sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
...E O Vento Levou
Depois de quatro horas de filme, a sensação é de puro êxtase. Não há um mortal sequer que consiga ficar indiferente ao filme mais famoso e popular de Hollywood. Baseado no romance homônimo de Margareth Mitchel e vencedor do Prêmio Pulitzer de 1937, "... E o Vento Levou" (Gone With The Wind - 1939) é daqueles filmes onde tudo funciona, tudo se encaixa perfeitamente e o time de atores, juntamente com os diretores, produtor e roteirista, forma uma espécie de mosaico que beira à perfeição. O longa é ambientado no início da Guerra da Secessão (1861-1865) e conta a vida de Gerald O'Hara um imigrante irlandês que fez fortuna e vive em sua mansão,Tara, na Georgia, sul dos EUA, junto com sua filha adolescente, Scarlett O'Hara (Vivien Leight).
A jovem Scarlett nutre uma paixão crônica e doentia por Ashley Wilkes. Porém o que ela não sabe é que Wilkes está de casamento marcado com a sua própria prima. Em meio a um verdadeiro redemoinho de paixões, mágoas e ressentimentos que coincidem com o início da guerra, surge o indefectível Rhett Buttler (Clark Gable), um espertalhão que diante do conflito, não toma partido para nenhum lado. Na verdade Rhett é um misto de mulherengo, cínico e mau-caráter que mantém sem muito esforço, correndo em suas veias, muito humor, além de doses generosas de testosterona.
O clássico tem cenas inesquecíveis como o grandioso incêndio que torra a cidade de Atlanta, facilitando a invasão dos Ianques do norte e levando os Confederados e escravocratas sulistas ao desespero. Destaque também para a trilha sonora de acordes celestiais assinada por Max Steiner. A música, derrete, como fogo de maçarico, os corações humanos mais duros. Mas a estrela do grande épico é a espevitada Scarlett O'Hara, papel que caiu no colo de uma inglesinha, nascida na Índia, chamada Vivian Leigh. A excepcional atriz - que doze anos mais tarde brilharia junto com Marlon Brando no clássico "Uma Rua Chamada Pecado" (1951) - disputou de forma incansável a concorrida vaga para o papel de Scarlett O'Hara com gente não menos ilustre como: Katharine Hepburn, Bette Davis e Lana Turner. A disputa foi tão acirrada que Vivien só conseguiu a vaga quando as filmagens já haviam começado. Vivien foi uma escolha pessoal do todo poderoso produtor David Selznick e brilhou intensamente na pele de uma Scarlett O' Hara histriônica e mimada.
Outro destaque fica por conta de Clark Gable, que aqui vive seu personagem mais famoso (Rhett Butler). Na verdade a primeira escolha para viver Rhett recaiu sobre Errol Flynn que era um desejo pessoal do produtor David O' Selznick. Mas diante da negativa da Warner em liberar Flynn e de um pedido pessoal de Carole Lombard - que era esposa de Gable e amiga pessoal de Selznick - Clark , finalmente foi o escolhido. Reza a lenda que Clark relutou muito em aceitar o famoso papel, já que estava com 38 anos e não queria encarnar nas telas um sujeito malandro e conquistador de uma adolescente. Outra maravilha fica por conta da fotografia em Technicolor da dupla Ernest Haller e Ray Rennahan que além de representar uma revolução para a época, hipnotizou as plateias de todo o mundo. O clássico teve treze indicações ao Oscar, mas levou "apenas" dez. Um filme realmente extraordinário.
... E O Vento Levou (Gone with the Wind, EUA, 1939) Direção: Victor Fleming / Roteiro: Sidney Howard baseado na novela de Margaret Mitchell / Elenco: Clark Gable, Vivien Leigh, Olivia de Havilland, Thomas Mitchell, George Reeves / Sinopse: As paixões, lutas e glórias de uma família americana durante os terríveis anos da Guerra Civil.
Telmo Vilela Jr.
A jovem Scarlett nutre uma paixão crônica e doentia por Ashley Wilkes. Porém o que ela não sabe é que Wilkes está de casamento marcado com a sua própria prima. Em meio a um verdadeiro redemoinho de paixões, mágoas e ressentimentos que coincidem com o início da guerra, surge o indefectível Rhett Buttler (Clark Gable), um espertalhão que diante do conflito, não toma partido para nenhum lado. Na verdade Rhett é um misto de mulherengo, cínico e mau-caráter que mantém sem muito esforço, correndo em suas veias, muito humor, além de doses generosas de testosterona.
O clássico tem cenas inesquecíveis como o grandioso incêndio que torra a cidade de Atlanta, facilitando a invasão dos Ianques do norte e levando os Confederados e escravocratas sulistas ao desespero. Destaque também para a trilha sonora de acordes celestiais assinada por Max Steiner. A música, derrete, como fogo de maçarico, os corações humanos mais duros. Mas a estrela do grande épico é a espevitada Scarlett O'Hara, papel que caiu no colo de uma inglesinha, nascida na Índia, chamada Vivian Leigh. A excepcional atriz - que doze anos mais tarde brilharia junto com Marlon Brando no clássico "Uma Rua Chamada Pecado" (1951) - disputou de forma incansável a concorrida vaga para o papel de Scarlett O'Hara com gente não menos ilustre como: Katharine Hepburn, Bette Davis e Lana Turner. A disputa foi tão acirrada que Vivien só conseguiu a vaga quando as filmagens já haviam começado. Vivien foi uma escolha pessoal do todo poderoso produtor David Selznick e brilhou intensamente na pele de uma Scarlett O' Hara histriônica e mimada.
