McCrea, Mark Stevens, Joan Weldon / Sinopse: Procurando por uma nova vida um agente federal acaba indo parar numa pequena cidade do Arizona. Após ser assaltado durante a viagem acaba descobrindo que o ladrão é na verdade um rico e influente morador da comunidade para onde pretende se instalar para viver.

Telmo Vilela Jr.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Tudo Isto e o Céu Também

Título no Brasil: Tudo Isso e o Céu Também
Título Original: All This, and Heaven Too
Ano de Lançamento: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Anatole Litvak
Roteiro: Casey Robinson, Rachel Field
Elenco: Bette Davis, Charles Boyer, Barbara O’Neil, Jeffrey Lynn, June Lockhart, Virginia Weidler

Sinopse:
No século XIX, Henriette Deluzy-Desportes (Bette Davis) é uma governanta francesa contratada para cuidar dos filhos do Duque de Praslin (Charles Boyer). Gentil e educada, ela conquista a afeição das crianças e desperta a paixão do Duque — o que gera o ciúme devastador de sua esposa, a Duquesa de Praslin (Barbara O’Neil). Quando a duquesa é misteriosamente assassinada, Henriette torna-se o centro de um escândalo que abala a sociedade francesa. O filme acompanha sua luta por dignidade e justiça, além do amor impossível que a marcou para sempre.

Comentários: 
A história desse filme, embora baseada em um romance, se inspirava numa história real de crime e traição ocorrida na França do século XIX. As bases e premissas são reais, com a morte de uma Duquesa, um crime envolvendo o Duque e sua amante, a própria governanta de sua mansão! Uma excelente oportunidade para reunir novamente Bette Davis e Charles Boyer. Eles tinham feito muito sucesso de público e crítica com o filme "Cartas de Amor" e esperavam por um bom roteiro para voltarem a trabalhar juntos. Quando Davis leu a história enviada pelo estúdio nem pensou duas vezes e aceitou interpretar sua personagem marcante. Para ela foi uma nova vitória, exatamente no momento de auge em sua carreira, pois ainda estava colhendo o sucesso de seus filmes anteriores, Jezebel (1938) e Vitória Amarga (1939). A direção ficou a cargo do cineasta europeu Anatole Litvak. Ele recebeu muitos elogios por sua direção refinada e de bom gosto nesse filme. E tudo acabou se traduzindo em mais um sucesso de bilheteria, além de várias indicações ao Oscar, principalmente nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia em Preto e Branco.

Pablo Aluísio.