Outro destaque fica por conta de Clark Gable, que aqui vive seu personagem mais famoso (Rhett Butler). Na verdade a primeira escolha para viver Rhett recaiu sobre Errol Flynn que era um desejo pessoal do produtor David O' Selznick. Mas diante da negativa da Warner em liberar Flynn e de um pedido pessoal de Carole Lombard - que era esposa de Gable e amiga pessoal de Selznick - Clark , finalmente foi o escolhido. Reza a lenda que Clark relutou muito em aceitar o famoso papel, já que estava com 38 anos e não queria encarnar nas telas um sujeito malandro e conquistador de uma adolescente. Outra maravilha fica por conta da fotografia em Technicolor da dupla Ernest Haller e Ray Rennahan que além de representar uma revolução para a época, hipnotizou as plateias de todo o mundo. O clássico teve treze indicações ao Oscar, mas levou "apenas" dez. Um filme realmente extraordinário.
... E O Vento Levou (Gone with the Wind, EUA, 1939) Direção: Victor Fleming / Roteiro: Sidney Howard baseado na novela de Margaret Mitchell / Elenco: Clark Gable, Vivien Leigh, Olivia de Havilland, Thomas Mitchell, George Reeves / Sinopse: As paixões, lutas e glórias de uma família americana durante os terríveis anos da Guerra Civil.
Telmo Vilela Jr.
Robin Hood
Título no Brasil: Robin Hood
Título Original: Robin Hood
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Studios
Direção: Wolfgang Reitherman, David Hand
Roteiro: Larry Clemmons, Ken Anderson
Elenco: Brian Bedford, Phil Harris, Roger Miller, Brian Bedford, Monica Evans, Phil Harris
Sinopse:
Robin Hood é uma esperta raposa que luta contra as injustiças da floresta. Ele forma um grupo de alegres salteadores como ele e começa a viver de acordo com o lema "Roubar dos ricos para dar aos pobres", o que obviamente vai lhe trazer muitos problemas, inclusive com o Xerife de Nottingham, um lobo perigoso.
Comentários:
Com a morte de Walt Disney seu amado estúdio entrou em uma longa crise artística. Era algo esperado porque não se podia mais contar com a genialidade de seu fundador. Assim foram anos e anos sem um grande sucesso de animação nos cinemas. Esse período iria ficar conhecido como a "Era de Bronze" dos estúdios Disney. Agora algo que se teve louvar é que mesmo sem o comando de Disney, que olhava todos os mínimos detalhes das animações, os animadores veteranos do estúdio seguiram em frente em seus sonhos de lançar pelo menos uma animação por ano nos cinemas. Esse "Robin Hood" faz parte dessa fase complicada da companhia. Os filmes já não faziam muito sucesso de bilheteria e nem chamavam a atenção, mas todos estavam empenhados em levar em frente os planos originais de Disney. Esse aqui não é tão bom e nem tão criativo, mas mantém o interesse e a qualidade que sempre foi a marca registrada do selo Disney. Hoje meio esquecido, esse longe merece ser redescoberto. Uma animação bem tradicional que tentava manter Disney vivo através da arte de seus criadores.
Pablo Aluísio.
Título Original: Robin Hood
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Studios
Direção: Wolfgang Reitherman, David Hand
Roteiro: Larry Clemmons, Ken Anderson
Elenco: Brian Bedford, Phil Harris, Roger Miller, Brian Bedford, Monica Evans, Phil Harris
Sinopse:
Robin Hood é uma esperta raposa que luta contra as injustiças da floresta. Ele forma um grupo de alegres salteadores como ele e começa a viver de acordo com o lema "Roubar dos ricos para dar aos pobres", o que obviamente vai lhe trazer muitos problemas, inclusive com o Xerife de Nottingham, um lobo perigoso.
Comentários:
Com a morte de Walt Disney seu amado estúdio entrou em uma longa crise artística. Era algo esperado porque não se podia mais contar com a genialidade de seu fundador. Assim foram anos e anos sem um grande sucesso de animação nos cinemas. Esse período iria ficar conhecido como a "Era de Bronze" dos estúdios Disney. Agora algo que se teve louvar é que mesmo sem o comando de Disney, que olhava todos os mínimos detalhes das animações, os animadores veteranos do estúdio seguiram em frente em seus sonhos de lançar pelo menos uma animação por ano nos cinemas. Esse "Robin Hood" faz parte dessa fase complicada da companhia. Os filmes já não faziam muito sucesso de bilheteria e nem chamavam a atenção, mas todos estavam empenhados em levar em frente os planos originais de Disney. Esse aqui não é tão bom e nem tão criativo, mas mantém o interesse e a qualidade que sempre foi a marca registrada do selo Disney. Hoje meio esquecido, esse longe merece ser redescoberto. Uma animação bem tradicional que tentava manter Disney vivo através da arte de seus criadores.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Ben-Hur
Com a morte do chefão Louis B. Mayer em 1957, a toda poderosa MGM (Metro Goldwyn Mayer) encontrava-se com graves problemas financeiros. Depois de uma sucessão de reuniões na tentativa de salvar o famoso estúdio da falência, os executivos, quase em uníssono, decidiram que só havia um caminho para a salvação: a realização de um drama, épico, religioso e grandioso que entrasse para sempre para a história do cinema e de quebra alavancasse financeiramente o famoso estúdio. O nome deste épico: Ben-Hur. Ou seja, a refilmagem do clássico que a própria MGM havia produzido em 1925. Início de 1958. Depois de escolhido o filme, restava ao produtor Sam Zimbalist a escolha da equipe técnica. Para a direção, o alemão William Wyler foi o escolhido, pois, além de já pertencer à MGM, Wyler era amigo pessoal de Zimbalist e dirigiria seu primeiro épico na carreira. Para o papel principal de Judah Ben-Hur, a primeira escolha de Zimbalist recaiu sobre Burt Lancaster, mas o famoso astro recusou o papel por ser ateu e não concordar em divulgar textos sagrados dos quais ele não acreditava. Marlon Brando também o recusou.
Coube então ao diretor WilliamWyler escolher pessoalmente aquele que encarnaria o famoso príncipe judeu; a escolha foi direta no nome de Charlton Heston. Wyler que havia acabado de dirigir Heston no Western, "Da Terra Nascem os Homens", disse ter ficado impressionado, dois anos antes, com a performance do astro no histórico papel de Moisés em Os Dez Mandamentos. Para viver o tribuno romano, Messala, Rock Hudson foi convidado, mas também recusou. O papel então foi parar nas mãos do ator irlandês e de pouca expressão: Stephen Boyd. Para compor toda a trilha sonora, a MGM resolveu utilizar seu próprio compositor que estava sob contrato desde 1948: o húngaro, "oscarizado", Miklos Rozsa, o mesmo que oito anos antes havia composto a trilha sonora para "Quo Vadis". Pouco antes de começar as filmagens e para ganhar inspiração especial, Rozsa ficou em Roma durante trinta dias meditando em meio às ruínas históricas e dentro do Coliseu. O resultado foi arrebatador: Rozsa construiu uma trilha sonora exuberante que vai de acordes celestiais e angelicais, até os retumbantes compassos marciais das Legiões Romanas.
Baseado no livro "Ben-Hur - A Tale Of The Christ" - escrito em 1880 pelo General (ateu) Lew Wallace, o longa foi rodado nos gigantescos Estúdios Cinecittà em Roma, no período de nove meses. A história tem início em 26 do Anno Domini ou Ano do Senhor e conta a saga de Judah Ben-Hur (Charlton Heston) um rico comerciante judeu, chefe da Casa de Hur, que vive uma vida abastada dentro de uma relativa paz, junto de sua mãe e de sua irmã, na região de Jerusalém ocupada há mais de um século pelo Império Romano. O destino de Ben-Hur e sua pequena família começa a mudar quando chega à cidade o novo tribuno romano de nome Messala (Stephen Boyd). Ben-Hur e Messala são velhos amigos de infância e após muitos anos de separação os dois se reencontram. O início do encontro é amigável e cheio de saudosismo. Tanto Ben-Hur quanto Messala se divertem lembrando dos velhos tempos de infância. Mas com o tempo a conversa animada toma outro rumo e as enormes diferenças entre um tribuno romano e um judeu começam a aparecer, colocando cada um em seu devido lugar. Ben-Hur, fiel a seu povo, recusa-se veementemente a entregar para Messala os judeus que conspiram contra as Legiões Romanas. O tribuno, sentindo-se traído e ofendido, declara guerra ao velho amigo e grita a plenos pulmões que agora estão de lados opostos. Algum tempo depois, Jerusalém recebe um novo governador, Gratus. O novo governador é rebido na entrada da cidade por Messala e seus soldados romanos. Com a garantia de Messala, Gratus cavalga lentamente escoltado pela tropa romana de Messala rumo ao palácio. Ao mesmo tempo, Ben-Hur e sua irmã Tirzah (Cathy O’Donnell) se posicionam na cobertura de casa para apreciar melhor a entrada do novo mandatário romano.
No entanto, por uma extrema infelicidade, Tirzah apoia-se numa telha solta, fazendo com que a mesma despenque e caia em cima do governador. Messala fica possesso e junto com sua guarda romana invade a casa de Ben-Hur para punir os culpados. Ben-Hur assume toda a culpa, mas afirma que foi apenas um acidente e que não houve a intenção de um atentado contra o governador, mas Messala não quer saber e manda prender Ben-Hur, sua irmã Tirzah e sua mãe Miriam. Finalmente o dia da vingança de Messala havia chegado; mesmo sabendo que Ben-Hur e sua família são inocentes e que o governador está bem. Depois de prender Ben-Hur e sua família, o tribuno romano condena o judeu ao trabalho perpétuo como remador nas galés romanas, além de condenar Miriam e Tirzah às masmorras dos leprosos. Enquanto caminha pelo deserto com outros escravos rumo às Galés, Ben-Hur cai no chão implorando por água, que é negada pelo centurião. Neste momento, Jesus, no primeiro momento de epifania do clássico, aparece diante de Ben-Hur, dá-lhe bastante água, além de lavar o seu rosto. O judeu, quase não acreditando no pequeno milagre, agradece ao mestre e jura nunca mais esquecer aquele gesto. Depois de dois anos sofrendo nas galés romanas, o vento do destino finalmente passa a soprar a favor de Ben-Hur e, por obra de um verdadeiro milagre, o príncipe judeu consegue escapar da escravidão romana nas galés e retornar à sua terra natal para uma vingança espetacular contra o tribuno déspota, Messala.
Ben-Hur foi consagrado por público e crítica logo em seu lançamento. Vencedor de onze prêmios da Academia entre eles melhor filme, Direção (William Wyler), Ator (Charlton Heston), Ator Coadjuvante (Hugh Griffith), Fotografia, Efeitos Especiais e Trilha Sonora. Curiosamente não levou o prêmio de melhor roteiro adaptado (a única indicação que não se confirmou em prêmio). Já no Globo de Ouro levou mais três premiações de melhor filme, direção e ator (só que dessa vez o premiado foi Stephen Boyd). O filme é certamente um espetáculo aos olhos, mostrando o melhor do cinema na época, merecendo todos os prêmios recebidos. Algumas de suas seqüências até hoje se mostram marcantes e impecáveis como a corrida de bigas e os conflitos envolvendo as tropas romanas. Como o filme entrou definitivamente na história da arte cinematográfica acabou gerando várias outras versões, que foram realizadas anos após seu arrebatador sucesso. Em 2003 virou animação com participação de Charlton Heston, cuja voz do filme original foi reaproveitada em seu personagem. Em 2010 virou série de TV e agora em 2013 surge na Broadway em peça musical de sucesso. Pelo visto a saga segue em frente, dominando outras mídias e linguagens. Sem dúvida uma prova definitiva da imortalidade dessa estória muito cativante e marcante que até hoje impressiona por sua beleza e grandiosidade. Ben-Hur é definitivamente um marco único na história do cinema mundial. Simplesmente essencial.
Ben-Hur (Ben-Hur, Estados Unidos, 1959) Direção: William Wyler / Roteiro: Karl Tunberg baseado no romance escrito por Lew Wallace / Elenco: Charlton Heston, Jack Hawkins, Stephen Boyd, Haya Harareet / Sinopse: O filme narra a vida de Judah Ben-Hur (Charlton Heston), judeu que vive os horrores da dominação do Império Romano.
Telmo Vilela Jr e Pablo Aluísio.
Coube então ao diretor WilliamWyler escolher pessoalmente aquele que encarnaria o famoso príncipe judeu; a escolha foi direta no nome de Charlton Heston. Wyler que havia acabado de dirigir Heston no Western, "Da Terra Nascem os Homens", disse ter ficado impressionado, dois anos antes, com a performance do astro no histórico papel de Moisés em Os Dez Mandamentos. Para viver o tribuno romano, Messala, Rock Hudson foi convidado, mas também recusou. O papel então foi parar nas mãos do ator irlandês e de pouca expressão: Stephen Boyd. Para compor toda a trilha sonora, a MGM resolveu utilizar seu próprio compositor que estava sob contrato desde 1948: o húngaro, "oscarizado", Miklos Rozsa, o mesmo que oito anos antes havia composto a trilha sonora para "Quo Vadis". Pouco antes de começar as filmagens e para ganhar inspiração especial, Rozsa ficou em Roma durante trinta dias meditando em meio às ruínas históricas e dentro do Coliseu. O resultado foi arrebatador: Rozsa construiu uma trilha sonora exuberante que vai de acordes celestiais e angelicais, até os retumbantes compassos marciais das Legiões Romanas.
Baseado no livro "Ben-Hur - A Tale Of The Christ" - escrito em 1880 pelo General (ateu) Lew Wallace, o longa foi rodado nos gigantescos Estúdios Cinecittà em Roma, no período de nove meses. A história tem início em 26 do Anno Domini ou Ano do Senhor e conta a saga de Judah Ben-Hur (Charlton Heston) um rico comerciante judeu, chefe da Casa de Hur, que vive uma vida abastada dentro de uma relativa paz, junto de sua mãe e de sua irmã, na região de Jerusalém ocupada há mais de um século pelo Império Romano. O destino de Ben-Hur e sua pequena família começa a mudar quando chega à cidade o novo tribuno romano de nome Messala (Stephen Boyd). Ben-Hur e Messala são velhos amigos de infância e após muitos anos de separação os dois se reencontram. O início do encontro é amigável e cheio de saudosismo. Tanto Ben-Hur quanto Messala se divertem lembrando dos velhos tempos de infância. Mas com o tempo a conversa animada toma outro rumo e as enormes diferenças entre um tribuno romano e um judeu começam a aparecer, colocando cada um em seu devido lugar. Ben-Hur, fiel a seu povo, recusa-se veementemente a entregar para Messala os judeus que conspiram contra as Legiões Romanas. O tribuno, sentindo-se traído e ofendido, declara guerra ao velho amigo e grita a plenos pulmões que agora estão de lados opostos. Algum tempo depois, Jerusalém recebe um novo governador, Gratus. O novo governador é rebido na entrada da cidade por Messala e seus soldados romanos. Com a garantia de Messala, Gratus cavalga lentamente escoltado pela tropa romana de Messala rumo ao palácio. Ao mesmo tempo, Ben-Hur e sua irmã Tirzah (Cathy O’Donnell) se posicionam na cobertura de casa para apreciar melhor a entrada do novo mandatário romano.
No entanto, por uma extrema infelicidade, Tirzah apoia-se numa telha solta, fazendo com que a mesma despenque e caia em cima do governador. Messala fica possesso e junto com sua guarda romana invade a casa de Ben-Hur para punir os culpados. Ben-Hur assume toda a culpa, mas afirma que foi apenas um acidente e que não houve a intenção de um atentado contra o governador, mas Messala não quer saber e manda prender Ben-Hur, sua irmã Tirzah e sua mãe Miriam. Finalmente o dia da vingança de Messala havia chegado; mesmo sabendo que Ben-Hur e sua família são inocentes e que o governador está bem. Depois de prender Ben-Hur e sua família, o tribuno romano condena o judeu ao trabalho perpétuo como remador nas galés romanas, além de condenar Miriam e Tirzah às masmorras dos leprosos. Enquanto caminha pelo deserto com outros escravos rumo às Galés, Ben-Hur cai no chão implorando por água, que é negada pelo centurião. Neste momento, Jesus, no primeiro momento de epifania do clássico, aparece diante de Ben-Hur, dá-lhe bastante água, além de lavar o seu rosto. O judeu, quase não acreditando no pequeno milagre, agradece ao mestre e jura nunca mais esquecer aquele gesto. Depois de dois anos sofrendo nas galés romanas, o vento do destino finalmente passa a soprar a favor de Ben-Hur e, por obra de um verdadeiro milagre, o príncipe judeu consegue escapar da escravidão romana nas galés e retornar à sua terra natal para uma vingança espetacular contra o tribuno déspota, Messala.
Ben-Hur foi consagrado por público e crítica logo em seu lançamento. Vencedor de onze prêmios da Academia entre eles melhor filme, Direção (William Wyler), Ator (Charlton Heston), Ator Coadjuvante (Hugh Griffith), Fotografia, Efeitos Especiais e Trilha Sonora. Curiosamente não levou o prêmio de melhor roteiro adaptado (a única indicação que não se confirmou em prêmio). Já no Globo de Ouro levou mais três premiações de melhor filme, direção e ator (só que dessa vez o premiado foi Stephen Boyd). O filme é certamente um espetáculo aos olhos, mostrando o melhor do cinema na época, merecendo todos os prêmios recebidos. Algumas de suas seqüências até hoje se mostram marcantes e impecáveis como a corrida de bigas e os conflitos envolvendo as tropas romanas. Como o filme entrou definitivamente na história da arte cinematográfica acabou gerando várias outras versões, que foram realizadas anos após seu arrebatador sucesso. Em 2003 virou animação com participação de Charlton Heston, cuja voz do filme original foi reaproveitada em seu personagem. Em 2010 virou série de TV e agora em 2013 surge na Broadway em peça musical de sucesso. Pelo visto a saga segue em frente, dominando outras mídias e linguagens. Sem dúvida uma prova definitiva da imortalidade dessa estória muito cativante e marcante que até hoje impressiona por sua beleza e grandiosidade. Ben-Hur é definitivamente um marco único na história do cinema mundial. Simplesmente essencial.
Ben-Hur (Ben-Hur, Estados Unidos, 1959) Direção: William Wyler / Roteiro: Karl Tunberg baseado no romance escrito por Lew Wallace / Elenco: Charlton Heston, Jack Hawkins, Stephen Boyd, Haya Harareet / Sinopse: O filme narra a vida de Judah Ben-Hur (Charlton Heston), judeu que vive os horrores da dominação do Império Romano.
Telmo Vilela Jr e Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
O Pagador de Promessas
Título no Brasil: O Pagador de Promessas
Título Original: O Pagador de Promessas
Ano de Produção: 1962
País: Brasil
Estúdio: Cinedistri
Direção: Anselmo Duarte
Roteiro: Anselmo Duarte, Dias Gomes
Elenco: Leonardo Villar, Glória Menezes, Dionísio Azevedo, Norma Bengell, Othon Bastos, Roberto Ferreira
Sinopse:
Após ter uma graça alcançada, o humilde e sincero Zé do Burro (Leonardo Villar) parte para cumprir sua promessa. Ela havia prometido levar uma grande cruz pesada de madeira para o altar da Igreja, mas seus planos são interrompidos por um padre insensível que o impede de cumprir sua promessa religiosa. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro. Vencedor da Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Ontem tivemos a triste notícia da morte do ator Leonardo Villar. Ele protagonizou esse que muito provavelmente foi o filme mais importante da história do cinema brasileiro. Estou me referindo obviamente ao clássico "O Pagador de Promessas". Foi o único filme da história do nosso cinema nacional que venceu a Palma de Ouro em Cannes. Um feito extraordinário. E a força dessa obra de arte veio não apenas de seu maravilhoso texto original, escrito pelo talentoso e genial Dias Gomes, como também pelo ótima direção do subestimado Anselmo Duarte e do elenco, com especial reverência ao próprio Leonardo Villar que teve aqui o papel de sua vida, o personagem que definiu toda a sua carreira artística. Ser consagrado em Cannes foi mera consequência de um trabalho brilhante por parte de todos os envolvidos. Além disso trouxe de volta para o centro da discussão a delicada questão sobre a dualidade entre um catolicismo popular, sincero, de muita fé, em contraponto a um catolicismo oficial, burocrático e muitas vezes insensível. Enfim, uma obra de arte cinematográfica pela qual todos os brasileiros devem ter o maior orgulho. Um momento ímpar da história de nossa arte visual. O auge da cinematografia brasileira.
Pablo Aluísio.
Título Original: O Pagador de Promessas
Ano de Produção: 1962
País: Brasil
Estúdio: Cinedistri
Direção: Anselmo Duarte
Roteiro: Anselmo Duarte, Dias Gomes
Elenco: Leonardo Villar, Glória Menezes, Dionísio Azevedo, Norma Bengell, Othon Bastos, Roberto Ferreira
Sinopse:
Após ter uma graça alcançada, o humilde e sincero Zé do Burro (Leonardo Villar) parte para cumprir sua promessa. Ela havia prometido levar uma grande cruz pesada de madeira para o altar da Igreja, mas seus planos são interrompidos por um padre insensível que o impede de cumprir sua promessa religiosa. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro. Vencedor da Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Ontem tivemos a triste notícia da morte do ator Leonardo Villar. Ele protagonizou esse que muito provavelmente foi o filme mais importante da história do cinema brasileiro. Estou me referindo obviamente ao clássico "O Pagador de Promessas". Foi o único filme da história do nosso cinema nacional que venceu a Palma de Ouro em Cannes. Um feito extraordinário. E a força dessa obra de arte veio não apenas de seu maravilhoso texto original, escrito pelo talentoso e genial Dias Gomes, como também pelo ótima direção do subestimado Anselmo Duarte e do elenco, com especial reverência ao próprio Leonardo Villar que teve aqui o papel de sua vida, o personagem que definiu toda a sua carreira artística. Ser consagrado em Cannes foi mera consequência de um trabalho brilhante por parte de todos os envolvidos. Além disso trouxe de volta para o centro da discussão a delicada questão sobre a dualidade entre um catolicismo popular, sincero, de muita fé, em contraponto a um catolicismo oficial, burocrático e muitas vezes insensível. Enfim, uma obra de arte cinematográfica pela qual todos os brasileiros devem ter o maior orgulho. Um momento ímpar da história de nossa arte visual. O auge da cinematografia brasileira.
Pablo Aluísio.
Na Noite do Passado
O filme, Na Noite do Passado (Random Harvest - 1942) conta a triste história do oficial inglês Charles Rainier (Ronald Colman - 1891-1958) que foi achado desacordado dentro de uma trincheira durante a Primeira Guerra Mundial. Charles é internado como um indigente e sofrendo de amnésia num sanatório numa pequena cidade da Inglaterra. Sem lembrar sequer do próprio nome, e de mais nada, Charles vive sozinho, afastado da família e dos amigos. Porém, a sua vida começa a mudar quando numa determinada noite de bruma espessa, o oficial foge do sanatório e vaga sem rumo pelas ruas, alheio aos festejos sobre o fim da guerra. Após andar por muito tempo, sem rumo e sem entender o que está acontecendo, Charles entra numa tabacaria e conhece a bela dançarina Paula Ridgeway (Greer Garson 1904 -1996). A partir desse encontro, e por essas coincidências da vida, Paula apaixona-se por Charles e larga a carreira de dançarina. Os dois se casam e resolvem levar uma vida simples num lugarejo no interior da Inglaterra.
Dirigido por Mervin LeRoy (Quo Vadis) o longa tem um roteiro fundado no drama, no saudosismo e nas consequências devastadoras que a amnésia pode causar ao ser humano. O véu que deixa transparecer o preto enevoado e o branco lúgubre da fotografia parece tornar ainda mais difícil e tortuoso o caminho de Charles em busca de sua verdadeira história pessoal. No discorrer da história, as bruscas mudanças no destino do oficial, aumentam a tristeza, a saudade e a melancolia de Paula. O final é instigante e emocionante. Destaque para a dupla dos astros ingleses Ronald Colman (que na vida real, lutou na Primeira Guerra pelo exército inglês) e a linda atriz Greer Garson, que roubam o filme, transformando em coadjuvante o restante de um bom elenco. Um ótimo filme. Nota 9
Na Noite do Passado (Random Harvest, EUA, 1942) Direção: Mervyn LeRoy / Roteiro: Claudine West, George Froeschel / Elenco: Ronald Colman, Greer Garson, Philip Dorn / Sinopse: O filme narra a triste história do oficial inglês Charles Rainier (Ronald Colman - 1891-1958) que foi achado desacordado dentro de uma trincheira durante a Primeira Guerra Mundial. Charles é internado como um indigente e sofrendo de amnésia num sanatório numa pequena cidade da Inglaterra. Sem lembrar sequer do próprio nome, e de mais nada, Charles vive sozinho, afastado da família e dos amigos.
Telmo Vilela Jr.
Dirigido por Mervin LeRoy (Quo Vadis) o longa tem um roteiro fundado no drama, no saudosismo e nas consequências devastadoras que a amnésia pode causar ao ser humano. O véu que deixa transparecer o preto enevoado e o branco lúgubre da fotografia parece tornar ainda mais difícil e tortuoso o caminho de Charles em busca de sua verdadeira história pessoal. No discorrer da história, as bruscas mudanças no destino do oficial, aumentam a tristeza, a saudade e a melancolia de Paula. O final é instigante e emocionante. Destaque para a dupla dos astros ingleses Ronald Colman (que na vida real, lutou na Primeira Guerra pelo exército inglês) e a linda atriz Greer Garson, que roubam o filme, transformando em coadjuvante o restante de um bom elenco. Um ótimo filme. Nota 9
Na Noite do Passado (Random Harvest, EUA, 1942) Direção: Mervyn LeRoy / Roteiro: Claudine West, George Froeschel / Elenco: Ronald Colman, Greer Garson, Philip Dorn / Sinopse: O filme narra a triste história do oficial inglês Charles Rainier (Ronald Colman - 1891-1958) que foi achado desacordado dentro de uma trincheira durante a Primeira Guerra Mundial. Charles é internado como um indigente e sofrendo de amnésia num sanatório numa pequena cidade da Inglaterra. Sem lembrar sequer do próprio nome, e de mais nada, Charles vive sozinho, afastado da família e dos amigos.
Telmo Vilela Jr.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Sangue por Glória
Título no Brasil: Sangue por Glória
Título Original: What Price Glory
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Ford
Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron
Elenco: James Cagney, Corinne Calvet, Dan Dailey, William Demarest, Craig Hill, Robert Wagner
Sinopse:
Durante a Primeira Guerra Mundial, dois militares americanos servindo na França, o Capitão Flagg (James Cagney) e o Sargento Quirt (Dan Dailey), disputam o amor de uma bela francesa chamada Charmaine (Corinne Calvet). Ela é a filha do dono da taverna, tem bela voz e encanta a todos que a conhecem.
Comentários:
O fato do filme ser ambientado na Primeira Guerra Mundial, ser dirigido por John Ford e contar com James Cagney no elenco, pode levar algum cinéfilo a pensar que se trata de um daqueles épicos filmes de guerra do passado. Ainda mais com esse título pomposo de "Sangue por Glória". Não se trata disso. Não pense que vai encontrar grandes batalhas e grandes cenas de heroísmo. O filme, por mais incrível que isso possa parecer, está mais para comédia romântica. Tem música, cenas divertidas e personagens bem caricatos. O poster original do filme aliás entrega parte disso, é só prestar bem atenção. O tom é leve, embora de vez em quando (muito de vez em quando) mostre algum campo de batalha. James Cagney inclusive está muito bem em um tipo de papel que não era o seu habitual. O seu Capitão é do tipo nervosinho, mas que não dispenha uma boa garrafa de vinho francês. Na cena final, quando ele surge bêbado, o ator bem demonstra essa sua veia cômica. É um bom filme, mas o espectador precisa estar no clima certo. Se alguém for esperando um grande filme de guerra, com longas batalhas e cenas de ação, vai obviamente se decepcionar. Caso contrário, se quiser dar algumas boas risadas, então é o tipo ideal de programa para ver.
Pablo Aluísio.
Título Original: What Price Glory
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Ford
Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron
Elenco: James Cagney, Corinne Calvet, Dan Dailey, William Demarest, Craig Hill, Robert Wagner
Sinopse:
Durante a Primeira Guerra Mundial, dois militares americanos servindo na França, o Capitão Flagg (James Cagney) e o Sargento Quirt (Dan Dailey), disputam o amor de uma bela francesa chamada Charmaine (Corinne Calvet). Ela é a filha do dono da taverna, tem bela voz e encanta a todos que a conhecem.
Comentários:
O fato do filme ser ambientado na Primeira Guerra Mundial, ser dirigido por John Ford e contar com James Cagney no elenco, pode levar algum cinéfilo a pensar que se trata de um daqueles épicos filmes de guerra do passado. Ainda mais com esse título pomposo de "Sangue por Glória". Não se trata disso. Não pense que vai encontrar grandes batalhas e grandes cenas de heroísmo. O filme, por mais incrível que isso possa parecer, está mais para comédia romântica. Tem música, cenas divertidas e personagens bem caricatos. O poster original do filme aliás entrega parte disso, é só prestar bem atenção. O tom é leve, embora de vez em quando (muito de vez em quando) mostre algum campo de batalha. James Cagney inclusive está muito bem em um tipo de papel que não era o seu habitual. O seu Capitão é do tipo nervosinho, mas que não dispenha uma boa garrafa de vinho francês. Na cena final, quando ele surge bêbado, o ator bem demonstra essa sua veia cômica. É um bom filme, mas o espectador precisa estar no clima certo. Se alguém for esperando um grande filme de guerra, com longas batalhas e cenas de ação, vai obviamente se decepcionar. Caso contrário, se quiser dar algumas boas risadas, então é o tipo ideal de programa para ver.
Pablo Aluísio.
Anos de Ternura
Título no Brasil: Anos de Ternura
Título Original: The Green Years
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Victor Saville
Roteiro: Robert Ardrey
Elenco: Charles Coburn, Tom Drake, Beverly Tyler, Dean Stockwell, Gladys Cooper, Jessica Tandy
Sinopse:
Com roteiro baseado na novela escrita por A.J. Cronin, o filme "Anos de Ternura" conta a história do jovem irlandês Robert Shannon, Quando seus pais morrem, ele é enviado para morar com seus parentes na Escócia. E lá fica muito próximo do avô, Alexander Gow (Charles Coburn), um homem de bom coração, embora fosse dado a contar lorotas e beber em demasia. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante (Charles Coburn) e melhor fotografia (George J. Folsey).
Comentários:
Que ótimo filme! Adorei! É uma daquelas belas obras cinematográficas que caem injustamente no esquecimento. É um drama que conta a história de um rapaz que passa a ser criado por uma numerosa família escocesa após a morte de seus pais. E cada um dos parentes que passa a conhecer tem sua própria visão de mundo. Seu tio é um sujeito com mania de economizar em tudo, o que é até compreensível pois a família Leckie não é rica e tendo muitos membros precisa contar com cada centavo. A avó é do tipo austera, religiosa ao extremo. E aqui o filme abre um aspecto interessante. O pequeno rapaz por ter sido criado na Irlanda é católico, mas sua nova família é toda protestante, pois eles são escoceses. Porém nada supera o grande talento do ator Charles Coburn. Ele é o avô do menino. Um homem de coração imenso, mas incorrigível na questão da bebida e da mania de contar mentiras, lorotas sobre seu passado. Coburn foi indicado ao Oscar por esse papel e na minha opinião deveria ter vencido. Ele está excepcional no filme. No mais é um belo clássico do cinema que merece ser conhecido pelas novas gerações. Muitos jovens vão se identificar, principalmente na luta do jovem protagonista em estudar para entrar numa boa universidade. Um tipo de batalha pessoal que é realmente atemporal.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Green Years
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Victor Saville
Roteiro: Robert Ardrey
Elenco: Charles Coburn, Tom Drake, Beverly Tyler, Dean Stockwell, Gladys Cooper, Jessica Tandy
Sinopse:
Com roteiro baseado na novela escrita por A.J. Cronin, o filme "Anos de Ternura" conta a história do jovem irlandês Robert Shannon, Quando seus pais morrem, ele é enviado para morar com seus parentes na Escócia. E lá fica muito próximo do avô, Alexander Gow (Charles Coburn), um homem de bom coração, embora fosse dado a contar lorotas e beber em demasia. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante (Charles Coburn) e melhor fotografia (George J. Folsey).
Comentários:
Que ótimo filme! Adorei! É uma daquelas belas obras cinematográficas que caem injustamente no esquecimento. É um drama que conta a história de um rapaz que passa a ser criado por uma numerosa família escocesa após a morte de seus pais. E cada um dos parentes que passa a conhecer tem sua própria visão de mundo. Seu tio é um sujeito com mania de economizar em tudo, o que é até compreensível pois a família Leckie não é rica e tendo muitos membros precisa contar com cada centavo. A avó é do tipo austera, religiosa ao extremo. E aqui o filme abre um aspecto interessante. O pequeno rapaz por ter sido criado na Irlanda é católico, mas sua nova família é toda protestante, pois eles são escoceses. Porém nada supera o grande talento do ator Charles Coburn. Ele é o avô do menino. Um homem de coração imenso, mas incorrigível na questão da bebida e da mania de contar mentiras, lorotas sobre seu passado. Coburn foi indicado ao Oscar por esse papel e na minha opinião deveria ter vencido. Ele está excepcional no filme. No mais é um belo clássico do cinema que merece ser conhecido pelas novas gerações. Muitos jovens vão se identificar, principalmente na luta do jovem protagonista em estudar para entrar numa boa universidade. Um tipo de batalha pessoal que é realmente atemporal.
Pablo Aluísio.
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